...E um hamister chamado... escrita por Dyryet, Monna Belle


Capítulo 5
Sempre com sorte


Notas iniciais do capítulo

Dyryét--- > (Minha betta disse que preciso explicar melhor as coisas sobre o irmão dele e o porque ele faz tudo isso. Falo antes ou depois do salto temporal? O que você acha?)



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A casa de Marinette não tinha tantos recursos como ele havia se acostumado, e não tinha acesso a queijos tão caros como amava. Então a vontade de destrocar era constante, mas sabia que seu sofrimento tinha um bom motivo.                  O bem de seu amigo mais precioso.

Ele confiava muito que Tikk poderia analisar a tudo melhor que ele e resolver os problemas que tanto o afetavam. Então tentava dar o seu melhor.
Mas em contra partida ela se calava, não conseguia pergunta se a oferta dita em sala era real ou mentira. E ficava em cólicas sem conseguir se concentrar em mais nada.

Rezava para que tivesse um ataque só para se livrar deste sentimento.

― Eu não sabia que você era uma tarada. ― Ele diz ao olhar as coisas na casa dela e encarar as varias fotos de Adrian.

― Como é que é, gato do capeta!? ― Ela se enfurece no mesmo seguindo o agarrando e apertando entre os dedos.

― O que foi? Não é assim que se chama pessoas que fazem esse tipo de colagem? ― Ele questiona curioso sem ligar muito para a raiva da humana. ― Ou é psicopata? Acho que ouvi alguém chamando assim uma vez.

― Quem falou isso! O Chat Noir?

― Por que esta tão dolorida? Ele não pode ter falado de você, ele não sabe quem você é. ― Ele impõe ao sair de suas mãos. ― Mas foi outra pessoa. ― Completa ao voltar a olhar as fotos e olhar para ela de forma maliciosa. ― Ei me diz eu conheço o “mundo” dos garotos da sua idade. Quer ajuda com o garoto que você gosta?

― Por que isso do nada? Pensei que estivesse querendo que eu desse uma chance ao Chat Noir. Mudou de idéia? ― Ela diz desconfiada ao tentar voltar a trabalhar.

― Por que eu quero fazer uma aposta. ― Seu tom sai ate mais ardiloso quando esse pousa sobre suas mãos. ― Se eu te ajudar neste tempo todo que estiver com você e mesmo assim não evoluir uma coisa sequer entre vocês, você vai dar uma chance ao Chat Noir!

― Você é encapetado mesmo. ― Ela não evita rir um pouco. ― E você pode me ajudar como? Com dicas?

― Ei! Eu sou muito útil viu! Eu atravesso coisas ouço e te contou ou levo algo comigo. Sem falar que ninguém pode me filmar. Então eu vou te ajudar! Dar idéias ou fazer as suas idéias.

― Serio? Qualquer coisa? ― Ela se vira extremamente animada com tamanha proposta.

― Aposta feita?

― Tudo bem, estou dentro. Quanto tempo vai ficar trocado mesmo? ― Diz animada ao pegar sua agenda para se programar melhor.

― Algo me diz que você quer mais tempo comigo? ― Diz ardiloso e sagaz. ― Mas falamos uma semana ou duas. Isso vai depender da minha docinho. Afinal é ela quem esta com todo o trabalho pesado agora.

― Sua docinho? Diz a Tikk? ― Mas ela logo capta um pequeno detalhe no modo dele falar. ― Esses apelidinhos é coisa sua?

― O que você tem contra um apelido carinhoso?

― Nada... eu não sabia que você e a Tikk... bem...

― Que? Humana? Ta bêbada há essa hora? ― Ele zomba ao voar próximo a seu rosto. ― Kwamis não se reproduzem como vocês. Somos eternos e imortais e eu sou o parceiro dela há séculos. ― Argumenta ao tentar explicar. ― Sim existe um sentimento. Mas não é como com vocês que tem um desejo de conectar seus corpos. Entende? Só ficar perto ou encostar já serve.

― Ata... Acho que entendi. Vocês sentem amor como nós, mas é algo mais... Inocente e puro sem a parte carnal. Por que não há necessidade biológica já que não se reproduzem. É isso?

― Exatamente!

― Legal saber isso. ― Comenta sorridente ao achar muito fofa a relação dos dois. ― Quer ajuda com ela também? Uma troca?

― Que? Não. Eu estou muito bem. ― Diz convicto. ― E então. O que quer fazer? Cada dia que passa é uma chance que você perde de usar a minha ajuda.

― Você esta certo. Faço isso de noite. ― Ela diz ao se virar e o olhar. Pensa por alguns segundos o que poderia fazer, sabendo que já havia coletado quase todas as informações que podia sobre Adrien durante esses anos, então espioná-lo podia ser algo inútil. ― Mas... Aquela idéia de usar seus poderes esta de pé?

― Anmh? Sim? Qual a idéia?

― Só vamos lá. Pleg! Mostrar as garras! ― E ao usar as palavras a fusão é feita. ― Nossa! Não acredito que ele deixou mesmo! ― Diz feliz ao pular no lugar e logo sair pela janela afim de invadir o quarto de seu grande amor e desta forma descobri alguma forma de finalmente o conquistar. Afinal se ele havia namorado Kyoko, tinha algo na estrangeira que o atraia; igual deveria haver algo que ela fez de errado parar terminarem.

Passou o caminho todo a penar o que iria investigar, completando mentalmente seu mirabolante plano, mas assim que se vê em tal ambiente a culpa toma conta de sua mente.

O que ela estava fazendo?

Realmente estava agindo como uma louca tarada psicopata.

― Sim eu estou bem mãe. Logo volto pra casa. São só 6 meses ate me formar aqui. ― Ela pode ouvir que alguém entrava e sobe ate o andar superior para se esconder, logo percebendo ser o garoto que tinha ido a sua sala. O irmão de Adrian. ― Também te amo. Beijos. ― Mas ao falar no telefone seu tom era muito mais carinhoso e humano.

E ela não pode deixar de imaginar que talvez tivesse tido uma impressão errado do garoto.

E este caminha pelo quarto de Adrian como se procurasse por algo especifico, logo desistindo e mandando uma mensagem de voz ao primo. ― Oi. Sei que esta na aula agora, mas eu vim na pressa e estou sem meu carregador e ainda não terminaram de organizar as minhas malas pra encontrar ele no meio das coisas. Onde você guarda o seu?

De fato ele não parecia ser uma pessoa ruim como imaginou na sala e assim que ele saiu, ela pode descer e olhar melhor o quarto que parecia realmente ter de tudo: Jogos de todos os tipos, um computador muito potente, caixas de som que realmente eram as próprias paredes de tão grandes e espalhadas, uma televisão enorme e um armário de roupas que não conseguia interpretar. Parecia ate outro cômodo.

O banheiro então foi uma distração a mais do que deveria.

A banheira parecia ate uma piscina e todo luxo e glamour não cabia em seus sonhos mais loucos.

― Esse chuveiro deve ser uma delicia. ― Não consegue evitar comentar ao ver os seus produtos e sua organização exemplar.

― Por que não tira essa roupa coladinha e descobre? ― Mas o comentário ousado a fez dar um pulo do lugar, e essa se vira percebendo que tinha sido flagrada pelo rapaz que jurava ter saído dali. ― Eu realmente imaginei que ele tivesse algumas fãs. Algumas loucas também. Que deveriam ter muitas fotos dele nas paredes pra prestar homenagem. Mas uma perseguidora que invade a casa de fantasia eu nunca cogitei.

― Espera! Você não entendeu. ― Ela tenta responder quase em pânico, sem saber realmente o que fazer ali; para sair de tal situação que havia se enfiado.

― Não? Mesmo? Ou só tem medo que eu chame a policia? Por que eu “já” chamei. Sua lunática.

― O que!!? Por que você fez uma coisa destas?

― Por que eu vi que tinha um invasor na casa? Por que eu deveria explicar a pervertida o por que estou protegendo o meu irmão dela?

― Olha. Você não entendeu. Eu sou uma heroína. Sou a Ladybug. Acho que ate já nos vimos antes.

― Se nos vimos não foi marcante garota de colam. Por que não me recordo. E se for verdade não tem por que temer a policia. É só explicar o seu motivo de heroína de estar aqui, vestida de gatinho. Essa roupinha é bem... provocativa não acha? Super heroína. ― Diz sarcástico ao erguer uma das sobrancelhas de modo a deixar ela bastante encabulada.

― É que eu e o Chat Noir estamos com os uniformes trocados. É temporário!

― Ata. Então seu parceiro que usa essa roupa ai? Posso saber como cabe nele e ainda fica agarrada assim em você? Olha. Mudei de idéia. Não me conta. Só vai com a policia. ― Ele diz ao ver que o segurança havia trazido o policial ate o quarto.

Ela estava com problemas.

Teria que pensar uma desculpa muito rápida para estar ali.

― Eu sinto muito senhor policial. Creio que assuntei o jovem. Estava perseguindo um akuma. Vi que ele entrou pela janela e aproveitei que estava com o traje de Chat Noir para o destruir. ― Ela diz seria sem alteração alguma na voz, passando toda credibilidade que precisava.

― Senhorita. Quase não a reconheci. Estão mesmo trocados. Por que fizeram isso? Ele acabou de derrotar um fugitivo no centro. Eu mesmo presenciei e o levei sobre custodia. ― E logo o sempre tão animado policial a cumprimenta gentil, o que parece irritar um pouco Felix que ainda não acreditava na garota pelo que havia visto.

― Ah ele estava trabalhando? ― E dessa forma mais uma leva de culpa cai sobre seus ombros. Coisa que não passa desapercebida pelo jovem louro; apesar de possuir muita confiança nela o policial não tem o mesmo instinto. ― Ah! Sim! Claro. Nos dividimos para cobrir melhor a área. Eu já vou indo. ― Diz envergonhada pelo olhar do louro sobre si partindo o mais rápido que pode.

― Eu sei que você é estrangeiro, mas aqui temos super heróis. Pode confiar neles são boas pessoas. ― Ela pode ouvir o policial comentando antes de sair.

― Desculpa eu tive a impressão errada então. ― Ele responde terminando de apunhalar sua culpa.

Mas antes que conseguisse ir embora pode ver o próprio Adrian entrar pela porta passando pelo policial que saia junto do segurança e seu irmão acaba ficando ali junto dele, afim de contar o que havia ocorrido em sua ausência.

― Eu percebi que alguém estava escondido e fingi que havia saído, então pude ver ela mexer nas suas coisas e ficar olhando tudo. Foi muito estranho.

― Se ela disse que foi um akuma é por que foi. Ela devia estar o procurando. Você não sabe o que acontece se alguém é akumatizado hoje em dia. É terrível!

― Tudo bem. Em Roma faça como os romanos. ― Ele responde ao se dar por vencido. ― Você esta fedendo. Não tomou banho na aula de esgrima?

― Ah isso? Foi... eu... não tive tempo sai no meio. Tive que resolver uma coisa. Não conta pra ninguém por favor.

― Umm.. você saiu no meio da aula e nem voltou com o gorila mudo? Gostei. Tudo bem não conto, mas vão descobrir com essa catinga que você esta. O que foi fazer? Se afurdar em um lixão?

― Você não entenderia. ― Diz ao desistir de esperar o irmão sair e começar a disperse para poder se banhar.

Com isso Marinette quase cai do telhado.

Dando graças a deus pela visão especial da viseira de Chat Noir.

― Tente. Veremos. ― Felix fala tranqüilo ao voltar a olhar as coisas vendo que Adrian havia o respondido por escrito onde estava seu carregador, e Adrien logo da de ombros; não se importando tanto assim de se despir na frente de outro garoto.

― Tudo bem... Eu também queria te perguntar uma coisa. ― Diz um pouco pensativo, escolhendo qual dos assuntos que explodia sua mente gostaria de tratar com ele primeiro.

― Quer entender o por que eu me intrometi entre você e a sua ex? ― Mas o próprio Felix escolhe por ele, não querendo falar sobre a recente “descoberta” familiar. ― Isso parecia estar te incomodando alem do normal. ― Comenta serio se encostando na porta do lado de fora do banheiro enquanto meche em algo em seu celular. ― Terminar sempre traz um peso, mas você parecia não conseguir lidar com esse; então dei um jeito de aliviar pra você. Só isso. ― Ele diz isso como se não fosse nada de mais, mas do outro lado da porta Adrien serra os punhos sem que ele pudesse ver.

Ouvir de uma pessoa que acabou de chegar em sua vida que ele aparentava não estar aguentando o peso de algo feriu seu orgulho.

Mas por outro lado isso era preocupante, afinal só poderia indicar que seu estado estava mais visível. E logo todos iriam se dar conta disso.                E ele não queria isso.
Não queria que ela percebesse nada. Não podia permitir que ela notasse.

Parou e se olhou no espelho tentando ver por onde havia deixado escapar. Estava se controlando bem a quase um ano; não sentiu ter recaídas e pensava estar melhorando. Então como ele percebeu?

― Pondo ela na minha sala? ― Responde afim de não dar mais indícios ao irmão de seu estado psicológico.

Tinha boa noção, mas pensava que ninguém mais precisava saber alem de seus melhores amigos.

― Dinada. ― Mas Felix o corresponde com um tom levemente zombeiro e Adrien não evita dar um leve sorriso.

De fato Kyoko estaria melhor se tivesse mais amigos, e neste novo ambiente eles poderiam reiniciar a relação; afinal, sentia falta de ser amigo dela.

                                          Mas nada que eles falassem iria importar para Marinette.

Pois toda atenção dela estava nos olhos e não nos ouvidos.

                          Ele podia ate mesmo revelar sua identidade, que ela jamais iria saber.

Seus olhos percorriam cada milímetro sem perder um único detalhe, pintinha ou mancha natural que sua pele poderia conter. Via como se estivesse em câmera lenta cada movimento dele. Sua pele sendo exposta lentamente fazia sua respiração acelerar, revelando um corpo realmente digno de ser fotografado e ate mesmo tatuado em seus olhos, que era o que ela mais queria naquele momento.

O suor que ainda escorria fino pelo meio de suas costas, por conta de ter voltado para casa correndo; agia como um atiçador de suas mais loucas fantasias; enquanto que o movimento do zíper quase a tira o resto de racionalidade que havia lhe sobrado.

Nem mesmo percebeu quando Felix havia terminado o assunto e deixado que este entrasse no banho. Poderia ter sido um ato imediato dele ao perceber que o irmão queria tomar um banho ou não, ele poderia realmente não se importar, e ter concluído o assunto; mas o fato era que aquela visão era tudo o que ela se concentrava.

A água que caia parecia cintilar em câmera lenta, desenhando aquele corpo perfeito que não possuía uma única ferida ou aranhão sequer, nem mesmo uma manchinha natural; algo digno de uma pintura, comprovando que não havia efeito algum sobre as fotos que este tirava.

Mas antes que pudesse ver o que tanto almejava, e que por tanto tempo pode apenas “imaginar”; o anel começa a tocar e ela tem de correr antes que perdesse o poder dado pela transformação e fica-se presa no telhado.
Ai sim ela não ria conseguir uma explicação.

― Aaaaaaahh! Isso foi incrível! ― Se jogou na cama assim que chegou em casa, terminado o tempo de transformação e pegando uma caixinha de bolinhos de queijo para Plagg se empanturrar. ― Toma. Fiz bem temperado especialmente pra você. Espero que goste! ― Diz feliz e sonhadora com a imagem ainda pregada em sua visão.

― Opa! Obrigado! ― Ele pula dentro do prato comendo a todos sem de importar nem um pouco com modos. ― Isso foi interessante. Não imaginei que gostasse deste tipo de atividade. Você vai querer fazer isso sempre? Olhar ele se trocar e tomar banho? O Chat Noir nunca fez algo assim. Isso é coisa de menina? ― Ele pergunta levemente inocente fingindo não saber o que ela havia feito e o por que enquanto dava mais atenção ao alimento.

E neste segundo ela se da conta de o quanto aquilo foi errado.

― Ai meu deus! O que eu fiz?

                                       Ela estava em um grande pânico interno.

Tinha acabado de cometer um crime.

De fato fez algo imperdoável e não conseguiria se esconder de si mesma, de seu próprio julgamento.

Não conseguiria voltar a olhar na cara dele na sala de aula. Tinha piorado tudo de vez. Era esse o plano do Kwami negro? Não. Não tinha como ser. Ele não tinha como saber que isso iria ocorrer. Ele apenas a permitiu usar as habilidades para o que tivesse vontade.
Enquanto que seu companheiro teve de lutar contra um criminoso e fazer todo o trabalho sem ela; ela estava ocupada...

― Tudo bem. Tivemos uma grande evolução hoje. Você descobriu que é uma lunática, tarada e maníaca. Agora pode para com isso. ― O ser flutuante diz zombeiro ao tirar o sarro da cara dela se sentando a seu lado. ― Então você gosta daquele garoto rico. Difícil. Ele não é mega famoso? Tem foto dele em todo canto. Ele deve ter muitas pretendentes. O que você tem pra oferecer? Alem... do que queria hoje... Claro.

― Ah! Não fala assim! Você é muito abusado sabia!

― Um reconhece o outro. Você não foi à pessoa mais pura lá no telhado. Esqueceu que nos fundimos para te dar os poderes? Tipo eu me torno o seu traje. E estou com muuuuita vontade de tomar um banho. Obrigado.

O tom do ser a sua frente foi inegável.

E a vergonha e a culpa a tomaram por inteiro.

― Meu deus... Eu sou uma pessoa horrível! Como pude fazer isso? ― Ela se perdia em um lup de culpa. Refazendo todos os seus atos ate o presente momento. ― Quando me tornei essa pessoa horrível? ― Repassava em sua mente tudo o que podia ter feito desde que o conheceu em busca dos momentos que poderia ter feito algo semelhante para ter certeza de que hoje havia sido a primeira vez que fez algo tão hediondo.

Recordou-se então de coisas menores.

Coisas que sua amiga Alya já havia pontuado.

E então resolve ligar para ela.

― Alya por favor seja minha consciência de agora em diante! ― Ela diz assim que amiga atende a chamada de vídeo preocupando a amiga por seu pranto sentido. ― Eu sou um monstro uma pessoa terrível!

[― Calma! Por favor se acalma o que ouve? Eu to indo ai agora. ― Ela responde de imediato ao desligar o aparelho parecendo que estava falando com outra pessoa antes de desligar e deixando Marinette sozinha com seus pensamentos.]

E sozinha com Plagg que a olhava de uma forma acusadora.

― Não adianta ficar chorando. Isso não muda nada. Você sabe o que fez de errado, e isso é bom. Sabe que não vai mais fazer. Fique feliz por essa evolução. Você cresceu muito hoje. ― Ele diz tentando elogiar, mas tem um efeito oposto. ― Ok... eu não sei mesmo ser... delicado. Desculpa. ― Diz ao pousar a seu lado. ― Olha... o Chat Noir também vê imagens de moças sem roupa, e uns vídeos também, mas ele sempre põe fone nesses e me manda ficar na TV. Acho que é normal não? Pra idade de vocês. Ter tanta vontade.

― Plagg para! Você esta piorando tudo! Não pode me contar assim o que o Chat Noir faz em seus momentos de intimidade! ― Ela diz ao tapar os ouvidos. ― E o pior é que ele não fez nada errado. Olhar isso na internet pode. Esta lá pra isso. Mas o que eu fiz não pode.

― Entendi. Desculpa, não queria te fazer chorar... ― Ele diz ao se abaixar. ― Eu não sou bom com essas coisas... Só sei destruir tudo. Realmente tudo.

― Plagg? ― Diz ao olhar o pequeno que parecia entristecido por conta de seu estado o pegando na mão, mas esse se encolhe todo. ― Esta tudo bem. Você só destruiu minha ilusão... Obrigada por me ajudar a ver isso.

― Ummm? Você esta falando serio? Eu consegui te ajudar com alguma coisa? Não atrapalhei tudo?

― Não. Juro. Obrigada. E desculpa. Acho que crescer dói... ― Diz ao respirar fundo, não querendo magoar o pequeno ser que havia apenas tentado ajudar a todos. ― Posso te dar um banho na pia? Tem água quente. A Tikki sempre fica comigo no chuveiro, mas não sabia que vocês tomavam banho.

― Tomamos por que nos sujamos já que somos seus trajes né. Eu sempre fico com o Chat Noir na banheira. Eu posso ir com você quando for tomar banho.

― Mas... Você é um...

― Eu sou um Kwami! Não nos reproduzimos. Não temos sexo. Humana complicada. ― Ele volta a explicar.

― Mas você não falou que gosta romanticamente da Tikk?

― Sim. O que isso tem haver? Ser menino e menina só importa pra uma coisa que não fazemos. Não nos reproduzimos lembra? Por que nossos corpos teriam tal definição? Vocês humanos que gostam de nos classificar pra ficar confortáveis pelas nossas personalidades.

― Ah. Sim. ― Diz ao olhar o pequeno ser que realmente não usava roupa alguma, ainda a tentar entender a relação romântica sem haver sexualidade. ― Ok... vamos pro chuveiro antes da Alya aparecer aqui.

― Sim!

― Marinette esta aqui? ― Alya diz ao abrir a porta com cuidado vendo que a amiga se trocava. ― Opa. Desculpa eu vim correndo.

― Tudo bem entra. Já terminei.

― Você parece melhor. O que ouve?

― Um amigo me ajudou e tomei um bom banho. Mas ainda estou me sentindo à pior pessoa do mundo. ― Confessa olhando para o pequeno Kwami que parava atrás de Alya de uma forma a ficar bem visível de propósito. ― Eu preciso te confessar. Passei dos limites com a minha obsessão. Você esta certa eu tenho uma obsessão pelo Adrian.

― Nossa! Aleluia! ― Ela comemora a abraçando forte em emio a zombaria que faz o Kwami negro rir. ― Tudo bem. Seja o que for não pode ter sido tão grave assim. Me diz o que foi. Serei seu confessionário. Eu também posso contar uns crimes meus pra você ver que não foi tão ruim assim. ― Diz ao dar uma piscadinha e se sentar sobre uma das cadeiras do computador da amiga.

― Tenho plena certeza de que você nunca fez algo tão terrível assim. ― Diz ao respirar fundo e tentar ter coragem de confessar. Mas ela se esvai. Então olha mais uma vez para o Kwami negro que a encarava incessante e tenta novamente.

― Isso sou eu quem vou julgar. E posso fazer como a igreja mesmo. Te mando pagar alguma penitência por isso. Anda o que foi que te deixou tão abalada assim?

― Bem eu... Espiei o Adrian. Uh! É isso! ― Diz ao subir as escadas e se esconder no lugar onde ficava sua cama, escondendo a cabeça sobre o travesseiro.

― Ã? Mas você não faz isso sempre amiga? ― Questiona sem entender, mas assim que Marinette levanta levemente o rosto corado ela entender. ― Ah. Sakey. Nossa!!! Ummm pêra. Jura? Eita. Como? Quando? Hoje?

― Não me pergunta isso. Eu sou uma pessoa terrível.

― Tudo bem deixa pra lá estes detalhes. Um... mas bem. Porra eu quero muito perguntar tanta coisa. Mas ok eu não vou. ― Ela diz meio envergonhada. ― Bem... Como prometi... Você sabe que eu estou planejando ir “alem” com o Nino neste cruzeiro né? Mas não sou a única. E tem uma miga nossa que e esta meio... receosa em conseguir.. dar conta sabe? E essa pessoa fez o mesmo que você. ― Diz ao se levantar e caminhar pelo quarto sem ter muito o que poder contar.

― Mas.... ai tem motivos não? Ela já é namorada e esta planejando e... ― Diz parando pra tentar entender o por que a amiga esta agindo de um modo tão calmo e natural, tendo apenas curiosidade, e não estando a brigar loucamente com ela como imaginou que faria. ― Você já fez isso?

― Espiar escondido? Não. Eu... er... ― Mas a morena toma um tom rubro muito forte no mesmo segundo parando de se mover a esmo pelo quarto.

― Você pediu pra ver? Nossa! Não acredito! ― Marinette então se exalta ao erguer o corpo que ate o presente momento estava encolhido em um canto da cama.

― Ei não me julga. Namoramos a um bom tempo. Não tem nada de errado. ― Ela bronqueia ao por as mãos na cintura olhando para a amiga que ainda se escondia no andar superior do quarto onde a cama ficava.

― Verdade. Todas vocês podem; eu sou apenas uma tarada.

― Bem... não posso negar. Mas ok. Calma. Digamos que você só queria se preparar pra essa viajem também. ― Diz ao desistir e subir as escadas para conseguir falar olho no olho com a miga. ― Fala serio. Tudo bem.

― Isso não vai me fazer sentir melhor.

― O que esse seu amigo misterioso te falou que te ajudou mais do que eu? ― Questiona curiosa ao se sentar a seu lado.

― Ele falou que agora que estou ciente do quanto sou errada e maluca eu posso parar e ser uma pessoa descende de agora em diante.

― Nossa!... caramba.... Esse seu amigo é um destruidor de almas. Mas ok. ― Ela diz ao subir as escadas e se sentar ao lado de Marinette pondo as mãos em suas costas. ― Quer se sentir melhor? Equilibra o placar.

― Que? Como? ― Diz envergonhada entendendo a idéia.

― Olha. Nestes anos você viu as garotas tentarem de todas as formas se aproximar dele e ele repeliu todos os tipos de tentativas.

― E você acha que ninguém tentou ‘isso”?

― Eu tenho quase certeza que a Lila tentou. Mas não posso provar. Ele meio que desvia o olhar quando ela ta por perto. Mas em fim... Ele nunca vai esperar isso de você. É diferente. E você pode fazer parecer que foi sem querer. Não tem como ele não te olhar diferente ou com outros olhos. Você “tem” que sair da FrendZone!!!

― Não! Ele vai passar a me evitar também.

― Bem isso equilibra o placar cósmico. Você viu ele. Ele tem o direito de te ver. Essa é a regra.

― Serio... eu não consigo nem me declarar. Acha mesmo que eu vou conseguir fazer isso?

― Desculpa amiga não posso fazer por você. Mas seu amigo também esta certo. Você pode tomar isso como um aprendizado e ir para próxima etapa. ― Diz ao abraçar a amiga. Tentando a reconfortar de outras formas.

Mas infelizmente a conversa delas foi o suficiente para dar idéias ao Kwami negro que não tinha muita noção das coisas; e era completamente apaixonado por grandes riscos.


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Notas finais do capítulo

Dyryét--- > (Bem eu sempre achei a Marinette muito maluca mesmo, então usei esse cap pra ir iniciando a evolução mental da garota. Queria muito por em algum lugar a relação dela com a Lila tbm. Vou ver como fazer isso. Pq tem muitas coisas que ela faz e o jeito que essa personagem é tratada e eu simplesmente não consigo a ver como uma vilã. Tipo. OK ela mente. Mas idai? Ela não faz mal a ninguém com isso! A Chloe é muito pior que ela. A garota tem baixa estima e tenta ter atenção. Isso não é um crime. Ok. Ela fez a Marinette ser expulsa. Mas ela mesma contou a verdade pq o Adrien pediu com jeitinho, a Chloe já fez metade do elenco ser akumatizado. Outra musiquinha ai pra vc não é tão legal quanto a ultima mas eu Curt --- > https://www.youtube.com/watch?v=IrShQFnTtWI)



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