Libertinamente Marotos - HIATUS escrita por Lady Anna


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Heys meus consagradox! Turubom?
Então, cá estou eu começando essa fic sem nem terminar UPRMC (Se você gostar de Scorose dá uma passadinha lá), mas a ideia veio na minha cabeça e a vontade de escrever foi tão grande que eu tive que começar.
Enfim, espero que se divirtam!
Kiss, Anna.



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"O destino quis que a gente se achasse, na mesma estrofe e na mesma classe, no mesmo verso e na mesma frase." Paulo Leminski

James Charlus Potter é um homem rico. Isso ninguém pode negar. Também é o conde de Rynnor, o conde mais rico de toda a Inglaterra. Ele é o que qualquer homem poderia querer ser: rico, bonito, elegante, jovem, com um título de nobreza e um renomado libertino. E ele tem o que qualquer homem poderia querer ter: acesso irrestrito em qualquer clube de cavalheiros da Inglaterra, convites para as melhores festas e soirées e a mulher que ele quiser em suas mãos.

James é arrogante. Muito. Mas ele aprendeu que um homem com a sua posição social e capital pode ser arrogante o quanto quiser e todos ainda o idolatrarão, não a ele mesmo, mas ao título de conde de Rynnor. Isso não o chateia, afinal ele não é dado a ilusões, apenas o deixa consciente do seu poder e influência.

Ele sabe que tem a vida perfeita e a aproveita da melhor maneira possível, mas sabe que um dia terá que se casar para gerar um herdeiro, porém esse momento não chegará tão cedo, afinal ele tem 28 anos.

James não espera um casamento amoroso como o dos pais, ele apenas quer uma esposa bem educada que se lembre de todas as regras de etiquetas, cuide bem dos filhos e finja não ver suas escapulidas noturnas. Nada demais. Mas, James não tem pressa para se casar, ele já escapou das melhores artimanhas orquestradas por jovens inocentes ou damas experientes. Por enquanto, seu único desejo é aproveitar as diversões da temporada social.

Lily Marie Evans não sabe qual o problema com sua mãe. Sério, ela estava insuportável. Judith Evans havia escondido todos os livros que Lily estava lendo antes dela terminar de ler! E para piorar havia deixado folhetos e livrinhos com regras e dicas da Sociedade. Afinal, é mesmo tão importante saber com qual garfo se come ostra desde que se coma a ostra?

Sua família nunca ligou para essas regras bobas, até agora. Seu pai, John Evans, é um rico general aposentado do exército britânico e teve a brilhante ideia de que eles precisam de um título de nobreza na família. Como sua irmã já havia se casado com um homem de negócios, sobrou para Lily ser a galinha dos ovos de ouro, ou melhor, a galinha dos títulos de ouro. Então, sua mãe decidiu apresentá-la a sociedade e queria um nobre em especial como genro: Sirius Black.

Lily só queria poder ler seus romances com grandes heroínas e poder fazer todas as coisas divertidas que damas não fazem, como andar a cavalo com uma perna de cada lado. Mas pelo visto, ela iria se casar com o libertino mais mal visto de toda a Inglaterra. Ou talvez pudesse espantar todos os nobres que chegassem perto dela até seus pais se convencerem que ela é um desastre. É isso!

Sirius Órion Black nunca quis o título, as propriedades, o dinheiro e a popularidade de sua família. Nada disso parecia lhe pertencer, mas após a morte do irmão mais velho, tudo caiu em suas mãos. Antes ele era apenas o segundo filho do duque de Secorfly, aquele que quase foi expulso de Eton e Oxford, o canalha que gastava toda a sua mesada em jogatinas, bebedeiras e rabos de saia, o garoto que havia sido mandado para o exército devido a sua insolência e rebeldia. A ovelha negra da família.

Não que Sirius não houvesse se esforçado para ser alguém melhor, ah, ele se esforçou e muito. Sempre estudou e fez de tudo para ser o melhor, mas seus pais não se importavam com ele, nunca deram carinho ou atenção e quando ele ficou “incontrolável” o mandaram pra longe.

Mas, isso não importava, porque agora, aos 31 anos, ele é o duque de Secorfly, o único descendente da família além de sua mãe, o ser humano com sangue mais azul do que a própria rainha. O sangue mais nobre de toda a Inglaterra. Sua entrada é permitida e requisitada em todos os eventos da alta sociedade londrina, todos os clubes de cavalheiros desejam tê-lo como sócio e nobres que nunca se importaram com ele queriam ser seus amigos.

Sirius não gosta da nova posição social, não gosta de ser chamado a todo o momento de Sua Graça e, principalmente, não gosta da falsidade de todos ao seu redor, sempre tentando agradá-lo. Mas, ele é esperto e sabe aproveitar os privilégios da sua nova posição social e é isso o que ele vai fazer durante o resto de sua vida: aproveitar.

Marlene Kate McKinnon já acreditou em contos de fadas. Já sonhou em ser uma princesa e comandar seu próprio castelo. Ela acreditou nisso tanto que aprendeu todas as regras sociais, aprendeu não, decorou, mas isso não adiantou nada, ela era apenas uma maldita bastarda de um marquês. Essa eram as palavras “carinhosas” que sua madrasta lhe disse antes de mandá-la embora depois da morte de seu pai.

Marlene sabia que sua vida foi melhor do que qualquer vida de uma filha bastarda. Enquanto seu pai era vivo, ela viveu na mansão de campo dele, onde todos os empregados a amavam e faziam tudo por ela. Ela teve ótimos professores que desenvolveram seus melhores talentos: Marlene dançava e cantava como ninguém, tocava piano e arpa, fazia todo tipo de costura e falava francês e latim. Uma perfeita dama.

Porém nada disso encantava sua madrasta, ela a odiava mais por tudo isso. E então, Marlene foi mandada embora, afinal nem mesmo para copeira ela seria útil. Por sorte, conseguiu emprego como babá em uma mansão em Londres e foi promovida a acompanhante, logo outra família, os Evans, haviam a contratado por um ótimo salário.

Sua vida havia sido o melhor possível, mas para quem acreditava no conto de fadas perfeito, foi pura decepção. Menos a parte da madrasta má, isso com certeza Marlene tinha, mas só. Ela não teve uma fada madrinha que a ajudou, sua voz perfeita não fez com que os animaizinhos fizessem tudo por ela e, principalmente, seu príncipe encantado nunca apareceu.

Mas nada disso ia abalar Marlene. Ela construiria o próprio conto de fadas. Trabalharia duro para que Lily Evans conseguisse se casar com um nobre e lutaria para continuar como sua dama de companhia. Assim, talvez conseguisse juntar dinheiro para comprar uma pequena loja ou propriedade para administrar.

Remus John Lupin é o que se pode chamar de perfeito cavalheiro. Ou quase. Educado, bonito, charmoso, leitor ávido, inteligente e rico. Mas Lupin tinha apenas dois defeitos que faziam com que ele não fosse considerado o marido dos sonhos. O primeiro defeito era comum à maioria dos homens: ele é um libertino de primeira, daqueles que todos já ouviram boatos horrendos. Para Remus isso é remediável, afinal os votos do casamento são sagrados e uma vez casado ele será fiel a sua esposa. Para sempre.

O segundo defeito nem existe para ele, mas toda a Alta Sociedade discorda, afinal eles nunca perdoaram Remus por não ter sangue nobre. Irônico, não? Os mesmos nobres que iam ao seu clube de cavalheiros e imploravam por mais crédito, eram os mesmos cavalheiros que se recusavam a tê-lo na camada mais fina da Sociedade.

Mas Remus é inteligente, até demais. Ele percebeu que a única coisa que falta para que todos o aceitem totalmente é uma esposa nobre. Não que ele queira a aprovação daquelas pessoas, mas seria bom para os negócios e isso é o que importa: os negócios. Ele está disposto a abrir mão de sua vida libidinosa para ter todos os privilégios da nobreza a sua disposição. Além disso, aos 34 anos, essa vida já estava cansativa.

Lupin já se decidiu: observará todas as garotas na temporada social e reunirá informações sobre elas. No fim, escolherá alguma que tenha sangue azulíssimo e que esteja com graves problemas financeiros e então a pedirá em casamento. Será impossível para a jovem recusar, afinal ele achará uma família em estado tão decadente que a jovem não terá escolha. Simples assim.

Dorcas Evangeline Meadowes estava desesperada, estava não, está. Muito. Muitíssimo. Ela já não sabe mais o que fazer, a situação de sua família é desesperadora. Seu pai, o magnífico marquês de Salluf, e sua mãe, a belíssima filha do conde de Marlle, haviam perdido a fortuna da família e no fim da temporada social eles não teriam onde morar se ela não se casasse. Mas era cada vez mais difícil se casar.

Não que Dorcas fosse feia, ela era linda. E talentosa. E inteligente. E educada. E, e, e... Um monte de “e” que nesse momento não resolviam seu problema. O grande problema de Dorcas é que ela quase havia se envolvido em um grande escândalo. Seu pai conseguiu livrá-la dele, mas gastou quase toda a fortuna da família convencendo pessoas a ficarem caladas. E isso lhe custou duas temporadas sociais longe de Londres. Agora, essa temporada social é sua última e única chance, afinal ela já tinha 24 anos.

Ela não se permitiria ser inocente de novo e acreditar no amor. Isso era banal demais, seus pais se casaram por conveniência e a maioria dos casamentos que ela conhecia era apenas conveniência. Não havia motivos para acreditar no amor. Ela está cansada de ser tratada como idiota e de criar problemas.

Mas Dorcas não desistiria. Ela sabia que conseguiria impressionar algum nobre com uma grande fortuna e se casaria com ele. Seria lady alguma coisa e teria um título. Salvaria sua família da falência. Teria uma casa bonita e organizada e uma legião de empregados ansiosos para receber ordens. Teria filhos bonitos e educados. Conseguiria tudo o que ela sempre quis e lutaria para alcançar isso.

Longe de todos eles, o destino ria longamente das pretensões daquelas pessoas. Tão egoístas servindo ao único propósito, sem dar o devido valor a mais importante de todas as coisas: o amor. Ele lhes mostraria como o amor pode virar a cabeça de alguém e inverter todas as suas convicções, como em um piscar de olhos existia alguém tão importante para a sua felicidade quanto você mesmo.

Ah, aquelas pessoas definitivamente precisavam aprender algo sobre o amor verdadeiro.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Confesso que estou muito animada com a fic e que já tenho 6 caps escritos, mas sou meio (quase completamente) movida a comentários, assim eu sei se vocês estão gostando e interajo com vocês.
Enfim, deixem reviews!
Kiss, Anna.



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