Chance || Seth Clearwater escrita por Katherine


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Seth Clearwater.

 

 

Eu estava com os nervos à flor-da-pele. Quarenta e oito horas sem dormir, turnos dobrados com a matilha e além disso precisava lidar com o temperamento explosivo da minha irmã. Tudo ao meu redor parecia um caos. Fazia dois dias que Leah havia tido o seu Imprinting por um homem que a poucos dias havia se mudado com a filha para La Push, e isso era exatamente tudo o que sabíamos sobre o sujeito.

Quer dizer, sabíamos também que ele era um caçador.

Estava na cabeça de minha irmã no momento em que a magia aconteceu. Ela, em sua forma lupina, fazia a patrulha naquela tarde, quando farejou o cheiro do intruso. Mesmo que eu pedisse para esperar, Leah me ignorou por completo – como sempre – e foi até o encontro do homem, tomando o maior cuidado para não ser vista. Mas quando ele a encarou, ela não pode reagir, era tarde demais. Paul e eu nos aproximamos o mais rápido que conseguimos quando o homem apontou uma arma na direção na loba, mesmo que fosse perceptível o quão nervoso ele estava por dar de cara com uma fera daquela. Ela não se moveu nem mesmo quando o dedo do caçador encontrou o gatilho da arma, pronto para atirar. Próximo o suficiente para sentir o cheiro do homem, eu rosnei, fazendo com que ele errasse a mira e disparasse contra um ponto qualquer da floresta. Por ser mais velho, e mais rápido, o lobo Paul foi o responsável por espantar o atirador para longe o suficiente da floresta, com muitos rosnados.

Além de termos que lidar com os xingamentos de Leah, que em suas palavras disse que tinha totalmente o controle da situação e que fomos absurdamente idiotas em espantar o seu Imprinting, estávamos correndo um sério risco de que o humano expusesse a nossa raça. Sam e Jacob deram as ordens para que dobrássemos o turno, ou seja, além de dois dos nossos cuidarem da floresta, outros dois membros da matilha precisavam ficar de olho em cada passo que aquele homem dava.

— Ei, Seth – Jacob se aproximou, em forma humana. Ele deveria estar na oficina, não entendia o que ele estava fazendo na floresta, mas parecia nervoso – Os Cullen falaram com você?

Droga!

Só de ouvir aquele sobrenome os pelos da minha nuca se arrepiaram e o meu lobo resmungou. Fazia mais de vinte horas que eu havia prometido a mim mesmo que não largaria tudo para ir atrás de Louise, afinal, ela estava com a família e eles poderiam protege-la, certo? Do outro lado, eu tinha as minhas obrigações com a matilha e uma irmã que parecia planejar a morte de todos nós sempre que nos encarava.

Me escondi entre as arvores para voltar a minha forma humana, sentindo falta de tocar os meus pés humanos no chão assim que senti o lobo se retraindo. Eu realmente gostava da sensação de estar sob quatro patas, mas depois de tanto tempo em forma lupina, era impossível não sentir a falta do seu lado humano.

— Ontem à noite – murmurei com a voz tão rouca que fez com que eu me surpreendesse. Realmente precisava descansar – Por que?

O Black deu de ombros.

— Você está um trapo.

— Eu sei – cocei os olhos – Como estão as coisas na oficina?

— Eu dou conta por enquanto, não se preocupe. Mas deveria ir descansar um pouco... eu sei que está preocupado com a Leah, só quero lembra-lo que ela sabe se cuidar.

Neguei com a cabeça.

— Ele apontou uma arma pra cabeça dela, Jake. Você precisava ver. Leah ficou parada, sem conseguir se mover!

— Você não pode julgá-la, foi na hora que a magia aconteceu. Tenho certeza que a reação seria diferente agora.

Não importava de muita coisa, eu não tinha os planos de tirar os olhos daquela casa tão cedo.

— Algum comentário na reserva? – perguntei, tentando mudar de assunto.

— Aparentemente ele ainda não falou nada. Tudo está normal demais. E você já descobriu alguma coisa?

— Pouco – suspirei, cansado – O nome do cara é Ruan e a filha se chama Florence e tem uns dez anos. Ao que tudo indica são só os dois na casa e tudo é sempre muito quieto. Eles não saíram para fazer muitas coisas nos ultimas dias... Sabe, só caçar lobos.

— Será que ele é casado? – o Black perguntou, olhando para a janela da casa, mas não havia nenhum movimento ali.

— Eu não sei – resolvi deixar pra lá – Mas então, você estava falando dos Cullen.

— Ah, sim – fez uma careta – Falou com a Louise ontem à noite?

— Sim. Com Alice também.

— Alice? Por que?

— Por causa do aniversário da Louise. Os Cullen vão fazer um jantar hoje.

Ele arregalou os olhos.

— É aniversário da Louise e você não está com ela? Eu sei que temos regras para cuidar dessa situação, mas Sam e eu não nos importaríamos em trocar os horários de ronda. É a primeira vez que você vai passar o aniversário do seu Imprinting. Que merda deu em você, cara?

Deixei meus ombros caírem ao lado do corpo. Jacob não precisava fazer com que eu me sentisse pior.

— Acha que eu não queria estar lá?! – rosnei – Porra, Jacob, você melhor do que ninguém sabe como eu me sinto. Mas a Leah é a minha irmã e eu sei muito bem que a Louise vai aproveitar o dia com a família hoje, estou feliz por isso.

— Com os Cullen e com o Nahuel? – ele cruzou os braços na altura do peito, arqueando a sobrancelha.

— Por favor, não me provoca – pedi, apertando os olhos.

As mãos do meu amigo pararam no meu ombro, sacudindo o meu corpo. 

— Eu entendo que você tem muita responsabilidade com Sue e Leah desde que o seu pai morreu, mas relaxa que nós daremos conta disso. Vai pra casa dos Cullen agora, eu assumo daqui.

— Por que você quer tanto que eu vá? – perguntei, já me irritando com a situação.

É claro que eu queria, com todas as minhas forças, ver Louise e passar cada segundo daquele dia ao seu lado. Mas tudo o que aconteceu com Leah me deixou tão desconsertado que fez eu me culpar por estar distante demais nos últimos dias.

— Não sei direito, mas tem alguma coisa acontecendo. Só que eu não posso sair da reserva agora – comentou, tirando as mãos do meu ombro – Talvez Louise esteja irritada com você.

— Como assim? Por que? – ele deu de ombros – Do que você está falando, cara?

— Ness não me atendeu ainda. Edward disse que ela estava dormindo quando eu liguei.

— E o que a Louise tem a ver com isso?

— Eu sei lá. É só uma suposição. Talvez ela esteja tão irritada que Nessie tomou as dores da tia e nenhuma delas quer falar com a gente.

— Que droga! – resmunguei, pensando em mil formas de me desculpar assim que a encontrasse.

— Sim, uma droga. Anda logo, eu vou cuidar disso – falou, apontando para a casa do Ruan.

— Valeu, Jake.

Não pensei em me transformar de novo. Apenas corri em minha forma humana em direção a casa dos Cullen, rezando aos ancestrais que me ajudassem. Não poderia suportar a ideia de ter que lidar com a magoa da nova Cullen também. Eu já estava lidando com merda demais naquele momento, mas sabia que essa era a única da qual eu não teria forças para suportar.

Ouvi passos rápidos se aproximarem e parei, tentando distinguir o cheiro. Ainda estava longe da mansão, e aparentemente, longe do cheiro também, pois não consegui identifica-lo. Então forcei a minha audição, que era a minha melhor característica, afim de captar o responsável.

Um não. Eram dois.

— Você quer voltar? – a voz do anjo perguntou, e eu automaticamente relaxei.

Mesmo que estivesse longe o bastante, sua voz sussurrada chegou como melodia aos meus ouvidos e eu tive que segurar a vontade de chorar de saudade ali mesmo. Meus olhos ansiavam por vê-la, enquanto o meu corpo formigava por sentir a sua pele.

— Não, tia Louise. Eu estou bem – reconheci a segunda voz como a de Renesmee.

O que elas estavam fazendo sozinhas?

Forcei meus pés a andarem mais um pouco, aproximando-me das meninas que caminhavam, sem notar a minha presença. Afastei o galho de uma arvore, que tampava a minha visão e quase cai para trás ao me deparar com a filha de Edward e Bella. Caramba, Nessie devia ter crescido dois anos nos últimos dois dias.

O movimento brusco das folhas caindo no chão fez com que as duas parassem de andar e olhassem assustadas na minha direção, mas elas relaxaram no momento em que me viram.

Eu ainda não conseguia formular uma palavra descente. Céus, Jacob precisava saber disso. Não que Renesmee fosse uma adulta completa, longe disso, ela aparentava estar na adolescência, basicamente com a idade que eu me transformei... mas eu tinha consciência que ele gostaria de participar de todas as fases da hibrida.

— Seth! – Louise atraiu a minha atenção, parecendo bem nervosa. Desviar meu olhar de Renesmee fez com que eu esquecesse completamente de todos os problemas que me cercavam e focasse somente na loura a minha frente. Engoli seco ao encarar tamanha perfeição – Oi.

Sem ter controle nenhum sob os meus pés descalços, eu corri me aproximando dela, que sorriu abertamente antes que eu pudesse puxa-la para os meus braços. Ela escondeu o rosto no meu peito, e contornou o meu corpo em um abraço apertado. Tão apertado que eu deixei de respirar. De olhos fechados, encostei o nariz em seus cabelos, aspirando o cheiro de morangos que vinha dali. O nó novamente se fez presente em minha garganta e dessa vez eu não fiz menção em controlar as lagrimas que se prenderam em meus olhos.

Eu realmente estava morrendo de saudades.

— Oi. Oi, anjo. Você está bem? – apertei-me mais ainda contra o meu corpo, tirando seus pés do chão e sustentando o seu peso em meus braços. Daquela forma eu podia olhar o seu rosto. Ela devolvia o olhar, com um sorriso gigante e concordou em um aceno – Eu morri de saudades de você. Me desculpe por estar afastado a tanto tempo, aconteceram algumas coisas e eu prometo que vou te explicar tudo!

Ness pigarreou, atraindo a nossa atenção.

Coloquei Louise no chão, mas não permiti que se afastasse.

— Ei, Ness! Também senti sua falta, baixinha – cumprimentei – Você cresceu hein.

Vi seu rosto corar e ela retribuiu com um sorriso fraco. Achei sua reação estranha, mas preferi não perguntar.

— Ela ainda está se acostumando com a nova condição – Louise murmurou, lançando um sorriso confortador para a sobrinha – Jacob está ocupado?

— Um pouco. Mas... você quer falar com ele, Ness? Posso leva-la até lá.

Renesmee se aproximou, tocando o braço exposto da tia. Entendi que ela estava transmitindo os seus pensamentos.

— Só se estiver pronta – Louise respondeu-lhe.

— Eu estou – me encarou – Você pode me levar, Seth?

— Claro.

Abracei Louise pelos ombros, sabendo que eu não aguentaria a distância se me transformasse em lobo. As Cullen uniram as mãos e daquela forma caminhamos novamente até a casa de Ruan, onde Jacob estava sentado no chão, com os olhos fixos na janela. Quando ele percebeu a nossa presença, automaticamente ficou de pé, mas quase caiu com a bunda no chão ao encarar seu Imprinting. O anjo soltou uma risada baixinha e eu a acompanhei.

— Oi, Jacob – Louise acenou, largando a mão de Renesmee. Eu ainda a abraçava – Nós queríamos convidar você e o Billy para jantar lá em casa essa noite.

— A-Ah, Sim! Sim! – assentiu – A propósito, feliz aniversário!

— Obrigada.

Me senti um belo de um idiota por ter ficado tão extasiado com a sua presença que nem se quer me lembrei de parabeniza-la.

— Jake, eu preciso levar a Louise em algum lugar por algum tempo... – fiz uma careta ao perceber que estava me enrolando todo – Você pode... ficar com a Nessie?

Ele rolou os olhos.

— Por que você está pedindo? Saia daqui, cara.

Nem tentei responder a ele, apenas puxei a Cullen para fora da floresta, indo em direção a minha casa.

— Ir a algum lugar por algum tempo? – ela perguntou, prendendo a risada.

— Não tem graça. Acho que a Nessie queria falar com ele, mas não com a gente ali.

— Você parece bem cansado.

— Eu estou – tirei o meu braço de seu ombro, ficando de frente para ela – Eu estava com tanta saudade que esqueci de te parabenizar. Feliz aniversário, Louise Cullen. Quero que você seja a pessoa mais feliz do mundo inteiro.

— Obrigada, Seth – abraçou-me novamente – Muito obrigada. Alice convidou você, não é?

Concordei.

— Alice convidou Charlie, minha mãe e Leah também.

— Legal. Eu queria convidar os outros também, mas você e o Jacob parecem tão cansados que eu não sei se é uma boa ideia.

— Bom, Emily está tranquila com essa coisa toda. O problema são os lobos. Estamos realmente nos desdobrando em vários pedaços para descobrir algumas coisas.

— Que coisas? – perguntou.

Puxei a sua mão na minha, para que voltássemos a andar.

— Leah teve um Imprinting— despejei – E o cara é novo na cidade, e ao que tudo indica ele é um caçador. Não tenho noção se sabe algo sobre nós... mas ele quase atirou na minha irmã a dois dias atrás.

— Nossa – murmurou, me fitando pelo canto do olho – Agora entendo o motivo de terem sumido.

— Você ficou bem?

— Senti sua falta. A do Jacob também, mas não deixe que ele saiba disso – eu ri e concordei. Ela encarou a minha casa a poucos metros de nós – Por que estamos indo para a sua casa?

— Deixe de ser tão curiosa – beijei seus cabelos – Já vai saber o porquê.

Apressei o passo, vendo que minha irmã não estava em casa e havia deixado a porta entreaberta. Leah tinha essa mania. Mesmo que La Push não oferecesse muitos riscos, eu não gostava de quando ela fazia isso. Afinal, lidávamos com o mundo sobrenatural, sabe-se lá o que poderia andar entre nós.

— Preciso que me espere por um minuto – pedi, assim que entramos na casa.

— Por que?

— Um minuto.

Deixei-a esperando com uma expressão de dúvida estampada no rosto e corri até o meu quarto procurando o presente que eu havia comprado em uma das lojinhas da reserva. Já estava comigo a alguns dias, eu só não havia achado o melhor momento para entregar, e a decisão de Alice favoreceu a minha escolha.  Sai do quarto com a pequena embalagem azul na mão, e assim que a viu, Louise pendeu a cabeça para o lado.

— É pra você – estiquei a embalagem em sua direção e ela sorriu.

— Não precisava, Seth – mordeu o lábio inferior, segurando o presente nas mãos – Eu nunca ganhei um presente antes, sabia?! Muito obrigada por isso.

Antes que pudesse abri-lo, ela me abraçou novamente e eu tive que fazer um esforço ainda maior para afastá-la.

— Fico feliz de ser o primeiro.

Ela sorriu e abriu delicadamente a embalagem, tirando o colar dali.

Sentei-me no sofá, analisando sua reação ao encarar os pingentes. O sorriso havia sumido de seu rosto, mas a boca continuava entreaberta. Havia um pingente grande com uma lua e ao lado dele uma pequena pedra talhada em um coração vermelho carmesim.

— Algumas lendas dizem que a primeira paixão de um lobo foi a lua. Um dia os deuses concederam a permissão para que ela andasse livremente na Terra por uma noite, quando isso aconteceu ela e o encontrou, o homem se apaixonou no mesmo segundo, mas o destino dela não era estar ali. O lobo não morreu sem o seu amor, mas ele nunca a esqueceu. Por isso, todas as noites, ele uivava de saudade enquanto encontrava a lua no céu. Ela dava sentido à vida dele, e mesmo que não pudessem ficar juntos, era a lua quem o guiava quando anoitecia – ela tirou os olhos do colar para me encarar – Posso dizer que sei como ele se sentia. E toda vez que eu olho pra lua, me lembro de você. Porque eu sei que não importa o que aconteça, é você quem me guia e que dá sentido à minha vida, Louise.

— Eu não sei como agradecer, Seth. Sério! O colar é muito lindo e sem dúvidas esse será o melhor presente que eu vou ganhar em toda a minha vida – foi inevitável não sorrir, e não ficar de pé novamente, ao ouvir suas palavras. Tudo o que eu queria era que ela gostasse do presente – E significa tanto.

— Você não tem que agradecer... – ela me interrompeu, levantando um dedo em minha direção.

— Se eu não falar agora, não sei quando terei coragem de dizer novamente. Por favor, só me escuta – assenti, sentindo as mãos suarem em nervosismo e o sorriso sumir do meu rosto – O maior presente que você já me deu é o seu amor e eu não sei dizer em palavras o quanto agradeço por tê-lo. Suas palavras, o seu olhar, o seu toque... tudo é muito intenso com você e eu nunca fui acostumada com isso. E por mais que, inegavelmente, eu me encontre completamente apaixonada por você, a força do Imprinting é imensa e não sei se conseguirei retribuir esse sentimento com tanta grandeza algum dia, mas posso lhe garantir que você é a primeira pessoa que eu sinto que amo de verdade, e queria que fosse o primeiro a ouvir essas palavras da minha boca. Já pensei por mil vezes o quanto a sua vida seria melhor se eu não aparecesse, porque não sei o meu futuro, estou colocando os Cullen e todas as pessoas da qual eu me envolvo em risco, sem saber se um dia os Volturi lembrarão da minha existência... mas sou egoísta ao ponto de não me importar com nada disso quando estamos juntos, então eu quero pedir, por favor, que fique ao meu lado.

Todo o nervosismo foi arrancado do meu corpo pela ternura de suas palavras. Eu acreditava que qualquer pessoa humanamente comum conseguisse ouvir o meu coração palpitar tão rapidamente que obriguei-me a respirar fundo na tentativa de me acalmar e poder responder algo em à altura em troca. Sentia que o meu corpo flutuava e o cansaço que estava sentindo nas últimas horas fosse tão insignificante perto da vontade que eu tinha vontade de passar intermináveis horas apenas olhando pra ela.

— Sou eu quem deveria pedir.

— Não seja machista – advertiu, sorrindo de canto.

— Não tem nenhum outro lugar no mundo que eu queira estar mais do que ao seu lado, em cada segundo da minha vida, meu amor.

Vi seu sorriso aumentar ainda mais e ela esticou o colar na minha direção.

— Pode me ajudar a colocar?

Assenti, pegando a joia na mão. Louise virou-se de costas, segurando o cabelo na lateral do rosto e eu coloquei o colar no lugar, demorando mais tempo do que o necessário, porque a visão de sua pele tão exposta estava deixando-me hipnotizado. Desci minha mão até a sua cintura, fazendo com que vira-se em minha direção. Ela soltou os cabelos, entrelaçado os dedos ao redor do meu pescoço.

— Eu te amo. Sempre acho que já vivi o dia mais feliz da minha vida, mas cada novo dia ao seu lado, eu tenho certeza que é oficialmente o dia mais feliz da minha vida.

Ela riu baixinho, me roubando um beijo rápido. Rápido demais.

—  Eu te amo tanto, meu... como é mesmo que os humanos falam? – olhei sugestivamente pra ela, sabendo que ela não tinha dúvidas de como os humanos nomeavam aquele tipo de relação. Louise rolou os olhos, tenho a confirmação de eu queria que ela dissesse, mas sorriu ao sussurrar a última parte – Namorado.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo?
XOXO.



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