Libertinamente Marotos - HIATUS escrita por Lady Anna


Capítulo 12
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

Hey galerinha! Esse cap demorou 2 semanas a sair porque eu tive uma semana horrível (semana passada) e fiquei bloqueada por 2 FUCKING SEMANAS. Enfim, após muito café com leite, rock dos anos 70/80/90 e episódios de Criminal Minds, o capítulo saiu!
Espero que gostem!
Beijos, Anna.



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"O desespero ganha muitas vezes batalhas."-Voltaire

—Posso falar com Sua Graça? –Marlene sentiu um arrepio percorrer o seu corpo diante do olhar vitorioso que a Srta. Black lhe lançava enquanto falava com a duquesa de Secorfly.

—Claro, Bellatrix.

Assim que Marlene começou a sair para dar privacidade a elas, escutou a voz fria e arrastada da Srta. Black:

—Fique McKinnon. O assunto tem a ver com você.

Mais uma vez, Marlene sentiu o arrepio percorrer seu corpo e uma sensação ruim atingi-la, mas tentou ignorar e sorrir para a mulher a sua frente:

—Claro, milady.

—Pois bem. -A duquesa se dirigiu ao grande sofá e sentou-se, esparramando as volumosas saias pretas ao redor de si. Black, o sobrenome fazia total sentido naquela momento. –Diga-me o que está acontecendo.

A cada palavra que saia da boca da Srta. Black, Marlene sentia o desespero corroê-la um pouco mais. Aquela lady, de alguma forma, descobrira sobre o seu passado e, nesse momento, contava tudo para a duquesa que mantinha uma expressão indecifrável.

—Sua Graça é uma mulher sensata, garanto que não deixará o legado dos Black’s ser manchado por uma bastarda. –Finalizou com um sorriso cruel no rosto.

—Obrigada, Bellatrix. Me espere na sua carruagem, por favor. Antes de ir preciso falar com...ela. –O olhar da velha mulher faiscava em reprovação.

—Sua Graça, eu...

—Não diga que se arrepende ou que sente muito, pois eu sei que é mentira. Eu não quero ouvir sua explicações senhor... você nem ao menos pode ser chamada de senhorita! É uma maldita bastarda! –Os olhos da mulher faiscavam de ódio. -Meu marido teve muitas amantes e, suponho, alguns filhos ilegítimos, mas nunca trouxe nada disso para nossa casa, mas o Sirius trouxe você! Eu até deixei me enganar por esse rostinho bonito e essa educação perfeita, mas você é uma imunda amante assim como a sua mãe!

—Não...Sua Graça...eu não...-A pobre garota não conseguia nem falar tamanho era o seu desespero.

—Não tente me enganar, vagabunda. Eu te vi aos beijos na biblioteca com o Sirius, apenas não disse nada porque queria conversar com ele primeiro. Mas, diante dos últimos acontecimentos, eu quero que você suma da minha casa imediatamente!

—Não! -Marlene praticamente implorava. –Por favor, eu não tenho pra onde ir!

—E quem disse que isso é problema meu? –A duquesa arqueou uma sobrancelha em desafio. – Eu não permitirei que Sirius suje o nosso nome se envolvendo com uma bastarda.

A duquesa de Secorfly lançou lhe um último olhar de desprezo antes de dizer:

—Quando eu voltar do baile, não quero vê-la em minha casa. E nem pense em se aproximar do Sirius, ele ficará muito melhor sem você.

Marlene subiu para o seu quarto e começou a guardar suas poucas coisas em uma pequena mala. Chorando, constatou que seu pequeno conto de fadas acabara antes mesmo de começar.

—x-

[Baile dos Black’s]

Dorcas retorcia as mãos impacientemente na frente do vestido enquanto mantinha o olhar desfocado. Sua boca estava seca e o nervosismo se impregnava em cada célula do seu corpo. Quando alguém tocou de leve seu ombro, ela assustou-se a ponto de dar um pequeno grito.

—Ei, calma. –Remus afagou seu ombro, cumprimentando com a cabeça algumas pessoas que os fitavam, curiosos. –Está tudo bem? Quer beber alguma coisa?

—Não, eu...só estou nervosa. Só isso. –O sorriso dela era completamente constrangido. –Podemos fazer o anúncio agora? Eu queria ir para a casa mais cedo.

—Claro. –Ele sorriu-lhe e subiu no grande palco onde a cantora de ópera se apresentava.

Dorcas não conseguiu capturar uma só palavra do que Remus disse. Ela não percebeu o momento em que seu pai subiu naquele palco e propôs o brinde aos noivos e nem escutou ele chamando-a. Só conseguiu obrigar seus pés a se moverem depois de receber um leve empurrão em suas costas. Levemente teve consciência que Remus a levava para a pista de dança para a primeira valsa dos noivos, mas ela não notava os próprios movimentos e não sabia dizer quantas vezes pisara nos pés de Remus.

—Desculpe-me. –Pediu, constrangida, ao notar que ele mancava um pouco.

—Sem problemas. –Ele sorriu. –Vou levá-la até a carruagem.

A garota percebeu que o plano de ir embora não daria certo ao notar o grande número de pessoas em volta dela e de Remus querendo parabenizá-los. Por fim, depois de receber sorriso e abraços forçados, eles conseguiram deslocar-se até onde Lily estava. Queria conversar com ela e com Marlene, mas não vira a morena em nenhum momento da noite.

—Parabéns, Dorcas! Espero que você seja muito feliz!–Lily deu-lhe um abraço apertado antes de falar com Remus: –Cuide direito da minha amiga, Sr. Lupin. Se não...

Remus a olhou divertido enquanto ela apertava os olhos e crispava os olhos em uma expressão brava.

—Eu cuidarei bem dela, Srta. Evans. Pode ficar tranquila.

Dorcas sorriu para ele, provavelmente o primeiro sorriso verdadeiro naquela noite. Agora que o noivado deles já estava anunciado, ela se acalmara um pouco sem o peso do escândalo sobre seus ombros, afinal não era possível que algum daqueles convidados soubesse o verdadeiro motivo do casamento e contasse para toda a sociedade.

—x-

—Não acredito nisso! –Sirius riu alto, chamando a atenção de várias pessoas em volta deles. –Ela realmente disse que nunca se casaria com você?

—“Nem que minha última opção” foram as palavras exatas. –Ao ouvir a gargalhada do amigo, James se arrependeu de lhe contar aquilo. Algumas pessoas os olhavam com evidente desaprovação. –Dá pra ser mais discreto, Sirius? Não preciso que todos aqui saibam da minha...hum...

—Rejeição? Humilhação?  –Sirius tentou, falhamente, conter a risada ao ouvir o amigo bufar. –Certo, me desculpe. Vamos analisar a situação seriamente. É só que...

E ele voltou a rir escandalosamente alto. O Potter encolheu os ombros diante de todos os olhares recebidos. Sempre tentara ser o mais discreto e adequado possível, o que era impossível estando perto de Sirius. Tinha certeza que se o Black não fosse o atual duque de Secorfly e não possuísse o sangue mais azul de toda a Inglaterra, a sociedade já o teria exilado.

—Tá bom. Eu não vou rir mais. –Sirius suspirou alto e mordeu o lábio inferior para prender a risada, o que atraiu olhares de várias debutantes, as quais ele ignorou. –O que você vai fazer agora?

Refletiu antes de responder. Desde o dia em que ela lhe disse que nunca se casaria com ele, sendo que James nem cogitara a possibilidade disso, seus pensamentos voltavam-se para ela constantemente. A Srta. Evans agia de forma diferente dos padrões sociais e não se importava com o que os outros pensariam sobre isso. Era admirável, ao menos nos momentos em que ela não estava implicando com ele. Certamente, ela escolhera aquelas palavras de propósito, apenas para irritá-lo. Por isso, James decidiu que também a deixaria irritada sempre que possível. Obviamente, não era uma atitude muito adulta, mas não se importava com isso. Aliás, não se importava com quase nada estando perto de Lily Evans.

—Vou implicar com ela até que ela desista de implicar comigo.

—Essa é uma péssima técnica para fazê-la se apaixonar.

—Eu não quero que ela se apaixone, Black. –James apertou os olhos ameaçadoramente.

—Me diga isso depois que vocês estiverem casados, Potter. –Sirius ergueu a sobrancelha, sarcástico.

James o ignorou e observou o salão ricamente decorado em tons de verde e prateado a procura de Remus. Encontrou-o perto da mesa de bebidas junto com a futura Sra. Lupin e com a Srta. Evans. Sorrindo, dirigiu-se até lá. Parabenizaria o amigo e irritaria a Srta. Evans, tudo de uma vez só.

—x-

Remus observou, divertido, a carranca e os braços cruzados da Srta. Evans ao notar que James se aproximava. Pelo que o Potter lhe contara no clube, a garota se negara a casar com ele, o que, segundo James, era uma afronta já que ele não fizera nenhum pedido.

—Boa noite, Remus. Senhoritas, estão encantadoras, como sempre. –Remus notou o pequeno sorriso de lado de James ao cumprimentá-los, mantendo o olhar fixo na Srta. Evans.

—Boa noite a todos. –Sirius abriu um sorriso divertindo, olhando de James para a Srta. Evans.

Aquilo não era um bom sinal, quando Sirius e James sorriam daquela forma ficava claro que eles aprontariam alguma coisa.

—Me daria a honra dessa dança? –James observou os olhos verdes da garota faiscarem de raiva em sua direção.

—Não.

—Tudo bem, Srta. Evans. Sem problemas. Posso ficar aqui e lhe fazer companhia durante essa valsa. –James suprimiu a risada ao ouvir a Srta. Evans bufar, irritada.

James a olhava com os braços cruzados e um sorriso contido no rosto. Ao perceber isso, ela simplesmente bufou de novo.

—Perdeu alguma coisa no meu ros... –Dorcas deu uma cotovelada nas costelas de Lily, que soltou uma baixo “Ai!”. Remus observou a noiva lançar um olhar exasperado para a garota. –Digo, precisa de algo?

—Não, estou ótimo aqui. E a senhorita? Precisa de alguma coisa?

—Que você saia daqui.

Sirius, que até aquele momento segurava a risada, explodiu em gargalhadas.

—A senhorita é, com certeza, a minha pessoa preferida nesse baile! –Sentenciou. –Me daria a honra dessa dança? Eu não me importo nenhum um pouco se você pisar no meu pé, contanto que me conte do seu último encontro com James.

Ao contrário do que Remus imaginou, a Srta. Evans não aproveitou a oportunidade para implicar com James, apenas enrubesceu e olhou para o Potter interrogativamente. O conde, que ainda estava rubro e tossia levemente, apenas ignorou o olhar dela e fitou o chão.

Remus sentiu um cutucão nas costelas e ao olhar para Dorcas, percebeu que ela o olhava em expectativa, esperando que ele fizesse algo. Ótimo, Sirius. Que clima agradável!

  –Hum...er... –Remus sentiu-se enrubescer ao notar que, agora, todos o fitavam. –Eu...

Ele foi salvo de dizer alguma coisa por uma voz suave:

—Sua Graça, que bom que o encontrei.

Ele virou-se para observar a mulher, aliviado pela situação constrangedora ter passado. Porém, ao vê-la, teve certeza que era verdade quando diziam que nada estava tão ruim que não pudesse piorar.

—x-

Sirius fechou os olhos fortemente ao ouvir a voz de Bellatrix. Ela somente usava aquela voz suave e quase infantil quando fazia algo verdadeiramente ruim.

—O que você quer, Bellatrix? –Respondeu, impaciente.

—Que má educação, Sirius! –Ela levantou uma sobrancelha. –Nenhum “boa noite, Srta. Black. Como vai? Está deslumbrante essa noite”?

Ele apenas revirou os olhos.

—Se não se importa, eu e a Srta. Evans vamos dançar. Como eu não tenho nada para falar com v...

—Ah, mas eu tenho algo para falar com Sua Graça. –Ela dizia cada palavra com imensa satisfação. –Porém, se não estiver interessado, sem problemas. Será uma pena para a Srta. McKinnon.

Sirius arregalou os olhos e sentiu os pelos de seu corpo se eriçarem.

—O que aconteceu com Marlene? Digo...com a Srta. McKinnon, o que aconteceu com ela?

—Antes eu preciso te contar uma historinha. Lembro que você adorava os contos de fadas quando era criança. –Bellatrix abriu um sorriso venenoso. –Era uma vez uma garotinha de cabelos negros e olhos azuis que vivia feliz em uma casa de campo...

—O que você fez com ela? –Exigiu Sirius.

—Não quer ouvir a história, Lorde Black? –Ela perguntou inocentemente, mas seus olhos brilhavam de malícia. –É a mesma história que a duquesa ouviu hoje mais cedo.

—O que você disse a minha mãe? Ela não pode demitir a Marle...Srta. McKinnon.

—Apenas contei uma história para ela. Totalmente verdadeira, eu garanto. Só estou preocupada com Marlene sozinha, à noite, nas ruas de Londres...

—Sua... –Sirius apertou o braço de Bellatrix. –Onde ela está? Me diz agora ou..

—Solta ela, Sirius. –James interviu, segurando o amigo pelo braço. –Se chamar a atenção vai ser bem pior.

—Ouça seu amiguinho, querido. –Disse Bellatrix, divertida. –Eu posso te dizer onde ela está, mas quero algo em troca.

—O quê?

—Um anel nesse dedo aqui. –Ela apontou para o próprio anelar direito. –Anuncie nosso noivado agora e eu lhe conto onde ela está, senão, bem, Londres é muito grande e até você a encontrar pode ter acontecido algo com ela.

—Eu jamais me casaria com você. –Cuspiu Sirius.

—Pense bem, Sua Graça. Eu só quero um casamento de conveniência, você pode ter Marlene como sua amante. Eu ganho o título, você ganha a Marlene, ela ganha sua proteção. Todos ganham. –Ela esperava a resposta, mas desistiu ao perceber o estado de choque de Sirius. –Pense enquanto eu aguardo no jardim.

Eles estavam tão preocupados que ninguém, além de James Potter, percebeu que Lily Evans saia do salão em disparada atrás de Bellatrix Black.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero que me contem nos comentários rsrs
Um pequeno spoiler do próximo capítulo para aguçar a curiosidade de vocês: a próxima cena James/Llily/Bellatrix é super importante para o desenvolvimento de Jily (sim, eu vou deixar vocês curiosos haha)
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Enfim, comentem (adoro interagir com vocês)
Beijooos, Anna.



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