Era uma rara ocasião para Luke Alvez. Pedir a mão de Penelope Garcia de um jeito tão romântico e que fosse único para os dois.

As estrelas seriam as únicas testemunhas.

Um cometa estava passando pelo planeta. Ele só passaria daqui há seis mil anos e ele não poderia esperar seis dias para fazer o pedido. Ele já tinha o anel, cortesia de sua mãe que lhe dera o anel que fora de sua avó e estava pronto e do tamanho certo de Penelope.

Ele tinhas flores. Lírios brancos, rosas vermelhas e cravos cor de rosa. Ele tinha o lugar. Reid garantira a ele que era o lugar onde o cometa estaria à vista e ele levara uma câmera de vídeo, para registrar o momento.

— Tem certeza que não vai estar nublado ou coisa parecida? – Luke perguntou. – Eu não quero arriscar chover na hora do pedido.

— Luke, eu tenho uma amiga monitorando a cada momento. – Reid colocou a mão no ombro do amigo. – Vai dar certo. Ou eu não me chamo Spencer Reid.

Luke rezou para que ele estivesse certo. Ele estava ansioso e por isso pediu dois dias de folga. Se caso eles pegassem um caso, ele amaldiçoaria qualquer um que estivesse estragando seu momento.

Não seria bonito ver o que Luke faria caso algo o interrompesse.

— Você parece ansioso. – Penelope praticamente levitava pela cozinha. – Está escondendo algo de mim?

— Eu prometo que na hora certa você vai saber. – Luke a beijou e foi para o quarto e pegou o anel que daria a Pen.

Ele era um anel dourado, com ouro de 24 quilates, rubis e esmeraldas incrustados na armação. Ele sabia que seus avôs haviam ficado casados por 50 e tantos anos, até que um deles morreu e outro não se casou mais.

Ele queria tudo com ela. Dos filhos aos netos.

Com ela seria apenas perfeito.

— Eu só quero dizer que em função da passagem do cometa, todos vamos nos reunir aqui para ver a passagem dele. – Emily olhou para Luke e Pen. – Menos Luke e Pen. Eles tem planos hoje e eu sei que são importantes.

Todos ali sabiam o que Luke faria, menos Penelope, com certeza. Ele havia dito sobre o plano e todos estavam mais do que felizes em deixar ambos saírem.

Luke se sentiu corajoso até mesmo para conversar com Derek sobre o pedido. Ele recebeu a benção do homem com pedidos para não machucar Penelope. Luke até pediu a mão de Penelope para Dave, já que ele era como pai dela.

Todos sem exceção faziam gosto da relação dos dois.

— Luke, eu ainda não entendi que outro compromisso a gente tem. – Penelope apareceu com um vestido de verão. – Quero dizer, não que eu esteja sendo ingrata, só quero saber o que vamos fazer de tão especial.

— Você terá que usar uma venda para isso. – Luke amarrou o lenço nos olhos de Penelope e a ajudou a entrar no carro, fechando seu cinto. – É uma surpresa.

— Eu adoro surpresas. – Penelope sorriu. – Espero que não demore.

— Não vai. – Luke girou a chave e pôs o carro em movimento. – Vamos lá.

Eles pegaram uma das interestaduais e pararam no topo de uma montanha. Luke pegou Penelope nos braços e recebeu um gemido de aprovação dela.

Ele a deixou parada e posicionou o celular gravando o pedido. Ele sabia que seus colegas iriam querer ver o pedido depois.

— Pode tirar a venda. – Luke se preparou. – Não é lindo aqui?

— Luke, é tão perfeito. – Penelope suspirou, vendo a paisagem livre de prédios ou barulhos de carros. – Eu adorei esse lugar.

O cometa entrou na vista e Luke sabia que havia chegado a hora.

Penelope estava olhando para o cometa começando a passar e se virou quando viu Luke ficar com um joelho no chão.

— Luke... – Penelope estava vivendo um conto de fadas naquele momento.

— Penelope, você é meu mundo, minhas estrelas e meu céu. Sem você eu seria um pedaço incompreensível de nada. – Ele mostrou o anel. – Penelope Grace Garcia, aceita ser minha esposa para toda a vida?

— Eu serei por várias vidas se você quiser. – Penelope sorriu. – Sim, Luke. Eu aceito.

O cometa estava praticamente na altura deles naquele momento. Deslizando anel, ela o ajudou a se levantar e o beijou.

Era tão perfeito que eles decidiram acabar a gravação com um beijo e curtir o resto da noite ali juntos.

— É tão perfeito aqui. – Penelope sussurrou, encostada nos ombros de Luke. – A gente vive em uma cidade barulhenta demais.

— É verdade. – Luke a colocou contra o chão logo depois de afastar qualquer pedra. – Agora eu vou ter que fazer você gritar.

— Hum, é por isso que você me atraiu para cá? – Penelope sorriu para ele e o provocou. – Seu pervertido.

— Todo seu, querida. – Luke a beijou e a deitou no chão. – E qual a palavra de segurança?

— David Rossi. – Penelope gargalhou com a brincadeira. – Amarelo.

— Você não deveria ter dito o nome de Rossi aqui, garotinha. – Luke desceu para a região intima dela, levantando o vestido e abaixando a calcinha. – Agora, eu vou ter que punir.

— Oh, me puna, por favor. – Penelope gemeu quando ele encontrou o caminho para sua vagina. – Oh, Luke.

Ela não sabia de onde vinha esse seu lado maluco, mas com certeza adorava ele.

A manhã logo chegou e embora eles quisessem ficar, eles não podiam ser pegos lá depois que os guardas começassem a chegar. Não do jeito que eles estavam naquele momento.

Pegando todas as evidencias, o lixo da barra de chocolate com a qual eles brincaram, eles foram para casa tomar banho.

Emily estava doida para saber se já podia procurar vestidos de noiva para Penelope. O suspense a deixava com coceira e todos estavam se perguntando onde os pombinhos estavam,

Finalmente as dez da manhã, os dois chegaram.

— Diga que funcionou. – Reid perguntou. – Se não, você não terá chance de refazer. Eu calculei e eu esperei na casa de vocês, mas os dois não apareceram e eu tive que voltar ao trabalho...

— Spencer, deu tudo certo. – Luke o acalmou. – Sim, eu sei que todos esperam as boas notícias, mas eu não vou dizer nada até Penelope estar aqui comigo.

Luke praticamente meditou enquanto aguardavam Garcia chegar.

Quase uma hora depois, ela finalmente voltou para o bullpen. Aparentemente, um dos computadores deu pau e ela precisou arrumar, atrasando o grande anúncio.

Luke pegou a mão dela e sorriu.

— Ontem à noite, eu fiz a pergunta mais importante das nossas vidas. – Luke instigou Pen a concluir.

— E eu disse sim! – Ela anunciou e beijou Luke.

Uma chuva de papel picado caiu sobre os dois. Luke pegou o celular e os levou para a sala de reuniões onde compartilharia o momento com a equipe e com o amor de sua vida.

Isso até eles terem seus gêmeos.