The Motive True escrita por Sak


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma fanfic já postada no Spirit, eu só quis trazer pra cá mesmo... Espero que gostem...



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A garota o observava da escada, ele estava treinando no porão de casa, treinando para uma luta que aconteceria dali á algumas horas, luta que para ela era idiotice.

— Vai ficar aí parada? – O garoto perguntou ao perceber a presença dela.

— Ela vale a pena? Digo, ela é uma garota legal? – Indagou ela direta, mas com cautela.

— O que você quer dizer? – Ele deu uma de perdido e continuou a treinar.

— Você sabe muito bem o que quero dizer – a garota cruzou os braços arqueando a sobrancelha. – Ela é uma garota que vale a pena ou apenas mais uma para você?

— Cuida da sua vida! – Ele acabou se irritando e bateu com mais força no saco de areia posto em uma estante velha na parede.

— Bom, querendo ou não, você está na minha vida. – Ela tentou suavizar a situação, sabia como o temperamento dele era estourado. – E essa luta? – Perguntou ela sem se aguentar.

— O que tem a luta? – Ele se rende visivelmente cansado, parando de treinar para olhar ela.

— Daqui á algumas horas você vai lutar com um cara que não conhece e por uma garota que você nem sabe se vale a pena, quer dizer, quem em sã consciência faz isso? É burrice!

— Eu disse para você cuidar da sua vida! – Gritou o garoto irritado.

— E eu disse que querendo ou não você está na minha vida! – A garota também gritou.

Ele ficou embasbacado por ela o enfrentar, mas não deveria se surpreender, já a conhecia tempo o suficiente para saber que ela não ficaria calada.

— Você é babá do meu irmão, não minha – ele a repreendeu.

— Tem razão. Mas só porque eu sou babá do seu irmão, não quer dizer que eu não tenha que me preocupar com você – ela amenizou a voz.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, absorvendo as palavras dela.

— Você realmente se importa comigo? – Ele questionou só para ter certeza.

— Você sabe que sim – ela o respondeu de maneira terna e desceu o resto das escadas, se aproximou dele e na ponta dos pés, lhe deu um beijo na bochecha. – Bem, eu já vou indo e só não te abraço porque está todo suado – terminou a frase rindo de leve.

Ele ficou desnorteado por alguns segundos ao ser pego desprevenido por aquele beijo – Eu... Eu vou tomar um banho... Daqui a pouco – ele disse lentamente e se enrolando nas palavras.

— Olha, por favor, pense direito nisso e se questione se os seus motivos são suficientes, se valem a pena – dizia ela enquanto caminhava em direção á escada. – E se for lutar mesmo, se cuida – ela o olhou diretamente nos olhos dele ao parar no primeiro degrau. – Até amanhã – e ela se despediu finalmente dele.

Sasuke ficou ali, fisicamente parado, mas mentalmente muito longe. Sim, seus motivos valiam a pena e mal sabia ela o verdadeiro motivo pelo qual ele lutaria.

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Tudo começou na época em que ele estava ficando com Karin, uma menina de seu colégio. Sakura já trabalhava em sua casa como babá de seu irmão mais novo. Sua mãe trabalhava em um emprego de meio período á tarde, mas de manhã e de noite ficava com a família; seu pai passava o dia inteiro fora e só chegava á noite, na hora do jantar. Seu irmão mais velho, Itachi, já estava na faculdade e para poupar gastos com transporte, optou por dividir um quarto com alguém por lá mesmo. Sua mãe não confiava em si para cuidar do pequeno Shisui, com apenas cinco anos de idade, então contratara Sakura. A moça era de boa família e confiava completamente nela.

Sasuke era considerado um badboy por todos os alunos de seu colégio, era o aluno do terceiro ano mais popular, muito por causa do seu jeito frio e distante, ser grosseiro também estava na lista e isso “encantava” e “fascinava” as garotas de seu colégio. Sasuke ficara com algumas de suas “fãs”, mas parou quando percebeu que tudo o que elas queriam eram espalhar pelos quatro cantos do colégio que haviam ficado com ele, não entendia porque elas agiam assim, claro que não eram todas as garotas que se comportavam dessa maneira, ele percebeu que essas eram as famosas groupies e entendeu porque vários artistas as nomeavam assim, mas não entendia se era o que elas queriam ou se eram apenas tachadas assim, então decidiu por ignorar, fazendo assim seu “fã-clube” crescer.

Até que chegou Sasori. Ele sim era um badboy e queria que todos soubessem disso. A maioria de suas “fãs” decididamente foram para o “fã-clube” de Sasori, ao que Sasuke ficou muito agradecido, mas era a única coisa. Odiava Sasori com todas as suas forças e odiava ainda mais o modo como ele tratava as garotas, mesmo aquelas que não eram groupies. Sasori fazia questão de pegar todas as meninas, desde as do fundamental até as do colegial, mas claro que depois que as “pegava”, ele as descartava como se fosse chiclete mascado: mascou, perdeu o sabor, jogou fora.

E se não fosse o bastante, Sasori fazia questão de falar de suas “conquistas” e próximas “vítimas” no vestiário; e foi numa dessas que Sasori falou de Karin e Sakura. Sasuke ficou muito puto e quase brigou com ele ali mesmo, mas todos os caras trataram de separá-los e Sasori o desafiou. É daí que vem a luta e o dia combinado era aquele.

Sasuke faria questão que Sasori aprendesse a lição, nem que para isso ele mesmo também tivesse que apanhar. Seus amigos iriam junto com ele, para o caso de Sasori tentar aprontar ou dar uma de covarde e chamar seu grupinho para ajudá-lo, ele era famoso por isso.

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Sakura acordou assustada. Alguém batia fortemente em sua porta e apertava incansavelmente sua campainha.

— Já vai! – Desse jeito iria acordar os vizinhos, pensava ela enquanto ajeitava seu robe.

Qual não foi sua surpresa ao encontrar um Sasuke todo machucado e um pouco ensanguentado na soleira de sua porta.

— Sasuke! – Ela o amparou antes que caísse. O ajudou a caminhar até a sala de sua casa e o fez sentar-se no sofá. – Espere aqui, eu já volto – ela disse afoita.

Sasuke a observou ir até o banheiro e voltar com um kit de primeiros socorros, uma bacia com água e um pano nos braços.

Ela arrastou um banquinho até pará-lo diante dele, molhou o pano na bacia com água e passou cuidadosamente em seu rosto. Sasuke ouviu o gemido de dor que saiu de seus lábios.

— Desculpa – ela pediu.

— Não. – Ela o olhou. – A culpa é minha. – E ficou chocada com a resposta.

— Eu pedi para você se cuidar – ela disse de maneira angustiada.

— Me desculpe – ele segurou as mãos dela entre as suas próprias demonstrando sinceridade.

Ela não falou nada, estava surpresa demais para dizer alguma coisa, não era todo dia que ouvia Sasuke Uchiha pedir desculpas. Então ela simplesmente desvencilhou suas mãos e voltou a cuidar dele. Depois que seu rosto estava limpo, ela o mandou tomar um banho, para assim poder tratar melhor de seus ferimentos.

E enquanto tomava banho, Sasuke se deu conta do estado de seus machucados, várias partes de seu corpo doíam. Não tinha ideia de como conseguiu coragem de ir até a casa daquela pelo qual lutou. Sim, ela não sabia que o verdadeiro motivo pelo qual ele lutou fora ela.

Sasori o pegara de jeito, mas também não saíra em bom estado. Muitos alunos de seu colégio foram até o local da briga e até chegaram a apostar em quem venceria. Nem os amigos de Sasori e nenhum de seus amigos ousaram interromper. Aquilo era entre os dois e já fazia muito tempo que esperavam para arrebentar a cara um do outro.

Devia ser por volta das três da manhã de sexta-feira. Os pais de Sakura não se encontravam, eles viajaram para a casa dos avós dela, o avô estava se recuperando de uma cirurgia e os dois resolveram tirar férias para ajudá-lo, mas Sakura não podia se dar ao luxo de perder aulas, principalmente em época de provas. A tia de Sakura é quem estava cuidando dela, fora uma ideia de sua prima Ino, e o senhor e a senhora Yamanaka – pais de Ino –, concordaram. Então Sakura fazia as refeições lá e de vez em quando dormia também, mas só havia a cama de Ino e as duas dormindo apertadas, resultava em noites mal dormidas e péssimo rendimento escolar. Então Sakura só dormia lá nas sextas e nos sábados. Já se faziam duas semanas que seus pais tinham viajado, mais duas e eles estariam de volta.

Sakura ficou nervosa ao ver Sasuke sair do banheiro apenas com uma toalha amarrada na cintura, suas roupas estavam na máquina, para que fossem limpas do sangue e sujeira. E apesar de ser tão jovem e não muito forte, ele era muito bonito.

— Sente-se aqui para eu poder cuidar dos seus ferimentos – ela se forçou a desviar a atenção e apontou para o sofá em que ele estivera sentado antes.

Assim que ele se sentou Sakura foi por trás dele, para cuidar de suas costas. Gentilmente passava uma pomada que em primeiro momento ardia, mas depois aliviava, assim ela ouvia os grunhidos de dor que saiam dele. Logo sentou novamente no banquinho de frente para ele para cuidar do peito e do tórax.

Sasuke, que de vez em quando soltava um gemido mais alto, apenas observava o ser a sua frente completamente concentrada no seu afazer de cuidar dele. Sakura sentia a intensidade do olhar de Sasuke em si e percebeu que estava começando a ficar envergonhada.

— O que foi que tanto olha para mim? – Ela perguntou nervosa sem olhar em seus olhos.

— Obrigado por cuidar de mim – ele disse agradecido.

Ela novamente ficou surpresa demais para dizer qualquer coisa, afinal, ouvir desculpa e obrigado pelos lábios de Sasuke Uchiha no mesmo dia, era demais para qualquer um.

— Devem ter batido muito forte em sua cabeça – ela falou enquanto preparava uma pomada diferente para passar em seu rosto.

— Por que diz isso? – Ele perguntou curioso e um pouco confuso.

— Sasuke! – Ela exclamou. – Você está dizendo desculpa e obrigado. Você nunca faz isso. Pelo menos, não comigo.

Ele se sentiu culpado no mesmo instante. Realmente, nunca a tratara muito bem. E enquanto ela passava calmamente a pomada em seu rosto, Sasuke repassou todos os momentos em que esteve com ela. Sakura era doce, delicada e bem sociável, era popular no colégio justamente por esse motivo, não despertava inveja e ódio em ninguém, super comunicativa e bem gentil, encantava a todos, mesmos as mais “nojentinhas” da escola, mas era por tudo isso que Sasuke a detestava, por isso e por ela nunca se quer ter reparado nele como garoto. Mas no fundo ele não a detestava realmente, ele a admirava.

Sakura antes, além de estudar, trabalhava em um restaurante em outra cidade e justamente por ser longe de sua casa ela teve que se demitir, então quando soube que sua mãe estava atrás de uma babá para cuidar do pequeno Shisui, ela se ofereceu para o cargo e sua mãe se encantara por ela. Sasuke se viu cada vez mais admirado por Sakura, até que essa admiração passou para carinho e de carinho para amor. Sasuke se viu muito surpreso consigo próprio quando se deu conta disso e como sempre a tratara mal, nunca tivera esperanças de que ela pudesse gostar de si. Mas havia uma esperança. Ela nunca tinha sido rude com ele e ele gostava quando ela sorria de seu “jeitão todo grosso” como ela mesma dizia.

Que tal se ele fosse sincero com ela pelo menos uma vez? Não lhe custava nada. Então Sasuke tomou uma decisão. Iria revelar a ela o verdadeiro motivo pelo qual tinha decidido brigar com Sasori.

— Você – ele começou lentamente. – Mais cedo... Você me perguntou se... Meus motivos valiam a pena... E sim – ele olhou profundamente nos olhos verdes dela. – Valeram a pena.

— Então – ela já tinha terminado de passar a pomada no rosto dele. Ela virou de costas guardando as pomadas e as gazes de volta no kit de primeiros socorros. – Então você gosta mesmo da Karin?

— Não. – Ele negou veemente. – O motivo para eu ter brigado com o Sasori não foi a Karin. – Ela se voltou para ele surpresa. – Foi você – ele declarou finalmente.

— Eu? – Mas ela ficou ainda mais surpresa com a resposta. – Como assim eu?

— O Sasori estava falando de você – ela arregalou os olhos. – Que você iria ser a próxima conquista dele, que ia ser fácil fazer você comer na mão dele e depois a descartaria como fez com todas as outras – ele falou num fôlego só. – Eu fiquei com muita raiva, porque você não merece isso.

— Sasuke – ela piscou os olhos tentando afastar as lágrimas de gratidão que queriam cair e lhe sorriu. – Obrigado por ter me defendido, mas não precisava. Eu nunca iria ficar com um cara como o Sasori.

— Eu sei, mas – ela ficou nervoso. – Mas ele me deixou com tanta raiva. Principalmente porque...

— Principalmente por quê? – Ela o incentivou a continuar. – O que ia dizer?

— Principalmente porque eu gosto de você – ele se declarou finalmente. Ela tornou a arregalar os olhos surpresa. – Eu sei que não parece, mas eu gosto mesmo de você – ele a olhou colocar as mãos na boca surpresa e se atirar em seus braços. Sasuke a acomodou da maneira que pode e inspirou seu cheiro. Era acolhedor.

— Eu pensei que você nunca iria retribuir meus sentimentos – ela disse abrindo um sorriso para ele. – Mas e a Karin? – Ela perguntou visivelmente confusa.

— A Karin não me interessa, ela está de rolo com o Suigetsu, eu só fiquei com ela pra fazer ciúmes nele – Sasuke confessou. – Desde quando gosta de mim? – Ele perguntou esperançoso.

— Sei lá, só sei que de repente eu percebi que gostava de você – ela confessou corada. – Não sei se é esse seu jeito marrento e todo caladão, mas eu sei que mesmo você sendo assim, você se importa muito com sua família e seus amigos.

— Esse meu “jeitão” não te assusta? – Ele aproximou o rosto para perto do dela.

— Não. – Ela negou e deixou ser abraçada mais forte por ele. – Porque se não fosse assim, não seria você: o Sasuke por quem me apaixonei – e passou os braços em volta do pescoço dele.

— Será que esse Sasuke pode beijá-la? – Ele perguntou tentando ser sedutor próximo dos lábios dela.

— Pode – ela balançou a cabeça em concordância.

E foi o que Sasuke fez: a beijou. Delicadamente e aproveitando o sabor dos lábios um do outro. Nem acreditavam que estavam um nos braços do outro. O beijo era delicado, apenas um conhecimento de lábios, mas tudo o que era bom, durava pouco. Sakura mordiscou os lábios dele o que fez o Uchiha ofegar, mas não fora de prazer.

— Desculpa – ela pediu afoita. Sasuke ficou com raiva por Sasori ter machucado sua boca e agora não poder aproveitar melhor o beijo da garota que gostava.

Sakura tratou de afastá-lo.

— Não! – Ele reclamou.

— Sim! – Ela o contrariou. – Temos aula amanhã cedo e ainda não cuidei dos ferimentos do seu rosto, seus lábios são a prova. E você ainda está só de toalha no meio da minha sala, senhor Uchiha – ela o provocou.

Ao que Sasuke teve que concordar com ela. Então depois de todos os ferimentos estarem cuidados e enfaixados, ele não teve outra escolha a nãos ser usar uma camiseta e uma calça moletom do pai dela. E por mais que tivesse insistido em dormir na mesma cama que a mesma, Sakura negou veemente e o fez dormir o resto da noite no sofá de sua casa.

Mas acordar com ela o balançando gentilmente fora gratificante.

— Sasuke – ela falava baixinho. – Sasuke acorda – ela o balançava.

Ele circulou a cintura dela e a puxou para cima de si, fazendo-a se deitar em seu peito e a beijou apaixonadamente.

— Bom dia – ela o desejou risonha e olhos brilhando.

— Bom dia – ele retribuiu.

— Pelo jeito seus lábios já estão melhores – ela apontou.

— Digamos que eles tiveram um bom incentivo para isso – Sasuke bocejou. Não iria confessar que sua boca ainda doía de maneira nenhuma.

— É tão estranho te ver tão comunicativo e nada grosseiro – ela comentou.

— Por quê? Sente falta? – Ele ironizou.

— De jeito nenhum – ela negou e deu um selinho nele antes de se levantar. – Eu imaginei que não iria pra escola estando assim, então não o acordei mais cedo. Estou indo antes que minha prima venha aqui e aí você já viu né? Se quiser comer alguma coisa eu preparei um café da manhã, está em cima da mesa da cozinha. E suas roupas já estão secas – ela o informou e apontou para o banquinho.

— Obrigado – ele se levantou e a abraçou, dando um beijinho em seu pescoço. – Está cheirosa – ele constatou inalando seu perfume.

— Eu tomei banho – ela disse óbvia.

— E eu perdi essa cena? Você deve ser tão linda nua como é vestida – ele a provocou.

— Sasuke – ela deu um tapa no braço dele levemente corada e Sasuke grunhiu.

— Sakura, meu braço ainda está doendo por causa da briga de ontem – ele reclamou.

— Ninguém mandou você ser pervertido – ela replicou. – Aliás, eu não sabia desse seu lado.

— Tem muitas coisas que você não sabe sobre mim senhorita Haruno – ele tornou a abraçá-la e a beijou. – Boa aula – ele desejou ao soltá-la.

— Acho que posso me acostumar com toda essa sua boa educação – ela o beijou mais uma vez e pegou sua mochila. – Tchau! Tranca a porta quando sair, a chave está em cima da mesa da cozinha e me devolve quando eu for pra sua casa mais tarde.

— Tudo bem – ele concordou simplesmente.

Quem diria que o amor pudesse mudar as pessoas. Sasuke definitivamente estava de bom humor aquela manhã e não deixaria ninguém estragar isso.

Os próximos dias namorando Sakura Haruno foram maravilhosos. Muitos ficaram surpresos com o namoro repentino, inclusive seus amigos, mas a maioria ficou feliz pelo casal, principalmente sua mãe que sempre que podia dizia: “Eu bem sabia que essa implicância toda não era por nada”. Já Sasori não, ele tentou brigar com o Uchiha no meio do pátio da escola, o qual não deu muito certo. A diretora pegara-o no flagra e deu-lhe suspensão.

Sasuke e Sakura não ligaram para o boatos ruins que espalhavam aos quatro cantos do colégio, principalmente para as fãs do Uchiha nada felizes pelo namoro do casal, mas davam um jeito de driblar qualquer problema que aparecesse. Eles estavam felizes e era isso que importava.

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— Sasuke – ela meio gemeu e meio reclamou.

—Hum? – Sasuke se limitou a resmungar ainda beijando o pescoço de sua namorada.

— Isso não é estudar – ela reclamou, mas a voz estava falha.

Sasuke deixou o pescoço dela e rumou para a orelha. – Eu sei. – Ele concordou e logo após mordiscou a orelha dela.

— Pode parar – ela tentou o afastar, mas na posição em que se encontravam não conseguiu, Sasuke soubera como enrolá-la direitinho.

Estavam na casa dele, aproveitaram para estudar enquanto o pequeno Shisui estava tirando sua soneca diária da tarde. Se encontravam sentados no tapete da sala, com Sakura entre as pernas do namorado. Sasuke aproveitara para abraçá-la e a prendera desse modo. E enquanto ela tentava ler e resolver os exercícios, Sasuke achara melhor acariciar a namorada. Para ele, isso era muito melhor do que estudar.

— Pode parar o quê? – Ele se fez de inocente.

— Sasuke Uchiha – ela rosnou.

— Sakura Haruno – ele devolveu ironicamente.

Sakura ainda tentava se soltar dele quando se embaralhou toda e caiu por cima de Sasuke. Já o Uchiha se aproveitou disso e rolou seus corpos de modo a ficar por cima dela. Ele a prendeu firmemente com o corpo e a atacou. Com uma mão segurando os braços dela e a outra acariciando a curva da cintura a beijou apaixonadamente.

Pensava consigo mesmo que adorava o sabor dos lábios dela. Ele sentiu quando ela retribuiu imediatamente e soltou os braços dela, deixando-a acariciar seu coro cabeludo, sabia que por mais que ela reclamasse de todo esse seu agarramento em horas indevidas, ela adorava.

Então quando eles se separaram, ela estava vermelha e ofegante, mas Sasuke não se encontrava muito diferente e como não queria que ele visse seu rosto em chamas, rumou sua boca para o pescoço dela novamente e distribuiu beijinhos por ali. Também adorava o perfume dela.

— Sakura! – Shisui vinha descendo as escadas rapidamente quando a chamou. – Eca! – Ele parou e fez careta quando viu o casal ali. – Eu vou contar pra mamãe que quando eu durmo vocês ficam fazendo essas coisas nojentas – ele ameaçou.

Sasuke não gostou quando Sakura o empurrou imediatamente e se levantou apressada, mas tratou de imitá-la e também se levantou. Ajudou-a á arrumar as coisas, sua mãe estava perto de chegar.

— Quer comer bolo Shisui? – Saskura perguntou gentilmente.

— Oba! – Ele exclamou batendo palmas e o assunto da “coisa nojenta” estava esquecido.

— Que feio, senhorita Haruno – Sasuke a provocou quando Shisui pegara o pedaço de bolo e fora para a sala assistir televisão. – Comprando criancinhas indefesas com bolo para que não conte seus segredos sujos.

— Meus segredos sujos? – Ela cruzou os braços e fez um bico que ele adorava e ao mesmo tempo achava cômico.

— Sim – Sasuke continuou e deu aquele sorrisinho de lado que sabia que ela achava irritante. – Que a senhorita me agarra por aí e não me deixa estudar devidamente. Depois me perguntam como é que eu vou mal na escola – Sasuke fez uma careta de reprovação na brincadeira, adorava ver a namorada irritada, mas adorava ainda mais quando ela replicava suas brincadeiras, ela era boa de lábia e o respondia a altura.

— Ah, senhor Uchiha, se o problema sou eu, então não devemos mais nos ver com tanta frequência, assim quem sabe o senhor não se concentra mais? – Ela devolveu a brincadeira.

Sasuke a encurralou entre a parede e o armário da cozinha, a abraçou pela cintura e falou próximo de seu ouvido antes de beijá-la.

— Nem brinca com isso sakura – ele pediu.

— Tudo bem – ela concordou depois de separarem. – Mas você tem que levar seus estudos mais a sério – ela o alertou.

— Prometo que vou tentar – ele revirou os olhos e tornou a beijá-la.

— Meus lábios nunca vão voltar ao normal assim – ela murmurou entre beijos. Ela se referia ao inchaço provocado, Sasuke adorava mordicá-los.

— Mas já estão nisso de novo? – Shisui reclamou ao entrar na cozinha para deixar a bacia cheia de farelos na pia. – Eca! – Ele falou e retornou para a sala.

Sasuke e Sakura sorriram cúmplices e se beijaram mais uma última vez antes de irem para a sala fazer companhia para o mais novo. Ele estava assistindo a uma animação da Disney e os dois o acompanharam. Ficaram abraçadinhos e de vez em quando um beijo ou outro era roubado quando o mais novo não estava prestando atenção.

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Notas finais do capítulo

Bem, é isso, espero q tenham gostado dessa One.
Beijos ♥♥♥



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