Quando conheci Katrina foi como se uma luz se acendesse em mim. Parecia que tudo tinha voltado a ter cor e por essas e outras razões que corri tanto atrás dela. Que não consegui atacar quando ela tinha uma arma apontada para mim. Cada célula do meu corpo dizia que ela não conseguiria atirar. E eu não conseguia atacar mesmo sabendo que era o certo.
Ela era uma caçadora. Mas o que isso importava? Já tínhamos lutado ao lado de caçadores antes.
Tinha um pequeno detalhe ela tinha tido uma criação diferente. Tinha crescido para matar qualquer ser sobrenatural e isso dava um pouco de medo. Mesmo assim cada vez que eu a via meu coração batia mais forte. Meu corpo esquentava, correspondia ao dela.
Quando finalmente a tive para mim nem pude acreditar que ela fosse minha. Somente minha. De corpo e alma. E devo dizer que corpo. Ela era linda. O cabelo loiro com as mechas verdes. Os olhos azuis como gelo. Uma língua tão afiada quanto seus golpes.
Era magra, mas musculosa. Tinha um corpo maravilhoso. Definido. Gostoso. Que me fazia ter uma ereção só de lembrar. Cada parte dele. Da tatuagem de dragão ao piercing do nariz e da língua. O único defeito além de ser dona de si ainda se achava dona da razão.
Claro que isso nunca nos atrapalhou. Na verdade um relacionamento regado a muito sexo. Mas Albert voltou. Derek não deu noticias. E eu não tinha escolha.
— Você esta sozinho. É quase um ômega. - Albert falou quando me encurralou no dia do aniversario de Katrina.
— Eu não sou um ômega. - Rosnei mostrando meus dentes para ele que riu. - Veio atrás da Katrina não é?
— É claro que vim. Quero aquela mulher para mim. - Rosnei para ele que riu. - Você não é o único que quer aquela mulher na cama garoto. Ela deve ser um furacão.
— Ela é minha!
Ele ficou sorrindo por um tempo.
— Eu poderia mata-lo, mas tenho uma ideia melhor. Você virá comigo. Em troca eu deixo ela ficar viva e bem, aqui.
— Você esta blefando.
— Também quero você no bando garoto. Você é forte e inteligente. Tem potencial. Pode ser uma ótima aquisição.
— Não estou disposto.
— Mas pela vida da garota você esta.
Ele não estava blefando. Nós passamos meses em praticamente em guerra com ele e eu sabia que ele era forte e inteligente além é claro da ganancia.
Ele mataria qualquer um para conseguir Katrina.
— Se você deixa-la em paz eu aceito sua proposta. - Ele sorriu.
— Me encontre hoje...
— Hoje é o aniversario dela. Não vou deixa-la hoje.
— Ok. Amanhã a noite garoto. Se você não vir ate a mim. Eu vou voltar e pegar aquela mulher. E você não vai gostar do que farei com ela.
Na festa ela estava tão linda. Tão feliz. Eu não conseguia estragar sua felicidade. Não consegui passar a noite com ela. Estava agitado.
Tentei varias e varias vezes ligar para Derek, mas não consegui.
Pensei em Scott, mas não iria trazer ele para a guerra assim.
No outro dia fui ate ela. Era tão estranho. Eu não sabia como me despedir. Como falar que eu tinha que ir embora?
Mas não precisou ela mesma me deu as alternativas. Juntei todas as forças que eu tinha. Sabia que era o melhor a fazer por ela. Então virei as costas e sai da mansão. Passei em casa peguei as minhas coisas e deixei um bilhete em meu violão para o caso de Derek me procurar.
Assim que cheguei no endereço desci da moto e fui escoltado por três lobisomens de Albert que estava sentado em um trono. Ele levantou e abriu os braços sorrindo.
— Como o combinado estou aqui. - Ele gargalhou.
— Sim. E foi tão fácil. Prendam-no nas masmorras. Agora só temos que esperar ela vir atrás dele.
Assim que me jogaram em uma cela cai no chão. Como fui burro em acreditar nele? O que eu tinha feito?
E assim o tempo passou. Eu caminhava pela cela. Recebia alguma comida meio crua. E repassava em minha mente as lembranças de Katrina.
Os meses passaram e única coisa que me fez me manter lucido foi ter ela em minha mente. Linda. Sorrindo. Revirando os olhos. Passando a língua nos lábios e expondo seu piercing preto.
Passava e repassava na minha mente as lembranças. As vezes que a tive entregue a mim. Ate mesmo as vezes que vi sua raiva. Sua força.
Era o pesadelo. Estava preso na minha própria loucura insana. Sabendo que ela era orgulhosa demais para procurar por mim. Mas eu também sabia que tinha audácia ao bastante para invadir o castelo quando descobrisse onde eu estava.
E eu estava dividido entre querer que ela viesse e não querer.
Eu era a isca.