A vergonha paga no débito escrita por Lux Noctis


Capítulo 2
Todos que pagam mico, parcelam em duas vezes.


Notas iniciais do capítulo

5 meses depois venho eu dar cabo dessa fic, que muito bem pode ser lida como oneshot, mas agora que tem continuação, né, melhor ler como duo-shot mesmo.
:)
capa nova sim, pq sim.



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Existe uma coisa engraçada em pagar um mico. Ele nunca vem sozinho. Sempre —  repito —, sempre vem acompanhado de outro. E com a sorte de certas pessoas, era um king kong dos micos! Quem paga a vergonha no débito, acaba pagando outra no crédito, com prestações e juros!

 

Kiba estava mais que vacinado, ao menos ele achava. Estava de cabeça erguida de novo, havia “esquecido”, e por esquecido significa optado por enterrar o assunto daquele não-encanador que havia visto seu “brinquedinho” fixado no revestimento do banheiro. Havia bebido as cervejas de Naruto, e filado dele o dinheiro de pizzas, sim, no plural. Havia ficado quietinho, o que era dele ainda estava guardado, e sim, com certeza teria troco!

Estava pensando em como fazê-lo, havia uma ou outra ideia, mas tinha que ser brilhante! Tinha que ser vergonhoso, único! Tinha que ser tão mico quanto havia sido o seu, mas pelo o que sabia, Naruto não tinha um consolo pendurado na parede. Ou tinha? 

Levantou do sofá num pulo, como se um bicho o tivesse mordido na bunda, tamanha a velocidade que saltou e correu em direção ao quarto de Naruto naquele apartamento que dividiam. Chegou a esbarrar no corredorzinho que levava ao quarto, o quadro pendurado balançou, quase caiu. Mas aparentemente contentou-se em apenas ficar torto, embora ainda pendurado. Abriu a porta do quarto num rompante que chegou a bater os dedos dos pés, já que estava descalço. Esbaforido, pensou: “onde?”, porque tinha que ter um lugar pra esconder essas coisas. Antes de deixar afixado na parede do banheiro, Kiba deixava o brinquedinho na gaveta de meias, dentro de uma caixa, bem no fundo da gaveta, por debaixo das meias brancas que raramente usava. Então, foi por onde começou naquele quarto de Naruto: as gavetas. 

Parou e ponderou se seria mesmo algo correto a fazer. Por mais que o melhor amigo tivesse sido um cuzão ao fazer aquilo, não havia vasculhado suas coisas. Apesar de que, entrar no seu banheiro, tendo o próprio, era uma violação sim! Ou Kiba queria pensar que era, assim podia se vingar agora. 

A primeira gaveta tinha umas camisas brancas, achou estranho, mas vasculhou ali mesmo assim. Estavam dobradas igual a cara, nem daria pra perceber se Kiba as revirasse, tamanha a “organização”. 

Gaveta dois: as infames cuecas. E ele que não meteria a mão ali. Tirou a gaveta e chacoalhou de um lado ao outro, se tivesse algo, faria barulho. Nada. 

Quando abriu a terceira gaveta, entretanto, deparou-se com uma surpresa. 

Encarou aquilo por tanto tempo que chegou a sentar na cama de Naruto, os cotovelos apoiados nos joelhos e o rosto descansando nas mãos abertas. Os olhos vidrados na gaveta, e naquilo que nela havia logo por cima. 

A vingança pode até tardar, mas meus amigos, acredite: ela com certeza também falha. 

Kiba saiu tão sorridente, levando consigo o que tinha de mais “estimado” naquela gaveta. O olhar arteiro não enganava ninguém, sorte que estava sozinho no apê. Quando Naruto chegasse teria uma surpresinha.

Não era o que esperava, mas no final das contas havia saído melhor que a encomenda. Quem diria, afinal, que Naruto teria uma roupinha como aquela na terceira gaveta da cômoda? Usava isso para se excitar? Usava aquilo para que alguém o comesse? Ew, balançou a cabeça com tanta força que chegou a ficar tonto. Imaginar seu melhor amigo comendo ou sendo comido por alguém era algo que tirava todo o tesão de se pensar em sexo. 

Pregar uma peça necessitaria de ousadia. E isso Kiba tinha em demasia. Tomou um banho e se vestiu com aquela porcaria curta e indecente. Ficou um bom tempo na frente do espelho se olhando, porque, porra!, havia ficado um tremendo dum gostosão! As coxas ficavam mais evidentes sob aquela sainha de prega, a cintura ficava ainda mais fininha com aquele colete curto com detalhes de renda, e certamente a orelhinha também lhe caia bem. Parando pra pensar, era melhor ficar com a roupa pra si, do que devolver para o Naruto. E foi então que a fixa caiu.

Se aquela porra lhe caia bem, nunca caberia no amigo!

—  É se outra pessoa!

O comentário saiu quase no mesmo momento em que o alarme de incêndio, o barulho escandaloso do prédio abafando até mesmo seus pensamentos. Não havia treinos ali, se aquela desgraça tava tocando, era bater em retirada. E o fez, nem pensando em como estava vestido, a sobrevivência acima da decência, ao que tudo indica. 

Saiu do quarto, abriu a porta do apartamento e quando estava dois passos fora, não tinha som. 

Deu tempo de: (1) destacar que estava inapropriadamente vestido; (2) fora do apartamento; (3) Naruto do lado de dentro, rindo com um celular à mostra enquanto fechava a porta. 

—  Filhodaputa! —  Não saiu alto, sequer parecia ter rompido os lábios. Estava tão descrente de que Naruto havia conseguido por uma segunda vez lhe pregar uma peça. Maldito. —  Abre essa porta, maldito! —  Esse sim saiu alto enquanto esmurrava a porta com a lateral dos punhos fechados. Chegou também a chutar a porta. 

Descalço, usando uma sainha de prega curtíssima que quase mostrava sua boxer, o que por sorte havia vestido, e isso depois de colocar a saia!, achando que se sentasse no sofá para zoar o Naruto, ficaria com tudo à mostra. E a porra dum coletinho colado no corpo e orelhinhas. Não podia ser mais cômico. Na verdade podia. Se fosse Naruto a cair na pegadinha, e não ele. 

Restava o quê? Continuar ali no corredor e esperar que alguém o visse? Hilário!

—  Hilário, Naruto. Agora abre essa merda, infeliz!

O escândalo era tamanho que chamou a atenção sim, e não de Naruto que deveria tá se acabando de rir do lado de dentro, talvez sentado no chão apoiado na porta se segurando pra não mijar, de tanto que tava rindo!

—  Precisando de ajuda? 

Kiba não precisava sequer virar para saber que tinha um sorrisinho naquele rosto de traços sexy, naquela boca que embora fina fazia parte do seu imaginário sensual desde quando achou que ele fosse só um encanador. Permaneceu sem olhar para ele quando respondeu: 

—  Sim, mas dou meu jeito. 

—  Se eu fosse você entraria aqui.

—  Como é? —  virou-se de supetão, não esperava uma cantada como aquela. Por que? Só porque tava com uma sainha curta e pregueada que poderia ser considerado fácil? —  Tá achando que só porque eu tô com essa roupinha vou aceitar entrar na casa de um… um… um… —  ia falar o quê? Um tremendo gostoso? Um filhodaputa sexy do caralho?  —  um pervertido? 

—  Não, estou achando apenas que você não vai gostar de dar de cara com o entregador, segundo o update do aplicativo, ele tá subindo pra fazer a entrega. —  Shino com a maior boa vontade do mundo virou o celular para que Kiba, se quisesse, pudesse conferir a informação. —  A não ser que queira ficar aí e vê no que dá. 

Naruto era um filho da puta. Kiba ia beber todas aquelas cervejas e ainda ia descolar uma grana com aquele maldito. E não desistiria de pregar uma peça naquele infeliz! Obviamente não deixaria de ser amigo dele, era família, mas ele ia ver só! 

Contra seu orgulho recém ferido, entrou no apê de Shino. Clean e bem diferente do que dividia com Naruto. parecia que ali as coisas não tava caindo aos pedaços. Fosse o que fosse, Shino dedicava tempo e dinheiro naquele apartamento, transformou aquele conglomerado de paredes e piso em um lar.

—  Fica à vontade. —  Indicou para que Kiba sentasse onde se sentisse mais confortável. 

Havia um sofá em tom claro de cinza, uma poltrona mais escura mas do mesmo material que combinava com os tons dali. Era a coisa de mais cor naquela sala. A poltrona chumbo e os dois quadros de skyline, ambos do fim da noite, enquanto a cidade nada mais é que cinza e azul escuro. 

Sentou na poltrona, puxando a almofada sobre o sofá para si, colocando-a em seu colo enquanto Shino ainda estava à porta. O ombro apoiado no batente obliterando a visão quando o entregador chegasse com seja lá o que ele havia pedido para comer. Inquieto e constrangido, não sabia nem como se manter ali. Cruzou as pernas. Descruzou. Puxou a saia um pouco para baixo, como se buscasse tapar toda a perna. Puxou o coletinho cinturado. Esfregou uma perna na outra e então decidiu-se sentar sobre as pernas dobradas, assim nem o pé ficava de fora. Levantou então e pegou mais uma almofada, fazendo um forte sobre seu colo quando voltou a sentar, escondendo quase por completo que estava usando uma sainha e um colete de corte muito justo. Pronto, só a parte de cima ficava a mostra. 

Ouviu distraído Shino agradecer ao entregador, ou suspeitou que era isso. Viu-o fechar a porta e mantinha na mão apenas uma caixa, uma que Kiba reconhecia bem; era a mesma pizzaria que ele pedia. Massa crocante e muito queijo. 

Observou-o ir até a cozinha e voltar com pratos, papel toalha, talheres. Depositou a caixa de pizza sobre a mesinha de centro de vidro, singela e sem adornos. 

—  Servido? —  perguntou ao destampar a caixa. 

O cheiro era delicioso, a cara da pizza não estava atrás! Quatro queijos, borda crocante. Esperou que Shino pegasse o primeiro pedaço, seria educado, oras! Havia tanto requinte que ele embasbacou. Shino usou a faca por baixo da fatia para apoiá-la enquanto o garfo ia acima, como uma pinça para que não caísse e a colocou no prato com a maior destreza. Se kiba tentasse acabaria com uma pizza no chão, certamente. E como se Shino lesse sua mente, passou o prato para si, junto do garfo e da faca. 

Esticou-se pouco, não queria derrubar as almofadas que faziam seu forte, que escondiam a saia e suas pernas dobradas. Àquela altura havia esquecido que nos cabelos tinha um maldito arco em forma de orelhinhas de coelho. Estava quase à caráter para a cama de uma playboy. Esperou que Shino servisse uma fatia para ele também, esperou que se sentasse no sofá e até esperou que ele perguntasse. Mas ele não perguntou. Cortou um pedaço da fatia e levou-o aos lábios, mastigando tão sereno como se nem ao menos estivesse com fome ou vontade de comer aquela pizza que cheirava tão bem. 

Ao contrário de si, Shino estava adequadamente vestido. Jeans escuro, uma camiseta de manga num tom de cinza que quase mesclava-se ao sofá.

Kiba, nem preciso dizer, deixou o garfo e a faca no prato, não usaria aquilo pra pizza! Perdia a graça de sujar os dedos e depois chupá-los para limpar? Jamais! Não que fosse a melhor das decisões se parasse para pensar que estava no apartamento de um cara que sabia do seu brinquedinho no banheiro, e que estava vendo ele com uma roupinha fora da curva. Como era de se esperar, deu um total de zero atenção a isso. Pegou a pizza com a mão e mordeu. o queijo derretido, a variação de sabores que se completava, o crocante da massa: perfeita. 

—  Pensei em pregar uma peça no Naruto, pelo o que ele fez com o registro daquela vez —  comentou logo após engolir o primeiro pedaço que havia mordido. 

—  E achou de fazer isso assim? —  o olhar era curioso, não julgador. 

—  Achei que fosse dele, então pensei: ‘vou vestir isso e esperar na sala pra ele ver que eu sei as perversidades que esse tarado gosta de usar.” O que não foi uma ideia muito genial, admito. Assim que vesti.. —  ocultou a parte do basicamente ficar se comendo com os olhos —  notei que não tinha como ser dele, e sim de alguém. Não caberia no Naruto, se coube em mim. 

Shino engasgou-se. Quase imperceptível. Teria passado batido, se —  e apenas se! —  kiba não tivesse lembrado do consolo no banheiro, e do quanto a palavra “caber” ficava estranha naquele contexto onde ambos sabiam daquilo. 

—  Estou me sentindo um idiota, e ridículo! —  Engatou em outra coisa, desviando a atenção do caber ou não caber. Salientando o quanto se achou bocó por estar ali, vestido daquele jeito. —  Pelo menos ganhei pizza. Valeu. 

Riu. E ficou mais aliviado quando Shino meneou a cabeça e sorriu de modo discreto, embora o olhar dele deixasse quase claro demais que estava ainda pensando no que não fora dito ainda há pouco. 

—  Talvez seja a falta do costume com as orelhas de coelho. —  Shino proferiu enquanto levava outro pedaço pequeno de pizza aos lábios. 

E foi aí que Kiba gargalhou. Já estava na merda mesmo, rir da desgraça deixava ela mais aceitável, mais suportável. Havia esquecido completamente que estava com aquilo. Uma das orelhas estava empezinha, a outra era levemente arqueada, dobrada como se vê mesmo por aí em desenhos e filmes, ou em fantasias. Pois é. Passou a mão esquerda sobre os cabelos, levando consigo o arco de orelhinha e deixando-o sobre a almofada em seu colo. 

—  Mas, como acabou do lado de fora, trancado? —  Shino deu continuidade ao assunto. Gostava de ouvi-lo falar.

Kiba deu de ombros. Ia falar o quê? Que era um trouxa? Nah, ia ferir o ego. 

—  Dessa vez o Naruto foi mais esperto. Dessa vez. Mas tem troco. —  Espichou-se para pegar mais uma fatia. A perna direita apoiando-se no chão, a almofada e orelhinha de coelho caindo, quase um slow motion. Deixou pra lá. Shino já havia visto ele com a saia, já havia visto coisa pior. Aquilo era fichinha. Mordeu a nova fatia de pizza, cruzou as pernas e notou o olhar dele sobre seu corpo, sobre suas pernas. Era discreto, mas desejoso. E ser desejado era gostoso. E aquele vizinho era gostoso, afinal, havia até mesmo encenado todo um filme de pornô com encanador em sua mente no momento que viu o maldito empenhado em arrumar o problema do seu chuveiro. —  Talvez seja a falta de costume com o colete também. —  Terminou aquela fatia, deixou o prato sobre a única almofada que ainda estava em seu colo e desabotoou um a um os botões daquele colete. A pele agora ainda mais exposta. —  Se importa?

O olhar era de uma falsa inocência enquanto os dedos resvalavam a pele do tórax próxima aos mamilos. Esperou que Shino indicasse algo, quando meneou a cabeça em negativa, sorriu e tirou o colete por completo, deixando-o cair no chão próximo à poltrona. O prato, assim como a almofada, foi posto no braço da poltrona. O prato permaneceu, a almofada não. As pernas agora podiam ser claramente apreciadas, ainda mais que Shino havia sentado quase de frente para ele. Se esticasse o pé conseguiria facilmente tocá-lo, e o fez. Os dedos arrastando o jeans, da canela até o joelho, o que fazia sua saia subir um pouco, mostrando a boxer que vestia. 

—  Sabe, nunca te agradeci.

—  Hn?

—  Pelo registro. E agora pela pizza e por me tirar do corredor antes que alguém me visse assim. 

Certamente era gay. Ou, quem sabe… bi como Naruto. Talvez pan? Enfim, gostava de homens. Do contrário teria afastado a perna assim que o tocou. Não teria olhado pra ele como se quisesse comê-lo ao invés de comer a pizza. E certamente teria colocado um basta quando Kiba se levantou e sentou em seu colo ao tempo que Shino colocava o prato no sofá, afastando-o com a mão para que a perna de Kiba não derrubasse nada. 

—  Obrigado. —  O sorriso era sexy, os toques também. As mãos apoiadas nos ombros de Shino enquanto sentia as mãos dele em suas costas, deslizando para sua bunda como se buscasse conhecer o terreno. Aproximou-se, passou a ponta do nariz sobre o rosto, resvalou os lábios na maçã do rosto de Shino e selou os lábios no pescoço dele enquanto descia a mão até a barra da camiseta para despi-lo da cintura para cima. —  Obrigado por me ajudar com o chuveiro… —  parou um instante observando aquele corpo. A pele branquinha, quase uma obra em mármore, exceto que mármore ele não quer lamber, nem morder… mas Shino? Ah sim, ele queria muito! Rebolou no colo dele, não era difícil sentir a ereção que se formava, e deus, se estava assim no começo da excitação, ia adorar o que o aguardava! Inclinou-se de novo, agora com uma das mãos no rosto de Shino e o beijou. E então sentiu as mãos dele apertando seu corpo, trazendo-o pra mais perto, puxando-o ainda mais para seu colo, e rebolar era a resposta mais automática, como se os corpos fossem nada mais que dois sistemas trabalhando em conjunto, em perfeito conjunto. 

Kiba não tardou a deslizar a destra para onde estava a mão de Shino, apertou-a para que soubesse que incentivava sim, e muito o que ele tava fazendo ali. E continuou a deslizar a mão, sentindo a ereção de Shino tão logo, fechando a mão em torno dela por sobre a calça alheia. 

Sorria em meio aos amassos, não por achar graça, embora, bem, até que sim. Se Naruto não tivesse feito merda duas vezes, ele não estaria no colo do vizinho gostoso. Não estaria agora ajoelhando naquela sala e desabotoando a calça de Shino, não estaria puxando as roupas dele para que pudesse enfim conferir que sim: SIM! Digno de um ator pornô. Curvadinho pra esquerda, o que fez Kiba sorrir um pouquinho mais. Nisso eram parecidos. 

Teria de dar o troco em Naruto, mas também agradecê-lo por isso no final das contas. Mas logo afastou Naruto das ideias, assim que envolveu a ereção com sua destra, assim que moveu a mão num delicado sobe e desce, movendo a pele fina, expondo bem a glande. O vizinho gostosão ficava lindo naquele sofá cinza, de pernas abertas e calça arriadas, mordendo o lábio, olhando em seus olhos e tocando seu rosto para alcançar seus cabelos e puxá-los um pouco. E Kiba gostava disso, portanto, sorriu ainda mais sensual, quase sibilando um “ssiim”, indicando que não apenas gostava, como queria mais. E faria o possível para obter aquilo, para tirá-lo do controle. Então masturbou-o, sem chegar a boca perto daquele pau que tanto o estava atiçando. O polegar pressionava a glande, a canhota por vezes marcava-lhe as coxas, mas em suma massageava os testículos e períneo para levá-lo a loucura. Conseguiu um gemido baixo, mas extremamente arrepiante quando pôs a língua para fora e lambeu apenas a glande. Sentindo de novo aquela mão puxando seus cabelos, o quadril movendo-se no sofá para ir fundo em sua boca. Riu, o ar indo de encontro à pele sensível e agora molhada por saliva e pré-gozo. 

—  E isso é por ter me ajudado tantas vezes, vizinho. 

Foi tudo o que comentou antes de cair de boca, enfim, tirando mais gemidos daquele homem tão contido e calado. 

Empenhou-se, ainda mais quando Shino tocava seu rosto e olhava daquele jeito em seus olhos. As pupilas dilatadas, o quadril movendo-se para foder sua boca. Chupou-o com afinco até que sentisse o gozo em sua boca, um pouco escorrendo por seus lábios quando se afastou. Estava tão duro quanto Shino estava ainda há pouco enquanto estocava em sua boca. Quando subiu de novo e sentou no colo dele, até surpreendeu-se quando foi colocado no sofá, quase brusco demais. Gemeu em surpresa e em tesão, claro. Sentiu os lábios dele sobre os seus, sentiu as mãos em suas coxas, subindo e então descendo, levando a cueca, deixando a saia. Riu enquanto Shino descia os beijos por seu corpo, seus mamilos, demorando-se ali, ora beijando, ora acariciando com a pontas dos dedos.

Seria chupado enquanto usava uma saia, no sofá do vizinho que havia confundido com o encanador. Se a vergonha era assim, passaria até no crédito e faria questão de parcelar e com juros! 

Quando saiu de lá, horas depois, saiu com uma calça emprestada de Shino, uma calça social antiga que quase estava melhor para Kiba do que pra ele. Tirando que teria que cortar um pedaço das pernas, mas era detalhe. Voltou ao apartamento que dividia com Naruto sem camisa, sem sapato, e curiosamente sem cueca. E por ora havia voltado disposto a deixar as vaciladas do amigo de lado, sem nem saber que havia dado troco, afinal, quando o cara que Naruto tava comendo apareceu mais tarde e não achou a roupa, foi embora deixando o amigo, literalmente, de pau na mão. 


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Notas finais do capítulo

That's all folks.



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