Capitulo 4 – A festa

PDV Edward

Todos os dias de manhã era a mesma coisa, bastava eu abrir os olhos para encontrar uma nova fofoca ao meu respeito, no entanto, naquele dia finalmente haviam se esquecido de mim. A matéria do dia era “Briga entre namorados” as fotos da modelo que havia fotografado com Jasper para a campanha da Dior estavam estampadas na primeira pagina. Ela estava com as mãos postas na cintura demonstrando autoridade enquanto o namorado olhava para o chão. “testemunhas disseram que ela estava quase chorando quando saíram do Central Park”, sem que percebessem os fotógrafos os seguiram e os viram entrar no apartamento dele “eles estavam de mãos dadas, mas a aparência da modelo Isabella Swan não era das melhores” que bando de urubus – olha Jazz, a modelo que fotografou contigo está solteiríssima. – eu disse quando ele entrou na minha sala.

- Sério? Cara, ela deve estar mal. – ele disse casualmente.- qual foi o motivo? – ele se esparramou na cadeira giratória.

- Escuta essa ‘Isabella saiu do aeroporto na manhã de ontem completamente abatida, nossa fonte disse que eles ficaram um bom tempo abraçados e que ao ir embora ela recebeu apenas um breve beijo na testa, sinal do evidente fracasso no noivado da modelo. A tentativa inútil de impedi-lo na hora da partida enquanto se agarrava ao seu braço pedindo que não fosse. ’

- Acho que fracasso é um termo bem pesado, mas continua. Lê o resto – ele pediu. 

- ‘Questionada pelo nosso repórter sobre o suposto fim do romance, Isabella não conseguiu falar e saiu rapidamente do local com os olhos ainda cheios de lágrimas, ela estava sozinha e sem a presença dos pais, cabe agora questionar qual o motivo que levaria o promissor advogado Jacob Black, filho do famoso e também advogado Billy Black a terminar o noivado de um ano e seis meses com uma das modelos mais famosas do mundo. Teria sido traição?  Ninguém sabe. Tudo que se sabe é que é bem provável que na próxima festa de lançamento da campanha da Dior, marca que a modelo é o rosto principal ao lado do empresário convidado Jasper Cullen, ela apareça sozinha. Cabe a nós esperar para assistir as cenas dos próximos capítulos. Será que esse romance ainda vai ter um final feliz? A pergunta fica no ar, até lá, Isabella Swan é a mais nova bela e milionária solteira de Nova York. ‘ nossa, que bando de urubus. – eu disse verdadeiramente chateado.

- Até parece que você se importa – Jazz disse descrente da minha opinião.

- Sei exatamente como ela deve estar se sentindo Jazz, também não sou tão insensível assim. – me defendi.

- A garota parece ser uma pessoa tão bacana. – ele disse tomando o jornal da minha mão.

- É sim, e olhe que ela é um mulherão mesmo heim? – observei.

- É amiga da sua namorada. – ele advertiu.

- Cara, a Ângela não vai me dar trabalho, ela é tão burrinha que consegui convencê-la de que posso até escorregar. Mas é sempre ela que vou amar... – sorri vitorioso. – vamos ser francos, papai sabe que não sou homem para casamento e nem muito menos me prender a convenções.

- Falando em convenções, você já teve alguma idéia para a criação dos brinquedos? É sempre tão criativo.

- Estou passando por um momento onde há uma crise de criatividade. Sabe do que eu preciso? De um bom descanso. – sentei na cadeira colocando os pés sobre a mesa. – as exigências das transportadoras e dos fornecedores estão me deixando louco, não vejo à hora de poder relaxar e você melhor do que ninguém sabe que essa é a minha distração. Desde que viemos para a fábrica, acrescentamos e muito em vendas e inovações, ajudamos a dobrar o valor de arrecadação. Será que nosso pai não vê que mesmo com meu pequeno defeito eu trabalho melhor quando estou relaxado?

- Pequeno defeito? Edward, sejamos honestos um com o outro. Escândalos não fazem bem a ninguém... Mas já que o assunto do momento é a festa da Dior, você não vai com a Ângela?

- Não meu querido irmão... Eu irei com você, a Ângela esta participando de um evento em Londres e só retorna no final do mês. É bom, assim terei uma noite livre para me divertir em paz, afinal, como a modelo largada vai estar lá, ela será a distração dos repórteres. – sorri sarcástico.

PDV Bella

 Acordei com as batidas da minha mãe na porta do meu quarto. Eu não queria ver ninguém, não queria atender ninguém, meu pai estava cansado de atender telefonemas dos repórteres que queriam saber porque Jake havia me deixado. Lembrei-me dos nossos momentos. O choro copioso voltou a me atormentar. Minha mãe entrou vindo em minha direção. – eu não entendo Bella, vocês se amavam tanto. – ela lamentou.

- Jake teve suas razões mãe, ele sempre soube que nossa amizade era mais forte do que o nosso amor.

- E por que está assim? Não me conformo de vê-la tão triste...

- A imprensa me pressiona, indaga sobre minha vida. Inventam calúnias, Jake foi um herói suportando tantos romances criados para mim nos últimos anos. A gente não merecia essa chuva de problemas. Ele quer paz e eu não posso deixar meu trabalho agora, trata-se do meu futuro. Sei que toda essa dor vai passar, sei também que ele mentiu quando disse que voltaria na quarta para ir ao evento comigo. Já faz três dias que ele deve ter chegado a Forks, não me mandou um e-mail, nem ao menos me ligou. Acho que o tempo dele está me fazendo mais mal do que a ausência.

- Não entendo Bella!

- Poxa, mãe... Será que vou ter de explicar tudo outra vez. Jake não me deu duas opções do tipo: ou eu o acompanharia ou descobriria se é mesmo com ele que quero ficar, dando tempo ao tempo. Já viajamos por muito tempo, estivemos separados. Mas nunca, em nenhum momento deixamos de nos falar varias vezes ao dia. Eu tenho certeza de que ele não sabe o que estão dizendo de mim... Se soubesse, ele teria feito alguma coisa mãe. Jake não iria me abandonar para que esse bando de urubus se aproveitem dos meus restos. O telefone dele está na caixa postal, os e-mails não são respondidos. Nem mesmo antes de sermos namorados deixamos de ter contato por tanto tempo.

- Tenha calma Bella, ele vai responder. – ela tentou me acalmar, deitei minha cabeça em seu colo. René era sempre muito doce, muito gentil. Mas ela nunca entenderia minha relação com Jake. Nós éramos como um, éramos irmãos... Não era do seu corpo que eu sentia falta, era da sua companhia, sua tranquilidade. - E o que você decidiu minha querida?

- Bem, como você pode notar, estou sofrendo muito, mas ainda não tenho certeza do que quero. Tenho uma brilhante carreira pela frente e contratos que eu e papai batalhamos juntos para conseguir, não quero neste momento tomar nenhuma decisão precipitada. Espero que ele não me esqueça.  - Aquilo estava se tornando um tormento maior do que precisava ser. Desde que Jacob se foi eu ainda não havia conseguido sair de casa e enfrentar o mundo lá fora, com todas as fofocas infames e dúvidas sobre o término de meu relacionamento. A situação passava de caótica a entorpecente, pois aquilo me mantinha no transe de que eu teria de por um fim a todas as especulações e foi com esse pensamento que resolvi dar um basta.

- Ele não esquecerá - ela permanecia acariciando meu cabelo. – você precisa se recompor, a festa será daqui a três dias. Sei que você nem ao menos escolheu uma roupa.

- Primeiro quero te pedir um favor mãe. – ela assentiu com a cabeça. – peça ao papai para desmarcar todos os compromissos para estes dias, não tenho outra opção a não ser a festa da Dior, passarei apenas. Sei que os repórteres não me deixarão e paz.

- Estaremos com você!

- Eu sei, mas sei também que isso não será o suficiente pra pará-los.

PDV Jacob

   Aqueles dias em Forks estavam sendo penosos, não havia uma real necessidade de eu ter que estar ali. Na verdade mesmo, tudo o que eu queria era saber o que eu sentia. Muitas vezes, eu tentava identificar qual era o sentimento que me unia a Bella, porém, nunca descobria nada.

Eu via a nossa amizade quando estava longe, porém, quando ela estava perto, meu corpo queimava. Minha vida se transformava. Eu precisava de definições e ela também... Nossas carreiras estavam apenas começando, nossas vidas estavam num caminho cruzado e eu sabia, claro que sempre que estávamos na cama nos amando, eu não queria que ela fosse embora. Entretanto, vê-la somente como um objeto, como uma mulher com a qual eu dormiria era demais. Nem mesmo nossa amizade seria duradoura.

Entrei na lanchonete logo pela manhã no intuito de tomar um café com panquecas e torradas, no dia anterior eu tinha ido até uma reserva indígena de onde Billy havia nascido. Seus pais moraram lá, no entanto, ele decidiu que queria algo mais da sua vida. Em La Push, conheci outras pessoas que faziam parte da minha família e eu nem mesmo sabia. Não queria pensar muito na minha vida, desde que cheguei àquela pequena cidade, não havia telefonado para Bella, nem respondido aos seus e-mails.

Olhei para a mesa onde um jornal estava jogado, notei a reportagem do dia anterior. Peguei-o sem acreditar no que estava escrito “Briga entre namorados”, briga? Abri as paginas para entender o que estava escrito, lá dentro havia um texto insano de um repórter sensacionalista, as coisas que ele dizia sobre Bella chegava a ser cruel. “Conquistadora... Esnobe e fria...” – de onde esse cretino retirou essa idéia? – perguntei alto demais.

- Coitada da moça – a garçonete disse – só porque é famosa esses repórteres não dão uma trégua. – olhei para ela sem entender. Minha cabeça ainda estava digerindo aquelas palavras descritas nas folhas a minha frente, peguei o celular enquanto ela colocava meu café na mesa e disquei para Bella – Alô! – ela atendeu com a voz abatida.

- Bella! Como você está meu amor? – perguntei, a moça parada a minha frente ficou paralisada, tentei não dar importância ate que com um olhar fulminante eu a expulsei dali. – Desculpe não ter ligado antes, eu estava muito atarefado – menti.

- Jake! - A voz dela se animou um pouco mais.

- Eu estou lendo o jornal de ontem, o que esses cretinos estão dizendo de você é...

- Falso, eu sei – sua voz falhou, percebi que ela havia chorado e pelo que eu podia dizer, sabia que estava sofrendo.

- Eu queria tanto estar com você, mas... – pausei – preciso completar meu trabalho, me perdoe, mas posso fazer algo para que esses cretinos parem de atormentá-la...

- Não, Jake, logo eles esquecerão. O importante é saber que você ainda se preocupa comigo. Que estamos nos falando agora, eu realmente acreditei que não iria mais falar com você. Que não me ligaria mais...

- Ainda estamos dando um tempo lembra? Não abri mão de ser seu namorado – sorri forçosamente tentando colocar um animo que eu não possuía na minha voz. Em meus planos, ainda estava à vontade de voltar correndo e abraçá-la. No entanto, eu não podia... Precisava redescobrir meus sentimentos. – você já sabe o que irá dizer a eles na festa da Dior?

- Pensei em muitas coisas, não quero que você pense que já tomei qualquer decisão, mas como você mesmo sabe isso tem me feito sofrer demais e queria que você não se atormentasse por isso. Pretendo declarar aos repórteres que você é assunto encerrado na minha vida por enquanto. Só não quero que você se machuque ou pense que desisti de nós. Apenas quero ter o direito de transitar em paz pelos ambientes que terei que passar nesta noite sem ser incomodada com perguntas sobre coisas que só dizem respeito a nós dois e mais ninguém. – Um minuto de silêncio do outro lado da linha me deixou ansioso, mas logo eu disse.

- Claro Bella, como você quiser.

- Ótimo, melhor assim. – percebi a oscilação no seu tom de voz - Mas me fala, como você está? Como é Forks? Estou cheia de saudades suas. Queria muito que você pudesse estar comigo aqui.

- Bem, estou bem na medida do possível. Forks é uma cidade bem receptiva. Todos são muito hospitaleiros. Mas, se estivéssemos juntos poderia ser ainda melhor. O clima frio pede o carinho de alguém ao nosso lado. – eu disse com um sorriso no canto dos lábios, de longe a garçonete me observava. – te vejo em breve e... Te ligo a noite. E... Bella! Se cuide. – pedi.

- Eu vou esperar você me ligar, mas não demora. – nos despedimos rapidamente, um gosto amargo havia ficado na minha garganta. O café havia sumido do copo e eu nem havia percebido. Logo a garçonete se aproximou para enchê-lo novamente.

- Perdoe-me a intromissão, mas você é o rapaz da foto? Com a modelo? – fiz um sinal positivo com a cabeça. – bem... É que eu espero que fique tudo bem, vocês formam um lindo casal. – ela disse se retirando.

Podíamos até ser um lindo casal, mas daí a poder ficar juntos... Seria uma longa jornada.

PDV Bella

Desci na frente do Hotel The Waldorf Astoria, localizado no Park Ave. Minha mãe havia ficado doente e meu pai estava em casa para cuidando dela. Ou seja, eu estava definitivamente sozinha. Os flashes quase me cegaram na minha chegada, ninguém estava realmente interessado no lançamento da linha sensual da Dior. O que eles queria realmente era indagar, inquirir sobre a minha vida. – uma declaração Isabella, apenas uma. – eles gritavam. Tentei sorrir e lhes mostrar que na realidade eu estava bem, pelo menos por fora.

Os seguranças me levaram para dentro rapidamente, a direção do evento já estava esperando por todo aquele alvoroço. Por isso impediram os repórteres sensacionalistas de entrarem no salão do hotel. Entrei pelas portas da frente e Sam já me esperava com a mão estendida. – ninguém te importunará aqui dentro – ele garantiu sussurrando ao pé do meu ouvido.

- Muito obrigada, Sr. Uley. – agradeci.

- Não agradeça Bella e me chame apenas de Sam. Com licença, ele se retirou.

- Eu não queria ficar ali, não queria participar de uma festa. Não queria aparecer em publico e não era por vergonha, eu só queria me resguardar... Na verdade, desaparecer...

Andei sem rumo cumprimentando as pessoas, uma hora já havia passado desde que coloquei meus pés ali. Jasper Cullen me apresentou sua esposa, a belíssima Alice. Uma mulher inteligente e bem sucedida. Seu irmão Emmett e a noiva Rosálie Hale, que era sócia de Alice. Tiramos fotos, conversamos, fingi me divertir...

Por um momento, eu queria ficar sozinha. Sai do meio daquelas pessoas, peguei o elevador e subi até o terraço, tudo que eu precisava, era de um pouco de ar.

PDV Edward

Cheguei à festa extremamente atrasado, mas nem tanto para deixar de perceber a figura que conversava com minha família. Ela parecia fazer um esforço enorme para se manter sorrindo, mas eu conhecia as mulheres. Sabia que ela não estava tão bem quanto queria parecer, dentro de um Armani preto, ela mostrava suas curvas em um vestido na altura dos joelhos levemente soltos da cintura para baixo, embora sem deixar de marcar suas curvas. As sandálias de salto também pretas deixaram a mostra sua batata perfeita. A roupa preta fazia um lindíssimo contraste com sua pele pálida.

 No rosto uma leve maquiagem dando-lhe um tom corado, notei quando ela se retirou à francesa entrando no elevador. Percebi que ele havia parado no terraço.

Depois de um tempo resolvi que iria conhecê-la, vendo-a ali tão linda e tão sozinha, eu sabia que talvez eu tivesse uma pequena chance. Afinal um coração partido se cura mais rápido se tiver um novo amor. Quando as portas do elevador se abriram eu segui em direção ao terraço o qual ela estava. Aproximei-me devagar – olá – cumprimentei, percebi que se assustou.

- Olá – ela respondeu simplesmente sem me olhar.

- Você está bem? – percebi que seus olhos estavam molhados.

- Sim estou – ela tentou se recompor – me desculpe, já estou indo.

- Tem certeza de que vai sair daqui com esse bando de repórter te esperando para segui-la até em casa incessantemente? Acredite sou perito no assunto.

- Eu sei... Você é Edward Cullen não é? – ela cruzou os braços como se estivesse se defendendo.

- Sou sim - eu disse estendendo-lhe a mão.

- Eu sei que você é Isabella Swan, e sei como está se sentindo. Claro que você tem motivos mais fortes do que os meus. – passei a mão nos cabelos.

- Não precisa fingir que sente muito – ela disse – ninguém entende de fato o que aconteceu, ninguém entende que eu não quero falar nada sobre isso. – ela sentou na sacada do prédio. Visivelmente triste.

- Você quer conversar? Eu sou um estranho, talvez ajude. – me ofereci.

- Talvez nem tanto já que minha amiga não para de falar em você... – ela rebateu.

- A Ângela? Ela terminou comigo hoje cedo pelo telefone, encontrou um modelo em Londres e está apaixonada segundo suas palavras. Em seguida a imprensa divulgou uma nota onde ela diz que não namora mais comigo. – sorri irônico colocando meu pé na sacada próximo ao local onde ela estava sentada. – já percebeu o alvoroço quando cheguei não é? Sei exatamente como se sente, perseguida pela imprensa, sendo pressionada a dizer o que eles querem ouvir e não a sua real situação. E daí? Manda eles pro inferno. – disse irritado.

- Eu não faria isso... – ela se defendeu.

- Eu sei, isso é a minha cara e não a sua – ela deu um breve sorriso. – mas, como você pretende sair daqui?

- Correndo, sei lá... – ela respirou fundo – não sei os rumos que a minha vida vai tomar agora.

- Por causa do seu noivo? – ela olhou para o céu, parecia lembrar-se de algo muito especial.

- Jake é meu melhor amigo, crescemos juntos e fomos muito felizes... – ela sorriu com alguma lembrança. – mas estamos em caminhos diferentes, tempos diferentes... Eu tenho a vida agitada demais e nos desencontrávamos tanto... Não sei ainda que rumo tomar. – ela parecia sincera.

- Eu não entendo, se vocês se ligam tanto um no outro. Por que não continuam tentando?

- Acho que temos medo da separação definitiva. Eu o amo tanto... Mas, muito mais como amigo.

- Ah! – se aquele era um ponto positivo, por que então eu não conseguia ficar feliz com a possibilidade de uma nova conquista?  - eu sinto muito... De verdade.

- Eu preciso ir embora, de verdade... - ela levantou-se abruptamente.

- Eu a acompanho até o salão. – pegamos o elevador em silêncio, ela não queria falar e eu decidi não continuar. Aquela garota já estava magoada, não iria fazer nada que pudesse deixá-la pior. – abri a porta de acesso ao salão, ao nos ver sair juntos alguns repórteres começaram a tirar fotos nossas. Parecia que eu já estava prevendo a reportagem do dia seguinte. Jazz e Emmett vieram correndo na minha direção e ficaram na frente da garota que já ameaçava chorar. Vi seus olhar perdido e completamente amedrontado. Tive vontade de protegê-la daquelas pessoas, mas como fazê-lo?

Retirei meu smoking e coloquei sobre sua cabeça, no mesmo instante Alice e Rosálie a abraçaram e seguiram com ela para o fundo do hotel. Sam, o diretor da campanha se aproximou também e as guiou para um lugar reservado. Nunca havia visto minha família ter aquela atitude, principalmente à ciumenta Rosálie, ela não enxergava ninguém além dela mesma. Meus irmãos pediam para os fotógrafos se acalmarem, corri na direção que Sam havia guiado as moças.

Quando entrei no Hall o qual elas estavam percebi que Alice abraçava a garota que chorava descontroladamente. Naquele momento senti uma pontada no peito. Fui ao terraço no intuito de dar alguns beijos e acabei tornando a vida dela um inferno ainda maior. Ela parecia fragilizada demais, suspirei me aproximando – temos que encontrar uma maneira de tirá-la daqui sem que esse bando de repórter a atormente mais.

- Então encontre um jeito gênio. Você teve a brilhante idéia de entrar no salão ao lado da moça. – Rosálie interveio.

- Eu não fiz nada de mais – me defendi – só a acompanhei, até quando tento ser gentil eu sou errado?

- Não adianta brigar – Alice interferiu. – temos que resolver essa situação. Ainda que Edward tenha ou não sido culpado, ela está sozinha aqui e esses paparazzi não irão descansar até que consigam o que querem. Tive uma idéia Bella. – ela olhou pra a garota em seus braços. – você tem algo que possa dizer a essas pessoas que possa facilitar nossa saída? – Alice questionou.

- Talvez... Eu não sei... Talvez eu devesse dizer logo o que eles querem ouvir. – os olhos dela estavam borrados devido às lágrimas.

- Se há algo que você queira dizer, esse é o momento. Só assim você conseguirá sair daqui. – Jasper afirmou.

- Está bem, eu vou falar.

Alice pediu que Sam os informasse de que Bella falaria. Saímos do hall para deixá-las a sós, desse jeito Rosálie e Alice poderia ajudá-la a se recompor.

PDV Bella

Eu não sabia onde havia me metido até sair pelas portas do elevador com Edward Cullen, se aquela noticia saísse nos jornais o que Jake pensaria de mim? Meu coração ainda estava quebrado pelo total desaparecimento do meu por enquanto ainda namorado. Decidi dizer exatamente o que eu havia dito a ele. Ainda incerta respirei fundo depois que Alice refez minha maquiagem, eu a conheci naquela noite, mas pela forma como ela agia parecia ser minha melhor amiga. – coragem Bella, estaremos com você e logo em seguida iremos levá-la embora. – ela me incentivou.

- Desculpe-me acabar com a festa de vocês. – pedi.

- Não há com o que se preocupar. Onde há Edward, há sempre uma saída estratégica... – ela garantiu. Saímos do hall e recebemos uma chuva de flashes sobre os nossos rostos, por um instante achei que ficaríamos cegas até que tudo parou. Alice e Rosálie seguravam minhas mãos frias, trêmulas.

- Isabella, então. Conte-nos qual o motivo do rompimento entre você e Jacob Black. – um deles perguntou. Por um instante quis recuar, mas se eu o fizesse minha vida não seria mais a mesma.

- O meu rompimento com Jacob, embora seja apenas da minha conta – frisei vendo todos silenciarem. – se dá ao fato de que ele precisou mudar para outra cidade. Entendemos que um noivado a distância não seria adequado. Muito menos conveniente. Eu e Jake somos amigos de infância e isso os senhores já sabem. Nossa amizade continua, estamos separados e, por enquanto, Jacob é um assunto encerrado na minha vida, peço-lhes que não voltem a interferir na minha vida pessoal novamente.

- Só mais uma Isabella. – outra repórter gritou.

- Você e o Edward estão tendo um caso. – vi os olhos dele se arregalarem em direção a mim. – sim, porque a família dele está toda ao seu lado. E hoje foi publicada uma nota informando que Ângela Weber terminou o namoro.

- Eu e os Cullen somos grandes amigos. Não há nada entre eu e Edward Cullen acreditem.

- Então seu namoro com Jacob não terminou por cauda de uma traição?- ela insistiu.

- De onde vocês tiraram essa idéia absurda – me aborreci – sempre os tratei com toda educação e respeito que merecem, mas não admito que me coloquem em situações constrangedoras. Volto a pedir que não me façam perguntas de cunho pessoal. De hoje em diante, só responderei a perguntas que dizem respeito ao meu trabalho. – finalizei.