Carlisle's sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 4
Capítulo 4: Ciúmes




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Capítulo 4

Quando Esme e Carlisle voltaram ao hotel para arrumar as malas para pegarem o voo de volta para os EUA ela pergunta para o marido, pois percebeu que ele ficou tenso ao encontrar a moça. Ele conseguiu ocultar da vampira que acabaram de encontrar, mas não da esposa com quem está há quase cem anos:

— Querido, você ficou nervoso, nunca o vi assim antes, o que aconteceu?

— Você percebeu, querida?

— Estamos casados há quase um século. Eu sei tudo que acontece com você, meu amor. Como se o seu corpo fosse uma extensão de mim.

— Eu não sei. Eu estou em dúvida e isso é que me deixa agitado você sabe – embora para qualquer um que o visse ele parece tão calmo e composto como sempre, Esme pode ver no fundo da alma do parceiro.

— O que foi? Talvez eu possa ajudá-lo se me disser – ela pede docemente, com a única intenção de ajudar o companheiro.

— Creio que não, acho que você não pode me ajudar nisso.

— O que é? Estou ficando preocupada. Quem é e Ana Carla Tramonti?

— Você está com ciúmes dela!

— Estou – admite Esme.

— Não tem motivo para ficar enciumada, você sabe que eu amo você para sempre. Além do mais, ela parece até um pouco com você.

— Você sabe quanto tempo eu levei para superar o ciúme pelas enfermeiras que se atiram em cima de você querido, agora é diferente porque ela é uma vampira também.

Nem se ela desse em cima dele Carlisle trocaria a esposa por ela.

— Não tem motivo para se preocupar, querida. Estamos casados há quase um século e você não entendeu ainda que para mim só existe você desde 1911. Confie em mim.

Ela acredita nele, ele jamais foi infiel nem com as enfermeiras se atirando para cima dele teve qualquer coisa com nenhuma delas.

— Carlisle, não faça isso comigo, você sabe como eu nunca tive qualquer segurança em minha vida, nenhuma garantia. Quando eu achei que daria certo o destino me puxou o tapete e você sabe o que aconteceu...

— Eu sei mon amour, mas eu você pode ter certeza que sou seu e para sempre serei seu.

— Você foi embora depois que cuidou de mim, lembra?

— Sim, peço desculpas por isso querida. Mas eu não sabia, pensei que você estaria mais segura longe de mim -mesmo erro que o Edward cometeu pensando que se afastar de Bella iria deixá-la em segurança.-, mas eu estava enganado. Prometo que nunca mais farei isso novamente.

— Quem é aquela moça? - ela não esqueceu o motivo da conversa.

— Imagine que você estivesse no meu lugar querida e daqui há cento e cinquenta anos descobre ter transformado alguém que supunha estava morta.

— Você acha que a criou? Mas ela disse que tem mais de duzentos anos! ah entendi você está contando minha idade também.

— Sim, provavelmente fui eu. Foi um deslize.

Criança nenhuma merece ser chamada de acidente, mas ela entende o que o marido quer dizer. Ele assumirá a responsabilidade por ela a partir de agora, certamente.

— Ah, Carlisle me desculpe! – ela se sente envergonhada pelo comportamento que teve.

— Tudo bem Esme, me desculpe por não ter esclarecido antes.

— Eu lembro que você me disse que uma vez tinha cometido um engano há muitos anos, antes de me conhecer e até mesmo de criar nosso filho e ir para América. Eu o desculpei assim como você nos perdoa as vezes em que eu e nossos filhos falhamos.

— Nossa dieta é difícil eu sei que imponho um fardo muito pesado para vocês. Eu  escolhi isso, mas vocês não.

— Nós também optamos por viver assim querido, eu sabia que iria viver com você desde o dia em que nos encontramos em 1911. Eu faria tudo que tivesse que fazer para ficar do seu lado. Todos nós estamos comprometidos com a sua dieta, pois somos uma família e as famílias são assim.

Após alguns milésimos de segundo Carlisle diz:

— Eu acho que Ana gostou tanto de você querida!

— Para mim pareceu que ela ficou fascinada com você, querido!

— Ela realmente ficou deslumbrada pela minha história. E eu nem contei sobre os Volturi. Aliás, foi por esse caso que Aro me levava corpos até a biblioteca e jogava na minha frente para me fazer tentação.

— Como ele soube?

— Depois que eu voltei é claro que ele tocou em minha mão e viu o que aconteceu em Paris.

— Por que você veio até a França, meu amor?

— Eu vim escutar um dos mais renomados cientistas daquela época.

— Por que você atacou a jovem?

— Eu não percebi que era uma pessoa até ser tarde demais, eu pensava que era algum animal e biologicamente os humanos são animais, mas isso não tira minha culpa. Seu cheiro era muito bom e ela estava na floresta ao mesmo tempo que eu, infelizmente. Você sabe como é perigoso para os humanos estar perto de nós quando caçamos, por isso escolhemos um lugar mais afastado para nos alimentar. Hoje as florestas ficam mais afastadas das cidades do que no passado. Por causa disso eu me senti verdadeiramente culpado quando Edward nos deixou. Ele sabia o que eu cometi.

— Você não tem culpa. Tenho certeza que ela vai perdoá-lo assim que souber. E agora o que vamos fazer?

— Nós vamos, Esme?

— Sim, nós. O que lhe envolve me diz respeito também. Eu vou ajudar como precisar. Sou sua esposa e estarei sempre ao seu lado.

— Eu não pensei que você fosse querer saber... O que eu fiz para merecê-la? Você é incrível Esme, obrigado!

— Por nada Carlisle. Então vamos adotá-la também? Eu não quero afastá-lo de sua ‘filha’ depois de tantos anos.

— Oh Esme, obrigado! Tu es un ange. Ainda bem que eu a encontrei antes que Demetri a tivesse localizado.

— Por que Aro iria querer encontrá-la? Talvez nem soubesse que ela estava viva assim como você não imaginava, querido.

— Possivelmente. Mas se ele a tivesse encontrado poderia pegá-la para me ameaçar. Eu nunca fingi ser perfeito e ele sabe que não permitiria que fizesse qualquer coisa com ela.

— Mas você é perfeito, querido! Há quantos anos você não prova sangue humano? Desde que transformou nosso filho Emmett? Você é especial sim querido, você é o melhor médico do mundo!

— Eu minto para as pessoas.

— Para o bem delas, elas ficariam muito preocupadas em ter um vampiro cuidando delas. É claro que você não iria tratá-las se não conseguisse suportar.

— Tenho sempre receio de que um dia eu não aguente mais.

— Você vai conseguir querido, eu confio em você e sei que pode. Qual a maior quantidade de sangue que você já viu? Até hoje você não fez mal a ninguém.

— Talvez um dia chegue num ponto em que seja demais.

— Acredito que se acontecer isso você vai sentir antes e parar sem machucar alguém.

— Você confia tanto em mim meu amor, logo você que foi quem eu mais magoei nessa vida!

— Sabe que eu já perdoei tudo porque te amo.

— Eu sei. Mas não vou abusar mais.

— Eu sei que você não faz por mal e nunca tem a intenção de me entristecer. Pelo contrário você me deu mais alegrias do que motivos para chorar.

— Eu a impedi para sempre de rever seu filho.

— Não fale nisso. Não pense assim desse jeito. Eu sei que vamos nos encontrar um dia, nós três e vou apresentar você para ele. Nós não somos vampiros maus.

— Ah Esme, pensamos de um jeito semelhante...

— Por isso estamos casados.

— ...eu lhe fiz tantas coisas, me desculpe por ter ido embora de Columbus. Se eu soubesse o que iria acontecer depois da minha partida, teria ficado mais perto e cuidado de você.

— Você pediria minha mão para meu pai? Será que ele teria permitido esse casamento?

— Sim, é claro que sim. Por que ele iria proibir? Eu sou um médico e naquela época não era tão rico, mas não era pobre. Além disso, não era incomum um homem mais velho casar com uma moça mais nova. Apesar que ele nem imaginava quão velho eu realmente era.

— Eu teria me casado com você mesmo sabendo o que você é. Você iria me contar, não é?

— Provavelmente.

Ou eles teriam um filho híbrido.

— Talvez meu pai teria nos deixado casar. Mas agora estamos juntos e assim ficaremos para sempre – diz Esme.

— Para sempre – ele repete.

Carlisle se inclina e beija a esposa.

...XXX...


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