Libertinamente Marotos - HIATUS escrita por Lady Anna


Capítulo 10
Capítulo IX


Notas iniciais do capítulo

Hello, my babies!
Aaaaaa eu estou surtando! 28 ACOMPANHAMENTOS! 28 fuck*** acompanhamentos!!! Vocês são demais! Queria agradecer a todos vocês que tiram um tempinho para ler essa coisinha que saiu do fundo da minha cachola e que está acompanhando (inclusive, é legal vocês deixarem visível para dar uma divulgada na fic kkkkk). Além disso, queria agradecer as leitoras maravilhosas que comentaram (vocês fazem meus dias mais felizes girls!) e as que favoritaram (como eu disse, EU SURTEI)!
Enfim, AS NOTAS FINAIS SÃO EXTREMAMENTE IMPORTANTES, então não deixem de lê-las.
Ademais, boa leitura! *-*
Obs.: A música desse capítulo é incrível e eu recomendo que vocês a escutem. Paralamas é vida ♥



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“Se eu queria enlouquecer; Esse é o romance ideal” –Romance Ideal, Paralamas do Sucesso

Sirius ajeitou a gravata do elegante terno noturno e olhou-se mais uma vez no espelho antes de sair de seu quarto em direção à grande sala da mansão Black. Mais cedo, ele escutara burburinhos de conversas no andar inferior, o que indicava que sua prima, Bellatrix, e seus tios já haviam chegado.

Ao chegar à sala de jantar, Sirius percebeu que todos já estavam na mesa, apenas a sua espera. O lugar a cabeceira, destinado a ele, estava vazio e a direita estava sua mãe e a esquerda Bellatrix. Ela lhe lançou um olhar frio e avaliador, provavelmente estava furiosa por ter de esperar por algo, afinal aquela garota sempre teve tudo que queria na hora que queria.

—Estão me esperando? –Sirius esboçou um sorriso de lado ao ver a fúria mal contida no rosto de sua mãe e o claro desagrado de Bellatrix.

—Sim, estávamos esperando você. –A duquesa crispou os lábios. –Sente-se logo, Sirius.

—Lamento informá-los. –O moreno arrumou teatralmente a gravata. –Mas eu já tenho um compromisso importantíssimo essa noite.

Ele observou satisfatoriamente a expressão incrédula dos convidados e o olhar mortal que sua mãe lhe lançava.

—Não ouse fazer isso, Órion! –Sua mãe estava o mais próximo que um ser humano chegaria de cuspir fogo. –Você não pode simplesmente sair assim!

Em resposta ele apenas levantou uma sobrancelha ironicamente e se dirigiu até a porta da mansão. Porém, antes que ele pudesse sair, Bellatrix disse algo que arrepiou os cabelos da sua nuca:

—Você se arrependerá, Sua Graça. Ninguém humilha a mim e a minha família e sai são e salvo. E quando eu atingi-lo, você nem saberá o que te acertou.

—×-

James acenou para o crupiê da mesa dar-lhe mais uma carta e suspirou ao perceber que ultrapassara 21 pontos. Após ver grande parte das suas fichas sendo levadas por um lorde de aproximados 60 anos que lhe sorria com escárnio, ele se levantou e se dirigiu à uma mesa no fundo do clube.

Desde que cometera o erro de beijar aquela garota, James não conseguira ir até a residência Evans e se desculpar. Isso era o correto a se fazer, mas ele não conseguia se arrepender do beijo. Estranhamente, o jovem ficará fascinado por aquele espírito livre e diferente da garota. Se ela não tivesse boa família, James provavelmente já teria a transformado em sua amante, mas como isso estava fora de questão, a melhor opção era se afastar.

Afinal, James Charlus Potter, o respeitadíssimo conde de Rynnor, jamais se casaria com alguém como Lily Evans.

—×-

Remus cumprimentou alguns amigos e conhecidos enquanto se dirigia até o bar do clube e bebia de uma vez o whisky em seu copo. Talvez a bebida o ajudasse a pensar com mais clareza. Ou não. Droga! Nada tirava o rosto apavorado de Dorcas da cabeça dele. Aquela tarde com certeza havia sido um desastre.

Flashback on:

“O passeio no parque fora uma das melhores ideias que Remus já teve. Além da Srta. Meadowes adorar a flor que Remus, categoricamente, escolheu, o relacionamento deles evoluíra com uma boa dose de conversa ao ponto deles se tornarem quase amigos. Agora, na sala da mansão Meadowes, eles se despediram sob o olhar atento da marquesa de

—Obrigada pelo passeio. –Ela sorriu-lhe gentilmente.

—Não precisa agradecer. –Remus lançou lhe seu melhor sorriso. –Quem sabe posso acompanhá-la no baile dos Black’s?

Ele viu, com satisfação, as bochechas dela corarem e um singelo sorriso aparecer em seu rosto.

 –Ah, com certeza você vai acompanhá-la nesse baile, rapaz. –Antes mesmo que Dorcas pudesse dizer algo pela petulância do pai, o marquês continuou: –Vamos ao meu escritório, temos negócio a resolver.

Pela expressão zangada do homem, Remus logo percebeu que algo estava errado.

—Pai, o que aconteceu? –A Srta. Meadowes estava tão confusa quanto ele.

—Não se faça de desentendida comigo, Dorcas! – O marquês esbravejou. –Como você pôde? Depois de tudo que eu fiz pela sua reputação!

—Papai, eu estava em um passeio com o Sr. Lupin e mamãe estava nos acompanhando. Não há nada de errado... –Porém, antes que Dorcas terminasse a frase, Remus a viu arregalar os olhos e ficar pálida. –Ah não...

A mente de Remus começou a trabalhar a todo vapor, procurando algum momento que pudesse manchar a reputação da Srta. Meadowes, mas antes que ele pudesse chegar a alguma conclusão sentiu algo sendo arremessado em sua direção. Por reflexo agarrou o que ele percebeu ser um paletó antes que o atingisse.

Sua boca ficou seca ao perceber o que aquela peça de roupa dele, encontrada na mansão Meadowes, significava. Àquela altura, todos achavam que ele corrompera Dorcas e que aquela peça de roupa era a prova clara do crime deles.

—Pai, não é isso que você está pensando. –Remus enxergou o desespero puro no rosto de Dorcas. –É um mal entendido! Na noite do baile dos Longbotton's...

—Então foi quando vocês fizeram... –O marquês não conseguiu terminar a frase e inspirou profundamente antes de se dirigir a Remus. –É melhor você anunciar o noivado no baile dos Black's, se não serei obrigado a chamá-lo para um duelo.

—Ah não. –Dorcas choramingou baixo antes de colocar as duas mãos no rosto.

Remus raciocinava rapidamente. Ele poderia explicar a situação ao marquês de Salluf, ou ao menos tentar, mas duvidava que alguém acreditasse na história deles. Ele lançou um olhar à marquesa que cobria o sorriso discreto dos lábios com uma das mãos e, por mais que a situação fosse improvável, ele não conseguia julgá-la por estar feliz pela chance de matrimônio da filha. Não precisava olhar para o marquês para saber que ele estava realmente furioso, as lufadas de ar que ele soltava impaciente eram o suficiente. Por fim ao olhar para a Srta. Meadowes e vê-la chorando com a cabeça baixa, Remus decidiu-se:

—Eu anunciarei o noivado no baile, o senhor tem a minha palavra. –Ele escutou o grito baixo do fundo da garganta e ignorou quando ela pediu-o para não fazer aquilo. –Vamos ao escritório.

—Eu te odeio! –Remus apenas fechou os olhos ao ouvir o grito estridente da garota e escutar os passos de alguém subindo rapidamente as escadas.

—Eu falarei com ela, Sr. Lupin. –A marquesa lhe lançou um sorriso amarelo. –Aceita um chá?

—Não, obrigado.

Mesmo que ele quisesse não conseguiria beber nada, sentia sua garganta se fechar toda vez que o grito de Srta. Meadowes reverberava em sua cabeça. Ele sabia desde o início que seu casamento seria apenas por conveniência e negócios, mas ao sentar naquele escritório decidir questões financeiras enquanto ouvia os soluços baixos de Dorcas, a qual ele agora podia chamar assim, embrulhou lhe o estômago e o fez sentir-se sujo.

Flashback off

Remus esfregou o rosto tentando, inutilmente, afastar aqueles pensamentos. Antes do anúncio do noivado, ele teria de conversar com Dorcas e fazê-la enxergar que eles não tinham escolha, mas pela reação dela na última vez a vira, aquela não seria um conversa nada fácil.

Ao perceber que Sirius entrara no clube e se sentara na mesma mesa que James, Remus se dirigiu até eles tentando ignorar todas as preocupações que o assolavam.

—...E então, eu saí antes que minha mãe tentasse jogar a mesa de jantar em mim! –Sirius finalizou alegremente, mas foi completamente ignorado por James que olhava fixamente para o copo a sua frente.

—Desista, Sirius. –Remus disse ao se sentar. –James está distraído desde que chegou.

—Distraído? Isso é um grande eufemismo. –Sirius revirou os olhos ao notar que o amigo nem ao menos respondera, mas abriu um sorriso malicioso ao se voltar para Remus. –Ele deveria seguir os seus passos e pedir a mão dela em casamento logo.

O Potter olhou alarmado para o moreno, o qual se divertiu ainda mais com a reação que provocara.

—Percebe, Remus? Basta falar nela que ele logo...

—Isso não tem nada a ver com a Srta. Evans. –James disse encabulado.

—Eu não disse nomes, Potter.

Touché. –Remus considerava aquela situação inusitada e muito, muito engraçada. –Parece que você está certo, Black. O Potter está mesmo pensando em alguém.

—Oh, ele não te contou? –Sirius levou a mão ao peito teatralmente ao se dirigir a James. –Não acredito que você não contou a ele, James!

James revirou os olhos antes de responder o amigo:

—Eu não conversei com Remus desde...

—Ele beijou Lily Evans! –Sirius disse rapidamente com um sorriso malicioso no rosto.

—...E por isso não contei. –James parecia levemente irritado. –Não é algo que eu gostaria de comentar em uma carta, sabe.

—Ah não. –Remus resolveu se juntar a Sirius no que ele mais gostava de fazer: provocar James. –Isso é algo que você vai nos contar agora como se fôssemos três debutantes na sua primeira temporada social!

—Ou três velhas fofoqueiras! –Sirius ajudou.

—Não há nada demais. –James resmungou, já sabendo que aquela era uma batalha perdida e que ele teria de responder todas as perguntas dos amigos.

—Sempre há, James. –Ao dizer isso Remus se lembrou momentaneamente de Dorcas.

—×-

Dorcas retorcia as mãos no colo enquanto esperava Marlene e Lily chegarem. Ela sabia que aquele tique não ajudava em nada e que só faria seu vestido ficar amassado, mas ela não conseguia se conter. Desde a tarde anterior, na qual ela ficara noiva do Sr. Lupin, a ansiedade e o pânico a dominavam e, por Deus, ela não tinha a mínima ideia do que seria sua vida daquele dia em diante.

Ela se casaria com um homem praticamente desconhecido tendo como garantia apenas algumas promessas que ele lhe fizera no parque. Isso apenas aumentava o medo dela em relação ao futuro matrimônio: e se ele dissera aquilo apenas para convencê-la a aceitar a corte? E se ele se revelasse um péssimo marido? E se ele a traísse constantemente, tornando-a motivo de chacota? Oh, como seria sua noite de núpcias?

Ao sentir a respiração difícil e as mãos tremendo, Dorcas fechou os olhos e tentou acalmar-se. Alguns segundos depois, ouviu o mordomo anunciar a chegada de umas das garotas, mas ela não conseguiu se mexer, apenas esperou que Lily ou Marlene entrasse.

—Oh! O que aconteceu com você? –Dorcas abriu os olhos e viu Marlene se sentando ao seu lado no sofá e a abraçando. –Calma, vai ficar tudo bem!

Na tarde anterior, Dorcas chorara até pegar no sono, mas suas lágrimas não pareciam ter fim. Alguns minutos depois, quando ela finalmente conseguiu se acalmar, percebeu que Lily também a abraçava.

—Me desculpe. –Ela disse enquanto secava as lágrimas dos olhos pesados e doloridos. –Eu não deveria chamá-las aqui e começar a chorar assim.

—Sem problemas. –Marlene sorriu-lhe sinceramente. –Amigas são para essas coisas.

Dorcas sorriu ao perceber a preocupação das garotas. Inicialmente, as chamara apenas para tentar se distrair, mas em algum momento enquanto elas a consolavam, Dorcas percebera que elas não eram apenas as garotas que conversaram com ela no último baile ou somente suas colegas de temporadas. Aquelas eram suas novas amigas. E, naquele momento, ela teve certeza que poderia confiar nelas.

—Eu preciso contar algo para vocês.

—Ah, eu sabia que havia algo! –Lily movia as mãos para cima e para baixo rapidamente. –O que aconteceu? Ah, agora eu também estou ansiosa! Olha, se for algo ruim, o que provavelmente é já que você estava chorando...Ah não, alguém morreu? Olha, eu posso...

Dorcas sorriu com a ansiedade mais do que evidente de Lily e disse em um rompante:

—Eu estou noiva!

Ela observou os olhos das amigas se arregalarem e suas bocas se abrirem em surpreso. Enquanto Marlene tentou se recompor rapidamente e adotar um sorriso, Lily ainda a olhava com as mãos suspensas no ar.

—Quem? –Perguntou Marlene.

—Remus Lupin. –Dorcas sentiu suas bochechas se esquentarem com o olhar malicioso que Marlene lançou lhe.

—Eu sabia que...

—Não é isso que você está pensando. –Dorcas interrompeu o raciocínio de Marlene. –Alguma das criadas encontrou o paletó que o Sr. Lupin me emprestou depois que a Srta. Vance rasgou meu vestido no baile dos Longbotton’s e o entregou ao meu pai. Ele pensou que Remus me corrompeu, ou algo do tipo. Agora, nosso noivado será anunciado no baile dos Black’s.

Um longo silêncio se fez presente enquanto as garotas raciocinavam as palavras de Dorcas e, após alguns segundos, Lily foi a primeira a falar:

—Pensei que ela não deveria chamá-lo de Remus.

Dorcas não conseguiu deixar de rir da pergunta de Lily, afinal em meio àquilo tudo, a única coisa que ela não conseguira processar foi o motivo de Dorcas chamá-lo pelo primeiro nome.

—Bem, como eles vão se casar, tecnicamente, não tem problema. –Disse Marlene entre risos.

—Ah sim. –Lily olhou preocupadamente para Dorcas. –E você não queria? Se casar com ele, eu quero dizer.

—Na verdade, eu não sei. –Ela automaticamente colocou o cabelo atrás da orelha como sempre fazia quando estava nervosa. –Eu tenho medo do casamento em si, afinal eu não sei como vai ser nada disso. Eu sabia que teria que me casar em algum momento, mas pensei que demoraria mais.

—Fica tranquila. –Marlene voltou a abraçá-la de lado. –Vai dar tudo certo e nós vamos estar do seu lado para tudo.

—Obrigada, vocês são incríveis.

—Bem, agora que já resolvemos isso, eu tenho uma coisa para contar para vocês. –Lily olhava apreensiva para as expressões de curiosidade a sua frente. –James Potter me beijou!

E, pela segunda vez naquela tarde, Marlene sentiu seus olhos se arregalarem e sua boca formar um perfeito “O”.


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Notas finais do capítulo

Eu fiz esse capítulo focado no Remus e na Dorcas para que vocês pudessem entender o lado dos dois e não ficar com raiva de nenhum deles ( eu juro que logo eles vão se acertar... ou não haha)
Bem, queria deixar algo bem claro aqui nas notas finais (que já pode ter ficado um pouco claro no capítulo, mas enfim): a relação de Dorcas e Remus não vai ser totalmente resolvida com o casamento deles, como em um conto de fadas. Como minha mãe diz, ainda há muita água pra passar debaixo da ponte haha
Enfim, eu realmente amei escrever esse capítulo e espero que vocês também tenham gostado (a autora nem está insegura kskssk). Bem, sejam legais e comentem (oiii fantasminhas!) pra eu saber o que vocês acharam! Amo de coração ler os comentários e respondo com o maior carinho do mundo ^-^
Nos vemos nos comentários,
Beijooos, Anna.