Gin no Majo 銀 の 魔女 escrita por Senpai


Capítulo 1
O Começo




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"Ahhhh! Socorro!", "Por favor não!". Caos, grito e muito sangue, com meus olhos vejo cada uma das pessoas com quem convivi por muito tempo serem massacradas pela fera descontrolada, vários magos e aprendizes arriscam suas vidas para contê-la, mas não são nada mais que papeis frágeis para as garras afiadas de tal criatura. Enquanto tentam desesperadamente mata-la, eu caminho lentamente pelo corredor, algumas pessoas horrorizadas passam correndo por mim em direção oposta, algumas chegam a me derrubar e gritar algo como: "Saia da frente inútil"; "Não fique ai parada atrapalhando os outros, vá e ganhe alguns segundos com esse seu corpo fraco, não é como se você durasse muito, não é mesmo?"; "Por que você está aqui? Enquanto muitos morrem la fora?". Não posso culpá-los, sei que sou somente um incomodo, com esse meu corpo fraco e sem muita magia, morreria ao um simples rugir da fera, mas não posso ficar parada vendo pessoas morrerem, se eu ao menos conseguir ganhar alguns segundos para que todos possam fugir, já terá valido a pena.

Continuo a caminhar em direção a batalha, com uma forte determinação me lembro de algumas aulas que tive, ou melhor, que observei os outros alunos a terem já que não se incomodariam em ensinar nada a mim. Por ser muito observadora aprendi alguns feitiços, mas com uma magia tão fraca, duvido da minha capacidade de invocá-los.

— (Rugido*). Um rugido ensurdecedor se é ouvido quando saio para fora.

— G-Giant Cérberos!. Digo com espanto.

Giant Cérberos, uma besta magica enorme de três cabeças, diante tal criatura dita como uma das bestas magicas mais fortes, eu tremo. Dizem que o rugido dessa criatura contém partículas magicas que te debilitam e enfraquece qualquer encantamento magico contido em você. Minhas pernas bambeiam enquanto tento prosseguir, pouco a pouco consigo superar o medo e seguir em frente, olhando para o lado vejo que a maior parte do colégio já sucumbiu.

Caminho despercebida até atrás da criatura, me posiciono enquanto ela se distrai com alguns magos, estendo uma das mãos, com a outra seguro meu ombro direito e conjuro um feitiço de ataque que aprendi.

— "Vinde a mim ó espirito do fogo, aquele que tudo queima aquele que tudo destrói, mostre-me o seu poder e destrua o meu inimigo! - FireBall". Sinto um poder vindo para palma de minha mão, me concentro mais um pouco e disparo.

Uma bola de fogo é lançada e atinge a besta, mas por eu ser fraca e ter pouca magia, o tamanho foi dez vezes menor do que uma comum. A besta então coloca sua atenção em mim e começa a correr em minha direção, de longe posso escutar os magos que estavam lutando contra ela dizerem:

— "Isso! Chame a atenção dela enquanto nos fugimos!"

— "Até que em fim será útil para alguma coisa."

— "Está na hora de pagar o que nos deve, por ter convivido conosco durante todo esse tempo."

Depois de literalmente me mandarem morrer, correm em direção ao circulo magico que se formou ante o Mago Mestre, um circulo de teletransporte que liga o colégio a um lugar seguro longe daqui. Por algum motivo Cérberos começa a me ignorar e ir em direção ao aglomerado de pessoas que estão dentro do circulo, o Mago Mestre percebendo a ameça, começa a conjurar o feitiço de ativação, mas então a besta rugi quebrando-o, nesse momento caio de joelhos ao chão, me sentindo fraca como se minha energia houvesse sido drenada, então algo no meu peito queima após ser exposta ao rugido da besta. Tento ignorar isso e me levantar, a besta então começa a andar em direção ao Mago Mestre.

— Fique longe besta sanguinária!. Grita ele.

— "Espirito da luz, aquele que tudo perfura, mestre dos raios e do céu, ante nosso contr-.."

Antes que pudesse terminar sua conjuração, a cabeça do Mago Mestre rola no chão, Cérberos então devora seu corpo com suas três cabeças absorvendo sua magia e tornando-se mais forte, meu peito mais uma vez queima como brasa.

— Merda! Por que sou tão fraca!? Se ao menos fosse mais forte... . Me indigno.

Em meio a frustração me lembro do feitiço que o Mago Mestre tentou usar antes de morrer, aquilo não era um feitiço ofensivo, mas sim uma invocação. Magos podem invocar espíritos com sua magia, ou até mesmo bestas magicas e fazerem um contrato com elas, mas claro que eu não conseguiria invocar algo através de minha magia, porém existe outra forma, na verdade existem dois tipos de invocação:

Por magia, onde você conjura um espirito e faz um contrato com ele, isso é chamado de "Conjuração Branca", ou seja, magia branca.

Por sangue, onde você usa o seu próprio sangue como catalizador, invocando um ser e o fazendo se submeter a você, isso é chamado de "Conjuração Negra", ou seja, magia negra... Mas essa forma é instável e perigosa, pois se não conseguir submete-la, ela irá sugar toda sua energia vital, o fazendo morrer.

— Não tenho tempo para pensar em consequências, preciso faze-lo antes que todos morram. Digo a mim mesma.

Na minha ultima tentativa consegui invocar somente uma criatura de Rank F, ainda sim não consegui subjugá-la, por ser uma fraca criatura foi rapidamente eliminada por um professor, o mesmo me prendeu sem água ou comida e me xingou dizendo que estava contaminando o colégio com magia negra, me ameaçou dizendo que se me visse fazendo-a novamente, me puniria de força severa.

Decidida a faze-la, pego uma adaga na cintura de um dos meus colegas mortos, por mais que meu corpo seja fraco, minha mente está forte e determinada, assim não tenho tempo para me preocupar com sangue e pessoas mortas ao meu redor. Desenho um circulo magico no chão e faço um corte em minha mão, enquanto isto, escuto gritos e barulhos de magias sendo lançadas contra a besta. Coloco minha mão sobre o circulo, então deixo meu sangue cair e começo a invocação.

— "Ser mistico criatura magica, espirito branco besta indomada, não tenho nada a oferecer, então com meu sangue eu te convoco, ouça meu chamado e se submeta a mim...

O circulo magico começa a brilhar, Cérberos parece notar e coloca sua atenção em mim, novamente rugi só que desta vez em minha direção, meu corpo parece que ira ceder a qualquer momento, mas me mantenho firme, meu peito começa a queimar novamente.

— "... Aguá, fogo, vento, terra, luz e trevas..."

Cérberos percebendo que não conseguiu quebrar o circulo começa a correr em minha direção, por ser uma invocação de sangue nenhum circulo feito com magia foi utilizado, eu mesma o desenhei, então ele não pôde quebra-lo com seu rugido. Rapidamente Cérberos se aproxima e então pula em direção a mim.

— !!!. Rapidamente termino a conjuração.

— "Vinde a mim e atenda meu chamado - Invocation"

Uma forte luz cega meus olhos, neste mesmo instante Cérberos perde uma de suas cabeças, e é arremessado a vários metros de distância.

A poeira começa a abaixar, pouco a pouco recupero minha visão, posso escutar alguns professores dizendo:

— "N-Não pode ser..."

— "Isto é i-impossível..."

— "P-por que ele está aqui? E-estamos todos m-mortos!"

Então uma voz se é ouvida.

— (Risada maléfica*) Interessante... Sim... Muito interessante.

— Em pensar que um frágil humano conseguiria invocar alguém como eu. Diz o ser com uma das cabeças de Cérberos na mão.

Um dos professores diz:

— D-demônio R-Rank S...

— KRYPHT MERPHISTO!. Outro me olha com cara de ódio e diz:

— O que você fez sua inútil!? Agora com certeza todos morreremos!.

Com minha visão recuperada vejo um demônio com aspecto humano, dizem que quanto mais forte o demônio, mais humano ele se parece, e este que está em minha frente com um sorriso maligno no rosto, só se diferencia pela cor, seus chifres e asas.

Cérberos que foi arremessado longe começa a se levantar, seus olhos estão vermelhos, listras magicas aparecem em seu corpo, sinal de que realmente está nervoso. Sem se importar com quem quer que seja, Cérberos começa a atacar tudo e todos que estão por perto.

Com um ser de Rank S em minha frente, não mexo se quer um único músculo, não me dando por vencida ante ao medo, pego a adaga e cravo em minha perna.

— Argh! (gemido de dor*). A dor causada me faz sair do estado de medo.

— Oh... Apesar de ser uma humana tão frágil, você tem coragem ao me encarar desse jeito (Risada maléfica*). Diz Merphisto.

Reúno coragem e digo a ele:

— E-eu te invoquei! Q-quero que me o-obedeça agora!

— Hooo... E por que eu obedeceria a uma humana tão fraca como você?. Pergunta ele.

— S-se n-não me obedecer, t-terei que te su-su-subjugar. O respondo trêmula

Então em questão de segundos ele desaparece, aparece bem próximo a mim e diz:

— Hoo... e o que te faz pensar que consegue fazer isso? (Sorriso maléfico)

— Vocês humanos são criaturas estranhas, por que deseja ajudar aqueles que te desprezam?

— Vamos... se você me pedir para matar a todos, talvez eu possa te ouvir (Risada maléfica*)

Enquanto tento com todas as forças não me submeter ao medo, vejo todos sendo massacrados por Cérberos, algo sobe a minha cabeça e então eu grito com todas as minhas forças.

— VÊ SE ME ESCUTA DE UMA VEZ E FAÇA O QUE EU MANDO!!!

Depois de gritar o mais alto que eu pude, sinto meu peito queimando como se algo o derretesse, então algo dentro de mim se rompe, por um momento sinto-me caindo num vazio profundo, logo após um grande poder me preenche e então uma aura prata aparece ao meu redor, a pressão magica é tão forte que sinto meu corpo se rompendo.

— AHHHHHHHHHHHH!!!!

Merphisto me olha com um olhar serio e então sussurra pra ele mesmo:

— *Esse poder...*

 

[No mesmo local, perto dos portões principais]

Alguém observa a cena, um homem que se parece com um dos instrutores.

— (Rindo*)... O selo foi rompido, agora não temos mais motivos para proteger essa aberração.

— Sim... Como planejado, Cérberos quebrou o selo e agora vou poder mata-la sem interrupções. Diz ele.

 

[Local onde Cérberos está]

— AAAHHHHH!!!. Sinto um poder insuportável dentro de mim.

Meu corpo começa a ganhar forma, minhas mãos se tornam maiores, garras começam a nascer, sinto algo rasgando as minhas costas.

— Você é... . Fala Merphisto.

Merphisto então começa a caminhar em minha direção, mas rapidamente algo chega até mim, com uma enorme lança de luz... perfura o meu coração. Lentamente o poder que fluía de dentro de mim, começa a se esvair... junto com minha consciência.

— MALDITO!. Merphisto rapidamente tenta ataca-lo, mas ele então escapa.

Tudo após, não passam de escuridão.

 


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