Falando com os mortos escrita por Whelpx


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

oi oi!

então, eu escrevi essa one shot meio do nada. depois de três anos do fim de teen wolf eu resolvi assistir a última temporada e com o casal que eu tando queria estando junto (malia e scott), pipocou essa ideia na minha cabeça.

é isso, espero que gostem!



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Já estavam juntos havia cinco anos. Cinco anos e em todos eles, naquele dia, tinham a mesma rotina, independente do dia da semana que fosse. Acordavam, tomavam café da manhã e iniciavam a viagem à cidade onde tudo começou. De início foi um pouco difícil para ela entender o porquê dessa data mexer tanto com ele, afinal, pessoas morrem. Passara tempo demais como um coiote e mesmo tento aprendido muito com ele e o pack, custava a entender alguns comportamentos. Mas agora ela entendia. Entendia que ele precisava daquilo e não era porque todo ano ele visitava o tumulo do seu primeiro amor que ele não a amava. Na verdade, muito pelo contrário; leva-la lá só demonstrava como um fazia parte da vida do outro.

Algumas horas de estrada os separavam de Beacon Hills. Quando finalmente chegaram era próximo do meio dia e decidiram ir direto ao cemitério, afinal, a volta seria tão demorada quanto a vinda.

Ao chegarem lá, Malia sentou-se em baixo de uma arvore e enquanto Scott se dirigia sozinho à lapide de Allisson. Ela sabia que ele precisava de um tempo a sós com ela, para contar e desabafar. Segundo Lydia, Allison também fora uma grande amiga para ele. Depois de alguns minutos, ou bem mais do que alguns, ela não saberia dizer, decidiu que visitaria a mãe e a irmã, que estavam enterradas não muito longe dali. Seria a primeira vez nesses cinco anos que tentaria algo assim.

Ao parar na frente dos túmulos, não soube dizer quanto tempo ficou apenas encarando e recordando antes de conseguir falar as primeiras palavras.

— Oi, mãe. Oi Kylie. – Falou depositando uma flor branca para cada uma. – Eu sinto muito. Papai sempre fala que eu não deveria me desculpar. – Falava enquanto limpava uma lágrima que escorria pela bochecha. – Bom, acho que é isso. Eu estou bem, papai está bem, apesar de não querer deixar a cidade. Vocês sabem como ele é. – Depois de um longo suspiro, decidiu proferir aquelas duas palavrinhas que aprendeu a importância nos últimos tempos. – Amo vocês.

Ao se afastar com o intuito de voltar para baixo da arvore, percebeu que Scott não estava mais na lápide de Allison. O viu mais adiante, visitando algum outro tumulo. Imaginou que talvez fosse uma boa ideia ir até Allison. Já que havia se permitido falar com a mãe e a irmã, talvez não seria uma má ideia falar com ela também.

Quando parou à frente, não soube o que dizer. Se apresentaria? Falaria da sua vida e de como os resgates de outros sobrenaturais vão? Talvez pudesse falar de Lydia, que era a única outra coisa em comum que tinha com ela. Não, nenhuma dessas coisas parecia ser apropriado.

— Oi, Allison. Bem, eu... eu gostaria de ter te conhecido. Scott sempre diz que teríamos sido boas amigas. Eu só queria que soubesse que eu estou cuidando dele. Bom, acho que é isso. Até mais.

Ao despedir-se de Allison viu que Scott já se direcionava ao carro. Olhou no relógio: já passava das quatro horas da tarde. Já estava tarde, tinham que ir; tinham pessoas para visitar e ainda tinham que voltar para casa. Ao cruzar a entrada do cemitério e entrelaçar as mãos com Scott, sentiu-se mais leve, como se um grande peso tivesse saído de cima do seu peito. Talvez falar com os mortos não fosse tão estranho quanto ela pesara. Talvez ano que vem ela voltaria ali com mais palavras a serem ditas.


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