The Son of Death escrita por Tia Konan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ooii pessoinhas!!! Tudo bom??
Gente eu recomendo lerem com música, sério... Mesmo que a maioria faça isso, eu só aviso para poderem entrar mais ainda na vibe.
No momento eu estou escutando: The Black Eyed Peas ft. J. Balvin - RITMO

Não é a primeira vez que entro aqui, sou leitora daqui desde 2012 e tenho vários cadernos com várias histórias (não apenas de Naruto), que fazia com os colegas de sala! Essa é uma das que eu criei em sala para a turma ler e agora está sendo convertida para Naruto e postada aqui.
Espero que gostem, me mandem dicas, críticas e elogios!
Amo leitores ativos e que acompanham, me motivam escrever!

Outra coisa! Os links das roupas:

FACULDADE:
https://pin.it/GTzVGt9

JALECO:
https://pin.it/9wacAh6

VIAGEM:
https://pin.it/adLwr9%2B


BOA LEITURA CORAÇÕES ❤️

(ignorem os errinhos :3)



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Desde pequena minha mãe me dizia para sempre confiar na minha intuição, acreditar no destino, pois ele é único e certeiro. Lembro de quando estávamos juntas, ela parava o que estava fazendo, me olhava e ficava deslumbrada em contar como eu teria uma vida feliz e inimaginável.

Eu nunca entendi seu ponto de vista e seus comentários doidos sobre destino, mas apenas concordava e ficava feliz com cada palavra dita, afinal, minha mãe nasceu com uma doença que a levaria a óbito quando menos esperasse. Isso era o que ela e meu pai diziam, nunca vi nenhum laudo médico que confirmasse essa tal doença.

Estava deitada em minha cama olhando para o além, até que minha visão finalmente focou em algo me trazendo de volta a realidade. Olhei para o ventilador que rodava lentamente distribuindo toda a brisa gelada que o ar-condicionado lançava nele e fechei os olhos suspirando.

Novamente pensando nela.

Peguei impulso para me sentar na cama e levei minha mão ao celular que carregava sob o criado mudo, pegando-o.

Analisei a tela buscando o horário e notei que tinha acordado mais cedo que o alarme. Desliguei o seu toque e me saí da cama indo direto para o banheiro tomar um banho e fazer minha higiene matinal.

Ao sair, coloquei minha roupa escolhida, peguei meu material colocando tudo dentro da bolsa transversal e apanhei o jaleco do guarda-roupa.

Desci para a cozinha e ao me aproximar, vi meu pai próximo a mesa colocando uma generosa quantidade de suco no copo e logo acrescentando as suas vitaminas diárias que havia indicado para melhorar a sua imunidade.

Sakura: Bom dia!

Disse atravessando a porta da cozinha.

Recebi apenas um aceno de mão do meu pai que virava o líquido exageradamente na boca com uma cara nem tanto agradável. Sorri lembrando do leve gosto salgado da vitamina que tanto odiava.

Anko: Bom dia, querida. Roupa nova?

Perguntou a governanta da casa que ajudava uma das novas cozinheiras fazer a decoração do prato.

Sakura: Ino propôs a me ajudar renovar o guarda-roupa... É meu Waffle com Nutella?

Anko: Com bastante frutas também, do jeito que você gosta!

Observei ela acrescentar uma folha de hortelã e mostrar para a moça o jeito de montar, antes de colocar o prato na Supla.

Anko: Em uma sexta-feira do mês, você pode fazer esse prato para ela, sempre avise a nutricionista que você deu um prato fora do cardápio para ela, ou para ele, depende se eles pedirem. Ela sempre me manda toda semana e eu coloco dentro do livro da cozinha, então quando estiver sozinha, é só ver o livro.

Sentei-me na mesa olhando meu pai fazer o mesmo.

Anko: Faça sempre uma boa decoração! No caso de louça suja pode deixar que as faxineiras sempre ficam atentas para lavar.

Ela saiu de perto da mesa e voltou ao balcão para mostrar o livro da cozinha.

Hizashi: Acordou cedo hoje, nem me lembro da última vez que tomamos café juntos.

Sakura: Acho que estou ansiosa para a viagem de noite.

Belisquei uma das ameixas em meu prato e peguei meu pai me olhando receoso.

Sakura: O que foi?

Chamei sua atenção me sentindo desconfortável com seu olhar em mim. Ele sempre soube ler minhas expressões, ele sabia quando tinha algo de errado comigo e tudo que eu não queria, era falar novamente daquele assunto...

Hizashi: Nada, só me lembrei que voltarei tarde hoje. Terei que ir na casa de um colega na cidade vizinha conversar sobre um julgamento que está me deixando sem caminhos... Mas não se preocupe, pedi ao Hashirama para te levar até o ônibus.

Meu pai era juiz da fazenda, sua base ficava em outra cidade, mas sempre que dava, ficava no escritório aqui na cidade que montou para poder cuidar dos casos que não precisasse da sua presença. Hashirama era seu braço direito, ajudava meu pai em tudo e sempre acompanhava nos julgamentos.

Hashirama estudou com meu pai na faculdade, mas nunca gostou de exercer o ramo do direito. Quando meu pai conseguiu se tornar magistrado, convidou o amigo para ajuda-lo e o mesmo, gostou bastante.

Pelas histórias que meu pai me conta, Hashirama era um dos mais inteligentes, galanteador que conquistava todas as mulheres da cidade. Quando jovem, herdou uma fortuna enorme de seus pais que faleceram em um acidente de carro.

Antes de terminar a faculdade, Senju teve uma surpresa do divórcio, uma filha de cabelos loiros e olhos castanhos claro. Tsunade.

Tsunade é simplesmente a melhor médica de Konoha e de Tóquio. Ela dividia sua vida entre os dois locais assim como meu pai.

Tinha um escritório renomeado na grande cidade e era chefe dos cirurgiões daqui, além de ser a diretora do Hospital de Base.

Por ter uma agenda comprometedora, nunca tive a oportunidade de conversar com Tsunade, o máximo que conseguia era algumas perguntas e sugestões.

Sakura: Ele não vai acompanhar o senhor?

Dirigi a palavra, estranhando.

Hizashi: Assim que te levar, vou antes para ir tratando o assunto logo e encerrar de uma vez.

O juiz levantou da mesa pegando a última fatia de salame que tinha sobrado em seu prato e abocanhou me dando um abraço por cima dos ombros.

Hizashi: Boa viagem, se cuide e me ligue em qualquer urgência! Se divirta.

Me despedi dando um beijo com a bochecha cheia de Waffle e fiquei olhando-o caminhar até a porta de entrada, e sair fechando-a.

Anko: Como hoje não teremos a presença do seu pai e você precisa lanchar antes de ir pegar a estrada. O que quer jantar?

Ouvi Anko perguntar fazendo desviar meus olhos para ela.

Sakura: Pode fazer uma salada de frutas e deixar na geladeira, não terei tempo para comer. Vá embora mais cedo hoje.

Sorri para a governanta e ficamos conversando até chegar o horário de ir.

...

Cheguei no estacionamento da faculdade e pude ver Ino toda animada ao lado de seu carro com outras duas garotas.

Desci pegando meu jaleco no cabideiro no banco de trás do carro e quando apertei o alarme, acabei chamando atenção da loira escandalosa. Ela esboçou um largo sorriso e veio toda animada em minha direção.

Ino: Olha essa obra de arte meninas! Eu bordei com a mais delicadeza possível!

Pegou meu jaleco mostrando fazendo as garotas ficarem encantadas.

Sakura: Esse é o bom de ser amiga dela, ela da um toque fabuloso em todas as suas roupas!

Dei ênfase no fabuloso.

Seguimos para a sala no terceiro andar do bloco um. Ao entrar na sala, fui direto para a minha carteira que ficava na segunda fileira no canto da janela.

Percebi que Tenten não tinha chego ainda e já fui logo colocando meu jaleco para não perder tempo quando o professor chegasse.

Sakura: Ino...

Ela virou para trás me olhando.

Sakura: A Tenten não vem?

Ino: Acho que não deve ter terminado a mala ainda.

Sakura: Ela não é igual você que deixa para arrumar de última hora.

Ela revirou os olhos me fazendo rir.

Olhei para a porta que abrira e vi Tenten surgir e logo atrás o professor que ficou olhando para ela esperando dar passagem. Fiz sinal com o dedo desesperada mostrando que tinha alguém atrás, ela parou de acenar para gente e virou se deparando com o professor segurando um copo de café lhe olhando.

Tenten: Perdão!

Sorriu sem graça se apressando para sentar-se.

Sakura: Achei que não viesse hoje...

Tenten: Eu perdi a hora, dormi tarde ontem adiantando os exames do escritório para que a minha chefe não me atrase. Vou passar no shopping hoje ainda para comprar um shampoo e condicionador.

Ouvi dizer enquanto se sentava ao meu lado.

Sakura: Animadas para a viagem?

Perguntei vendo o professor ligar seu notebook e já comecei abrir o material.

Ino: Nem me lembre que já começo a passar mal. Minha ansiedade não está aguentando mais!

Colocou a mão no estômago fazendo uma cara enjoada que fez a morena rir.

Sakura: Não vai passar mal na viagem, hein? Não quero cuidar de ninguém, não!

Tenten: Deixa-a Sakura, os garotos bonitos vão cuidar dela enquanto aproveitamos a festa.

Acabei rindo um pouco alto.

Ino: Vocês são uns demônios! Ao invés de ajudar, só pioram. Bom saber que vou passar muito bem na mão de vocês!

Sakura: Quanto drama! O que mais vai ter lá é médico, a última coisa que vai acontecer com a gente, é morrer.

Ino: Médico bêbado!

A loira encerrou o assunto e olhou para frente.

A viagem com certeza seria uma das melhores, todos os estudantes de medicina do campus iriam para um retiro de uma semana em um dos maiores hotel fazenda que ficava algumas horas daqui. Lá nós vamos ter diversas atividades e festas, tanto noturnas como diurnas... Com certeza vai ser a melhor viagem.

Mas nem tudo é perfeito, por ficar isolado de qualquer cidade próxima, a internet não vai ser boa e o sinal pior ainda. Se bem que só de entrar na estrada, teremos esse problema.

A aula passou rápido, por causa da ansiedade mal prestamos atenção na aula de genética. Cheguei no hospital depois de passar na lavanderia para pegar um jaleco limpo e fui direto para o refeitório almoçar.

Me aproximei da mesa que ficava no jardim atrás do restaurante com a bandeja em mãos e rapidamente meus colegas abriram espaço para poder sentar-me no meio deles.

Kaori: Sakura, você mal chegou e ele está novamente te olhando...

Ouvi ela sussurrando em meu ouvido e discretamente olhei para Haiate perto do muro com os médicos cirurgiões do hospital. Assim que ele me viu olha-lo, desviou o olhar para seus amigos de novo sorrindo de um jeito sedutor de deboche.

Corei levemente vendo que tudo que Kaori me dizia era verdade, balancei minha cabeça espantando teorias bizarras que poderiam surgir em minha mente.

Sakura: Me passe o azeite por favor?

Pedi tentando desviar os pensamentos que vinham sobre Haiate. 

Nunca fui de namorar ou ficar, para mim isso era complicado demais e não tinha tempo para isso, precisava focar em meu futuro. Para garotas da minha idade, era uma das sete maravilhas se apaixonar... Já por mim, não poderia dizer a mesma coisa! Nunca senti nada forte por alguém, no máximo uma atração e isso era o que eu sentia no momento.

Haiate era um dos mais sedutores... Mordi os lábios vendo ele me olhar novamente sorrindo da conversa com os amigos.

 

 

...                                                                                                                                                   

Estava aplicando morfina em um paciente que sentia dores pelo corpo, quando senti um frio invadir meu corpo me fazendo arrepiar e temer algo que nem sabia o que era.

Parei de aplicar o líquido prestando atenção na sensação estranha que me invadiu repentinamente.

Sakura: Mas que...

Me virei para trás sentindo uma presença, uma sensação de estar sendo vigiada, mas não tinha ninguém. Fiquei alguns segundos olhando para o nada até que o paciente havia suspirado, acordando.

Sakura: Como se sente?

Encarei ele vendo sua reação lenta.

Yuuki: Bem melhor com morfina...

Ele desviou sua atenção para a injeção ainda pela metade.

Yuuki: Segunda dose?

Perguntou desconfiado.

Sakura: Seus batimentos ainda mostravam dor, então pediram para aplicar mais uma. Espero que não se importe!

Sorri tentando conforta-lo. Eu sabia o quanto era difícil para ele estar ali, então tentava ser o mais amorosa possível, mesmo que o homem não estivesse no seus melhores dias. 

Yuuki: Sua cara está estranha.

Me perguntou tentando mudar de assunto sobre a sua saúde.

Fiquei encarando-o em minha frente, tinha até me esquecido do que acabara de acontecer, era muito estranho, até para mim que dificilmente tinha medo de algo.

Sakura: Não sei...

Pensei.

Sakura: Parece que-

Fui interrompida pela porta abrindo e Haiate passando por ela sendo seguido por uma das enfermeiras do andar.

Haiate: Olha só quem acordou! Espero que esteja melhor.

Ele fez sinal com a mão para que a enfermeira pudesse continuar de onde parei e foi pegando a prancheta em cima do criado-mudo, analisando.

Haiate: Mais uma dose?

Me olhou do mesmo jeito de hoje mais cedo, mas tentando manter a postura de profissional.

Sakura: Ham... Sim doutor!

Falei fechando os olhos pensando antes de dizer qualquer bobagem vendo seu sorriso provocante. Tudo bem que eu era fria, mas tinha as minhas vontades bobas e sabia muito bem controlá-las!

Sakura: Seus batimentos estavam descompassados... E ainda sentia dor, apliquei mais uma dose junto com soro na veia para filtrar.

Ele retornou os olhos para a prancheta.

Haiate: Hum... Inteligente doutora.

Depositou novamente no mesmo lugar.

Haiate: Por favor...

Ele abriu a porta me dando passagem e assim o fiz.

Haiate: Hoje eu fiz a sua avaliação para a Tsunade e ela pediu para pegar na sala dela antes de ir embora. Espero que não se importe e não atrase a sua viagem...

Fechou a porta atrás de mim.

Sakura: Sem problemas... Como sabe da viagem...?

Haiate: Alguns internos estavam comentando sobre a viagem... E alguns comentaram que você iria.

Sakura: Não sei o que é mais surpreendente... Saberem que eu vou e se importarem ou você escutar conversa de internos.

Haiate: Só presto atenção ao que me interesso... E parece que não sou o único, tem alguns cirurgiões que também estão preocupados em não te ver durante alguns dias.

Acabei rindo do que o médico falou, pelo jeito eu estava sendo mais importante para os médicos do que para o hospital!

Olhei para o relógio vendo que já estava tarde para me preparar para a viagem e o moreno percebeu minha preocupação.

Haiate: Então...

Saiu andando me convidando para segui-lo.

 

 

Depois de passar alguns minutos conversando com Tsunade percebi o quanto Haiate era detalhista e perfeccionista. Ele sabia de tudo, cada passo, cada ação e cada movimento meu! Estava tudo escrito na ficha, todos os errinhos básicos e todas os destaques, ele era muito melhor do que eu pensava. Um bom médico eu diria!

Assim que fui dispensada da sala, voei para casa para poder me arrumar a tempo, torcia para dar tudo certo e não esquecer nada.

...

 

 

Olhei para o relógio pela última vez antes de Hashirama estacionar o carro perto do ônibus e descer rapidamente para poder abrir a porta para mim e tirar as malas.

Sakura: Obrigada...

Agradeci totalmente sem graça pela sua gentileza descendo do carro.

Hashirama: Bom... Está entregue, espero que tenha chego no horário que pretendia.

Ele sorriu preocupado passando a mão na nuca.

Sakura: Acha! Pontual como sempre!

Balancei as mãos em expressão de conforto.

Sakura: Mais uma vez, muito obrigada por me trazer, não precisava se incomodar.

Hashirama: Deixe disso Sakura, é sempre bom te ver.

Sakura: Digo o mesmo senhor Senju!

Ele sorriu simpático me entregando a alça da mala de rodinha e olhou para algo atrás de mim esboçando um sorriso.

Hashirama: Suas amigas estão te esperando! Faça uma boa viagem e até logo!

Olhei para a mesma direção e vi as meninas acenando, me chamando. Me despedi do amigo do meu pai e tomei rumo ao grupo.

...

 

Acordei no meio da madrugada com meu celular vibrando. Tirei minha coberta da cabeça e olhei para a tela, “número desconhecido”, atendi a ligação e não escutava nada além de um chiado.

Desliguei a chamada não me importando em retornar e abri a cortina vendo que chovia muito forte. Desviei meus olhos para Ino que dormia com fones de ouvido e Tenten no outro canto do ônibus deitada de lado mexendo no celular.

Por sorte esse era o único dos quatro ônibus que tinha pouca gente. Um dos alunos se atrasou por ter esquecido a identidade e acabamos saindo quarenta minutos depois que os outros ônibus tinham partido.

Tenten tirou seus olhos do celular e depositou em mim dando um sorriso.

Sakura: Você não acha que estamos indo rápido demais para uma estrada com chuva?

Ela abriu sua cortina e voltou a atenção para mim.

Tenten: Está normal para mim.

Fomos surpreendidas com Ino tirando os fones com uma cara rancorosa.

Ino: Gente, pelo amor de Deus! São mais de duas horas e vocês ainda não dormiram? Eu tenho que estar bela quando chegarmos!

Escutei alguém fazer barulho de silêncio na parte da frente do ônibus e então, resolvi ficar quieta e tentar dormir para poder esquecer esse receio da chuva.

Quando estava conseguindo pegar no sono, senti uma batida forte junto a um estrondo misturado com um frio na barriga parecendo que o ônibus estava fora do chão. Estava tudo escuro e foi tudo muito rápido, veio a primeira batida balançando meu corpo fazendo trombar com o vidro e o barulho ainda alto junto de gritos eram desesperador!

Sentia dores e coisas baterem em mim. Movimentos bruscos eram limitados pelo cinto em minha cintura. Os gritos e barulhos de vidros, ferros batendo no chão e galhos quebrando me assustavam ainda mais. Isso durou durante alguns segundos até que o ônibus parasse de capotar parando de lado dando um silêncio absoluto no ônibus.

Abri meus olhos não acreditando no que acabara de acontecer e sem reação, fui apenas tentando tirar o cinto que me prendia. Assustada e cheia de dores e ardências, vi um clarão surgir na parte da frente do ônibus. Fogo, era o que passava na minha cabeça.

Empurrei Ino tentando acorda-la, pois a mesma estava desmaiada, debruçada em cima de mim, impossibilitando o meu movimento. Não tinha forças nem para falar seu nome, o medo tinha me calado e o desespero era o único que me dava forças para querer sair dali.

Vi a silhueta da Tenten se apoiar no nosso banco com cautela para não cair sobre nós. Me lamentei brevemente por não ter feito academia e não ter a sua disposição.

Tenten: Ino! Sakura!

Ela nos chamou.

— SOCORRO!!! EU TO QUEIMANDO!!!!!

Escutei um grito desesperador e doloroso vir da parte da frente me assustando ainda mais. 

Sakura: Tenten, vai ajudar!!!

Gritei acordando para o que estava acontecendo. 

Tenten: Não dá tempo, vamos sair daqui! AGORA!

Ela enfiou a mão na cintura da loira e soltou o cinto agarrando-a pelo braço. Nem tive tempo de pensar, apenas segui o que a morena tinha me falado. Era perturbador a sua tranquilidade perante ao que aconteceu e seu controle para nos tirarmos dali.

Tenten: Tem uma portinha ali no teto no meio do ônibus, preciso que abra para mim! Procure não focar em nada, apenas vá para a luz piscando! Rápido!!

Andei agachada pisando nos bancos e tentando não olhar para os corpos machucados e mutilados. O fogo aumentou fazendo um bafo quente vir na nossa direção ardendo meu rosto, coloquei o braço para ajudar e via alguns corpos se mexendo e alguns choros baixos. 

Parei por alguns e comecei a sentir meu corpo tremer querendo me tirar do controle.

Tenten: CONTINUA! DEPOIS AJUDAMOS!

Olhei para trás e vi ela andar com dificuldades com Ino nos ombros, arrastando. 

Me apressei para chegar onde tinha mandado e abri sem dificuldades ajudando tirar a garota desmaiada em seu colo. Eu sabia que não voltaríamos para ajudar, Tenten só quis manter meu foco em sair de lá, pois ela sabia que morreríamos junto com eles.

Dei uma breve olhada para o ônibus e vi que a parte de trás estava quase intacta, e a maior parte das pessoas que estavam no meio e na frente... Haviam se machucado e algumas mortas! 

Agradeci mentalmente o espírito antissocial de Ino de não querer ficar perto das pessoas e sentar bem afastada de todos.

O ônibus deu um estralo alto e apenas ouvi Tenten gritar mandando eu correr para longe dali. Dito e feito, assim que tomamos uma distância razoável correndo, o ônibus explodiu dando um estrondo enorme e um brilho iluminou grande parte da floresta.

 Tenten caiu no chão e eu senti uma ardência terrível em minha cintura como se tivesse tomado um tiro, quando fui colocar a mão senti um pedaço de ferro torto atravessado de fora a fora o meu corpo. Comecei a ficar sem ar e sentir minha pressão cair. 

Precisava tirar aquilo de mim!

Cai ajoelhada no chão colocando a mão no ferro e respirei fundo puxando sua ponta retirando todo o resto lentamente. Gritei com a dor insuportável e suprema, mas eu sabia que era melhor agora no calor do momento do que após a adrenalina.

Parei de puxar e respirei fundo me preparando para mais uma onda de dor, quando me acalmei puxei lentamente o resto que faltava.

Ofeguei alto quando senti todo o ferro sair, a ardência era extrema, me deixava inquieta e sem ar. Olhei para os lados e a última coisa que eu vi foi Tenten fazer massagem cardíaca em Ino e logo minha visão ficou escura me fazendo bater desacordada contra o mato molhado.

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Comentem seus lindos!



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