P.O.V Do Beck

Parece delicada como uma pétala, é como um anjo sombrio, de anjo bom não tem nada, a pele alva e os cabelos negros, os olhos azuis-acinzentados, nublados, tempestuosos... Eu sempre me perco neles. E vou continuar me perdendo.

Olhos encantadores. Ela tem um ar de mistério. Toda sensual, ela tem tudo e todos aos seus pés.

E quêm é ela? Ah, essa é fácil...

Jade West, a garota do AP 293, minha vizinha. Minha amante. Minha dona.

Nós costumos ficar. Passeios noturnos. Passando horas no bar Red 86. Apenas um lance. Sexo sem compromisso. Do nosso jeito. É assim que funciona.

E essa garota está afetando o meu juízo. Por quê fui me envolver com ela mesmo? Por quê? Qual é o meu problema?

Linda até demais, quente como o inferno. Cheia de manias. Dona de si. Louca por tesouras. Ela é perigosa. É o tipo; Chave de cadeia. A minha perdição. Um anjo negro em minha vida.

Quando está surtando grita comigo, me bate, me xinga. Me castiga. Embora eu sempre volte. Continuo voltando para ela.

Seus lábios são doces como o mel. Só tem um problema... Jade West é psicótica. Tão gostosa. Ela é uma bela psicótica.

"Oh, ela é doce, mas é uma psicótica

Um pouquinho psicótica

À noite, ela grita

Estou en-en-en-enlouquecendo

Oh, ela é gostosa mas é uma psicótica

Tão de lado, mas ela tá certa

À noite, ela grita

Estou en-en-en-enlouquecendo"

— Vem cá, senta no meu colo, já estou pronto para mais uma. - A chamei.

— Você sempre está. - Sorriu maliciosa.

Estávamos no meu apartamento. A morena riu e deu mais uma tragada no cigarro. Soprou a fumaça, aquilo impregnava em meu quarto. Andava de um lado para o outro, apenas de lingerie, um conjuntinho preto e rendado. Tragando e soltando longas baforadas.

Parecia pensativa, a sua expressão era difícil de decifrar... O que tanto a incomodava? O que se passava na mente dela?

Olhei para a minha camisa largada no chão, rasgada. Era impaciente, agressiva, uma gata selvagem na cama. E claro, eu gostava... Adorava aquilo nela.

"Ela vai te amaldiçoar, mas ela é uma benção

Ela vai rasgar sua camiseta em um segundo

Você voltará, voltará pelos segundos

Querendo mais, não pode evitar"

Tudo tinha que ser do jeito dela. Jade dava as cartas, fazia as regras... Calculista, mandona e dominadora... Por quê eu deixava ela usar e abusar de mim? Por quê só ela dava a última palavra e sempre ficava no comando?

Por quê eu curtia aquilo, afinal de contas?

"Não, não, você vai entrar no jogo

Deixar ela te guiar, ar, ar

Você irá dizer: Não, não

E depois: Sim, sim, sim

Porque ela mexe com a sua cabeça"

Fodia com o meu corpo, com a minha mente. Me fodia todo. Eu era o seu pau mandado. Seu submisso. Seu brinquedinho usado...

Psicótica... Tão doce, no entanto, louca, descontrolada... Minha psicótica.

Jogou o cigarro pela metade no chão e pisou em cima. Fazia o tipo durona.

"Oh, ela é doce, mas é uma psicótica

Um pouquinho psicótica

À noite, ela grita

Estou en-en-en-enlouquecendo

Oh, ela é gostosa mas é uma psicótica

Tão de lado, mas ela tá certa

À noite, ela grita

Estou en-en-en-enlouquecendo"

Não tinha a ficha limpa. Ah, não mesmo. Já tinha ido parar em reformatórios. Era o tipo de garota problema. A filha rebelde. A ovelha negra da família. Um caso perdido. A minha doce e amarga perdição.

Minha família jamais a aceitaria. 

Tóxica. Venenosa. Uma péssima influência... Meus amigos a temiam, detestavam-na.

Me chamavam de louco por me envolver com ela.

Fazer o quê, se eu já estava enfeitiçado por seus encantos?

"Louca do tipo que pega a arma de um policial

Ela é venenosa, mas saborosa

Sim, as pessoas dizem: Corra, não ande

Porque ela é doce, mas é uma psicótica

Um pouquinho psicótica

À noite, ela grita

Estou en-en-en-enlouquecendo"

— Me fode com força. - Ficou nua. - Gosto de te sentir com tudo, bem fundo. Me faz enlouquecer! - Pediu sentando sobre minha ereção.

Encontros noturnos. Sexo gostoso. Éramos intensos. Amantes da noite.

Me guiei para dentro dela e meti do jeito que ela gostava. Seu grito de puro êxtase ao me sentir tão fundo ecoou pelo quarto.

Macia, molhada, apertada... Toda minha.

Já era 23h:42min... Mais uma trepada gostosa. Gemidos. Gritos. Palavrões no calor da excitação. Prazer extremo.

"Veja, alguém disse, não beba as poções dela

Ela beijará seu pescoço sem emoções

Quando ela é má, você sabe que vai amar

Porque ela é tão doce, não precisa adoçar"

Me apertava, me mordia, me arranhava e às vezes me fazia sangrar. Me enlouquecia.

Nenhum pouco delicada. Rebolava sensualmente. E quando cavalgava em mim, era com força. Sempre no comando.

Garota má. Eu simplesmente amava aquilo. Amava tudo nela.

"Não, não, você vai entrar no jogo

Deixar ela te guiar, ar, ar

Você irá dizer: Não (não, não, não, não), não (não, não)

E depois: Sim, sim, sim

Porque ela mexe com a sua cabeça"

No comando, me guiando, enlouquecendo-me... Oh, ela fazia eu delirar.

Se tornou meu vício. Eu sempre iria querer mais, mais e mais. Jamais me cansaria.

"Oh, ela é doce, mas é uma psicótica

Um pouquinho psicótica

À noite, ela grita

Estou en-en-en-enlouquecendo

Oh, ela é gostosa mas é uma psicótica

Tão de lado, mas ela tá certa

À noite, ela grita

Estou en-en-en-enlouquecendo"

Dona da porra toda. Egocêntrica. Atrevida

Gritando o meu nome ela chegava ao ápice. Se perdia. E eu me perdia nela. A noite parecia não ter fim quando estávamos juntos. E ainda ansiávamos por mais.

— OOOH, BECK! - Gritou estremecendo e gozando, me fazendo alcançar o meu orgasmo também.

Minha deusa do sexo.

"Louca do tipo que pega a arma de um policial

Ela é venenosa, mas saborosa

Sim, as pessoas dizem: Corra, não ande

Porque ela é doce, mas é uma psicótica

Um pouquinho psicótica

À noite, ela grita

Estou en-en-en-enlouquecendo"

Maravilhosa. A pele delicada como uma rosa... Mas ela era o diabo em pessoa. Quente como o inferno... A minha ruína.

Louca. Louca. Louca.

Me fazia pirar... Eu estava mesmo fodido. Estava apaixonado... Apaixonado por minha vizinha psicótica.

"Você é como eu, você está fora de si

Sei que é estranho, somos dois loucos

Você está me dizendo que sou insano

Garoto, não aja como se não amasse a dor"

Oh, usava e abusava de mim. E eu permitia. Me fazia de trouxa. Eu comia nas mãos dela. No fundo, eu sabia que era louco... Louco por amá-la.

"Oh, ela é doce, mas é uma psicótica

Um pouquinho psicótica

À noite, ela grita

Estou en-en-en-enlouquecendo

Oh, ela é gostosa mas é uma psicótica

Tão de lado, mas ela tá certa

À noite, ela grita

Estou en-en-en-enlouquecendo"

Minha bela e amada psicótica. Doce como o mais saboroso Néctar dos deuses. Maldosa. Irônica. Vingativa.

— Diz que é meu, Oliver! - Cravou os olhos hipnotizadores nos meus e apertou meu queixo.

— Sou seu, West! - Falei, convicto, abraçando sua cintura.

Sorriu satisfeita e me beijou, a língua atrevida e deliciosa buscando pela minha. As unhas marcando minha pele, arranhando minhas costas.

"Louca do tipo que pega a arma de um policial

Ela é venenosa, mas saborosa

Sim, as pessoas dizem: Corra, não ande

Porque ela é doce, mas é uma psicótica

Um pouquinho psicótica

À noite, ela grita

Estou en-en-en-enlouquecendo"

Um dia eu ainda acabaria perdendo a cabeça de vez por causa dela.