Still Loving You More escrita por MisuhoTita


Capítulo 9
Final de Semana em Angra dos Reis


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!

E cá estou em com este novo capítulo, cheio de emoções para vocês.

Gostaria de agradecer imensamente a Monirubi2009, Elizabeth, Tommy San, Sally Yagami, Ana Virgínia, Bruna Chan e Taty Misty pelos comentários do capítulo anterior. Muito obrigada pelo carinho.

E, se leu, deixe o seu comentário, vou adorar saber o que estão achando da trama.

Boa leitura e enjoy❣



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Alguns dias depois...

Finalmente o final de semana chegou e, Arthur está em sua suíte, terminando de arrumar sua mala para o final de semana em Angra dos Reis. Ele sabe que, no quarto de hóspedes, Maria Flor faz o mesmo, e, pensar que ela e o filho vão com ele nesta viagem faz com que um sorriso esboce o seu rosto.

Fora difícil convencer Maria a ir com ele. Aliás, ela é uma pessoa difícil e, os dois passam boa parte do tempo discutindo, mas, no fim, ela aceitou, após ele conseguir convencê-la de que será uma oportunidade perfeita para ele se aproximar do filho, visto que, por conta de seu trabalho, ele tem pouco tempo para se dedicar ao menino.

E, por mais que Maria tenha suas reticências com relação as suas intenções para o filho, ela não pode negar que, nos últimos dias, ele tem tentado se aproximar do garoto, e, por mais que algumas vezes isso não tenha lá dado muito certo, ela não pode negar que as suas intenções para com o menino sejam as melhores possíveis.

Nunca se imaginou sendo pai. Aliás, nunca sequer cogitou a hipótese de ter um filho, mas, desde que descobriu que é pai, ele quer se aproximar da criança, quer que o menino saiba que tem um pai!

Não é justo um filho crescer sem um pai, e, o seu filho não irá crescer sem um!

Termina de arrumar sua mala, para então ir até o banheiro da sua suíte e tomar um rápido banho, e, após se banhar, veste uma bermuda jeans preta e uma camisa polo azul marinho, calça um sapatênis e penteia os cabelos, para então deixar o seu quarto e se dirigir até o quarto de hóspedes que, está com a porta fechada. Dá umas batidinhas de leve na porta, para então dizer:

― Maria Flor, eu posso entrar?

― Entre. – ele escuta a voz de Maria do outro lado da porta.

E, sem mais perder tempo, ele abre a porta do quarto, e, ao ver a mãe de seu filho, por um momento, ele sente o ar faltando a seus pulmões, pois, a visão que ele tem de Maria é... Linda...! Na falta de palavra melhor.

Ela usa um vestido de um corte simples, rosa bebê estampado com pequenas flores de um rosa muito delicado. O vestido é de alcinha, o busto colado ao corpo dela de forma perfeita, e, a saia, até os joelhos um pouco rodada. Os exuberantes cachos estão soltos por suas costas como uma cascata de fogo.

E que cabelos...!

Nunca encontrou, em toda a sua vida, uma mulher com cabelos tão lindos quanto os de Maria Flor. Talvez tenha sido os cabelos dela que lhe chamaram a atenção quando a viu no Nordeste pela primeira vez, quase dois anos atrás.

Maria Flor não deixa de notar o olhar de Arthur sobre ela, e, imediatamente, sente o rubor tomando conta de seu rosto, pois não gosta nem um pouco da forma como o homem lhe olha.

― Está olhando o que? – a jovem não deixa de perguntar.

― Nada. – responde Arthur, mesmo que a verdade seja outra.

Maria Flor o encara com ar de quem não acredita no que ele acabou de falar, e, a verdade, é exatamente essa. Que ela simplesmente não acredita que ele não está vendo “nada”. Mas, se ele pensa que irá enganá-la e se aproveitar mais uma vez dela, está redondamente enganado. Se ela aceitou ir com ele para Angra este final de semana, é por Sadrak, somente pelo filho, pois, nos últimos dias, ela vem sentindo que ele quer realmente se aproximar de Sadrak.

Mas, ela não dizer a ele que não acredita no que ele diz e, ao invés disso, aponta para a cama, onde está a mala de Sadrak para o final de semana e, a sua bolsa com as suas coisas, para então ela dizer:

― Você se incomodaria em levar a minha bolsa e a mala do Sadrak?

― De forma alguma. – responde Arthur – Ao contrário, já ia me oferecer para fazer isso.

― Obrigada. – Maria Flor sorri.

― Não há de que.

E, após dizer estas palavras, Arthur se aproxima da cama e, pega as malas. Maria então pega o filho no colo, e, os dois deixam a cobertura. Por sorte, o elevador já está na cobertura e, eles seguem direto para a garagem, onde Arthur não perde tempo e destrava o alarme de seu carro, para então abrir o porta malas e colocar as malas ali, em seguida, o fecha, e, caminha até o banco de trás do carro, abrindo a porta e tirando o filho do colo de Maria, para colocá-lo no bebê conforto que está no banco de trás e prendê-lo com o cinto de segurança, em seguida, abre a porta do carona para Maria para, só então, adentrar o banco do motorista.

Arthur imediatamente dá partida no carro e sai da garagem, e, a fim de quebrar o silêncio que se faz entre os dois, Maria Flor não perde tempo em perguntar:

― Quanto tempo de carro até Angra dos Reis?

― Algumas horas. – Arthur responde prontamente – Mas, nós não vamos de carro, vamos de helicóptero, que é muito mais rápido.

― Você tem um helicóptero? – Maria Flor pergunta, completamente boquiaberta.

Arthur acha graça no espanto com o qual Maria lhe faz a pergunta, e, sorri para ela antes de responder:

― Não, é alugado. Não vejo sentido em ter um helicóptero quando eu simplesmente posso alugar um quando necessito para viagens curtas, como esta que vamos fazer.

― Ahá. – é tudo o que Maria consegue responder.

Para ela, ainda é um pouco estranho como Arthur fala de coisas milionárias como se fossem nada. É claro que ela sabe que ele tem muito dinheiro, mas, para ela, que cresceu em uma vida simples, humilde e sem muitos luxos, tendo apenas o básico, ainda é meio estranho viver neste mundo de Arthur, em que ele esbanja dinheiro como se fosse água.

O mundo dos dois é completamente diferente um do outro e, a cada dia que ela vem convivendo com Arthur, vê isso com mais clareza. A tal ponto que, chega a assustar, pois ela teme o dia em que Arthur irá se cansar de sua presença e tirá-la de sua casa, e, consequentemente, de seu filho.

Infelizmente, o mundo não é um lugar justo. Ao contrário, o mundo é cruel com pessoas como ela, pobres e, por isso mesmo é que ela sabe que juiz nenhum no mundo negaria a guarda de Sadrak para Arthur, pois, ele pode dar ao filho tudo o que o dinheiro pode comprar, ao contrário dela que, para qualquer juiz, não passará de uma pobre coitada.

Não demoram muito e, chegam ao Heliponto. Arthur estaciona o carro, e, é o primeiro a descer, e, antes que ele possa dar a volta e abrir a porta do passageiro para Maria Flor, ela mesma o faz, e, após descer, ela abre a porta de trás para pegar o filho no colo enquanto Arthur se encarrega das malas dos dois.

Quando os dois já estão prontos, Arthur faz sinal para que ela o siga e, ela assim o faz, não demora muito e eles chegam onde um helicóptero já está esperando por eles.

Maria Flor simplesmente fica impressionada com o que ela vê, pois, para ela, tudo isso é novo demais, uma experiência que ela nunca imaginou viver e, ela sabe, o final de semana ainda nem começou.

― Vamos? – fala Arthur, tirando-a de seus pensamentos.

― Sim. – ela responde.

Arthur troca algumas palavras com o piloto e, em seguida, ajuda-a a subir, colocando as malas no helicóptero e subindo em seguida. Quando os dois já estão acomodados, o piloto toma o seu lugar e, prepara-se para levantar voo e, conforme isso acontece, maria Flor fecha os olhos e segura o braço de Arthur, com medo.

O homem não deixa de notar a mão trêmula de Maria e, a segura em um gesto tranquilizador, que dá segurança a ela e, faz com que ela abra os olhos.

― Não se preocupe. – fala Arthur, sorrindo para ela – Está tudo bem.

― Esta é a primeira vez que eu... – ela sente vergonha de terminar a frase.

― Não precisa ter medo. É seguro. Apenas aprecie à vista, sei que irá gostar muito.

Ainda segurando o braço de Arthur, como se assim se sentisse segura, ela abre os olhos e, sente-se maravilhada com a vista, a cidade vista de cima, o mar. Tudo uma grande novidade para ela. E, sem que ela se dê conta, um sorriso involuntário toma os seus lábios.

Arthur não deixa de ver o sorriso no rosto de Maria enquanto ela observa a paisagem, e, acha incrível como para ela, algo tão simples, como uma bela vista, já é capaz de fazer com que ela sorria com tanta espontaneidade. Nunca viu uma mulher sorrindo de forma tão doce e verdadeira apenas por contemplar uma vista, e, se dar conta disso faz com que se sinta mexido.

Com apenas um encontro com Maria Flor, sua mãe lhe dissera que ela é diferente, que ela não é como as outras mulheres com as quais ele está acostumado a lidar e, acha que finalmente está começando a se dar conta disso, do quanto Maria Flor é diferente de todas as outras mulheres que já estiveram em sua vida. Do quanto ela não tem um pingo de futilidade, de falsidade e do quanto ela simplesmente é sincera em tudo, e, por isso mesmo, os dois acabam brigando em boa parte do tempo em que estão juntos, por mais que se esforcem para não brigar.

A viagem até Angra é tranquila, com Maria Flor maravilhada com a paisagem e Arthur apenas observando-a, sem dizer uma única palavra.

E, assim que o helicóptero faz o seu pouco em Angra dos Reis, Arthur é o primeiro a descer, ajudando Maria Flor em seguida e fazendo sinal para que o piloto pegue as malas dos dois, o que ele faz no mesmo instante.

Em seguida, eles seguem em direção a um carro, onde o motorista logo abre a porta de trás para Arthur e Maria. O motorista coloca a bagagem dos dois no porta malas, para então sentar no banco do motorista, ligar o carro e dar a partida.

― E esse carro? – Maria simplesmente não consegue deixar de perguntar.

― É alugado. – responde Arthur, dando de ombros.

E, ante as palavras do homem, Maria não fala mais nada, apenas observa a paisagem, enquanto o carro segue o seu destino. Não demora muito e, o carro estaciona no estacionamento de um grande resort. O motorista é o primeiro a sair do carro, abrindo a porta para Arthur e Maria Flor em seguida, para só então pegar a bagagem dos três.

Maria olha para o lugar completamente boquiaberta. Já vira Angra dos Reis pela televisão, mas, ver aquele lugar ao vivo é uma experiência completamente nova e diferente para ela.

As águas do mar são de um azul esverdeado totalmente cristalino, tão límpidas como ela nunca havia visto em toda a sua vida. E, o céu azul, sem nuvens, dá ao local uma visão única, como se fosse um filme.

Arthur a conduz para o interior do resort, e, ela olha maravilhada para o local, palmeiras por todos os lados, uma enorme piscina no centro do ressorte, como a água azul como e céu que está sob os dois.

Eles seguem para o interior do resort, onde, o luxo é ostentado em cada detalhe, o que só faz com que Maria Flor fique ainda mais boquiaberta com tudo o que ela está vendo.

― Este hotel é seu? – Maria simplesmente não consegue deixar de perguntar.

―Ainda não. – responde Arthur, dando de ombros.

― “Ainda”. – fala Maria, incrédula.

― Sim, Maria, ainda não. Agora vamos para a nossa suíte.

― “Nossa suíte?” – ela arqueia uma sobrancelha.

― Você não vai fazer um escândalo aqui, não é mesmo?

― E eu lá tenho cara de quem anda fazendo escândalos?

― Você quer mesmo que eu responda?

E, após dizer estas palavras, Arthur começa a rir, ao mesmo tempo em que faz sinal para que Maria o siga, o que ela faz no mesmo instante. Os dois seguem para uma das suítes, para onde a bagagem dos dois já fora levada, e, ali chegando, mais uma vez, maria fica boquiaberta com o que vê.

A suíte é enorme, com as paredes pintadas de branco, uma antessala com um sofá divã, uma pequena adega com algumas bebidas, que Arthur logo faz questão de se servir. Uma porta leva ao quarto, e, curiosa, Maria vai até lá, onde vê, no centro do quarto, uma enorme cama king size, uma porta que leva ao banheiro. O quarto é decorado com papel de parede com estampa floral, e, uma janela de vidro que leva a uma pequena varanda, que dá para uma vista da piscina.

― Isso é lindo! – Maria não consegue deixar de exclamar.

― Sabia que iria gostar.

Ao ouvir a voz de Arthur, ela se assusta e vira de costas, para ver Arthur bem atrás dela com um copo de Whisky nas mãos.

― Você vai mesmo comprar isso?

― Pretendo. – responde Arthur – Por isso estou aqui. Vou trocar de roupa para uma reunião com meus advogados e os representantes do hotel, e, não sei quanto tempo irei demorar. Fique à vontade para ir a piscina ou a praia.

Arthur então brinca um pouco com Sadrak, que ainda está no colo de Maria, para em seguida ir ao banheiro, onde rapidamente troca de roupa, colocando terno e gravata, e, deixa a suíte em seguida.

Ao se ver sozinha, Maria volta a olhar para a vista à sua frente, sem realmente acreditar que ela está ali, pois, de alguma forma, isso ainda parece um sonho. Nunca, em toda a sua vida, ela imaginou estar em um lugar assim, hospedada em um quarto de luxo como este. Aliás, nunca passou por sua cabeça que Arthur a chamaria para vir com ele, e, por mais que ele tenha insistido muito, ainda não acredita que aceitou e está aqui.

Desde que Arthur reapareceu em sua vida, ela mudou da água para o vinho, e, ela tem passado por coisas que jamais imaginou passar. Ela e Arthur brigam muito, mais, apesar de tudo, estão aprendendo a conviver um com o outro sem que queiram se matar o tempo inteiro.

 

 

*****

 

 

Na recepção do hotel, Danielly acaba de chegar, e, conversa com a recepcionista sobre a sua reserva, ao mesmo tempo em que olha para um empregado, que leva a sua bagagem para a suíte que ela reservara.

Após confirmar a sua reserva, olha para o seu relógio de pulso, se dando conta que a esta hora, Arthur já deve estar aqui com a mortinha de fome. Pensar em seu noivo com aquela coisinha que se diz mãe do filho dele faz com que um ódio muito grande comece a tomar conta de si, principalmente porque, desde que ela apareceu na vida de Arthur, sempre que liga para ele e quer marcar algo, ele se diz ocupado com o filho.

Mas, isso não vai ficar assim, no que depender dela, muito em breve a mortinha de fora será carta fora do baralho!

Segue para a sua suíte onde rapidamente vai tomar um banho para tirar a poeira da viagem e também para se arrumar, pois, quer estar exuberante no momento em que encontrar Arthur e mostrar para ele que é muito superior àquela coisinha horrorosa que está vivendo na casa dele!

Termina o banho e, abre a sua mala, escolhendo um vestido vermelho bem chamativo, com um decore bem revelador e que adequa perfeitamente as curvas de seu corpo. Após colocar o vestido, ela começa a pentear seus cabelos, deixando-os soltos, e, começa a se maquiar, demorando-se bastante no processo, em uma make chamativa e irresistível, com direito a uma paleta de sombras escuras e um batom vermelho bastante chamativo.

Após terminar, se olha no espelho e sorri, ficando satisfeita com o que vê a sua frente, pois, tem certeza de que Arthur simplesmente não irá resistir. Em seguida, ela deixa o quarto, seguindo diretamente para uma suíte em que, tem certeza de que encontrará Arthur ali. Dá umas batidas na porta e, qual não é a sua surpresa ao ser atendida pela mortinha de fome.

Sem perder tempo, empurra Maria e adentra a suíte, dizendo:

― Onde está o Arthur?

Maria não gosta nem um pouco da mulher e, principalmente, da forma com a qual se dirige a ela.

― Primeiro não fale assim comigo!

― E por que eu não falaria? – a voz de Danielly é carregada de desdém – Você deve estar achando que é alguém, não é mesmo, mortinha de fome? Mas, deixa e te dizer uma coisa, você não é nada! N-A-D-A!!!! Não passa de uma morta de fome que deve ter engravidado de propósito apenas para tirar dinheiro do meu noivo!

Maria Flor sente a fúria tomar conta de si, mas, antes que ela possa dizer qualquer coisa, Arthur chega ali, com os olhos azuis brilhando de tanta fúria ao encarar Danielly e dizer:

― O que você está fazendo aqui?

― O que você acha? – Danielly não se deixa abalar pela fúria contida nas palavras de Arthur – Você me abandona por esta morta de fome e quer que eu faça o que? Eu vim atrás de você, que é o meu noivo! E, por ser meu noivo, deveria estar aqui comigo e não com essa Maria Ninguém!

― Se é com o fato de sermos noivos que você está preocupada, não precisa! – Arthur não perde tempo e, tira a aliança de ouro da mão direita, jogando-a no chão – Está tudo acabado! Agora dê o fora antes que o seu escândalo acorde o meu filho!

E, como Danielly não faz menção nenhuma de se mexer, Arthur a segura pelo braço, arrastando-a para fora de sua suíte e fechando a porta atrás de si.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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