Até o final deste ano. (EM REVISÃO) escrita por vilain nerd


Capítulo 5
Mudanças - Voltando


Notas iniciais do capítulo

OMG, 15 ACOMPANHANDO E 2 FAVORITOS!!!!!!! 4 CAPÍTULOS!!!!
5 com esse lkkkkkk

nha, eu estou mega feliz. Ganhei comentários em duas plataformas, mais gente acompanhando E UMA CAPA NOVA

(eu que fiz, heheheheh)

espero que gostem, esse não tem a Hinata mas é muito importante para o desenvolvimento da história.

boa leitura, meus cheetos ♥ (amo cheetos)



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Você diz meu nome como se eu nunca tivesse ouvido antes
Sou indecisa, mas, dessa vez, tenho certeza
Espero não ser a única que sente tudo isso
Você está se apaixonando?

—Break my heart (Dua Lipa)

 

||°°||

 

Ino Yamanaka

Era o terceiro dia de aula, na verdade foi o terceiro dia de aula. Agora Ino se encontrava dentro do carro á poucos metros da sua casa nem um pouco humilde.

 

"Eu sempre fui aquela que diz o primeiro adeus
Tive que amar e perder cem milhões de vezes
Tive que errar para saber exatamente do que eu gosto
Agora estou me apaixonando"

 

Seu pai havia decidido não comprar uma mansão luxuosa que nem o de Hinata, pegou o dinheiro das floriculturas e investiu em pequenos comércios da região, fora que ajudou a família inteira e montou centros de ajuda na cidade junto com o pai de Shikamaru e Chouji. Os três adultos formaram a ajuda comunitária Ino-Shika-Cho, e iam passar o peso de suas responsabilidades para os filhos.

Ino não ia assumir as empresas, quem ia tomar o posto seria Deidara, um primo seu, e ela apoiava, claro. Ino é extrovertida, expressiva e fala muito bem em público, sonhava em ser atriz ou psicóloga, conseguiu a aprovação de Inoichi e agora trilhava o caminho rumo ás telonas.

—Tem alguém em casa? -gritou assim que abriu a porta.

Suspirou, ninguém havia respondido.

Tirou as sapatilhas e segurou-as nos dedos, jogou a mochila no chão e desamarrou os cabelos. Com uma alça nas mãos e os sapatos na outra subiu as escadas se arrastando. Hoje tiveram geografia com Asuma, e receberam de dever uma cópia enorme para entregar pela manhã. Ela não ia fazer, planejava descansar, dormir, tomar uma ducha demorada, não sabia ainda, só sabia que ia enrolar Asuma como sempre e -se desse certo- entregaria na próxima semana.

Na porta do seu quarto existia uma lousa pequena na madeira creme, nele estava escrito com a letra curvada e redondinha da sua mãe:


Seu pai e eu fomos jantar fora, voltamos mais tarde
se cuida florzinha, o dinheiro da pizza está na mesa ♥

 

Ino respirou fundo e entrou no seu quarto. Sua cama era um misto de azul-celeste e roxo profundo, as paredes era um tom de azul bebê quase branco. Uma escrivaninha ao lado direito era pálida, seu tapete era uma cor amarronzada parecida com a seu guarda-roupa com espelho embutido. Tirou as roupas rapidamente, ficando com apenas as íntimas e abriu seu celular.

Gaara: tá brava comigo? Tudo bem?

Ino: |

O que ela responderia? Diria que esperava que ele ao menos respondesse a porcaria da declaração de uma forma seca, mas Gaara nem sequer digitou "ok"? Ino responderia que tirou os coraçõezinhos do contato dele por pura raiva? Diria que esperou ele falar com ela e no fim nem a procurou? Diria que se iludiu, que se arrependia das fotos, dos desabafos, das conversas, das risadas, piadas... que se arrependia de tudo?

Ino: não, tá tudo bem sim

Gaara: digitando...

Ino respirou fundo olhando para a porta transparente quase escondida no seu quarto, uma que levava ao banheiro azulejado. Ela só queria tomar banho, dormir um pouco. As investidas de Sai estavam ficando cada vez mais intensas e uma pequena parte sua se questionava se era uma boa ideia retribui-las. Mas uma grande parte do seu ser, do seu coração machucado, pedia para não fazer nada com Sai, lhe implorava para dar uma chance para Gaara se explicar, responder, fazer qualquer coisa.

Mas sua mãe a ensinou que confiança era como uma vela acesa, quando se apagava nunca mais queimava da mesma maneira. E aquilo, ser ignorada depois de tudo, era o ponto final da amizade colorida dos dois.

Seu celular vibrou.

Gaara: tem certeza? Pode conversar comigo se precisar

Ino: tenho sim

Ino: Okay, se precisar eu te chamo

Seus dedos delicados se ergueram para esfregar os olhos, tentando conter as lágrimas de uma forma fracassada, já que ao ficar nua e abrir o chuveiro a água salgada que saía de suas pupilas se misturou a doce que escorria em colo.

Não entendia o motivo de doer tanto assim, talvez fosse medo de ter suas fotos divulgadas, de virar mal-falada na escola, mas sabia que Gaara não era louco de a expôr. Ino tinha um corpo maravilhoso, ainda era a mais gordinha de suas amigas, mas seus seios fartos, seu rosto anguloso e seus olhos meio verdes ou meio azuis a deixam deslumbrante. Fora o quadril que balançava a cada passo, o jeito, o sorriso sincero, tudo isso a deixava linda.

E se Gaara vazasse os nudes que trocaram, bom, ela vazaria os dele (com um photoshop básico) e o denunciaria. O Sabaku a conhecia bem o suficiente para saber que era louca de fazer algo assim.

As costas escorregaram pela parede, suas mãos se ergueram e pousaram em sua face. E Ino chorou.

 

"Centro das atenções
Você sabe que pode conseguir o que quiser de mim, sempre que você quiser, querido
É você que está no meu reflexo.
Estou com medo de todas as coisas que você poderia fazer comigo"

 

Soltou um ganido sôfrego. Ele foi tão gentil, tão acolhedor. Disse que era brilhante, parecia uma estrela. Quando fizeram chamada de voz lhe falou que a ouviria dizer "bom dia" todos as manhãs, que adoraria acordar ao seu lado.

Ele a respeitava, ela flertou com ele -foi a garota que deu iniciativa- e Gaara flertou de volta. Ele a esperou. Foi ela quem deu a ideia das fotos, ele não a forçou. Nunca a forçou a nada. Elogiou seu corpo, sua voz, seu amor por plantas e o seus sonhos de viajar pelo mundo. Riu das histórias sobre clientes engraçados e esquisitos que entravam na floricultura de seu pai, divulgou o instagram da floricultura e recomendou as flores dos Yamanaka para as empregadas da casa dele.

Ele deu esperanças de alguém ama-la de verdade, disse que Ino é incrível e que alguém se apaixonaria por ela. E, frisou, se já não existia alguém apaixonado. 

Ela se apaixonou por ele, por quem Gaara Sabaku verdadeiramente era, por um lado que só pessoas de confiança conheciam. Conheceu seus medos, ambições, paixões, suas opiniões, seus sonhos. Ela digitou seus sentimentos para não transbordar, se sentiu mais despida em uma declaração do que em fotos que posou nua. Se abriu em palavras, falou que o amava, disse que se ele não sentia o mesmo tudo bem, mas que os dois continuassem sendo amigos. Tenten a avisou que algumas pessoas acham que o ruivo não tinha sentimentos, mas Ino acreditava que isto era mentira, ele tinha sentimentos! Podia provar! Mas depois da declaração, ela já não tinha mais essa certeza.

Gaara não falou nada. Nada durante os quatro dias que a mensagem foi ignorada, não respondeu, porém visualizou. Ino decidiu se declarar um dia antes da volta as aulas para que pudessem conversar sobre o assunto quando se viam, mas não aconteceu nada. Absolutamente nada. Ela ignorava as mensagens, respondia de forma seca ou não estendia o assunto agora. Na classe desviava o olhar, não respondia seus cumprimentos e ficava mal-humorada.

Sakura perguntou o que aconteceu, Tenten também, mas ela não falou. Queria resolver essa situação sozinha. É forte e decidida, ia acertar e colocar tudo nos trilhos.

 Ino só precisava esquecer Gaara, precisava de alguém que a distraísse e lhe desse o amor que não foi retribuído. Um pensamento mesquinho e egoísta, a Yamanaka sabia, mas ninguém é perfeito. Ela não ia deixar Gaara ficar se esnobando com os pensamentos que conseguiu a iludir, não ia deixar mesmo isso acontecer!

Foi com isso em mente que ao sair do banheiro enviou uma mensagem.

Ino: Eai Sai, tá afim de comer uma pizza hoje?

Ino: se sim, me responde que eu te mando o endereço daqui de casa.

Seria mentira se Ino dissesse que não chorou depois de digitar aquilo.

 

Se eu soubesse disso, querido

Eu teria ficado em casa
porque eu estava melhor sozinha,
mas quando você disse: Olá
Eu sabia que era o fim de tudo.
Eu deveria ter ficado em casa, porque agora não há como deixar você ir.
Estou me apaixonando por alguém que poderia partir meu coração?

 

||°°||

 

Tenten Mitarashi

—O Lizanardo está meio esquisito hoje, não?

—Tia, pela mor de Deus, deixa esse lagarto no chão. -ralhou Tenten jogando a mochila no canto da sala bagunçada e se esparramando no sofá depois de tascar um beijo na bochecha da mulher gordinha e de cabelos roxos.

—Ele fica fazendo manha. -disse a senhora Anko Mitarashi erguendo o animal para a sobrinha- Pega ele e vê, benzinho.

Tenten observou a iguana verde esticar a língua e lamber os olhos. Observou como se estivesse em câmera lenta a língua rosada se esticar cheia de baba e encostar na pupila esquerda e em seguida entrar na boca e molhar a direita. Seu café da manhã subiu pela garganta.

—Nã-Não tia, confio na senhora.- balançou as mãos constrangida. Ela gostava de animais. Gostava mesmo! Adorava gatos, cachorros, passarinhos... Mas aquele lagarto, iguana ou mini-jacaré, ataca seus sentidos primitivos de nojo, a fazendo arrepiar de agonia, ter sonhos com ele engolindo seu dedão do pé e imaginado ratinhos em seus tênis por culpa desse parente de dinossauro.

Se tinha algo que a castanha odiava era escamas, e sua tia arranjou bem uma iguana de estimação. Depois que o gato Da Vinci morreu nas férias, Anko percebeu que Tenten havia ficado meio tristinha com a morte do bichano, então... PUF! Apareceu com um lagarto numa quinta-feira á noite! Um lagarto para substituir um gato, muito parecidos, certo? E, como homenagem ao gatinho falecido, o nome da iguana era Lizanardo Da Vinci, vulgo comedor de ratos brancos e lambedor de olhos que davam sopa.

O lado bom de ter um lagarto em casa era que os mosquitos e pernilongos sumiram, fora as baratas que não apareciam mais também. Nem as voadoras! As lagartixas por outro lado sempre zanzavam no quintal.  

Não era hora de pensar em lagartos, gatos renascentistas ou baratas, ela tem que começar o dever de história e ainda escrever as perguntas da entrevista de Neji, Temari e Sasori para o trabalho da professora Kurenai na próxima semana.

—Tia, tem almoço pronto ou tem que fazer? -perguntou se dirigindo a cozinha ensolarada pela janela com cortinas cheias de espigas de milho.

—Eu já deixei pronto, benzinho. É só ligar as panelas e mexer para não grudar no fundo. -respondeu com a televisão ligada e acariciando a iguana no colo.

—Pode deixar -e abriu a geladeira procurando as panelas que a tia falou.

Girando o cabo da colher de pau num ensopado de frango com batatas, começou a planejar como faria essa entrevista. Tinha o contato de Sasori no grupo de whattsap da sala, Temari também estava lá e já estava salva na sua agenda, mas ela não fez nem questão de correr atrás do número de Neji.

Tenten procurou a senhorita Kurenai para implorar, pedir, clamar, suplicar, rogar para ela tirar Neji dos seus entrevistados.

Sabe o que Kurenai fez? Negou o pedido e lhe disse:

—Desculpe, Tenten, mas a ideia é justamente interagir com pessoas que vocês não tem contato.

—Mas eu converso com a Temari! E o Sasori é namorado da minha amiga!

—Se você já tem contato com eles, porque não cria uma amizade com Neji?

E, como uma grande puxa-saco, sorriu amavelmente e respondeu para a professora: -Tudo bem então. Vou me esforçar, senhorita Kurenai!

E é claro que essa entrevista talvez fosse a pior da história. Tenten não ia, de maneira nenhuma, virar amiga daquele Hyuga mesquinho, e muito menos começar a ter uma "amizade" com ele.

Mesmo que ele fosse inteligente, gentil com Hinata -graças a Deus que ele mudou!- e até bonitinho, na verdade, mesmo que Neji fosse insuportável não deixava de ser:

—Gostoso pra caramba...-murmurou experimentando o caldo.

—O que está gostoso, Tenten?! -berrou Anko da sala.

—O ensopado, tia! O ensopado tá gostoso!

 

||°°||

 

Sakura Haruno

Sakura não queria pegar carona com Sasori, mas ele insistiu. E quando digo "insistiu" quero dizer que a puxou com dentes rangendo em direção ao carro.

Sakura sempre foi nervosa, pavio curto por assim dizer, mas não conseguia brigar com Sasori. Nem com as meninas também. Talvez por consideração ao Akasuma, talvez porque os erros eram dela mesmo, mas não conseguia brigar igual discutia com Naruto e Ino.

—Por que não ficou comigo no intervalo?

Ele estava dirigindo no meio do horário de pico ao meio-dia, não era uma boa hora para discutir a relação.

—Porque fiquei com as meninas.

Sasori bufou virando o volante nas mãos.

—Suas amigas parecem mais importantes do que o nosso namoro - revirou os olhos. E são, quis dizer.

—Para de neura, amor. Não vi a Hinata e a Ino nas férias, só visitei a Tenten umas duas vezes, já você vi quase todo dia.

—Isso não é suficiente, Sakura! -berrou. A rosada se encolheu sutilmente no banco enquanto o semáforo não abria. -Mas que merda! -socou uma, duas, três vezes o volante- Eu tenho uma namorada pra quê se eu não fodo ela? Eu tenho uma namorada que não transa comigo, não tô entendedo mais isso, Sakura. Você é inútil. Inútil como namorada. Pra quê eu tenho uma "namorada" -fez aspas com os dedos- se ela não me dá atenção e prefere sair com as amiguinhas dela?

—Não é pra gritar comigo! -rebateu apontando o dedo no rosto do namorado- Não sou cachorro para me tratar assim.

—É sim! É a minha cadela. Ladra e não morde, só ameaça, só fica na matilha com as cachorrinhas dela.

Ouviu alguém buzinar atrás deles, mas nenhum dos dois ligaram.

—Respeito, Sasori! Quero respeito de você. Eu não te xingo e você não me xinga.-disse entredentes, essa era a pior briga dos dois. Ela não falava assim nem com Naruto, quem dirá com Ino.

—Vou começar a te xingar até você mudar e me dar mais carinho, Sakura. E vou começar agora...

—Sasori... -avisou cerrando os punhos.

—Sabe o que você é, Sakura? -debochou- Uma vadia! Vagabunda igual suas amiguinhas! Uma filha da put...

Ela socou o seu nariz.

Então os carros passavam buzinando e gritando com eles parados, enquanto Sasori tocava o filete de sangue que saía da sua narina esquerda.

—Me-Me desculpe, amor. Eu-Eu perdi a cabe... -sua cabeça foi jogada no vidro com um tapa.

Outro tapa foi dado no topo de seus cabelos róseos.

—Tá perdendo o juízo, Sakura? Quer apanhar que nem mulher de bandido? É isso?! -urrou cuspindo em seu rosto. Ela estremeceu olhando para qualquer um que passava de carro, implorando por ajuda, por socorro. Deslizou a mão por debaixo da perna e tentou abrir a porta. Trancada. Não tinha como fugir dele- Se é isso eu resolvo para você...

Outro tapa na barriga, outro na perna. Sakura se debatia e gritava para o namorado parar. Ele segurou os fios rosa nos dedos e esmurrou a cabeça da mulher na janela.

Sakura viu sua visão rodar, escurecer nos cantinhos.

Seu namorado levantou o mão do mesmo jeito que a cor-de-rosa fez antes, a menina colocou ergueu os braços se abraçando, tentando se proteger ao ver o punho se apertar. Seus olhos estavam possessos, o Akasuma parecia uma marionete controlada pela raiva. Sakura se preparou para a dor, e então... ouviu duas batidinhas no vidro do motorista.

Sasori baixou o punho e limpou o nariz, um carro estava parado do lado de Sakura, os vidros escuros impediam de ver quem estava dentro do veículo, mas era um homem que esperava o namorado da Haruno abrir o vidro.

O homem era forte, alto, com os cabelos presos em um rabo de cavalo baixo, duma cor negra semelhante aos olhos. Falando nos olhos, suas íris eram dum tom impressionante de preto que quase lhe parecia vermelho daquele angulo. Tinha rugas expressivas que iam das olheiras e desciam em diagonal até o final do nariz.

Sakura se empertigou, desceu o painel do espelho ajeitando os cabelos e vendo o roxo que já se formava no canto de seus lábios. Aquele cara lhe era familiar.

—Tá tudo bem aí, amigo? -perguntou o homem se apoiando no carro.

—Não, tá sim, só alguns probleminhas.- Sasori respondeu sorrindo. Sakura olhou para baixo.

—Hum. -resmungou o homem. Abaixou-se um pouco e encontrou o olhar esmeraldino de Sakura - E você, moça? Tudo ok por aqui?

Não! Ele me bateu, eu bati nele primeiro, mas foi ele que me xingou! Me humilhou! Se não fosse você tudo teria piorado.

Sentiu os olhos do seu namorado a queimando, a Haruno baixou queixo para o desconhecido não ver o inchaço que se formava.

—Sim, -sussurrou num fio de voz- tudo certo.

Ele não parecia convencido, Sasori começou a sentir ciúmes, Sakura sabia desse fato. As mãos do namorado se remexiam inquietas no colo.

—Então, parceiro, pode dar uma licença por aqui? Sabe, é que a gente quer chegar em casa logo... -e riu.

—Não, beleza. Foi mal atrapalhar aí -o estranho se retirou e deu a volta no carro dos dois.

Sasori voltou a dirigir e Sakura viu pelo retrovisor o desconhecido abrir a porta do carro no acostamento.

—Não gostei desse cara -Akasuma fez bico, a cerejeira suspirou se ajeitando no banco, com a cabeça latejando e encolhida. O medo do seu namorado voltar a bate-la a deixando num estado de torpor.

—A gente pode recomeçar, rosinha. Eu prometo nunca mais bater em você -a olhou, viu as esmeraldas cheias de água e voltou a olhar para frente-, mas você tem que me prometer que vai me dar mais atenção. Somos namorados afinal, certo?

Somos namorados porque eu te escolhi para me completar. E eu me arrependo cada dia da minha existência de ser você o cara escolhido! Você não me merece, Sasori. 

É só eu me cansar que eu te largo, é só alguém me ajudar a sair desse inferno, é só alguém aparecer para botar você na linha e me proteger que eu te denuncio. Que nunca mais olho para essa sua cara de bosta.

—Sim, -ficou vendo a paisagem passar pela janela- somos um casal.

Sasori não pediu desculpas. Não pediu desculpas nem quando se despediram, muito menos nos semáforos vermelhos. Não pediu desculpas quando a deixou em casa e muito menos quando ela abriu a porta. Não pediu desculpas nem por mensagem.

Sasori não é o tipo de cara que se arrepende pelo que faz.

 

 

|| =*= ||

No outro carro...

 

—Eai, foi lá? -perguntou o irmão mais novo no banco do passageiro.

O homem bateu a porta do carro, passou as mãos nos cabelos colocando alguns fios frisados no lugar.

—Pelo jeito estavam brigando, o cara tava com o nariz quebrado. A menina tinha um rosto de choro, -respondeu girando a chave na ignição e acelerando- o lábio cortado, encolhida no banco... Com certeza ela bateu nele primeiro e depois o namorado revidou.

O menor bufou olhando os carros passarem.

—Os gritos dos dois podiam ser ouvidos daqui. -murmurou. Os dois irmãos eram muito parecidos, a principal diferença era que o mais velho possuía linhas de expressão e cabelos maiores que o mais novo. Fora a altura, alguns centímetros maior - Como a menina era?

—A menina? -olhou o irmão e depois voltou a focar no trânsito- Cabelo cor-de-rosa, olhos verdes. Os olhos dela são selvagens, sabe? Uma cor de esmeralda, bom, se não estivessem vermelhos.

Os lábios do irmão caçula se espremeram.

—Eu conheço ela, é a menina irritante que eu te falei.

—Antes de sair da escola? -mudou a marcha. O outro confirmou- Pelo menos você vai conseguir ajudar ela lá, tenta mantê-la longe do sujeito. O garoto não era muito legal para fazer isso não, e se ela bateu nele primeiro algum motivo tinha.

—Sakura nunca começou uma briga por motivos estúpidos. -comentou dizendo para si mesmo.

—Você está de volta, isso já basta, irmãozinho. Lá na VF você vai poder ficar de olho na... Sakura, certo? Vai conseguir ficar de olho na Sakura, vai ver o lerdo do Naruto, os seus outros colegas... Mas antes vamos refazer sua matrícula, Sasuke.

O Uchiha assentiu.

—Vamos rápido então, Itachi. -riu balançando a cabeça, disfarçadamente engoliu em seco, empurrando a sensação ruim para o fundo da boca do estômago.

 

 


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Notas finais do capítulo

EITA, é eita atrás de eita meus consagrados

Ino botou um ponto final nisso aí ein
Tenten achando o Neji gostoso? HMMMMMMMMMM

eu, particularmente, adoro as partes da Tenten, me identifico muito com ela então acabo me esforçando mais.

Temos uma briga entre o Sasori e a Sakura, eu espero que esse cara morra

Feminicídio, agressão contra a mulher é crime! Não deixe o cara ileso, manda ele pra apanhar na cadeia.
Ligue 180, ou vá á uma delegacia mais próxima

Surgimento do SASUKEEEEE, e meu Itachilindo salvando o dia.
AMO

é isso gente, se cuidem, fiquem em casa, bebam água e até a próxima ♥ ♥ :D



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