Jack, o Estripador escrita por Andrei Rafael


Capítulo 1
Mary Ann Nichols




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Era cerca de 2h da manhã do último dia do mês de agosto, quando decidi sair por aquelas escuras ruas do distrito de Whitechapel, estava uma noite fria e desolada como sempre, em alguns pontos pude ouvir o som provido de alguns pubs locais. Naquela noite a raiva me consumia, eu odiava tanto o distrito em que me encontrava, comecei a listar tudo que fazia daquele lugar, um lugar de merda. Afinal Londres era um lugar cheio de pobreza, alcoolismo, violência, e era asquerosa em cada centímetro de cada rua que constitua essa cidade, disso eu tinha certeza. Em certo ponto eu vi uma mulher conversando com o dono de uma estalagem, suponho que estaria procurando uma cama onde dormir. Ela disse algumas últimas palavras para ele, virou-se na direção contrário e tomou seu rumo. Seguiu por um beco escuro, meu impulso me fez decidir ir por aquela mesma direção. Mais à frente eu a reconheci, seu nome era Mary Ann Nichols, conhecida como Polly. O que me traz a mais um item para aquela lista: prostituição. Ela me pediu certa quantia de dinheiro e me prometeu uma ótima noite.

   Senti muito nojo e raiva naquele momento. Eu já sabia exatamente o que queria fazer, já estava ansiando por isso. Eu aceitei e começamos a tomar o caminho de volta a estalagem. Quando estávamos próximos a aquele beco escuro, passando pelo último resquício de luz, retirei um canivete de meu bolso, a agarrei e joguei seu corpo no chão. Rapidamente sobrepus meu joelho sobre seu corpo e cortei sua garganta antes que pudesse clamar por socorro. Seu sangue jorrou para fora do próprio corpo, enquanto perdia sua consciência por eu ter cortado sua traqueia. Eu não sabia bem o que estava fazendo, não contive minha raiva e cortei seu abdômen seguidas vezes, senti o prazer em ver o sangue precipitar-se para fora do cadáver, formando uma poça de sangue ao redor. Me senti tão poderoso com aquilo, havia acabado com a vida, a morte tomou seu lugar.

  Por sorte o sangue não ficou muito visível em minhas roupas, escondi o canivete, e comecei a me preocupar em sair daquele lugar, afinal não queria ser visto ao lado do corpo da minha primeira vítima. O barulho dos pubs já não podia mais ser ouvido, esse já era o horário que os bêbados começavam a desmaiar, finalmente silencio. Respirei o ar e notei que minha pobre vitima fedia a álcool, penso com ironia que talvez os cidadãos que passassem a certa distância, talvez pensariam que ela estivesse apenas desmaiada no chão, claro que a grande poça de sangue no chão denunciaria a verdade. Logo tomei meu caminho de volta à minha casa, amanhã os jornais estariam falando sobre o que acabei de fazer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Pretendo escrever mais quatro capítulos, no mesmo estilo que este, para contar a versão dos acontecimentos do caso de Jack, o Estripador.



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