Spencer Sutherland escreveu sobre nós escrita por Biazitha


Capítulo 5
Eu construí essa casa e você a tornou o seu lar


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem?

Pois bem, chegamos ao final. Primeiramente agradeço à todos os comentários e favoritos, eu fiquei EXTREMAMENTE feliz com todo o feedback. KinaHina não é tão aclamado quanto outros casais no fandom, mas eles merecem todo o amor também. ‘Tô caidinha pela combinação deles.

Agradeço especialmente à @Daegresco por ser tão perfeita e me apoiar em cada segundo da minha vida — te amo infinitos — e à @peatch pela capa imaculada e por ser tão incrível — você me inspira muito.


Boa leitura!



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It may sound strange, but I feel like I've known

That you were coming, that you'll never go

Eu acho que esse trabalho não vai ter fim. Por que a Kurenai me faz odiar História da Arte Moderna com tanta facilidade? 

Larguei todas as canetas coloridas em cima da mesa com certa violência e recebi um olhar tão furioso pelo meu descuido que rapidamente arrumei tudo no estojo. Não evitei dar um sorriso muito sem graça — e ao mesmo tempo gentil — para fugir de alguma bronca. 

A Hyuuga estava vestindo o uniforme do colégio ainda e os cabelos estavam um tanto embaraçados em volta do rosto, no entanto ela não poderia estar mais perfeita aos meus olhos. Eu ficaria o dia todo falando sobre quão linda, inteligente, esforçada, bondosa e caridosa ela era sem me cansar nem por um segundo. 

Depois do beijo na frente da casa dela foi impossível não pedir perdão por ter sido tão babaca e me confessar sem parar. Ajoelhei-me uma, duas, três vezes... Até que a morena se deixou convencer e acreditou em mim, aceitou o meu pedido para que voltássemos com um sorriso tão bonito que me deixava arrepiado só de lembrar. Fiz muitas promessas que com toda a certeza cumpriria, passei a apreciar cada segunda com a sua companhia doce e valorizar todas as juras de amor que trocávamos. Eu queria ser inteiro. Com ela.

— ‘Tô varado de fome...

Ficar muito tempo sem conversar qualquer bobeira com a minha menina me deixava angustiado. Eu não era assim; pelo menos não quando começamos a namorar pela primeira vez. 

Com os olhos estreitos, Hinata suspirou fundo e voltou a escrever no grande cartaz. A apresentação do nosso trabalho só seria na semana seguinte, no entanto ela queria deixar tudo pronto para que não ficasse ruim e feito na pressa. Eu só concordava, cada dia mais achando tudo lindo o que saia da boca dela.

O que eu podia fazer? Era um verdadeiro imbecil apaixonado, cada vez mais evidente para todo mundo o quão caidinho eu estava. 

Deixei-a sozinha por alguns minutos e fui até a cozinha de casa. Separei um pacote de bolacha doce, cortei uma maçã pequena e fiz rapidinho um suco de laranja. Equilibrei tudo nos braços e voltei contente. Coloquei o café da tarde na frente dela, ganhando um selinho animado e um abraço como agradecimento. 

Enquanto eu comia a maçã, observava toda a delicadeza da minha namorada; uma verdadeira princesa. Logo as bochechas dela ficaram rosadas e eu sorri. Hinata estava começando a se acostumar com os meus olhares intensos e babões em cima dela.

Eu estava diferente. Gostava de estar assim — inteiramente entregue — e ela também. 

— Você é o melhor. — Afirmou, segurando o meu rosto com as duas mãos e dando vários beijinhos pelo meu rosto. Derreti-me sem igual; dos pés a cabeça virei uma gelatina. Desde que me deixei apaixonar por Hinata, a minha pose de menino mau não existia mais.

Dez minutos se passaram no mais completo silêncio e ela ainda estava absorta no maldito trabalho. Só via suas mãos correrem pela cartolina branca com confiança no que fazia, mas eu estava cansado daquilo. Não estava completamente satisfeito com os selinhos rápidos, queria mais.

Aumentei o sorriso com os meus pensamentos amorosos. Nem mesmo Akamaru ficava próximo de nós, talvez cansado de toda a melação que éramos. Os nossos amigos também tinham seus momentos; apesar de felizes com a volta, éramos um pouco demais para que eles pudessem nos aguentar sem reclamar. Shino e Temari conseguiam ser campeões nas provocações assim que nos aproximávamos, no entanto Shikamaru e Ino abafavam os comentários ácidos dizendo que éramos perfeitos. Os meus pais quase soltaram rojões na sala de casa quando contei que estava namorando a Hyuuga de novo; a minha irmã abraçou-me tão forte que fiquei dolorido por um tempo. Era gratificante saber que tínhamos tanto apoio e gente torcendo por nós. Eu não sabia o que seria de mim sem eles. 

Pigarreei um pouco mais alto sabendo que a distrairia ao fazer tanto barulho e tanta bagunça. Voltei a abrir o estojo e peguei uma caneta para bater na mesa de vidro repetidamente. Estava sendo cada vez mais difícil segurar a risada.

— O que foi? 

— Isso tudo é muito chato. Que tédio, cara! 

— Para de reclamar, Kiba. — Grunhiu em meio a uma risada, claramente entendendo onde eu queria chegar. — Precisamos terminar o quanto antes. 

— Eu sei, mas já adiantamos bastante. E prometo ficar quieto se você deixar isso de lado por vinte minutos e deitar ali comigo. 

Eu não era capaz de resistir à Hinata e sabia que ela também não resistia à mim. Agora que estávamos juntos de verdade, não precisava de muito esforço para que um dos dois cedesse por um tempo para deixar o outro feliz, éramos bem equilibrados, e acredito que isso era o mais gostoso da relação. Além dos beijos e carinhos, claro.

Segurei sua mão direita, tão quente e macia, e a puxei com delicadeza para a cama bagunçada. Deitamos ainda em silêncio, saboreando a companhia um do outro e deixando a minha música preferida tocar ao fundo. Não podia ser mais agradável.

Hinata se encaixava muito bem entre meus braços, e eu era do tamanho perfeito para a envolver com carinho. O meu perfume amadeirado combinava com o floral dela, assim como os seus olhos claros iluminavam os meus escuros.

Puxei o seu queixo para que me olhasse e antes que me perdesse demais naquela imensidão encantadora, juntei nossas bocas. O nosso beijo era quente, mas também inocente; carinhoso e gentil quando necessário, e também de tirar o fôlego. Era único como nós. 

— Você sabe que eu gosto muito de você, né? — Confidenciei baixinho, um tanto acanhado e ainda meio sem ar, porém com plena confiança no que dizia. — Eu te amo. 

— Eu te amo também.

Sorri abobado com a sua resposta. Eu sabia que não era besteira adolescente e agradecia muito aos céus por terem me dado mais uma chance para provar todo o meu amor. 

De todas as minhas certezas, a que mais me deixava animado era de que o meu artista favorito ainda cantaria no dia do nosso casamento. Inuzuka Hinata era um nome muito bonito e eu seria 100% capaz de compor milhares de músicas para ela, mesmo sem ter a mínima ideia de como fazer isso. 

Talvez Spencer Sutherland resolvesse escrever mais um álbum sobre nós, com a minha ajuda. E dessa vez com músicas mais felizes.


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Notas finais do capítulo

Música do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=J8Hik8pGlQI

Escrever com adolescentes foi complicadinho, mas eu adorei essa dinâmica mais descontraída. Espero que tenham aproveita bem e agradeço novamente por todo o apoio.

Até as próximas obras!



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