Querido Olhos Azuis escrita por CyberBlueEyes


Capítulo 10
10. Projeto de sucesso




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Acordei nem tão disposta assim. Aquela conversa me fez passar altas horas da noite divagando sobre meus sentimentos e só conseguir pegar no sono às duas da manhã quando, por algum motivo, fiquei com o colar do Dragão Branco na mão. Fui para a mesa do meu departamento e só depois que Stuart se espantou comigo por ali é que percebi que deveria estar na sala da presidência, o que ainda soava estranho para mim.

— Bom dia, senhor... – recebi uma cara feia e então me lembrei de reformular minha frase – Bom dia, Seto.

— Bom dia, Luka. – a expressão dele voltou ao normal – Estava esperando você chegar. Já terminou de trabalhar nos aspectos estéticos do disco?

— Sim.

— E a relação dos materiais?

— A maioria já está feita. Faltam apenas os detalhes para a função de escanear o baralho.

— Ótimo. Então vou começar a passar as instruções aos encarregados dos departamentos para produzirmos o primeiro exemplar.

Enquanto ele saiu com os papéis em mãos, continuei trabalhando no restante. Por mais que tudo estivesse realmente acontecendo, ainda era demais para mim acreditar que, no meu primeiro dia de trabalho, consegui que minha ideia fosse aceita justamente pelos presidentes da empresa. Era isso que eu procurava: ser útil e assim conseguir crescer para melhorar minha vida, e não procurar enriquecer me casando ou algo do tipo, como a Téa implicitamente me disse.

Terminei minha carga horária e fui para a faculdade. A primeira aula passou normalmente, mas durante meu intervalo recebi uma mensagem de um número desconhecido.

"Luka, preciso que volte para a corporação o mais depressa possível. O exemplar está quase pronto e Stuart quer garantir que a programação do software está como você projetou. - Seto".

"Estou prestes a começar minha última aula. Tenho uma prova agora e assim que terminar estarei a caminho".

"Mokuba vai te buscar com um motorista. Quando acabar, apenas venha com eles".

Bem, eles não estavam de brincadeira quando disseram que trabalhavam rápido. Estou sem palavras para descrever tamanha eficiência e afinco, bem como a pressa do Seto a ponto de enviar o irmão para vir me buscar. Tirei esses pensamentos da cabeça e me concentrei na prova, que por sinal não estava tão longa, felizmente. Fui a primeira a terminar e realmente a limusine deles estava parada na porta do prédio em que eu estava.

— Você foi bem rápida, Luka. Estava tão fácil assim?

— Digamos que sim. Como você sabia que eu estaria nesse prédio? E mais importante: como Seto descobriu o número do meu celular?

— Você teve que preencher o registro de funcionários, lembra? Foi de lá que ele pegou o número. Quanto à sua localização, descobrimos suas coordenadas rastreando seu celular.

— Então vamos.

No caminho, Mokuba e eu conversamos como de costume até que a conversa chegou em um assunto familiar até demais.

— Luka, sem querer ser intrometido nem nada, mas... O que você acha do meu irmão?

— Bem... Ele é gentil demais e também simpático a seu modo. Além do mais... Sinto como se o conhecesse há tanto tempo, mas não sei de onde.

— Entendi. Sobre essa coisa de se conhecerem antes, o Seto disse sentir o mesmo.

— Você perguntou sobre mim para ele?

— E por que não? É raríssimo meu irmão não se sentir incomodado perto de outras pessoas ou mesmo ser tão legal com você também. Por isso acabei perguntando. Quer saber o que ele disse?

— Não, obrigada. Prefiro que a conversa de vocês continue em sigilo.

— Você quem sabe.

Chegamos e Seto estava nos esperando. Pareceu surpreso ao nos ver.

— Foi bem rápido, devo admitir. Espero que não tenha feito sua prova de qualquer jeito.

— Não se preocupe com isso. E o disco de duelo?

— Esperando seu parecer no software. Depois disso podemos começar a testar.

O segui até meu departamento original e me ocupei em analisar linha por linha de código, para garantir que está tudo certo. Quando finalmente confirmei que estava tudo certo, Seto o colocou e foi para a área de testes. Só então percebi que a cor do disco era a versão em preto e azul, provavelmente a única que seria produzida.

Era como um sonho ver que realmente tinha dado certo, mas não era só eu que estava fascinada com o resultado final. Todos os presentes, e posso dizer que até o próprio Kaiba, estavam admirados. Tudo correu como o programado e esperado. Ao final dos testes, aplausos foram ouvidos e olhar do Seto cruzou com o meu, junto com um discreto sorriso de satisfação. 

 


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