Into the Potterverse escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 6
Capítulo 5




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Elas desceram silenciosamente, com cuidado para que o quadro de Walburga Black não fosse acordado.

Dumbledore não estava lá embaixo, como tinha dito no dia anterior.

Em vez disso, Sirius recepcionava um grupo de adolescentes. Scarlet soltou um som de surpresa ao reconhecer alguns cabelos ruivos e escondeu-se atrás da escada. Ela não reagiu assim por ver Rony, as outras garotas trocaram um olhar de entendimento.

— Mas o senhor Weasley está bem, certo? — perguntava Harry, parecendo ansioso.

Por que Arthur não estaria bem?

— Sim, Harry, mas Dumbledore considerou que seria mais seguro se viessem logo — respondeu Sirius.

Teria o diretor considerado que a outra garota poderia ir atrás de Harry no Expresso?

Mas isso significaria que eles não poderiam retornar de trem para a escola.

Era difícil imaginar uma forma de irem a Hogwarts que não fosse de trem...

Hogwarts.

Amber nunca pisou em Hogwarts, mas sentia como se fosse o lugar mais agradável possível só pelas histórias que as garotas e Marlene contaram a ela.

Queria tanto poder estar lá perto de Harry...

Quando Dumbledore a permitiria conhecê-lo? Algum dia ele saberia que ela era a sua irmã? Esperava que sim. Esperava que estivessem todos vivos no final daquela guerra.

— Garotas, desçam aqui.

Ela acordou de seus pensamentos com o chamado de Sirius.

Só então os adolescentes pareceram notá-las ao pé da escada, observando-os.

— Vamos, Scarlet — Astoria deu um chute de leve nas pernas da garota, que ainda estava sentada escondida.

— Vamos para a cozinha, temos muito o que explicar — Sirius direcionou-os ao porão.

— Não sei se deveríamos contar muito — Remus o alertou.

— A Ordem virá? — o animago o ignorou.

— Sim, eles devem estar aqui em breve para a reunião.

— Ótimo.

As garotas chegaram ao primeiro andar.

— Olá — Remus as cumprimentou — Como estão?

Ele parecia estar falando mais com Jilian.

— Bem — respondeu Amber simplesmente, antes de descer as escadas para a cozinha.

— É isso aí — Scarlet disse.

Ela não escutou a resposta das outras duas.

Amber não conhecia ninguém ali além das garotas. Era muito estranho, mas reconfortante como elas tinham se tornado amigas depois daquela experiência compartilhada. Talvez era precipitado chamá-las assim, mas ela imaginava que amizades surgiam de experiências como parar em um universo paralelo ao seu.

A mesa tinha várias cadeiras, então puderam todos sentarem-se.

— Bom, é o seguinte — disse Sirius, ficando de pé na cabeceira da longa mesa de mogno — Rony e Hermione sabem que Harry teve um sonho uma noite em que ele via uma cobra se preparar para atacar Arthur.

Os gêmeos e Ginny se assustaram com essa notícia que eles não sabiam.

— Mas não aconteceu — Sirius acrescentou rapidamente — Um som assustou a cobra.

Remus limpou a garganta, como que tentando alertá-lo a não falar sobre o Departamento de Mistérios.

— Acontece que a causa desse som — ele olhou para o amigo, como que pedindo ajuda — foi uma ligação entre esse universo e outros universos paralelos. Sabem o vira tempo? Então, assim como existe a possibilidade de viajar no tempo, existem universos como o nosso que têm algumas variáveis.

— Tipo um universo em que eu não fosse bruxa? — sugeriu Hermione, para ajudá-lo.

— Exato! — Sirius exclamou — São tipo escolhas que tomamos. Quando você escolhe ir para um lado, em outro universo você decide ir para outro lado.

Astoria olhou para Amber, levantando uma sobrancelha.

Sim, ele era um péssimo professor.

— Senhor Black — Jilian o interrompeu, fazendo o maroto olhá-la surpreso — Poderia ir direto ao assunto?

— Essas garotas — Remus tomou a palavra, vendo a dificuldade dele de falar — vieram com essa ligação entre os universos. Elas são de universos paralelos ao nosso. Elas não existem aqui.

— Tudo bem, não vamos contar a ninguém — disse Ginny com uma tranquilidade impressionante.

— Mas é possível viajar entre os universos? — perguntou Hermione, pasma.

— Não deveria ser — Amber respondeu — Imagina só se as pessoas saíssem caminhando pelos universos.

— Era quase assim com os vira tempos. Até que o Ministério da Magia criou as leis que impediam bruxos de sair viajando pelo tempo — ela disse rapidamente — Eloise Mintumble passou cinco dias no passado e quando voltou estava cinco séculos mais velha. Vários descendentes dela não nasceram depois disso.

— Uau, agora você nos acalmou, muito obrigada — retrucou Scarlet, sarcástica.

— Se alguma viagem entre dimensões aconteceu, não foi registrado ao público — disse Amber — O máximo que poderia acontecer seria criarmos novas realidades paralelas.

— Mas o paradoxo que se cria quando você viaja no tempo não seria a mesma coisa? — perguntou Hermione.

Rony resmungou, revirando os olhos para Harry. Já Astoria observava a discussão com bastante interesse.

— Sim, porque se trata de decisões a serem tomadas — a ruiva respondeu — Nós não vamos destruir nossas realidades por estarmos aqui. Porém, quando voltarmos para nossos universos, eles não serão mais nossos. Haverá seis novos universos.

— Seis? — a castanha franziu o cenho — Mas tem esse universo e vocês são quatro.

— Cinco — corrigiu Astoria — Tem uma garota desaparecida.

Hermione arregalou os olhos.

— Mas isso é péssimo! — ela exclamou.

— Estamos tentando encontrá-la — Sirius tentou acalmá-la — Assim que isso acontecer e... Dumbledore arrumar uma maneira de levá-las de volta, será como se elas nunca tivessem vindo.

— Toda essa história de universo me dá dor de cabeça — reclamou Scarlet.

— É uma pegadinha, né? — Fred dirigiu-se aos adultos.

— Porque se for, foi genial — completou George — Até Hermione caiu.

Eles negaram com a cabeça.

— Acorda! Até parece que eles iam trazer quatro garotas para a sede da Ordem, que está sob feitiço Fidelius por causa de uma pegadinha — Hermione os repreendeu, indignada.

— Podiam ser novas recrutas — George defendeu-se, dando de ombros.

— Elas têm a nossa idade — apontou Rony.

— Recrutas mirins.

— Voldemort se interessaria por isso, não é? — Harry pronunciou-se pela primeira vez.

Os Weasley estremeceram ao ouvir o nome e todos ficaram em silêncio.

— Não precisa se preocupar com isso, Harry — disse Remus — Elas estão seguras.

— Mas tem uma desaparecida — ele indicou.

Astoria trocou um olhar com Jilian e Amber.

Se ele soubesse que a garota estava nas mãos de Voldemort naquele momento...

— Elas estão perdendo aula?

Claro que Hermione se preocuparia com isso.

— Graças a Merlin — Scarlet retrucou.

A garota olhou nos olhos dela.

— Vem cá, mas elas foram escolhidas aleatoriamente? — perguntou, perspicaz.

Tinha entrado na questão.

— Não — respondeu Sirius — Tem um padrão.

— Sim, duas morenas de olhos verdes e duas ruivas — George ironizou — Grande padrão.

Scarlet estendeu a mão para ele, ousada.

— Prazer, Scarlet Weasley.

Ele levantou uma sobrancelha para ela.

— A família é grande, mas acho que não temos nenhuma Scarlet na família — disse Rony.

— Universo paralelo, lembra? — retrucou Ginny.

— De qualquer forma, eu sou adotada — ela recolheu a mão.

Fred assobiou.

— Papai e mamãe não se aguentam — comentou.

— Engraçado você dizer isso já que Harry é praticamente um oitavo Weasley — disse Jilian.

— Nono — retrucou Scarlet.

— No seu universo.

— Quem é a próxima? — perguntou Astoria, os braços cruzados.

— Ainda somos amigas no seu universo? — Ginny dirigiu-se a ela.

— Não sabia que me considerava assim.

Amber revirou os olhos.

A pessoa podia chamá-la de amiga constantemente e aparentemente ela nem notaria.

— Astoria Greengrass dispensa apresentações — disse Scarlet.

— Amber Evans.

Jilian levantou uma sobrancelha para ela.

Por que Scarlet podia se apresentar como Weasley e ela precisava se apresentar como Potter?

— Jilian Lupin.

Os adolescentes olharam para Remus.

— Não, ela não é a minha filha — ele esclareceu.

— Mas não teria problema nenhum se fosse — retrucou Amber.

— Concordo — Sirius entendeu rapidamente o ponto.

— E arriscar passar a licantropia? — retrucou Remus.

— Licantropia não é passada por...

Ele interrompeu Jilian, tentando evitar aquele assunto.

— De qualquer forma — elevou a voz —, todas elas são filhas das mesmas pessoas.

— E quem são os pais delas? — perguntou Hermione.

Não tinha mais como adiar.

— Lily e James Potter — respondeu Sirius.

Fred e George não foram capazes de fazer uma piada para aliviar o ambiente.

— Então, em vez de terem o Harry... — começou Ginny, tentando entender.

— Não! — exclamou Amber.

— Não é desse jeito — gaguejou Scarlet.

— Nesse universo em que estamos, o de vocês, Lily Potter ficou grávida de gêmeos, mas só uma criança nasceu — Jilian explicou — Nos nossos universos, nós nascemos. O que mudou foi os nossos nomes e com quem nós crescemos. Eu cresci com o meu padrinho, Remus.

— Eu cresci com a minha madrinha, Marlene — completou Amber.

Ela viu a expressão de Sirius ficar sombria.

— Eu cresci em um orfanato e depois com os Weasleys — Scarlet resumiu.

— E eu não sabia dessa palhaçada até ontem — Astoria resmungou, ainda chateada.

— Bom, eu também não sabia quem eram os meus pais, só que era adotada.

George soltou um assobio, impressionado.

— De todas as situações em que Harry nos meteu, essa é a mais louca de longe — comentou Fred.

O garoto não disse nada, estava mudo desde a revelação.

Amber resolveu dá-lo um tempo.

— Me diz que vocês arrumaram roupas para nós — dirigiu-se a Remus.

Menos de uma hora depois, uma jovem de cabelos coloridos entrou no quarto delas carregando uma mala enorme.

— Se não servir, a Molly dá um jeito com alguns feitiços, ela leva jeito pra isso. Também cuidando de sete, oito filhos... — tagarelou, pondo-a deitada em uma das camas — Eu sou Tonks, a propósito.

— Você seria perfeita para o meu padrinho — disse Jilian.

Amber impressionou-se com a sua franqueza.

— Ah é? E quem é? Eu conheço? — perguntou Tonks, distraída.

— É o professor Lupin — respondeu Astoria.

A auror engasgou e o seu cabelo passou de rosa para vermelho em alguns segundos antes que ela se recuperasse.

— Eu acho que essa calça vai combinar muito contigo — Jilian estendeu para Scarlet, agindo naturalmente.

— O que vocês fazem nessa casa além de comer e dormir? — perguntou Scarlet — Não que eu tenha algo contra, mas tô começando a ficar entediada.

— Geralmente Molly põe as crianças para limparem — disse Tonks, evitando olhar para elas — Kreacher não colabora, então sempre surge poeira onde acabamos de faxinar. E ainda tem todos os itens das trevas que sempre voltam.

Não era o tipo de resposta que ela esperava.

— Eu vou morrer de tédio aqui — resmungou Astoria.

— Eu vou tomar um banho — anunciou Amber, indo em direção ao banheiro.

— Vou deixar vocês se acomodarem — Tonks deu uma piscadela para elas, antes de sair do quarto.

Scarlet trocou a sua saia do uniforme pela calça, enquanto Jilian sentou-se na cama de baixo da beliche, pensativa.

— No que você está pensando? — perguntou Astoria.

— Estou pensando que quero esses dois juntos — ela respondeu.

— Você já a conhecia em seu universo? — Scarlet pescou rapidamente o tema da conversa.

— O meu pai considerou perigoso demais que eu ficasse nessa casa.

— Perigoso para quem? Para você? Ou para o segredo? — retrucou Astoria.

Referia-se ao segredo que todas compartilhavam.

Ela deu de ombros, sem saber o que responder. Dumbledore era o fiel do segredo, afinal, aquele assunto não dependia exclusivamente de Remus.

— Eu acho que eu vou contar tudo, sabem — disse Scarlet — Se não apagarem as nossas memórias. Nós já estaremos em outro universo paralelo, de acordo com a Amber, então não faz diferença, não é?

Astoria responderia que só de levantar aquela dúvida, outro universo paralelo tinha sido criado, mas resolveu não complicar as coisas.

— Eu não tenho a menor intimidade com Potter — ela disse.

— Você é amiga da Ginny — retrucou Jilian.

— Que tem tanta intimidade com o Potter quanto a Lula Gigante.

Ela soltou uma risada.

Lula Gigante era uma piada para quem conhecia a história dos seus pais.

— Não sei não, acho que a Lula Gigante é muito simpática — murmurou.

Assim que Amber saiu do banheiro, Scarlet foi a próxima, já que era a mais próxima da porta.

— Eu estava pensando — começou Astoria — Você disse a Hermione sobre as viagens do tempo criarem outros universos paralelos, mas no caso da Eloise Mintumble isso causou problemas na linha temporal. O dia seguinte demorou dois dias para pensar e o dia depois desse demorou apenas quatro horas.

Não sabia se tinha lembrado dos números certo.

— Bom, mas nós estarmos aqui obedeceria ao princípio auto-consistência de Novikov — Amber retrucou — Nada vai mudar porque qualquer coisa que o viajante produz cria circunstâncias que o forçou a viajar. Só que não estamos em uma viagem no tempo, ainda estamos em dezembro de 1995.

— E as viagens dos vira tempos autorizados pelo Ministério são sempre de apenas algumas horas — acrescentou Jilian.

— Mas Mintumble não passou cinco horas no passado? — perguntou Astoria.

— Mas foram anos no passado, ela não voltou cinco horas naquele exato dia — disse Amber — E isso foi em 1800 e alguma coisa, as coisas podem ter mudado com os vira tempos nesse meio tempo.

Elas deram de ombros.

Não adiantaria discutirem teorias de viagem no tempo se não teriam uma resposta.

— Falando em ano — Astoria mudou de assunto —, eu estava pensando aqui. Vocês acham que eu sou irmã gêmea do Potter ou eu nasci mais tarde?

— Todas nascemos na mesma data, não acho que você seria uma exceção — respondeu Jilian.

— Mas então por que eu estudo no quarto ano? Eu deveria estar no quinto!

Amber considerou, escutando o som alto do chuveiro.

— Não sabemos quando a Astoria morreu — ela disse.

— Seria muito estranho você estudar no mesmo ano da Daphne — comentou Jilian.

— Todos sabem que eu sou bastarda.

Talvez Dumbledore quisesse criar aquela distância entre ela e Harry.

Ou talvez a Astoria tinha nascido e morrido algumas semanas depois.

Elas não sabiam quando Astoria tinha nascido, se um ano depois de Daphne ou no mesmo período, apenas que Alnilan já estava grávida.

— Se eu fosse você, eu reclamaria — opinou Jilian — Perguntaria ao seu pai sobre toda essa história para confirmar esses detalhes que você não sabe, mas iria a Hogwarts e pediria para pular um ano.

— Agora não vai dar mais tempo — disse Amber — Estamos em dezembro, quando voltarmos já terá começado o segundo semestre e teremos perdido matéria.

— Não, nós não vamos demorar tanto assim — Astoria estava segura disso.

Elas esperavam mesmo que não.

Tinham muitas pendências a resolver.

Como quando entra um estudante novo na escola trouxa — e Amber tinha propriedade para falar sobre isso, já que estudou em uma —, elas eram um grupo estranho no meio de um grupo já enturmado. Os adultos não sabiam lidar com a presença delas, principalmente porque elas eram mais lembranças de Lily e James Potter, mas eram lembranças que eles não estavam acostumados a lidar, como era com Harry. Os adolescentes podiam estar um pouco desconfiados delas, já que nem as conheciam, e o trio parecia ser como nos outros universos: reclusos em seu trio, sem deixar outras pessoas se aproximarem.

Talvez fosse culpa dos julgamentos que Harry teve de enfrentar e dos boatos que circulavam Hogwarts envolvendo eles.

Amber, Jilian e Astoria encontraram a biblioteca da mansão e resolveram passar um tempo ali. Era um lugar confortável, apesar de alguns livros de magia das trevas residirem nas prateleiras. Uma pequena sala com poltronas e uma lareira para esquentá-las do frio do inverno.

O inverno inglês era muito mais rigoroso do que o francês, e Amber não estava acostumada a isso. Não era de se estranhar considerando as vestes finas que Beauxbatons dava às suas estudantes — Scarlet pareceu decepcionada ao descobrir que a escola não era só de garotas.

Os gêmeos aparataram dentro da biblioteca quando adentrou a noite.

— Acho que vocês vão querer ouvir — disse Fred com o rosto sério.

— Snape tá aí — completou George.

Elas acompanharam os irmãos até o topo da escadaria e observaram quando eles jogaram uma orelha próxima da porta da cozinha, enquanto a orelha da outra extremidade transmitia o que era captado.

— Você tem certeza que eles não...? — Rony começou a perguntar.

— Eu conferi — Ginny retrucou — Não tem feitiço imperturbável.

— Eles estavam apressados hoje, pareciam preocupados — Hermione sussurrou para as garotas.

Tem certeza disso, Severus? — escutaram a voz de Dumbledore.

Ele estava mesmo preocupado.

Isso não era bom sinal.

O Lorde das Trevas apresentou-a ao círculo mais íntimo hoje — Snape respondeu — Ele planeja incluí-la em suas atividades.

— Inferno sangrento — resmungou Scarlet.

— Shiu! — Astoria a repreendeu.

Mas e quanto ao Departamento? — escutaram Remus perguntar — Ele ainda está a procura...?

Sim — disse Snape, antes que ele pudesse falar a palavra “profecia” — Precisa ter certeza de que as coisas não mudaram de um universo ao outro. Ele não confia completamente nela.

Ele poderia estar planejando matá-la? — perguntou outra vez áspera.

— É o Moody — Jilian sussurrou para Amber — Ele é um auror aposentado e foi nosso professor em Hogwarts.

— Ele foi sequestrado antes de poder ensinar, você quer dizer — Astoria lembrou-a.

É difícil de dizer. O conhecimento sobre realidades paralelas parece ter... afetado ao Lorde das Trevas — ele disse, lentamente — Ele será incapaz de prosseguir sem os seus aliados completos.

Uma fuga em massa de Azkaban — concluiu Dumbledore, suspirando como se já suspeitasse disso.

Não há nada que possamos fazer em relação a isso, o ministro não vai dar ouvidos a nós se o alertarmos — disse Tonks.

E não podemos nós mesmos fazer a proteção de Azkaban, isso seria suicídio — completou Moody.

Quando teremos outra oportunidade de recuperá-la?

Todos ficaram em silêncio com a pronúncia de Sirius pela primeira vez na reunião.

Excelente ideia, Black. Realmente excelente — sibilou Snape — Vamos então nos atracar em uma prisão de segurança máxima no meio do mar, sem podermos ser vistos pelos aurores, para recuperar uma garota que estará cercada de Comensais da Morte e dementadores.

Se pudéssemos ao menos pôr um rastreador nela — sugeriu Tonks.

Está errado em uma coisa, garoto — escutaram o som de uma cadeira arrastando-se contra o piso quando Moody levantou-se — Tonks e Kingsley são aurores do Ministério, e eu sou um auror aposentado.

Que perdeu completamente a sua credibilidade — Snape retrucou, sem importar-se em quem estava ofendendo.

E o que garante que haverá Comensais além dos que serão soltos? A garota não é uma obscurial? — ele continuou como se não tivesse sido interrompido — Além do mais, eles estarão mais preocupados em fugir do que ajudar a essa garota que nem conhecem. Outra coisa também, eles passaram a última década encarcerados, não terão força o suficiente.

Não sabemos a data.

Com o silêncio que se seguiu, Amber podia facilmente visualizá-los olhando para Dumbledore, como que esperando a sua palavra final, enquanto o diretor analisava as possibilidades.

Acha que pode conseguir uma data? — perguntou a Snape, por fim.

Eu posso tentar — o espião respondeu a contragosto.

Então, se um bom plano for formado, tentaremos. Caso contrário, seremos obrigados a aguardar. Eu duvido que Tom consiga manter um triunfo por tanto tempo em segredo.

Fred e George recolheram as orelhas em silêncio, mas ninguém pareceu perceber.

Harry, Hermione e Rony estavam com expressões soturnas.

— Não disseram que Voldemort tinha a capturado — disse Harry.

— Nós não exatamente conversamos — retrucou Scarlet.

— Vocês não perceberam a pior parte disso tudo? — pronunciou-se Amber, irritada com a discussão deles.

— Não — respondeu Astoria.

— Eu fui criada por Marlene, Astoria foi criada pelos Greengrass, Scarlet foi criada pelos Weasley, Jilian pelo Remus... Por quem essa garota foi criada? Porque não parece que ela foi sequestrada.

A sua opinião era bem clara.

A quinta garota tinha sido criada por um Comensal da Morte.

Ou pior: pelo próprio Voldemort.


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