Carlisle's sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 2
Capítulo 2: A história de Carlisle




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Capítulo 2

— Família? – pergunta Ana surpresa.

Ela sabe que vampiros não podem ter filhos a não ser que não sejam deles de verdade.

— São nossos filhos do coração – esclarece Esme. – Você sabe que nós vampiras não podemos ser mães porque o corpo da mulher precisa mudar para gerar um bebê. apesar disso, os homens ainda podem ser pais.

— Eu não teria um filho se não fosse com a minha esposa. Além do mais jamais infligiria a uma humana tudo que Bella teve que passar para ter Renesmee. Eu não sou egoísta – diz Carlisle.

— Eu sei querido – assegura Esme.

— Eu sei, estou explicando para Ana.

— Ah, para mim? Obrigada pela consideração.

— De nada. Nós adotamos cinco jovens como se fossem nossos filhos.

— E que idade eles tem?

— O mais novo, Edward, tem dezessete anos, mas foi o primeiro a ser transformado por Carlisle, antes mesmo de mim em 1918. Depois dele eu em 1921, nossa filha Rosalie em 1933 quando tinha dezoito anos. Em seguida em 1935 nosso filho Emmett que tem vinte anos. Não se assuste com o tamanho dele quando o conhecer, ele é um amor de garoto.

— Temos também mais dois filhos adotivos que nos procuraram na década de 1950 e os aceitamos: Alice e Jasper. Ela tem um dom, assim como nosso filho mais velho, Edward, e seu companheiro, Jasper também tem. Alice pode ver o futuro e viu que faria parte de nossa família e veio nos encontrar. Ela tem dezenove anos, porém devido a estatura ela parece mais nova. Jasper foi transformado em 1836, quando tinha 19 anos. Embora ele seja mais velho do que Esme de certa forma, nós o temos como filho. E nossa nora Bella tinha dezoito anos, quase dezenove, quando nosso filho a mudou. Ela também tem um dom, muito poderoso que já se manifestava mesmo enquanto ela ainda era humana. Ela pode projetar um escudo para proteger quem ela quiser de ataques mentais – diz Carlisle.

— Uau! Ele não a mordeu? Então como fez?

— Não, foi uma injeção de veneno direto no coração. Não haveria tempo se fosse do jeito tradicional, pois ela estava morrendo ao dar à luz nossa neta, Renesmee – explica Carlisle.

— Parece que foi um momento muito tenso.

— Bella tinha cinquenta por cento de chance de sobreviver eu acho. É graças a ela que estamos aqui hoje, porque os Volturi mesmo vendo que aquilo do que nos acusavam não era verdadeiro, mesmo sendo inocentes e não tendo cometido nenhum crime, ainda tentaram nos matar.

— Oh! Se eu fosse amiga de vocês naquela época eu teria ido testemunhar.

— Obrigada querida! Você seria muito bem-vinda, sempre estamos dispostos a fazer novos amigos. Não são muitos aqueles que se aproximam de nós, a maioria pensa que somos esquisitos.

— Então eu também sou esquisita e por isso devemos ficar juntos. Como está Renesmee hoje?

— Ela está bem, cresce rápido, mas não tanto quanto no primeiro ano.

— Isso eu teria testemunhado por vocês. E significa que ela não é uma Criança Imortal, pois as Crianças Imortais não crescem, estão congeladas no estágio de desenvolvimento que alcançaram antes da mudança. Por isso não podiam aprender e eram um perigo para nos expor.

— Isso mesmo Ana – o casal a felicita.

— Renesmee também tem um dom incrível! – diz a vovó orgulhosa.

— Qual?

— Ela pode fazer com que você veja suas recordações tocando seu rosto.

— Como em um filme?

— Isso mesmo, pode-se dizer. Você poderia vir conosco, é nossa convidada.

— Obrigada! É sério? Sou amiga de vocês?

— Claro que sim, querida. Você pensa como nós, compartilhamos o estilo de vida, é natural, devemos ser amigos. Os iguais tem que se aproximar.

— Se os Volturi forem atrás de vocês de novo eu estarei com vocês dessa vez.

— Tomara, mas nossa filha está alerta observando os passos deles e irá nos avisar se eles pretenderem nos atacar. Eles nem precisam de pretexto, mas preferirão ter algum para tirar alguma carta da manga e eliminar a concorrência. Mesmo nunca tendo querido ser, eles nos percebem como uma ameaça – diz Carlisle.

— Oh, mais uma vez obrigada por me receberem. Fico tão feliz, vocês nem imaginam o quanto! Todo esses anos eu vaguei sozinha pela Europa e jamais encontrei ninguém para compartilhar minhas ideias, vocês não imaginam a solidão!

— Eu posso imaginar – diz Carlisle. – Também não encontrei ninguém quando acordei, por isso fui para o novo mundo em busca de alguém. Só depois que eu desisti e criei eu mesmo uma companhia para mim, após relutar muito em fazer a alguém o mesmo que fizeram comigo, foi que eu encontrei um grupo que vivia no Alasca.

— Seus primos moram lá não é?

[Antigamente o Alasca era da Rússia antes dos EUA ter comprado.]

— Na verdade nos consideramos parentes, mas não somos da mesma família. Eles são na maioria loiros e podem passar por meus primos. É por afinidade que nos aproximamos. Não somos muitos e é preciso muita força de vontade e abnegação para não machucar as pessoas.

— Posso perguntar em que ano você nasceu Carlisle?

— Eu nasci em Londres no ano de 1640.

— Nem parece que você é inglês, não tem sotaque. Só aparência dá para saber.

— Eu moro na América há mais de dois séculos. Posso falar com ou sem sotaque. Você tem acento italiano quando fala, a propósito.

— Eu aprendi francês e italiano e meu pai falava francês com som italiano. Também morei lá na costa do Mediterrâneo, conhecida Riviera, alguns anos e ia visitar minha “nona” na Itália. Nos mudamos para cá, para Paris, depois que ela faleceu, quando eu tinha oito anos. Mas como você se tornou vampiro Carlisle?

— Fui encarregado da caça aos monstros, vampiros e bruxas, quando meu pai ficou impossibilitado de continuar comandando as expedições. Ele era um pastor anglicano e acreditava na existência do mal e queria livrar o mundo dessas criaturas. No entanto, aqueles que capturava eu tenho certeza que não eram aquilo de que eram acusados, se fossem, agora eu sei que jamais os pegaríamos. Eram apenas humanos infelizmente, doentes muitas vezes. Os humanos sozinhos não tem qualquer chance contra os seres sobrenaturais.

‘Eu acabei encontrando um grupo de vampiros de verdade morando nos esgotos da cidade e saindo a noite para caçar. Reuni um grupo para capturá-los e ficamos na espreita até eles saírem de onde eu os tinha visto outro dia. Quando um deles nos viu alertou os outros em um idioma que acho que era latim e tentou fugir, mas eu corri atrás pois era jovem e veloz, tinha vinte e três anos. Porém mesmo sedento o monstro ainda era muito forte e virou para me atacar.

‘Tentei resistir, mas era impossível. Foi pior para mim ter me debatido, o que fez o processo de transformação demorar mais. Acredito que ele só me soltou porque os outros estavam chegando. Eram dezenas mesmo assim não seria páreo para o vampiro. Ele não queria atacar, creio. Só fez isso para se defender. Por isso eu acho que sou assim também, menos agressivo.A criatura atacou dois e fugiu levando um terceiro. Eu me arrastei e me escondi em um galpão enterrei-me em batata podres e passei o tempo que durou a mudança ali.

‘Quando acordei e percebi no que tinha me transformado eu senti muito desgosto e repulsa por mim mesmo. Eu não queria ser um monstro que eu pensava estar condenado a ser e matar outros para sobreviver e continuar minha sina. Não, eu acabaria com isso. Sabia que não poderia mais voltar para casa pois meu pai queimaria qualquer coisa em que o monstro tocou. Acho que já me dava como morto, pelos relatos dos outros era isso que ele pensava, por isso eu fugi para não machucar ninguém. Para não ferir alguém me mantive longe de aldeias e vilas.

‘Atravessei para a França – Ana não se surpreende com isso, pois sabe que a natação é natural para os vampiros. – e fiquei escondido em uma caverna. Eu já estava a mais de um mês sem me alimentar e esperava morrer logo, as pessoas morrem geralmente nesse período ou menos. Não imaginava que não conseguiria, eu tinha que conseguir, sentia que minha vontade enfraquecia e por isso me isolei para não prejudicar ninguém.

'Eu não me perdoaria se matasse uma pessoa. Minha força estava se esgotando e eu sabia que não resistiria se sentisse cheiro de sangue humano. Por isso fui para o mais longe possível de qualquer povoação. Mas a sede por fim me venceu e eu ataquei um rebanho de cervos que passou perto do meu abrigo. Assim foi que descobri a dieta vegetariana.

— Os animais que comem plantas têm um cheiro repulsivo, você deveria estar muito sedento para ter atacado... – diz Ana. Ela atacou a capivara quando acordou porque estava perto, mas prefere panteras.

— Sim, os herbívoros têm um cheiro menos apetitoso para nós do que os carnívoros porque são mais distantes das pessoas que se alimentam tanto de carne como de vegetais.

‘E foi assim que eu percebi que não precisava ser o monstro que eu temia haver me tornado.’

 - Que história! – diz a francesa – E você Esme como se tornou vampira, se eu posso perguntar?

— Claro que pode, querida. Tenho muito orgulho de dizer que foi Carlisle quem me transformou...

...XXX...


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