Into the Potterverse escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 16
Extra 1 (Universo Amber)




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Os últimos meses tinham sido caóticos.

Apesar de várias paredes de Hogwarts terem sido derrubadas durante a Batalha, não havia outro lugar que Amber gostaria de estar naquele momento. Não fazia nem uma hora desde que Voldemort foi morto e a guerra por fim se encerrou.

Desde que ela retornou de outro universo direto em Grimmauld Place, muitas coisas mudaram em sua vida. Para começo de conversa, depois que finalizou o seu 5º ano em Beauxbatons, pediu transferência para estudar o 6º ano em Hogwarts.

Ela teria ido para lá de qualquer forma, pois assim que Dumbledore morreu e a guerra estourou, os Comensais da Morte foram para outras escolas europeias atrás de estudantes foragidos da Grã-Bretanha.

A sua relação com Harry melhorou muito, até que ele precisou fugir com Rony e Hermione atrás das horcruxes. Ela não pôde ir com eles, mesmo que pudesse ajudar, então pôs os seus esforços em ajudar na resistência dentro de Hogwarts, junto com Ginny, Luna e Neville.

Levantou o olhar da mesa da Gryffindor para observar Sirius e Marlene conversando em um tom de voz baixo alguns metros de distância de onde ela estava.

Não, Sirius não tinha morrido.

Ele sequer tinha saído de Grimmauld Place durante a batalha do Departamento de Mistérios, pois Marlene estava lá para convencê-lo a não fazer isso — e não tinha convencido-o exatamente com palavras —, mas ainda bem que teve sucesso em mantê-lo vivo, pois uma semana depois eles descobriram que ela estava grávida.

Ian Regulus Black.

Sarah era insuportável nos primeiros meses com a ideia de ter que dividir a atenção dos pais com um bebê, principalmente o pai que tinha praticamente acabado de conhecer, mas depois se acostumou com a ideia de ter um irmão temporão.

A garota no momento estava próxima da família Weasley, que lamentava a perda de um de seus filhos. Percy tinha ficado afastado da família desde antes que ela os conhecesse, e tinha retornado para a Batalha para pedir perdão a eles. Morreu algumas horas depois, quando uma das paredes desabou em cima dele.

Acordou de seus pensamentos quando sentiu uma mão em seu ombro.

— Nos encontre no corredor.

Quando olhou por cima do ombro, não viu ninguém.

Era Harry sob a capa da invisibilidade.

Ela viu Rony e Hermione saírem discretamente do Salão Principal e os seguiu.

A princípio foi difícil de entender o porquê ele queria todos eles por perto dele, conforme subiu ao antigo escritório de Dumbledore e conversava com o quadro do ex-diretor falecido.

Ela sabia bem pouco das relíquias da morte e o que eles tinham passado nos últimos meses, mas não achava que seria um bom momento para reavivar isso. Eles deviam estar exaustos e querendo ter uma boa noite de sono em uma cama confortável.

Logo em seguida, quando eles sentaram-se às escadas do escritório — escondidos pela gárgula, mas distantes dos ouvidos dos quadros —, Harry virou-se para ela.

— Você desarmou Dumbledore — ele disse de uma vez — A varinha era sua.

— Do que está falando, Harry? — perguntou Amber.

— Escutei Tonks e Remus conversarem uma vez em Grimmauld sobre o dia que você chegou, que você desarmou todos eles sem uma varinha.

Bom, as habilidades dela não tinham servido para muita coisa, no seu ponto de vista.

Só talvez por ter desarmado uns Comensais da Morte umas quantas vezes.

— Ele era o dono da Varinha das Varinhas, do conto dos Peverell — Harry continuou, olhando para a gárgula à frente deles — Você o desarmou, logo você passou a ser a dona da Varinha das Varinhas.

Rony e Hermione pareceram surpresos por essa informação.

— Então a varinha é dela? — perguntou Rony.

— Não. A varinha muda sua lealdade se seu dono é desarmado — ele respondeu.

Era difícil se lembrar que pessoa poderia tê-la desarmado depois daquele acontecimento.

Ela não se intrometia em muitos duelos até aquela guerra começar.

— Voldemort pensava que Snape era o dono porque tinha matado Dumbledore na Torre, e eu pensei que era Draco porque na verdade foi ele quem o desarmou primeiro — Harry continuou falando — Mas não faz sentido. Porque se você fosse a dona da varinha, ele teria me matado essa noite e ele não conseguiu.

Porque a Varinha não matava o seu dono.

— Porque a varinha é sua — respondeu Amber.

— Mas como? — ele perguntou.

— Eu não sei.

Alguém poderia tê-la desarmado e sido desarmada em seguida por Harry.

Ele mesmo poderia tê-la desarmado em algum momento.

— É tão estranho. Se fosse de Draco e você o desarmou para ser o dono, como isso é possível? Ele não estava com essa varinha naquele momento, estava com uma qualquer. E só desarmar, sendo que no passado matavam os seus donos — ela murmurou, pensativa.

— Talvez Draco tenha te desarmado no dia em que Dumbledore morreu — opinou Hermione.

— Acho que nós nunca saberemos o que aconteceu.

E não importava, de qualquer forma.

Harry enterraria aquela varinha, talvez a quebrasse para que ninguém nunca mais fosse atrás dela.

Era a decisão certa a se tomar.

— Não muitas pessoas poderiam desarmar Dumbledore — disse o seu irmão.

Ele dizia como se fosse um elogio, parecendo olhá-la orgulhoso.

Sentiu uma quentura no coração e sorriu.

Tinham se aproximado muito depois daquele momento de estranheza inicial. Mesmo que ele não se permitisse ser ajudado enquanto enfrentava Voldemort.

— Você tem que dormir — ela ordenou.

— Eu vou — ele concordou com a cabeça.

E então levantou-se.

— E vocês dois têm que conversar — ela disse a Rony e Hermione antes de também levantar-se e deixá-los a sós na escadaria.

Não seguiu Harry, voltou para o Salão Principal onde ninguém estava seguindo a separação de casas nas mesas. Todos conversavam entre si, divididos entre o luto e o alívio de aquela guerra ter acabado.

— Nós deveríamos ir — Marlene estava dizendo a Sirius.

Ela estava com a cabeça deitada no ombro dele, parecendo com preguiça de levantar.

— Remus e Tonks já foram — ele concordou, mas sem fazer sinal algum de que se levantaria.

— Estamos abusando da boa vontade de Andrômeda.

Tinham deixado Ian Regulus com a avó de Teddy.

— Eu vou buscar o Reggie — Amber ofereceu-se.

— Não, querida, fique com o seu irmão — disse Marlene sem muita vontade.

Tinha ali mais um casal precisando de umas noites de sono.

— Harry vai dormir, e vocês deveriam também — ela disse firme.

Olhou para onde Sarah estava e resolveu não despedir-se.

Ela provavelmente dormiria n'A Toca para apoiar o namorado e a família dele.

Neville chamou-a e ela viu um pequeno grupo da Armada de Dumbledore conversando. Hannah estava anotando alguma coisa em um pergaminho, enquanto Susan, Ernie e Luna falavam.

— Estamos tentando adiantar o que vai ser feito — Susan explicou, diante de sua confusão — O Ministério vai ter muito com o que se preocupar agora para pensar em reconstruir a escola.

Era tão difícil para todos ver a escola tão destruída.

Esperava que isso não interferisse para o ensino no semestre seguinte, se bem que... Nem sabiam se precisariam recomeçar o ano letivo por causa das modificações no currículo. Ainda tinha os NIEMs que nem chegaram a fazer.

Estava começando a sentir uma enxaqueca se apoderar dela.

— Vamos precisar de voluntários — acrescentou Ernie.

— Podem pôr o meu nome — disse Amber —, mas eu preciso ir agora.

— Nos vemos depois — Hannah estendeu a mão para que ela a tocasse brevemente, antes de afastar-se deles.

Notou muitos rostos enquanto caminhava em direção à saída do Salão Principal.

Mas um em específico lhe parecia muito familiar.

Ela quase bateu o rosto no batente das enormes portas duplas por causa de sua distração.

Era o garoto da Copa Mundial!

— Wood!

O garoto levantou o olhar ao ser chamado por um colega em outra mesa e parou o olhar nela.

Amber sentiu o rosto corar e então atravessou rapidamente a porta.

Ela mal sabia que ambos se encontrariam muitas vezes no próximo mês para a reconstrução de Hogwarts.

 


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