Segredos Ilícitos escrita por lohanacarter, Avalon Ride


Capítulo 2
Capítulo 2 — Embaraços




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Houve uma grande luta em meu despertar, o som do punho contra a porta me fez querer voltar no tempo para poder descansar um pouco mais. Porém eu sabia que não iria acontecer. Sentei-me na cama, dormira muito bem naqueles lençóis perolados e macios, então estava pronta para o dia que viria.

Logo a voz penetrou a porta do quarto e pude saber quem havia me despertado. Tracy que batera, queria dizer que ela me aguardava abrir. Porém antes que eu me levantasse o objeto de madeira se moveu com cuidado até que revelasse a princesa do outro lado. 

Ela tinha aquele sorriso da noite anterior nos lábios, os mesmos que deixavam o rubor visível em minha face. Seus olhos me fitavam, divertidos. Havia um brilho amigável neles e aquilo me confortava.

— Bom dia, Ti — disse de modo calmo. Olhei pela janela um pouco distante da cama e vi o sol nascer, ela não havia brincado ao dizer que seria cedo nosso passeio. Deixei um sorriso escapar para a princesa, mesmo sabendo que meu rosto estava amassado pela noite de sono. — Pronta para nossa aula de arquearia? 

— Sim — balbuciei, porém me recordei que mal havia arrumado o cabelo e que ainda permanecia na cama. Então lhe dei outro sorriso e disse um pouco sem jeito. — Na verdade, não. 

— Mas vou prepará-la — Alyssa entrou em meu quarto segurando a muda de roupas entre seus braços estendidos. Ela estava radiante, como sempre esteve, mesmo que fosse cedo já estava preparada para o dia. Seu exagero em cuidar de mim pelo menos a deixava mais bela do que se poderia imaginar. Se para entrar em um vestido da corte com sua ajuda fora sempre uma luta, eu imaginava como seria fazer sozinha. Ainda tinha o cabelo que sempre deveria estar bem penteado. Alyssa devia estar acordada muito antes de mim para fazer tanto e isso me preocupava. Será que ela dormia bem? O trabalho de uma dama deveria ser exaustivo. — Venha, deixe que eu cuide de você. 

Tornou ela a dizer puxando as cobertas de meu corpo, para revelá-lo coberto pela camisola branca. A presença de Tracy ali não me incomodou quanto a isso. Somos mulheres e eu não estava totalmente nua.

Contudo seu olhar me causou outra vez o rubor. Não sei como poderia explicar, a princesa tinha um jeito diferente das mulheres com quem eu socializava, mesmo que mal falasse com elas. Na maioria das vezes eu conversava com Alyssa pelo palácio de Grimlee, as garotas com idades próximas a minha eu só via em festas e nenhuma era como Tracy. Isso me deixava com uma grande curiosidade para saber mais sobre minha futura cunhada.

Segurei as mãos de Alyssa para me levantar e a mesma me guiou até o biombo, onde iríamos começar a me preparar. O tecido da camisola deslizou para fora de meu corpo e Alyssa trouxe a primeira peça a ser colocada. Um vestido fino de cor branca que iria me deixar morta de calor em algum momento do dia. Em seguida veio o vestido rosado e um tanto pesado que se ajustou em minha cintura e pressionou o tecido de baixo, por último ela me apertou com o espartilho também rosado e eu senti o ar me faltar a cada laço dado em minhas costas.

— Está tudo bem? — perguntou Tracy e eu apenas soltei um gemido tentando confirmar. Como eu havia dito antes, era uma luta entrar nos vestidos da corte. 

Quando eu finalmente estava pronta deixei o biombo e sentei na cama para que Alyssa colocasse meus sapatos, eu mesma poderia fazer isso, mas ela insistia em me preparar todas as vezes. Meus cabelos foram fáceis de pentear e em questão de minutos eu já estava pronta para seguir a princesa para qualquer parte, ainda que o espartilho estivesse mais apertado que o normal. 

— Vamos? — perguntei ao ajeitar a saia do vestido e olhar para Tracy com um sorriso forçado. Eu estava sem ar.

— Claro — ela se dirigiu a porta e me olhou sorridente. Alyssa veio logo atrás de mim como sempre fazia, e acho que até ela queria ver Tracy treinar com seu arco e flecha. Afinal, nunca tínhamos visto esse tipo de coisa antes e Tracy me parecia o tipo de mulher que contradizia todas as regras.

A princesa passou meu braço pelo seu e me guiou para fora sem se incomodar com seu modo de se locomover pelo palácio. Geralmente as pessoas da realeza caminham graciosamente e calmamente como Alyssa sabe fazer com naturalidade. Porém Tracy tinha um andar mais confortável e seguro, como se sua roupa não a sufocasse e de fato isso não ocorria. 

Pude notar que o tecido de seu vestido era fino e leve, além de não tê-la visto usando algo sufocador como meu espartilho nem naquele momento e nem no dia anterior. Se minha mãe visse uma coisa dessas não me deixaria nem a centímetros de Tracy, a princesa tinha um modo mais desleixado e ao mesmo tempo grandioso e eu me perguntava como alguém conseguia fazer ambas as coisas acontecerem ao mesmo tempo.

Ela era alguém muito apreciável e me fazia sentir vontade de fazer centenas de perguntas. Eu talvez pudesse ser sua grande amiga, já que logo seria sua cunhada. Então não poderia demonstrar toda a admiração que eu havia adquirido em menos de um dia, ela poderia me achar estranha.

— Então princesa, o que fazia em Grimlee? — Tracy parecia interessada e senti certo alívio por termos algo para conversar, seria horrendo me sentir um estorvo e não ter nada para falarmos. Afinal o passeio fora sugerido pela rainha e só estávamos a obedecendo.

— Quase nada, eu não saía muito do Castelo e os bailes eram feitos no grande salão — Tracy me ajudou a descer as escadas da entrada e me mostrou o lugar onde ela praticava arquearia, dando um sorriso para mim e esperando que eu continuasse a falar. — Tive muitas aulas de etiqueta e música, além dos bordados que Alyssa tentou me ensinar algumas vezes. Mas não consegui aprender. 

A princesa olhou para minha dama dando risada de minhas palavras, e mesmo tímida Alyssa também riu. Passamos pelo gramado que acariciou meus sapatos baixos e isso me fez ter mais orgulho de minha amiga. Alyssa previa por onde eu iria andar e sempre me dera os sapatos certos para a ocasião, contudo os vestidos ainda me incomodavam e aquele estava realmente apertado.

— Então seguiu todas as lições para se tornar uma boa princesa — Tracy tornou a falar com seu sorriso peculiar. Eu afirmei e a princesa parou de andar quando chegamos ao banco onde estavam o arco e as flechas, junto a duas damas de companhia. — Acho que sou a única que não fez nada disso.

Ela falara sorrindo de suas próprias palavras, as damas nos reverenciaram. Alyssa se juntou a elas.

— Pratica desde quando? — eu perguntei e Tracy parou para pensar, suas mãos tocaram os objetos e antes que os segurasse ela falou sorridente. 

— Desde pequena, eu via meu irmão treinar ao lado de meu pai e sonhava em fazer o mesmo. Porém ninguém me permitia praticar por ser mulher — Tracy posicionou a flecha no arco e o mirou no alvo grande um tanto distante de nós. Ela respirou fundo com o olhar fixo ali e quando se viu pronta soltou o objeto que disparou e cravou no centro do alvo. Outro sorriso escapou de seus lábios e as damas aplaudiram a princesa. Eu me impressionei com sua habilidade, e Alyssa parecia refletir minha surpresa. — Então eu resolvi fugir alguns dias de noite para treinar, mas descobri que com a luz do luar era mais difícil de aprender.

— Mas aprendeu — deixei escapar e Tracy assentiu. 

— Por sorte meu irmão sempre me apoiou em tudo e estava presente para me auxiliar e me ensinar as coisas que nosso pai lhe ensinara durante o dia — ela sorriu armando novamente o arco e o mirando no alvo. — Quando descobriram sobre meus treinos, me deixaram de castigo, como se eu já não vivesse em um grande castigo trancafiada dentro do castelo por ser mulher.

Resmungou a princesa acertando em cheio o alvo mais uma vez, as flechas estavam próximas umas das outras, quase coladas. Outra salva de palmas foi dada por suas damas de companhia e eu as segui com a impressão dominando meus olhos. Imaginei se Derek era tão bom quanto sua irmã, já que o mesmo a havia ensinado e fiquei curiosa para saber. Porém a história de Tracy me parecia ainda mais interessante sendo contada por ela mesma.

— Quer tentar? — ela me perguntou, já com o arco sendo apontado para mim. Neguei e ela se aproximou. — Ora, vamos. Eu vou lhe ensinar e o máximo que irá acontecer é você errar.

— Não acho uma boa ideia, eu não sei se tenho uma boa pontaria — murmurei e a princesa segurou minha mão, ainda que eu relutasse ela me puxou para o local onde antes estava. Ela ria alto e eu estremecia de medo. 

— Não saberá se não tentar — Tracy me passou o arco e pegou uma das flechas em cima do banco, posicionou os objetos em frente ao meu corpo e me motivou a segurá-los. Tentei esquecer o aperto do espartilho, e toquei um tanto desajeitada o arco com uma das mãos. Tracy guiou meus dedos da outra mão e endireitou meu corpo, senti o ar de seus lábios soprarem em minha nuca quando ela sussurrou:

— Mantenha a calma, respire com leveza e espere um bom momento. — Minhas mãos estremeceram, era a primeira vez que eu segurava uma arma entre elas e era isso o que me dava a sensação apavorante. Porém as mãos da princesa estavam por cima das minhas e isso me dera um pouco de confiança. 

Respirei fundo como ela mandara e esperei até que eu estivesse controlada, em algum momento Tracy soltou minhas mãos e no mesmo instante a flecha escapou de meus dedos com toda a forca me trazendo um pouco de dor. Meus olhos se fecharam e eu implorei para não ter acertado um pobre coitado.

— Não foi tão mal — Tracy falou em minhas costas me levando a abrir os olhos para contemplar o estrago, minha flecha não havia passado nem perto do alvo, ela fora diretamente para uma árvore alguns centímetros próxima do jardim onde um senhor me olhava com os olhos arregalados. — Mudou o foco ao fechar os olhos, mas foi muito bem.

— Tracy, eu quase o matei. Coitado — falei assustada e ela olhou por cima de meus ombros.

Atrás de nós as damas tinham as mãos na boca e a palidez estampada em cada rosto, já Alyssa tentava controlar o desespero em seu olhar. Tracy não estava como elas, ela explodiu em risos ao ver o jardineiro correr de nós para o fundo do jardim e adentrar a pequena casa de modo apavorado.

— Tracy! — eu a repreendi, mas não pude me segurar tanto. Sua risada era contagiante e me levou aos risos altos assim como ambas acabamos puxando as garotas que nos acompanhavam. — Agora tenho a total certeza de não ser boa em pontaria.

— Todos cometem erros no princípio, Ti. Não é nada de tão grave — a princesa contou entre seus risos. Suas mãos tocaram as minhas para retirarem o arco de meus dedos e os colocarem sobre o banco antigo de madeira. — Entretanto acho melhor tomarmos um chá ao invés de lhe dar armas que possam matar alguém — comentou Tracy divertida.

Suas damas de companhia começaram seu trabalho. Uma delas caminhou até o alvo para pegar as flechas cravadas no objeto e depois retirar a minha da árvore, a outra tomou o arco e as flechas restantes em mãos e se retirou dali às pressas, seguida pela primeira.

— Pode descansar, querida — dissera a princesa para Alyssa, que realmente parecia exausta. Mas minha amiga me olhou com receio de me deixar só e Tracy tratou de confortá-la. — Só iremos tomar um chá, eu levarei a princesa de Grimlee com segurança para seus aposentos antes do jantar e você poderá prepará-la. 

Minha amiga me olhou, como se pedisse permissão e eu assenti. Alyssa precisava descansar, e não havia nada demais em ficar ao lado me minha futura cunhada a sós no princípio. 

Ela então partiu deixando-me com a irmã de meu noivo, e vi um largo sorriso surgir em sua face. 

— Está se divertindo? — perguntou a princesa enquanto víamos minha dama sumir na entrada do palácio. Afirmei, lembrando-me do desconforto de meu vestido. Eu queria ter retornado com Alyssa naquele momento, apenas para trocar de vestido. Aquele espartilho parecia querer me dividir em duas e com o calor estava ficando mais difícil de respirar dentro da vestimenta. — Bom, vamos ao jardim tomar um chá. Por aqui.

Tracy me olhava com certa desconfiança, talvez o desconforto estivesse ficando cada segundo mais estampado em meu rosto e eu não queria dizer que estava passando mal por estar apertada. Porém a pergunta se repetia em minha mente centenas de vezes sem parar: onde Alyssa arrumara aquelas vestes tão justas? 

Respirei o máximo que consegui e caminhei em rumo ao local onde o pobre jardineiro estivera antes de minha tentativa de matá-lo. Queria me desculpar com o mesmo por quase ter-lhe atingido com uma flecha, mas o modo como havia corrido me dizia que eu não o veria tão cedo. Tentei suspirar por decepção, mas nem mesmo isso o espartilho me deixava fazer.

— Você está bem, Ti? — ouvi a voz de Tracy um tanto distante e achei que ela deveria estar longe de mim, porém ao olhar para trás a vi bem próxima. Pigarreei após levar um leve susto e tentei dizer, porém as palavras se perderam junto com meu ar. — Está pálida. Sente-se, vou lhe dar um pouco de água. 

— Estou bem, só um pouco sufocada — reclamei me sentando em uma das cadeiras da grande mesa no meio do jardim, Tracy me olhou sem entender e disse algo que eu não consegui entender. Quando sua mão me entregou o copo com água, a minha não teve força para segurá-lo e a respiração se foi por completo. — Não consigo respirar — avisei em um fio de voz e vi a escuridão dominar minha visão. 

A voz de Tracy gritou meu nome, mas parecia tão longe que me alcançou como um sussurro e finalmente eu parei de ouvir.

~x~

Meu coração batia freneticamente, o ar entrara em meus pulmões com força e meu peito se contraiu com rapidez puxando todo o ar que pudera adentrar meu corpo. Minha visão turva começou a melhorar conforme os segundos se passaram e uma pequena dor em minha cabeça fez com que eu me sentisse incomodada com a luz do sol. 

Eu permanecia no jardim, estava deitada no piso de pedra onde uma fonte jazia debaixo da estátua de uma jovem nua. Vi a mesa onde eu estava sentada antes não muito longe de mim e ao meu lado estava Tracy com um olhar assustado. 

— O que...? — comecei a dizer, porém meus olhos pousaram em suas mãos e aquele foi meu momento de arregalar os olhos. 

Olhei para minha vestimenta encontrando meu corpo praticamente expostos por conter apenas o tecido da camisola branca. O vestido havia sido rasgado pelo canivete que jazia na mão direita de minha cunhada, enquanto meu espartilho era segurado por sua outra mão. 

— Isso estava te matando — ela se pronunciou, jogando o espartilho dentro da fonte e colocando a faca pequena escondida em meio ao pano de seu vestido. 

— Você cortou... meu vestido.. — senti o rubor dominar minha face, olhei em volta para os vastos campos do palácio tentando encontrar olhos curiosos. Porém apenas eu e Tracy estávamos naquela área. Ainda assim tive vergonha, alguém poderia surgir a qualquer instante e me encontraria seminua. O que iriam pensar de mim? O que meu noivo pensaria? Obviamente me mandaria de volta para casa por me achar vulgar. Pensar assim me fez querer sumir do mundo naquele instante. 

Tracy não estava apavorada como eu, seus olhos pareciam entediados e a princesa apenas os revirou. Depois de uma longa suspirada ela disse:

— Quer manter a calma? Prefere morrer a tirar a roupa que tentava lhe matar? 

— Mas precisava cortar também o vestido? — questionei-a enquanto tentava me cobrir com o tecido rasgado, mesmo que as tentativas não estivessem funcionando.

— Cortei o espartilho, mas sua respiração não havia retornado. Isso só ocorreu quando eu rasguei o tecido do vestido. A propósito, porque usava algo tão apertado? — sua mão foi estendida para mim e me auxiliou a descer das pedras da fonte. Tentar me recompor sem roupas era impossível. Eu precisava correr para meu quarto.

— Talvez Alyssa deva ter trocado nossas medidas — sussurrei e Tracy soltou uma risada quase alta, porém sua mão foi à boca para abafar. — Isso nunca ocorreu antes.

— Ela deve estar cansada — concluiu, ela pensou por um instante até levar as mãos à barra de seu próprio vestido retirando-o por completo. Meus olhos se arregalaram ao vê-la ficar apenas com a camisola e minha reação pareceu diverti-la. — Pronto. Agora ninguém irá lhe ver seminua. 

— Mas... mas... Tracy... — tentei dizer algo, porém as palavras se perdiam por completo e vê-la sem roupa no meio do jardim me constrangia ainda mais.

Sem dizer nada a princesa se aproximou para colocar o vestido em mim, mas me recusei no início. Pude notar que isso não lhe agradou e sua mão livre puxou meu pulso até quebrar nossa distância.

— Não seria a primeira vez que ando por aí sem um vestido cheio de frescuras — dissera colocando sua vestimenta em mim. — Você é inocente demais para ser vista por aí sem vestido. E olha só... 

Tracy analisou a vestimenta em mim. Ficara um tanto folgada, porém estava mais confortável do que minha roupa de antes. A barra do vestido estava maior e acariciava o chão, indicando nossa diferença de altura. Ao fitar os olhos da princesa notei seu olhar do dia anterior e logo minhas bochechas se tornaram vermelhas como a fita em meu cabelo, a mesma que Tracy retirou para rodar em minha cintura e amarrar nas costas. 

— Não ficou perfeito como as criações de sua amiga, mas poderá ir até seu quarto sem sentir medo — ela sussurrou sorridente, e eu ainda estava petrificada. Ver minha futura cunhada apenas com o tecido fino de seda e a mesma expressão de sempre na face, sem ao menos se importar com a forma que lhe olhariam me fez pensar que a mesma era louca. Ainda sim isso me fez admirá-la ainda mais, aquele era o tipo de princesa que definitivamente eu nunca havia visto em todos os meus dezesseis anos. 

Tracy me deu o braço sem dizer mais nada, notei que ela havia me chamado de inocente e não compreendi o porquê. Toda garota ficaria envergonhada se fosse despida ao ar livre e apenas a mulher em minha frente era e pensava de forma diferente. Havia uma curiosidade dentro de mim que se tornava ainda maior, ao conhecer minha futura cunhada aos poucos.

Por sorte não encontramos ninguém no caminho de volta, eu ficaria constrangida por estar usando uma peça que antes havia sido vista em Tracy. Ficaria ainda mais envergonhada de ter uma princesa seminua ao meu lado, mas a confiança e o andar da mesma me dizia que ser vista por terceiros não faria a menor diferença. Ao chegarmos a meu quarto Alyssa abriu a porta com os olhos assustados, os mesmos intercalaram entre mim e Tracy fazendo-a se confundir com a situação. 

— Se acalme — dissera a princesa antes que minha amiga que desmaiasse. — Tianne irá lhe explicar tudo. Preciso me vestir para o jantar, não posso ir assim ou minha mãe terá um ataque. 

— Espere, vou lhe devolver o vestido — comecei porém ela negou.

— Pode ficar, caiu muito bem em você. Até o jantar — seu sorriso surgiu e Alyssa ainda nos olhava completamente assustada. 

Ainda que eu explicasse o que ocorrera, o choque era grande demais e aquilo ficaria um bom tempo em nossas mentes, já que havia sido algo estranho. De uma forma engraçada, mas completamente estranha.


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