A bela e a besta escrita por garota supernatural
Samantha e Jeffrey fazem as pazes e ficam amigos de novo. Angel sente ciúmes da reaproximação deles.
—-- Alguém está morrendo de ciúme. Kathy brincou.
—-- Eu? Não.
—-- Haha. Essa cara me diz outra coisa.
Angel dá um meio sorriso.
Samantha riu de algo que Jeffrey disse. Angel foi embora sem dizer uma palavra.
Angel foi pra casa e destruiu tudo o que encontrou pela frente, como um animal selvagem, Rosnando e socando a parede ate suas mãos sangrarem.
Samantha olhou em volta e não viu mais Angel.
—-- Pra onde ele foi?
—-- Foi embora, eu acho.
—-- Estranho.
Uma garota observa o grupo se divertindo.
Ciúme. Está aqui dentro. Quieto. No canto dele, até que a ameaça atravesse seu caminho. O ciúme nos desperta, abruptamente. Sussurrando. Rosnando. Como um alerta vermelho. Assim como a paixão é a fonte dos nossos melhores momentos, o ciúme é a fonte dos nossos piores instintos. O ciúme leva uns ao desespero, outros a matar. Sem ele, a vida seria meio mórbida, sem graça. O ciúme nos motiva a viver ou morrer pelo outro. Irônico e sexy, com truques e astúcia o seguimos como cães fiéis e leais. Sem ele, o que mais seríamos? Para onde iríamos? Como estaríamos? Cheios de dúvidas, incertezas e como um pneu vazio no meio da estrada, longe de tudo e de todos. O ciúme é um motor que nos mantém ligados e vigilantes o tempo todo. É como o tempo. Passa, muda, mas não pára, não descansa.
No dia seguinte, Samantha liga para o celular de Angel, mas ele não atende.
—-- Nada ainda?
—-- Não.
—-- Talvez ele ainda esteja dormindo.
—-- Eu não sei, kat. Estou com um mal pressentimento.
Depois da aula, Samantha foi a mansão e encontrou Angel dormindo no chão. Tudo estava destruído.
—-- Angel?
Angel abre os olhos e muda seu rosto. Angel rosna, mas não ataca Samantha.
—-- O que aconteceu?
Angel se levanta do chão, ainda furioso.
—-- O que aconteceu com suas mãos?
Angel afastou as mãos, antes que Samantha pudesse tocá-las.
—-- Eu vi vocês dois. Rindo e conversando, ontem.
—-- Quem?
—-- Seu novo namorado.
—-- O que?
—-- Jeffrey.
—-- Angel, Jeff e eu somos amigos.
—-- Ele te ama! Ele não perde a oportunidade de estár perto de você, de tocar em você!
—-- Angel, eu não amo o Jeffrey.
—-- Ele te ama.
—-- Você está com ciúme do Jeffrey?
Angel se afasta de Samantha.
—-- Ele está na sua vida. Ele pode passar o dia todo com você, eu não. Assiste suas aulas, come suas refeições, escuta suas piadas e queixas. Ele... pode te ver a luz do dia.
—-- Angel...eu amo voce.
—-- Eu queria... odiar você. Eu tentei, mas, não consigo.
—-- O que eu posso fazer pra você entender que eu não amo o Jeffrey?
—-- Eu não sei.
—-- Será que... isso ajuda?
Samantha o beijou.
—-- Eu tenho que cuidar desses machucados.
Horas mais tarde, Samantha (Angel) e Kathy conversam sobre Angel e Jeffrey.
—-- Os dois amam você.
—-- Eu amo o Angel, kat. Jeffrey é como um irmão mais novo. Irritante e chato, sabe?
—-- Sei. Então, você e o Angel estão se dando melhor?
—-- Sim, eu acho. Eu fui a mansão, hoje. Você deveria ter visto, kat. Ele destruiu tudo o que encontrou pela frente.
—-- Por que? Ele ficou mal de novo?
—-- Não. Ciúmes.
—-- Ciúmes de quem?
—-- Do Jeffrey.
—-- Devia ter imaginado. Na verdade, isso explica por que ele não gostou de ver vocês conversando, ontem.
—-- Eu não entendo, kat. Foi o próprio Angel que me convenceu a fazer as pazes com Jeffrey.
—-- O amor e o ciúmes andam de mãos dadas.
—-- É verdade.
A morena continua a observar as duas.
—-- Você vai entender, garota. Logo, você vai sentir o que ele sente. O desespero, a dor.
No dia seguinte...
—-- Ah, meu deus!
—-- Ah, meu deus!
Samantha abriu a porta de casa, pra sair, mas...
—-- Aaaaaaahhhhhhhhh!
Samantha conseguiu voltar pra dentro de casa.
Angel se levantou e foi ao banheiro e...
—-- Oh, meu deus... como...
Samantha ligou para Roman em completo desespero.
—-- Roman, preciso que venha a minha casa, rápido!
—-- Angel? O que houve?
—-- Não, eu não sou o Angel! É a samantha!
—-- O que?
Roman foi a casa de Angel.
—-- O que foi que aconteceu?
—-- Eu não sei. Eu acordei aqui!
—-- Certo. Então, se você está no corpo de Angel, então... onde ele está?
—-- Na minha casa, eu acho.
Samantha (Angel) saiu da mansão e caminhou devagar pela rua. Angel (Samantha) foi pra casa de samantha (Angel).
—-- Samantha? Entra.
—-- Eu não sou a Samantha, Roman. Sou o Angel.
Se alguém lhe dissesse, roman não teria acreditado.
—-- Como foi que isso aconteceu?
—-- Não sei. Eu acordei na mansão.
—-- Eu vou chamar os outros. Vocês dois fiquem aqui.
—-- Eu não posso ficar, Roman. Eu tenho aula.
Ouvir Samantha falar com a voz do Angel era engraçado e inacreditável.
—-- Roman! Não tem graça!
—-- Desculpe.
Pouco tempo depois, Kathy, Marck, Jeffrey e Genevieve estavam na casa de Samantha.
—-- Como isso aconteceu?
—-- Não sabemos. Temos que pesquisar.
—-- Talvez seja um feitiço.
—-- Provavelmente.
—-- Mas, quem faria isso?
—-- Vamos descobrir. Por enquanto, vocês dois precisam ficar aqui, e os outros vao pra aula. Nos encontramos na biblioteca a noite.
—-- Ta bem.
Angel e Samantha ficaram sozinhos.
—-- Isso é...
—-- Estranho.
—-- O que vamos fazer? Eu não posso sair.
—-- Você precisa de sangue.
Samantha (Angel) saiu e comprou sangue para Angel (Samantha) e voltou rápido.
A noite todos estavam na biblioteca.
Angel estava tentando se concentrar na pesquisa, mas sua raiva estava aumentando cada vez mais. Ele não tirava os olhos de Samantha e Jeffrey, que estavam tão perto um do outro que fez o sangue de Angel ferver.
Os dois estavam apenas trocando informações ou tirando dúvidas sobre a pesquisa.
—-- Angel, você está bem?
—-- Sim.
—-- Por que não descansa um pouco. Deite no sofá.
—-- Parece uma boa ideia.
—-- Roman?
—-- Ele está apenas cansado. Vamos continuar, ta bem?
Angel lançou um último olhar para Samantha e foi para o sofá.
Samantha se aproximou dele, preocupada.
—-- Você está bem?
—-- Sim.
Ela o acariciou com amor.
—-- O que foi? Do que está rindo?
—-- Nada. Só agora eu percebi como minha, quer dizer, como suas mãos são grandes.
—-- Haha. E as... suas são... pequenas e suaves. Eu posso ouvir seu coração.
Os dois se beijam.
Angel (Samantha) se deitou no sofá e Samantha (Angel) tirou o casaco e o cobriu.
—-- Roman, achou alguma coisa?
—-- Nada muito útil. Segundo o que diz aqui, somente a pessoa ou a bruxa que lançou o feitiço em vocês, é que pode desfaze-lo.
—-- Nós vamos encontrá-la, Sammy.
—-- Eu sei.
—-- Como Angel está?
—-- Bem. Um pouco cansado.
—-- Bom. Deixe-o descansar. Enquanto isso, continuem pesquisando. Eu vou comprar comida, já volto.
Roman saiu e deixou Samantha (Angel) e Jeffrey sozinhos.
—-- Então, como você está? Quer dizer, considerando a situação...
—-- Estou bem. É estranho imaginar o angel passar por isso, sabe? não poder respirar, não poder sair na luz do dia, não sentir o próprio coração batendo.
—-- Deve ser difícil pra ele também. Ele está sentindo tudo isso, agora que está no seu corpo.
—-- Sim.
—-- Nós vamos resolver isso, eu prometo.
Jeffrey chegou mais perto de Samantha (Angel) e a beijou.
—-- O que você está fazendo? Samantha perguntou, antes de sentir os lábios de Jeffrey.
Os dois interromperam o beijo ao ouvirem um rosnado furioso do lado oposto da biblioteca.
—-- Angel...
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