Luke olhou para Penelope de sua mesa. Ela estava linda aquela manhã, mais do que sempre.

Ele nem sabia quanto tempo depois que ele chegou a BAU ele começou a notar a bela loira voluptuosa e cheia de paixão.

— Alvez! – Emily tentou chamar o agente de novo. – Você está me escutando?

— Oh, sim, desculpe. – Luke se virou para ela, apenas para perceber Rossi sorrindo. – Algo de errado?

— Sim. – Emily passou um papel para ele. – Este é o endereço da última vítima de uma série de arrombamentos misteriosos. Quero que você e Garcia vão até lá e busquem o computador e o celular da mulher antes de termos que entregar a ela.

— Você tem o mandato? – Luke queria saber para fazer tudo certo.

— É claro que eu tenho um mandato, Luke. – Emily entregou outra folha. – Agora, pegue Garcia e vão até lá antes da chuva.

Emily olhou para Penelope e depois para Luke. Ela deu um sorriso que passou despercebido por todos e então saiu.

— Penelope, você precisa vir comigo. – Luke mostrou a folha para ela. – Como eu não sei nada de tecnologia você vai ser a minha tecnologia.

— Apenas nos seus sonhos, Alvez. – Penelope brincou e o beijou. – Apenas lá.

— Olha que coisa engraçada, meus sonhos se realizam. – Luke brincou e segurou a porta do elevador para ela. – Você primeiro.

— Obrigada. – Penelope entrou e sorriu.

O tempo ameaçava uma tempestade, mas no carro, era o silencio que fazia aquela simples viagem ficar tensa. Penelope não queria conversa, pelo menos tentou não falar com Luke sobre qualquer assunto que não fosse de trabalho.

Luke estava ficando frustrado. Ele sabia que algo estava rolando, mas queria realmente saber o que ela pensava.

— Pen, você não quer conversar comigo? – Luke parou o carro no sinal. – Você parece ter medo de mim.

— Não tenho medo de você, Newbie. – Penelope suspirou. – Estou preocupada com o tempo.

— Eu entendo, mas quando chegarmos, eu vou fazer você falar. – Luke a viu estremecer e sabia que havia chegado a um ponto.

Chegando na casa, os dois trancaram o SUV e as janelas antes de correrem para a porta da frente. A casa ainda estava lacrada por causa do arrombamento e roubo, mas nem uma das quatro televisões de tela plana, o computador de última geração e o celular caro tinham sido roubados.

Apenas algumas fotos de família e jóias.

Luke fechou a porta quando a chuva começou a bater forte. Estava programado um temporal para Washington e ele estava querendo muito proteger Penelope dele.

Ela foi até a parte de cima e se sentou na cama. Ela queria ficar sozinha um pouco. Ela estava apaixonada por Luke, mas não podia contar por mais que quisesse.

— Você está bem? – Luke se sentou perto dela na cama. – Você não tem medo de temporal...

— Algumas pessoas tem. – Ela deu de ombros. – Eu sou uma delas.

— É só por isso que você veio no epicentro de um crime? – Luke a viu olhar com curiosidade. – O que está rolando?

— Nada que seja da sua conta, Luke. – Penelope se levantou, se sentindo mal.

Luke então resolveu dar um passo a mais. Ele sentia amor por ela e então ele fez a coisa mais lógica. Ele a beijou.

Penelope passou as mãos no pescoço dele e suspirou profundamente enquanto a chuva caia do lado de fora.

— Desculpe esconder que eu estou gamado em você. – Luke a segurou. – Mas eu não sou a pessoa mais corajosa de todas.

— Está tudo bem. – Penelope o abraçou. – Mas por que aqui?

— Eu não sei. – Ele foi sincero com ela. – Afinal de contas, uma cena de crime pode ser o lugar perfeito para uma nova paixão.

— Eu não vou dormir com você aqui. – Penelope deu uma risadinha. – É estranho.

— Está bem. – Luke a levantou e a ajudou a descer. – Eu quero fazer no carro, na garagem, em qualquer lugar.

— Você vai ser minha morte. – Penelope sorriu quando ele a beijou de novo. – Mas a chuva ainda está longe de acabar.

— Acho que vou ligar para Emily e... – Luke não completou a frase antes que as luzes desligassem, indicando uma falta de energia geral. – Ah, droga.

— Está tudo bem. – Penelope segurou a mão dele. – Acho que é uma falta de luz.

— Eu vi alguns fósforos. – Luke pegou s fósforos e ligou uma vela. – Que haja luz.

Penelope resolveu pegar algumas cobertas do quarto de hospedes e levar para a sala de estar. Ela esperava que a luz chegasse antes que ela acabasse pegando no sono.

— Querida? – Luke percebeu que Pen estava quase dormindo. – Eu vou ficar bem aqui.

— Por que não sobe na cama? – Pen perguntou a ele. – Já somos namorados. Não quero que você fique no chão.

Luke delicadamente subiu sobre o sofá e deitou ao lado dela. O sono veio rápido.

Durante o tempo em que os dois dormiam, Emily e Rossi estavam preocupados com eles. Ela não havia calculado o tempo certo e agora além da falta de luz, as torres de celulares estavam sem sinal.

— Está tudo bem com eles. – Rossi tentou acalmar a chefe. – Quero dizer, se eles estivessem em um acidente de carro já saberíamos disso.

— Você é uma porcaria tentando animar alguém. – Emily deu um sorriso amarelo.

— Obrigada. – Dave se sentou na cadeira. – De qualquer forma, eles devem estar seguros. Afinal, Penelope e Luke tinham assuntos para terminar.

— Ah, Dave. – Emily abriu um novo uísque. – Acha mesmo que eles vão se acertar?

— Se eles não fizerem, eu faço por eles. – Dave bebeu o copo de uísque e voltou para seu escritório.

Luke e Penelope passaram a noite deitados juntos no sofá. Não havia presa em começar a fazer amor. Ele a abraçou, tentando deixar ela confortável durante a noite e ela abraçou ele.

Penelope acordou primeiro, se espreguiçando completamente. Ela sentia que tinha tido uma noite boa e descobriu que Luke era o motivo pela qual ela havia conseguido dormir.

— Bom dia, doçura. – Penelope beijou Luke com carinho. – É hora de o homem perfeito acordar.

— Hmm, que bom dia mais feliz. – Ele a puxou para seu peito. – Linda.

Eles trocaram beijos e perceberam que o sol havia saído.

Pegando os aparelhos, eles lacraram a casa e trocaram beijos no SUV e seguiram de volta a BAU, deixando o relacionamento deles em segredo por enquanto.

Tudo o que eles precisavam era um final de semana na cama para se acalmarem. Eles entregaram os aparelhos e trocaram olhares discretos.

Emily e Rossi olharam para os dois quase como se soubessem o que havia rolado.

Penelope e Luke conseguiram esconder o namoro por algum tempo antes de Reid acidentalmente descobrir.