Por um breve momento. escrita por Chibi Lele


Capítulo 1
Capítulo 1.


Notas iniciais do capítulo

(Coloquem Take On Me - a-ha para tocar)

Essa é a primeira one e projeto de song-fic que eu escrevo kkkkkkkk então sejam pacientes e eu realmente espero que gostem.
Não ficou exatamente da forma que eu esperava mas ainda sim foi divertido escrever.
E eu prometo que logo atualizarei "Orgulho, Preconceito e.. Georgiana?" para os que acompanham kkkkkkk
Bjocas ♥

**também publicada no nyah e no wattpad



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A cena era realmente cômica, para Darcy apenas irritante, mas a opinião do homem não contava naquele dia. Charles estava noivo, e era o homem mais feliz do mundo, palavras do mesmo. 

O ruivo realmente não se importava em sair correndo e girando sua bela noiva no ar  enquanto dizia que a amava para todo o shopping ouvir, não tinha uma pessoa que não olhasse a cena com encanto, os dois eram lindos, mas o cavalheiro alto, pálido, de cabelos negros e olhar carrancudo que os seguia poderia ser a própria encarnação da morte, e aquilo era o que tornava tudo ainda melhor, um jovem e lindo casal sendo seguido por um carrancudo que carregava suas compras. 

Maldita tenha sido a hora em que aceitara ser padrinho, danem-se os melhores amigos, eles não valem o esforço.

Agora na praça de alimentação enquanto Bingley servia Banana Split a Jane, Darcy revisava em seu tablet, como o empresário enfadonho que era, a lista do que ainda deviam comprar para a festa do dia seguinte, apenas aqueles dois poderiam pensar em uma despedida de solteiro conjunta, rever aquela ideia fazia com que uma informação passasse por sua mente, ele não deveria ser o único naquela tortura, ele tinha certeza que sua futura irmã também deveria ter uma madrinha, que provavelmente era um ser irritante com belos olhos.

— Onde está Elizabeth? - Foi a pergunta que seguiu sua recente constatação - Tenho certeza que eu não deveria estar sofrendo sozinho! - Bufou fazendo bico como uma criança mimada. 

— Oras Will, pare de ser ranzinza. - Foi o que Charles respondeu sorrindo junto de sua noiva. 

— Eliza nos ajudou ontem. - Jane completou, agora segurando a mão do noivo e colocando sua cabeça em seu ombro. - Ontem viemos para sondar onde queríamos comprar tudo, fazer realmente a lista, então, sabe, diminuímos seu trabalho - ela riu de leve - Deveria agradecer a Lizzie, ela te deixou com o trabalho mais fácil. 

Para Darcy só restou revirar os olhos, não sabia o que poderia passar pela cabeça de seus amigos em decidir que ele era a pessoa perfeita para arrastarem as compras, mas mesmo irritado não pode deixar de sorrir, era muito bom ver seu melhor amigo, finalmente, tão feliz. 

Principalmente depois de quase ter estragado por completo sua felicidade. O homem nem gostava de relembrar suas atitudes, se sentia completamente envergonhado, havia sido um canalha, e tanto Charles como Jane deveriam ser considerados santos por o perdoarem. 

É, aquele era o castigo ideal por todas as péssimas conclusões que tirara do relacionamento alheio.

O casal a sua frente voltou a se beijar como dois adolescentes apaixonados trocando juras de amor. 

“NÃO” - Darcy pensou, aquilo era castigo demais até mesmo para ele.

~x~

Após deixar o casal no loft do noivo teve suas responsabilidades como padrinho encerradas, estando mais do que esgotado agradeceu por ser Georgiana e Lydia Bennet as responsáveis em organizar o local.

Já em casa jogado em sua poltrona se sentia nervoso pela noite seguinte, havia uma pessoa que ele esperava muito rever, alguém por quem tinha sentimentos muito contraditórios, e que tinha machucado muito. Realmente os últimos meses o tinham feito notar o quão idiota poderia ser. Bom, mas esse é o primeiro passo para se tornar um pouco melhor, né?!. 

~x~

Dia seguinte - 20:35

Darcy chegou na porta do loft onde a festa acontecia, sua entrada parecia ter sido perfeitamente cronometrada, abrindo a porta aos primeiros acordes de Take On Me - a-ha. “Pelos céus - ele sorria - Quem havia feito a playlist daquela noite?” Vendo Bingley dançando a pleno vapor com Jane teve sua resposta. 

 

We're talking away - Estamos conversando

I don't know what - eu nem sei mais o que devo dizer

I'm to say I'll say it anyway - mas digo mesmo assim

Today's another day to find you - hoje é mais um dia em que você

Shying away - me evita

I'll be coming for your love, OK? - Mas vou continuar correndo atrás do seu amor, okay?

Take on me - Me dê uma chance

(Take on me) - Me dê uma chance

Take me on - Aceito o desafio

(Take on me) - Me dê uma chance

I'll be gone - Eu irei embora

In a day or two - Em um dia ou dois

Passando seus olhos pela espaçosa sala notou alguns conhecidos, as irmãs mais novas dos Bennet faziam a festa, até mesmo Caroline e Louise pareciam se divertir um mínimo, alguns jovens do regimento e colegas de trabalho dos noivos preenchiam o local. Mas perto da entrada da varanda seus olhos se perderam, lá estava Elizabeth, como sempre, pulando e balançando os braços, dançando da pior maneira que alguém poderia conseguir, sendo perfeita do jeito que era, sorridente, corada e com os olhos mais brilhantes que ninguém além dela poderia possuir. Seus cachos já rebeldes mostravam o porquê de ter escolhido ficar próxima da varanda, o sorriso de Darcy aumentou ainda mais ao notar com quem Lizzie dançava, Georgiana a acompanhava com uma performance talvez pior, mas ainda sim pareciam lindas. 

Após tudo que acontecera Darcy não poderia estar mais feliz com os resultados finais, não era o final perfeito que desejara, mas se sentia um homem melhor e pelo menos sua irmã podia desfrutar daquela companhia que desejava ardentemente para si, mas já não poderia ter mais. “Droga Darcy, não transforme essa festa em algo melancólico como sempre faz” - se repreendeu, ao passo que seguia para o caminho contrário ao das meninas. 

 

Do outro lado, mais especificamente o da varanda, uma jovem de cabelos selvagens observava com curiosidade o recém chegado, seu coração havia falhado uma batida - ela odiava quando isso acontecia - já podia sentir seu rosto enrubescer, virando a bebida de seu copo voltou a se concentrar na pequena loira a sua frente “Merda, por que seus olhos tem que ser tão parecidos?” Se tinha algo que Elizabeth odiava era como tudo ultimamente a fazia lembrar de um determinada cavalheiro. 

 

So needless to say - Desnecessário falar

I'm odds and ends - que sou confuso

But that's me stumbling away - mas sou assim, vou tropeçando

Slowly learning that life is OK - aos poucos aprendo que a vida é legal

Say after me - Repita comigo

It's no better to be safe than sorry - Não é melhor prevenir do que remediar

Take on me - Me dê uma chance

(Take on me) - Me dê uma chance

Take me on - Aceito o desafio

(Take on me) - Me dê uma chance

I'll be gone - Eu irei embora

In a day or two - Em um dia ou dois

Darcy havia esbarrado com Emma e George Knightley e logo sua prima tratou de “enturmá-lo” o segurando, servindo-lhe uma bebida e retirando seu casaco, que ao ver da menina era uma afronta a moda daquela festa. 

O Sr. Knightley não deixou de ter o seu papel, já visivelmente alcoolizado pegou Willian pelos braços e começou a rodopiá-lo, fazendo com que sua namorada caísse aos risos. Se fosse qualquer outro casal a tratá-lo daquela forma ele com certeza travaria, mas aqueles dois eram seus amigos de infância, o que não o impedia de se sentir um pouco travado, mas havia decidido seguir o conselho que uma certa senhorita lhe deu uma vez, de praticar a arte da socialização. 

Com o refrão tocando e explodindo a tão conhecida parte eletrônica daquela música que marcou gerações, Darcy se permitiu até mesmo arriscar um passinho, ele estava ali aquela noite para se divertir. Emma, vendo o primo mais solto e dançando como nunca teve o prazer de vê-lo fazer antes, não tardou a dar um gritinho levantando seu copo em um brinde que Willian e George não tardaram a acompanhar, formando assim um círculo de dança. 

Georgiana ao ouvir o grito estridente da prima se virou para onde a mais velha estava, e com um sorriso no rosto ficou deslumbrada ao ver o irmão.

— Will - Georgiana gritou para tentar fazer sua voz sobrepor o alto som da música - e saiu correndo em direção ao mesmo.

Elizabeth achava que ver Darcy vestido daquela forma tão informal e jovial já era uma tortura, mas vê-lo e não poder tocá-lo estava se provando pior ainda. Notando finalmente os pensamentos que estava tendo ficou mais vermelha do que poderia imaginar, e suas pernas se moveram sem que pudesse as controlar, na direção daquele pecado que estava prestes, e desejava muito, cometer. 

Ao se aproximar do grupo suas pernas bambearam novamente, em sua mente tentava se enganar dizendo que estava ali apenas por estar acompanhando Georgiana antes, era isso que amigas faziam certo?! Acompanhavam umas às outras, e sinceramente, ela não se arrependia nem um pouco. Era realmente prazeroso ver Darcy daquela forma, com as roupas amassadas, suado e sorrindo de uma forma que deveria ser proibida por lei.

Quando seus olhares se encontraram pode sentir o mundo parar alguns segundos, até que Georgiana, que agora abraçava o irmão, tomou novamente a palavra. 

— Estou tão feliz que veio irmão! - Darcy sorriu com aquela frase.

Mas de modo rápido como chegou e com uma faísca suspeita nos olhos, a jovem Darcy saiu puxando Emma para o banheiro enquanto incumbia Knightley de pegar mais bebidas.

Não era que Darcy e Elizabeth estivessem brigados, ao contrário, estavam em ótimos termos, depois de toda confusão do último verão haviam se tornado mais próximos do que poderiam imaginar, mas todo o problema daquela situação é que ambos queriam estar bem mais próximos do que realmente estavam, mas como proceder se não tinham a menor ideia de como ler o outro. Um era a incógnita do outro. 

Mas ainda em ritmo de festa e tirando coragem sabe-se lá Deus de onde, Elizabeth pegou seus óculos redondos ao estilo caleidoscópio e colocou no rosto do rapaz que logo tratou de sorrir de modo escancarado:

— Não, não, não, eu não acredito que você ainda tem isso. - Darcy respondeu pegando nas mão da garota enquanto a rodopiava, ver aquele óculos o havia dado coragem para ser quem queria ser com ela. 

Elizabeth sorriu, como não sorria a dias, enquanto era guiada pelo rapaz por quem se derretia a cada segundo. 

— Eu pensei que teria a chance de te encontrar aqui, então, não quis perder a oportunidade de te ver novamente parecendo uma - ela fez uma pausa - mosca? - perguntou com um olhar irônico, que para Darcy, só ela poderia proporcionar.

Willian se aproximou do rosto de Lizzie, colando seus corpos de uma forma que a surpreendeu, fazendo-a corar para o prazer do homem à sua frente:

— Vespa. - ele sussurrou de um jeito sexy e provocante que nem mesmo sabia poder ser possível. - e ajeitou os óculos no rosto fazendo com que ambos caíssem na risada. 

Oh, the things that you say - As coisas que você diz

Is it life - são pra valer

Or just a play my worries away - ou só para me despreocupar?

You're all the things I've got to - Você é tudo que tenho que

Remember - relembrar

You're shying away - Você está me evitando

I'll be coming for you anyway - Mas eu corro atrás mesmo assim

Take on me - Me dê uma chance

(Take on me) - Me dê uma chance

Take me on - Aceito o desafio

(Take on me) - Me dê uma chance

I'll be gone - Eu irei embora

In a day - Em um dia

I'll be gone - Eu irei embora

In a day - Em um dia

Enquanto rodopiavam flashes do dia da compra daquele óculos passavam na mente dos dois, agora com mais carinho do que realmente se sucedera na época. 

 

Era o primeiro encontro de Jane e Bingley, e sabe-se lá porque lá estavam Lizzie e Darcy de vela, um de péssima companhia para o outro. 

Não tinham tido nenhuma boa primeira impressão do outro no baile na casa dos Lucas onde se conheceram, mas agora estavam juntos novamente, dessa vez em um parque de diversões. 

Sem nada para fazer olhavam as barracas com as mais diversas bugigangas, Lizzie ao ver um óculos caleidoscópio ao total estilo rave pensou que nada poderia destoar mais do estilo engomadinho do seu companheiro, e em uma movimento inesperado colocou no rosto do rapaz que fez uma careta, fazendo Lizzie rir sem nenhum pudor. Darcy não sabia reagir a situações assim, ainda mais com uma estranha, mas ao ver seu sorriso não pode evitar não querer entrar de alguma forma na brincadeira, ainda sério pegou o espelho e começou a se olhar, e fazendo mais uma careta logo adicionou: 

— Pelos céus, eu pareço uma mosca. - a fala havia saído de modo tão robótico que Lizzie não pode evitar cair na risada novamente. 

— Eu diria mais uma vespa - ela respondeu enxugando o canto de seus olhos - Uma vespa bastante social. - completou fazendo alusão a camisa social e a gravata borboleta que compunham a aparência de seu companheiro, destoando de todo ambiente temático do parque.

Darcy puxou apenas um pouco os óculos para mandar um olhar de escárnio para Elizabeth, que o respondeu da mesma forma, mas inesperadamente o jovem pegou sua carteira e pagou pelo exemplar que agora usava para empurrar sua franja. 

Aquela foi a primeira vez que se importunaram, mas não a última… quem conhecia história dos dois sabia. 

Mais tarde naquele mesmo dia Darcy colocou escondido aquele óculos na bolsa da garota, ele achava que combinaria muito mais com ela do que com ele, apesar de ter sido divertido andar com o acessório durante o dia, algo que ele jamais admitiria, independente de quem perguntasse.

~x~

03:47

Já passavam das três da madrugada e poucas almas vivas permaneciam naquele local. Elizabeth sentada em uma rede na varanda observava a vista noturna da cidade enquanto sentia a brisa da madrugada refrescá-la, ao fechar os olhos sorriu, a noite realmente estava sendo surpreendente, mas como qualquer calmaria para um Bennet dura pouco, uma nova música voltou a soar no recinto, desta vez Never Ending Story, e pela porta de vidro pode ver Charles e Jane ainda a todo vapor, suados e sem algumas vestimentas, com as quais começaram a festa, era hilário ver os dois dançando enquanto faziam um dueto que já não encaixava em nada com a música. Ao lado do casal Darcy vinha com uma garrafa térmica em mãos e com uma carranca terrível, era incrível como mesmo assim o homem continuava bonito. Elizabeth já não reprimia seus pensamentos, não adiantaria.

Ao chegar na varanda o jovem, sem o menor prévio aviso, se jogou ao lado de Eliza na rede, fazendo com que a mesma balançase inconstante os aproximando mais, fazendo-os sentir a pele do outro. 

Darcy com um olhar cansado ficou observando a companheira a sua frente, mais precisamente seus olhos, e abruptamente erguendo sua garrafa perguntou:

— Quer? - a interrogação perceptível no rosto de sua acompanhante o fez continuar - É vinho! Depois de uns três idiotas derrubarem minha bebida decidi pegar a garrafa térmica de Charles.

Elizabeth não pode evitar cair na risada, o olhar inocente de Darcy oferecendo-lhe a bebida era impagável. 

— Hm. - ele resmungou - É por isso que não somos amigos, vive caçoando de mim. - ele encerrou com um pequeno sorriso nos lábios enquanto bebericava o líquido doce que tinha em mãos. 

— Pois eu discordo muito dessa afirmação Senhor Darcy! - respondeu Eliza, com um brilho no olhar, erguendo seu tom e se aproximando ainda mais do peito do rapaz - Se caçoo de você é por que lhe considero muito, porque gosto de me divertir com aqueles que estimo. 

Darcy de repente empertigou seu corpo, parecendo desconfortável seus anseios finalmente lhe escaparam os lábios:

— Achei que não quisesse ficar na minha companhia. - falou sério - Sinto que só tem me evitado nas últimas semanas, mas hoje… 

— Estava com vergonha! - Elizabeth respondeu rápido, virando seu rosto para direção contrária. 

— Vergonha de que? 

— Vergonha de tudo!! - começou a responder, já parecendo exasperada - Do que pensei e falei de você, eu fui uma completa idiota e mesmo assim foi um grande amigo.

— Eu agi da mesma forma rude com você, talvez até de maneira pior. Se fez algo contra mim hoje tenho a plena ciência de ter sido em resposta aos meus atos tolos. - Darcy riu de maneira mais relaxada mas continuou sério. - Nós dois fomos orgulhosos e preconceituosos, mas colocamos tudo a pratos limpos, achei que tínhamos superado essa história, que poderíamos ser pelo menos bons colegas. - e encerrou sua linha de pensamento dessa vez com um fio de voz mais contido e receoso.

— Eu pensei que poderíamos, mas então tudo aconteceu, e por culpa da minha inconsequência o senhor e sua irmã sofreram novamente. - Eliza falava com os olhos relativamente marejados, enquanto tentava abafar da mente qualquer lembrança ruim que insistia em aparecer.

— Eu só fiz o que gostaria que tivessem feito por minha irmã quando ela foi a vítima, jamais considere que tem algum tipo de culpa, é uma ideia absurda, principalmente quando sabemos quem é o verdadeiro culpado. 

Devido a conversa que se seguia ambos os jovens pareciam ir se tornando mais calmos e confortáveis ao ambiente. Elizabeth que havia agora esticado seu corpo na rede mantinha suas pernas por cima do homem ainda um pouco envergonhada, mas esse por sua vez parecia ter perdido toda a timidez enquanto os balançava de leve e fazia das pernas da companheira um piano, enquanto voltava a falar:

— Por isso não gostaria que soubesse… não quero que fique estranha comigo, ou que pense que me deve qualquer coisa, se fiz o que fiz foi para que você não sofresse e mudasse, se tornasse triste, te amo do jeito que é e queria que continuasse da mesma forma comigo. 

— Me ama? - Elizabeth perguntou pausadamente, receosa pela resposta e ao mesmo tempo com um tom de brincadeira, tentando esconder seu medo do que se seguiria e de como reagiria, se sentia uma adolescente perto daquele homem, contrariando tudo que já havia pensado um dia.

Darcy soltou um pequeno riso enquanto continuava a traçar um caminho com os dedos pela pena de sua acompanhante enquanto a mesma ficava cada vez mais vermelha.

— Eu poderia dizer que como amigo, mas tanto eu quanto você saberíamos que eu estaria mentindo.

— Lizzie - ele começou, olhando-a nos olhos dessa vez - Meus sentimentos por você não mudaram, creio que se intensificaram ainda mais do que achei que fosse possível, mas agora sei - riu de leve - que as vezes o sentimento não é recíproco. Me desculpe fazer com que toquemos nesse assunto, mas a primeira vez que me declarei havíamos tantos assuntos não resolvidos.. que meu coração não deixa de ter esperança, mas agora estando em bons termos, se seus sentimentos se mantém os mesmos, prometo, com toda a força do meu ser, nunca mais tocar nesse assunto 

— Meus sentimentos não são os mesmos a muito tempo, me arrisco a dizer que o que te disse uma vez nunca foi o que realmente senti. 

Ver o homem dessa forma agora a impressionava, Darcy tinha tantas camadas, achou nunca ter visto o homem como o via agora, com essa face, ela claramente não o conhecia, seria possível que alguém o conhecesse?! E isso a impressionava tanto, era sempre tão imprevisível, tão enigmático, tão encantador… o que Eliza não sabia era que a mesma também era fruto dos pensamentos do homem, que as mesmas hipóteses eram formuladas sobre si.

E contrariando sempre o que ambos, ou qualquer um esperasse do outro, se beijaram. 

Não de uma forma erótica, com um beijo de tirar o fôlego, mas de forma doce, de quem quer se conhecer, de quem beija tentando descobrir o outro, que não tem pressa, apenas o desejo de descobrir mais e mais, explorar sem deixar que nada passe em vão, e experimentar cada sentimento único que eles sabiam ser capazes de proporcionar. 

Lizzie subia no colo de Darcy tentando intensificar o beijo, vez ou outra parando para sentir o cheiro presente em seu pescoço, querendo vivenciar cada pequeno arrepio que a situação proporcionava. 

Darcy que a segurava agora pelo cabelo, com a mão livre percorria todo o seu corpo, puxando-a mais para si e enfim jogando-a por cima de seu corpo. 

Encostando testa com testa e se olhando nos olhos, sorriram. Sem esperar nada, sem pressa. Apenas tentando entender como aquele ódio do início os tinha colocado naquela situação. 

Como sempre parecendo ter o mesmo pensamento Elizabeth disse:

— Nós somos tão diferentes e ainda sim conseguimos ser complicados de uma forma tão parecida.

— Tínhamos que nos parecer em pelo menos uma coisa. 

E Darcy encerrou, sorrindo, não podendo estar mais feliz do que achou que algum dia poderia ser possível. 


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