...E um hamister chamado... escrita por Dyryet, Monna Belle


Capítulo 12
Meu anel é cheio


Notas iniciais do capítulo

Dyryét--- > (Me diz. Vc já me xinga no fim de cada cap? Não? Tenho que me esforçar mais então kkk)



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Chegou em casa com o sol nascendo vendo as milhares de chamadas de seus pais perdidas e mensagens desesperadas tentando descobrir onde ela estava.

― Pai? Mãe? ― Diz ao entrar em casa querendo se explicar. Sua vontade era de se esconder, mas seria responsável se o fizesse e não queria acumular mais erros. ― Desculpa eu estava no hospital. Um amigo da escola sofreu um acidente terrível e acho que lá não pega sinal vi só agora. Desculpa. ― Diz assim que os vê, pensando quantas coisas havia feito de errado por se deixar levar pelos seus sentimentos.

Seus pais levantam no mesmo segundo, ouvindo suas explicações. Mas isso não os impede de a forrar de muita bronca; afinal ela poderia ter saído parar os telefonar, mas ela em momento havia pensado nisso.

Ficou ali calada e quieta ouvindo todas as broncas que precisava ouvir.

Quando se tratava de Adrien perdia todo seu sentido de responsabilidade, sabia que precisava dar um jeito nisso se quisesse ficar junto dele.
Não era somente ele com sua relação complicada com o inimigo o problema para que ficassem juntos. Afinal como ela poderia ser uma boa heroína se perdesse completamente todas as noções perto de seu parceiro?

Subiu por fim ate seu quarto vendo o sol o iluminar, sabendo que em poucas horas seu celular avisaria que deveria levantar.

Então apenas tomou um longo banho afim de tentar se acalmar e ficou a aguardar a ligação de Gabriel. Em momento algum achou que aquele homem iria mentir para ela. Não parecia o tipo de pessoa que fazia isso.
Mas ele era Hawk Moth.

Não era?

[Vri vri]

Enquanto se secava ouve o vibrar do telefone tão alto quanto uma corneta.

Estava tão ansiosa que aquilo foi como um grito para ela.

O numero desconhecido a alegrou. Só poderia ser de Gabriel, mas assim que leu a mensagem seu coração doeu.

—*- Bom dia. Adrien acordou há alguns minutos, conversei com ele sobre o que prometi a vocês, mas ele afirmou que não deseja ser visitado e que não quer ser visto por ninguém. Agradeceu toda preocupação e carinho e disse que assim que conseguir pegar o aparelho celular entra em contato com vocês ele mesmo. -*-

Não podia acreditar em tal mensagem.

Gabriel tinha de estar armando alguma coisa.

Prendendo o filho e o separando do mundo como sempre.

Quis se transformar e ir ate lá tirar a limpo, mas logo uma mensagem a deteve.

Era do novo numero de Chat Noir.

—*- Ola My Lady. -*-

Uma mensagem curta que trazia um tom de inacabada.

Isso por que ele ainda estava encarando o celular se perguntando se enviaria a segunda mensagem ou não.

Já havia a apagado e refeito varias vezes.

—*- Eu estou bem. Sobre ontem. Foi você quem me salvou? Eu tenho memórias confusas, acho que foi a perda de sangue. (Apagou)

—*- Não sei exatamente o que ouve ontem. Acho que você descobriu quem sou. Não? (Apagou)

—*- Desculpa por ontem. Estraguei tudo dessa vez. -*-

Envia por fim, fechando os olhos e deixando o celular sobre seu corpo em uma área que não doía, para esperar pela resposta dela.

Não sabia se tudo tinha sido real ou uma fantasia de sua mente. Afinal se tivesse sido real teria algo passando na teve, mas nenhuma imagem ou filmagem foi divulgada, então tudo ficava confuso em sua mente.

― Adrien? ― Abre os olhos vendo que Queeen Bee surgia da janela.

Agoniada por vê-lo ela não podia simplesmente acatar as vontades de Gabriel e acabou por usar seu Miraculos para vir.

Mas ele ao ver ela, ele simplesmente esquiva o rosto tentando se esconder.

― Ei! ― Briga ao se aproximar e tocar de leve sua face na área que não estava coberta. ― Não fica assim. Você sempre será lindo. ― Afirma com toda fé do mundo ao se sentar na cama e desfazer o manto. ― Você sabe que o que faz você ser o príncipe perfeito não esta na sua aparência né?

― Obrigado Chloe... ― Diz ao tentar se sentar para falar com ela. Logo vendo o celualr acender indicando que era a resposta do amor de sua vida; ficando tentado a ler e responder, mas achou melhor não fazer isso com ela ali. ― Eu…

― Como esta se sentindo? Seu pai falou que fez uma cirurgia de emergência e que cuidaria de tudo pra você voltar ao normal.

― É… O meu pai… Ele acha que pode mandar na realidade as vezes.

Mas ela para o olhando um pouco, as bandagem apreciam querer o transformar em algum cosplay de múmia.

― Acha que... Não vai poder ter mais a mesma vida? ― Diz preocupada com a feição do amigo. ― Ei! Ate parece que não conhece o seu pai. ― Diz ao o acarinhar de leve. ― Ele vai mover terra e céu pra te…

― Concertar. Eu sei. Mas... Sei lá. ― Diz voltando a encarar o celular e desta vez ela o toma de sua mão para dar atenção a ela. ― Pode ser bom?

― O que pode ter de bom nisso? Pirou?

― Posso saber quem realmente gosta de mim ou só me quer pela aparência. ― Fala pensativo.

― Ata... Entendi. Isso. ― Diz ao se levantar sem ter muito o que falar.

Em fim percebeu como o amigo estava quebrado.

Agora seu externo refletia o que sentia. Esse se escondia atrás das aparências tal qual ela? Não. Era algo mais.

― Olha. Eu… Eu sei que nunca te disse isso. Mas… você pode contar comigo pra o que precisar. Pode me falar tudo o que quiser. Eu juro que nunca vou te julgar ou te dedurar. ― Diz parada de costas por ainda não conseguir lidar com o estado que o amigo querido se encontrava. ― Somos amigos afinal.

― Obrigado Chloe. De verdade. Quando eu souber o que é… que esta me incomodando tanto eu juro que te conto. ― Diz tentando dar um leve sorriso, mas a anestesia em sua face não permite.

― Qualquer coisa me manda uma mensagem ou me liga que venho correndo. ― Diz ao ativar o manto novamente e depositar um beijo em sua testa antes de saltar pela janela.

E ele finalmente pode ver a mensagem de sua amada que a essa altura estava agoniada, e em cólicas. Não que tivesse odiado a visita de Chloe, era bom ver toda preocupação, mas ele realmente não queria ser visto e queria ficar sozinho. No maximo falar com sua Lary.

—*- Como assim estragou tudo? Do que você esta falando? Ajudamos o Adrien Agreste no acidente dele e tudo ficou bem. -*-

Ao ler isso um grande alivio toma seu peito.

A idéia de entregar o miraculos para salvar seu irmão tinha salvo seu segredo.

 

Enquanto isso ela tentava a todo custo concertar o corrido.

Ele não poderia saber que ela sabia sua identidade de foram alguma, mas agora o irmão dele sabia do segredo dele e isso era um grade problema. Para manter a mentira foi ate a casa de Adrien a procura do rapaz que muito provável não iria para a escola; para tentar resolver o assunto dos Miraculos, alem de ainda temer que esse se tornasse um akumatizado poderoso.
Depois teria apenas que evitar que os demais pensassem sobre o que ela havia feito e dito. Imaginando que nenhum deles tinha prestado muita atenção já que chegaram depois e estava focados em fazer algo para ajudar.

― Ola? ― Diz ao ver Felix no jardim, parando sobre o muro. ― Preciso que devolva os brincos para quem te deu. Não pode ficar com eles assim. ― Diz ao parar a seu lado.

― Você não sabe de quem são? ― Diz indignado se lembrando perfeitamente da reação dela.

― Não. Por que não quero. Não posso saber. Por favor devolva a pessoa. ― Diz ainda a manter distancia dele. Estava muito incomodada em deixar sua preciosa Tikki com tal pessoa que nem mesmo conhecia. ― É muito importante. Vou confiar em você já que ele confiou. ― Completa ao sair de lá, e o jovem fica a observar a heroína sair.

Se eles tinham poderes mágicos inexplicáveis, nada a impedia de ter descoberto ali e depois dado um jeito de apagar a própria memória não?

Levantou-se então e pediu um taxi para o levar ate o hospital, já que o motorista da casa estava internado por conta do acidente.

Passou o caminho todo pensando.

Seu irmão era um super herói.

Isso era mesmo muito legal, mas também o dava muita inveja.

Que vida mais maravilhosa ele tinha. Amigos, carreira e esses poderes! De que ele se queixava então? Era um mimado irritante. Ele tinha tudo e estava reclamando.

Chegou ate que rápido ao local e não teve dificuldades em poder ser identificado e poder ir ao quarto dele.

― Esta vestido? ― Diz ao entrar com cuidado vendo que o irmão digitava com dificuldade.

― O que esta fazendo aqui? Eu pedi pra…

― Que não quer ver ninguém. Eu sei. Você esta horrível mesmo. ― Diz serio ao se aproximar do irmão, que mesmo coberto e com as ataduras dava para ter uma idéia do seu real estado. ― Uma coisa estranha aconteceu. Aquela heroína com roupas de joaninha me mandou te devolver os brincos. Ela disse que não sabe quem você é. Isso é serio? Como depois de tudo ela pode não ter percebido quem voe era? ― Diz não acreditando nela afinal tinha visto a reação da garota com o estado do irmão. ― Disse para eu entregar pra quem me deu e que não queria saber como foi parar comigo nem o por que. Vocês não sabem a identidade um do outro? Como ela pode não ter descoberto depois do que ouve?

― Por que ela não esta tentando. Ou fez algo para esqeucer usando um Miraculos que tem acesso. ― Sorri meio sem graça, sabendo que já teve a mesma atitude algumas vezes. Ignorando e deletando lógicas simples parar descobrir quem era ela. ― Não podemos. Então… Nem tentamos.

― Entendi. ― Diz ao o devolver os brincos, mas Adrien nega. ― O que foi?

― Posso te pedir uma coisa?

― Nem vem.

― Por favor.

― Isso é loucura.

― Mas só pode ser você. Se o Chat Noir não voltar vai ficar nítido que sou eu. Se você tomar meu lugar trará a duvida.

― Mas.

― Por favor.

― Aff. Mas como? Ela te conhece certo? Tipo o jeito do Chat Noir. ― Feliz diz serio percebendo que o irmão travava algum tipo de batalha interna. ― Como posso fingir ser você pra ela? Pras câmeras ok. Mas acha que vou conseguir enganar ela?

― … ― Adrien tinha mesmo a idéia perfeita, mas não queria.
Não queria de forma alguma deixar o irmão o imitar próximo dela, afinal ele sempre dava em cima dela, e justo agora ela finalmente tinha o dado uma chance.

Não queria.

Não podia permitir tal coisa.
Mas logo se lembra o que a pequena disse: não poderiam ficar juntos por que não tinham maturidade para lidar com a relação.

                                                         O que o atrapalhava era justamente esse ciúme?

Teria que provar aos Kwamis que conseguia ser maduro, e não se deixar influenciar pelos sentimentos em relação a ela. Que conseguiria manter o bom trabalho mesmo depois de ter uma relação com ela.

― Eu dou em cima dela direto. ― Diz ao virar o rosto. ― Mas ontem ela me deu uma chance e nos beijamos pela primeira vez. ― Ele sentia o amargor da raiva subir por sua garganta, era tanto ciúme em permitir que o irmão fingisse ser ele que nem sentia vergonha em revelar isso. ― Você pode zuar, e brincar tipo zombar os inimigos e fazer piadas com a situação. Mas…

― Eu entendi. Não toco nela. Vou tentar fingir ser você. Se ela te deu uma chance ontem você pode estar tentando sossegar e ver se ela da algum passo. Sei lá. ― Diz ao se sentar na poltrona ali ao lado. ― Mas ela manjou que eu não era você assim que me viu. Tanto que me mandou devolver os brincos. O que faz você pensar que agora posso a enganar?

― Antes você não estava tentando fingir ser eu. E olha pra nós. Somos idênticos ate na voz. ― Ele diz ao pegar um caderninho e anotar algumas coisas. ― Eu vou te ensinar a fingir melhor. ― Diz por fim e Felix acha melhor ele escrever diretamente em seu celular, ate por que ele não estava conseguindo pegar a caneta direito.
Isso era mesmo complicado.

Não sabia como havia se enfiado em uma situação tão complicada.

Claramente seu irmão não queria que ele fingisse ser ele.

Mas precisava, e era a coisa mais lógica a se fazer.

Enquanto isso Marinette estava em cólicas.

De que adiantava tantos poderes se não tinha como ajudar quem amava?

Saiu da casa dos Agreste e foi em direção a escola, onde assim que pois os pés na sala todos foram em sua direção a sufocando completamente.

― Calma. Olha. Essa foi à mensagem dele. ― Diz ao abrir o texto, estando revoltada de mais para falar sobre.

Indo se sentar e pensar no que fazer. No que realmente poderia fazer.

—*- Mas ele se machucou muito grave, eu não consegui fazer muito com seus poderes, me desesperei por não conseguir quebrar aquele troço. Desculpa por não ter sido útil ontem. E você pode me explicar por que tem dois Plegg? -*-

Ela lê a mensagem tão rápido que podia ter adiantado sua chegada, a respondendo imediatamente.

—*- Pelo que entendi foi uma das conseqüências de se viajar no tempo como fiz. Mas vou dar um jeito nisso. A realidade que ele veio não existe mais, então não posso o enviar para lá. -*-

—*- Ele só precisa ficar guardado ou de um novo mestre. -*-

—*- Novo mestre? Esta pensando mesmo nisso? Dois Chat Noir? Ficou louco? -*-

—*- Confie em mim por favor. Eu posso encontrar a pessoa perfeita pra ele. Só preciso de um tempo. -*-

—*- Tudo bem. Confio em você. Cuida desse assunto. Você é o guardião do talismã do gato. -*-

Ela responde com o coração apertado, não gostava de deixar esses assuntos nas mãos de outras pessoas, mas sabia como ele estava magoado com essa postura de ela não confiar nas capacidades dele; então tenta fazer um esforço.
Mas ele já tinha seus planos com isso.

O período de teste que ficaria afastado seria perfeito para saber se seu irmão poderia cuidar do segundo Plagg ou não.

― Fala serio! Isso é um cumulo! O Adrien precisa de nós. ― Nino gritava irritado com a mensagem de Gabriel, e logo Chloe chega à sala atrasada por seus próprios motivos, vendo aquilo e batendo a porta com força chamando a tenção de todos. ― Aquele filho da puta do pai dele esta causando e…

― Cala essa boca Nino! Você não sabe de nada. ― Diz seria fazendo com que apenas ela falasse naquele momento, indo em direção dele como se esse fosse um inimigo a ser derrotado. ― Não pode sair falando mal do cara porque esta com vontade. A única coisa que ele esta fazendo neste exato segundo è correr de um lado a outro pra tentar ajudar o filho. E ainda parou pra responder o recado como tinha prometido. ― Palestra ao o por contra a parede. ― Quem você pensa é que pra ficar julgando ele? Você não o conhece. Não sabe como ele ama seus filhos. ― Completa ao por a bolsa de lado e enfiar o dedo na cara dele. ― Eu acabei de vir do hospital. Imaginei que vocês merdinhas o Adrien quisesse longe nessa hora, mas falaria comigo. Mas só consegui entrar no quarto como Queen Bee. ― Esbraveja revoltada. ― Eu ouvi dele próprio que não quer ver ninguém. Que não quer ser visto por ninguém. Então cala essa sua boca. ― Completa ao se virar batendo com o cabelo na cara dele e indo se sentar.

― I-isso não faz sentido. Por que ele… ― Mas Nino não aceitaria tal esculacho e tenta a responder, mas se cala assim que percebe o olhar revoltado dela cheio de lagrimas.

― Como não faz sentido? O que diabos vocês irem ate lá vai ajudar? Vocês são formados em cirurgia plástica ou micro cirurgia? Eu acho que não. ― Desta vês ela grita ao se levantar na carteira e bater as mãos na mesa. ― Querem ir lá ver ele pra que? Por que estão curiosos? Se estão preocupados já sabem o que os médicos disseram. Ele esta fora de risco. Agora só tem que se recuperar. Mas não é isso. Vocês só querem dar uma de urubus nojentos e ir ver como ele esta!

― Claro. Ele é meu amigo eu quero falar com ele. Saber como ele esta se sentindo. ― Nino volta a retrucar, fazendo daquela cena toda um show gratuito.

― Então pode deixar que eu te digo. Ele esta a base de medicamentos pra não sentir dor. É assim que ele esta se sentindo! Seu retardado! ― Chloe sempre foi de rebaixar e importunar, mas de brigar desta forma tão alterada e por tanto tempo era estranho. Sua postura estava anormal, e Marinete percebia isso, pensando no que fazer.

― Eu não digo isso! Você é mesmo uma ignorante. Como ele te suporta? Eu não consigo entender essa amizade de vocês.

― Isso por que você não o entende. ― Cruza os braços vitoriosa. ― Se entendesse saberia a nossa relação. Mas ele nunca vai te contar isso. Por que você é só um amigo de escola. Nunca vai fazer parte da vida dele de verdade.

― Isso não é verdade. O Adrien ama todos nós. ― É a vez de Alya se intrometer na briga, indo ajudar o namorado.

― Claro. Mas não tem essa intimidade. Ele não vai se abrir pra vocês. Se toquem de uma vês por todas. Só estão pagando mico! ― Volta a se impor e Marinette se levanta de sua carteira com calma. ― Também não vai dar bola pra nenhuma garota dessa sala ou as inúmeras fãs ridículas que babam nele. Quer uma verdade? Ele não ta nem ai pra isso; são todas iguais pra ele. Quer outra verdade? Ele esta na bad “sim” por estar ferido e ter ficado feio. O que foi? Não esperavam isso dele? Se toquem. Ele é um modelo mirim, acostumado a ser lindo e admirado e agora esta se sentindo horroroso e não quer ser visto assim. O que foi? Não imaginou que ele fosse vaidoso assim? Fala serio ninguém que é bonito assim não tem vaidade ou orgulho. Ele é legal e simpático, mas se cuida sim. Seus retardados!

― Chloe. ― Marinete então se faz ouvir indo ate a loira que gritava a plenos pulmões com todos. ― Obrigada por salvar ele ontem. ― Diz ao se aproximar tentando não verter lagrimas, mas é a loira quem acaba chorando e então Marinete a abraça forte. ― Aquilo foi tão assustador. Eu... Obrigada. Foi um milagre. Se você não estivesse lá...

A loira realmente tentava se manter no controle de suas emoções, inverter o medo e a tristeza em raiva, mas estava muito difícil e foi só ser abraçada que sua muralha demorou por completo.

A verdade era que nunca levou essa coisa de ser super heroína serio. Isso era apenas uma forma de poder ter fama e admiradores. Nunca sentiu o real perigo de vestir o traje e a responsabilidade que aquilo tinha.

― Eu sei... A Ladbug também fez muita coisa. Tirou ele do carro e… aquele troço. ― Ela diz entre o pranto escondendo seu rosto no peito da nova amiga. ― Todos os heróis fizeram tudo que podiam. Ele também… lutou tanto pra ficar acordado... se ele tivesse desmaiado não teria...

― Eu sei. Eu sei. Ele foi surpreendente.

― Eu não sei quando ele ficou tão forte. ― Diz ao se afastar, saindo do abraço e secando as lagrimas que tinham borrado sua maquiagem. ― Nunca tive tanto medo na vida. Quando vi ele... tava tão machucado. Eu não sei como ainda estava vivo. Eu teria morrido de dor só com um daqueles ferimentos.

― Verdade. Foi surpreendente. ― Marinete responde ao lhe entregar um pouco de lenços umedecidos para que Chloe pudesse limpar a maquiagem borrada. E a loira sorri.

― Obrigada. ― Corresponde ao limpar o rosto e os demais não tinham palavras para tal cena. Estavam tão acostumados a imagem da loira que esqueceram de perceber o que essa sentia e tentava encobrir com tanta raiva. ― Ele sempre foi um menino tão... fofo sabe. Tenho medo de ele não agüentar tanta pressão.

― Quer conversar? ― Marinette diz em um tom doce. E a loira olha para ela pela primeira vez, fazendo cara de choro de novo.

― Sabe... Q-quero sim. ― Não consegue evitar voltar a lacrimejar, e Marinete a pega pelo pulso saindo da sala com ela deixando todos impressionados com tal cena.

Ninguém conseguia digerir o que haviam presenciado.

Nino ate se sentia um pouco mal. Afinal foi o único a não ir ajudar o amigo quando mais precisou dele, enquanto que a loira realmente fez muita diferença.



― Você esta certa. Eu não o conheço. ― Marinette diz ao caminhar no corredor silencioso ao lado de Chloe que parecia não saber como começar o assunto. Afinal não estava acostumada a poder desabafar. ― Só sei que ele é um modelo e algumas outras coisas... ― Diz ao se lembrar de todo o fichário que tinha feito com coisas que descobriu sobre o loiro, como comida favorita entre outras coisas que poderiam soar estranho. ― Mas esta errada sobre uma coisa. Eu não gosto dele por ser bonito. Mesmo que ele volte como o fantasma da ópera eu ainda iria querer ficar com ele. Pois o que tem de bonito nele não esta na aparência.

― Sim. Ele é fofo, educado e sincero. ― Chloe apenas responde ao se sentar nas escadas, tentava tirar a imagem da mente, mas estava difícil. ― Mas ele… É horrível ver ele cada dia pior e não conseguir fazer nada. ― Completa ao abraçar os joelhos, sem ligar muito por estar sem toda sua costumeira maquiagem. ― Aquele natal que ele sumiu... foi por que ele fugiu e... ninguém sabe o que ele fez por ai. O pai dele se preocupa muito com seus surtos, mas não sabe como agir.

― Surtos?

― De violência. Ele da umas surtadas. ― Diz olhando para o lado oposto dela. ― Mas ele não é má pessoa. Só explode. E faz tanto tempo que ele não explode. Dês da morte da mãe. Mas não sei quem não teria uma reação assim ou pior vivendo como ele vive.

Com essa afirmação Marinete não pode deixar de co relacionar ao fato de ele poder extravasar tudo com o manto de Chat Noir.

― Estou preocupada com ele. Ele falou que talvez tenha sido bom esse acidente. Andei percebendo sintomas suicidas nele... ― Mas a loura completa temerosa com seus próprios pensamentos. ― Eu quero que seja só algo da minha cabeça. Mas… isso pode ser o resultado de… Não ver escolha, de não ver saída. Não? ― Diz ainda a fitar os degraus querendo evitar olhar para a garota a seu lado.

Mas Marinette não sabe como reagir.

Analisa a forma como ele se jogava de cabeça nos combates.

E também seu ato final.

Mas aquilo era coragem. Ele não era suicida. Não o Chat Noir que conheceu e conviveu por tantos anos. Isso estava errado!

― Sabe. Agora que você falou... eu acho que sim. ― Diz ao se levantar a parar na frente dela. Não adiantava ela negar o pior e rezar pelo melhor, se fosse mesmo esse o caso faria de tudo parar ajudar; e pela primeira vez parecia ter conseguido uma boa aliada para isso. ― Eu acho que ele nem sabe por que se sente assim. Mas ele… O pai dele pode estar tentando ajudar, mas ele é um homem doente. Todos sabemos como ele se isola, isso não é normal; não é bom viver assim crescer assim. Esta sufocando o filho.

― Mas o senhor Agreste não vai mudar.

― Não. Não vai... ele precisa sair de lá por força própria. E ele já se mostrou ser muito forte. ― Tenta ser gentil ,mas a loira a olha seria e entristecida.

― Marinette. As grades não estão nas janelas. Estão na cabeça dele. Os grilhões e correntes também. Eu... demorei anos pra fazer ele ter forças pra ir a escola. ― Corresponde desta vez sem desviar o olhar. E Marinette engole seco.

― E se você tiver ajuda. Sabe... Você não é mais a única amiga dele. Se deixar... podemos ser seus amigos também. ― Diz sorridente, um sorriso que aquece o coração solitário de Chloe que ainda não tinha aprendido a fazer amigos, ou conviver com outras pessoas.

― Você é uma idiota. Por que eu iria querer ser amiga de vocês? Isso é ridículo. Completamente ridículo. ― Diz ao virar a cara, estando claramente envergonhada.

― Por que? Bem. Por que assim podemos o ajudar juntos. Não quer isso? ― Teima um pouco mais a forçando a encara- lá.

Mas Chloe não aceitaria isso de bom grado.

Ela se levanta e bate o pé. Bufa e vira de costas.

― Tudo bem. Trégua. Mas só pelo bem dele.


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Notas finais do capítulo

Dyryét--- > (Morri com essa play list! Nem todas são boas, mas tem muitas legais! https://www.youtube.com/watch?v=IkjKa6-rKtI&list=PLsA3kA9Yyoo6qBgdvJ9jXA8bjGUlIcpbU&index=19)



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