Dramione | Seis anos depois escrita por MStilinski


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

oi gente!!!!

primeiramente e mais importante de tudo: muito obrigada a leitora Birdie que recomendou a fic!! eu fiquei realmente emocionada, talvez meus olhos tenham chegado a suar um pouquinho haha
mas de verdade, muito obrigada mesmo, é minha primeira fic recomendada e isso é muito significativo mesmo ver todo o reconhecimento! muito muito obrigada, nunca vou conseguir agradecer o suficiente! ♥

por fim, muito obrigada também aos comentários, passei esses dias "sumida", mas já voltei ao meu ritmo de escrita, então tenho uns bons capítulos prontos para vcs!
obrigada por não desistirem de mim e da fic durante esse bloqueio - tenso - criativo!! haha

boa leitura!



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Quando Draco voltou – demorando bem mais que dez minutos – Hermione já havia terminado de fazer um pequeno almoço para ambos. Draco parecia irritado e simplesmente passou direto por ela na sala de jantar, sem falar nada.

Ela não entendeu. Eles estavam bem, certo? Na medida do possível. Estavam se tratando bem, conseguiam até rir juntos novamente. Não compreendeu o porquê da grosseria de Draco, principalmente depois que ele bateu a porta do escritório com força, o barulho ressoando por toda a casa.

Aquilo deixou Hermione um pouco irritada. Ela não merecia aquele tratamento infantil. Respirou fundo e sentou-se à mesa, se sentindo uma boba por ter o esperado para almoçar. Hermione comeu sozinha, a infantilidade de Draco correndo pela sua cabeça, mas ela não queria e não iria se deixar ser dominada pela raiva.

Após seu almoço, Hermione levou tudo para a cozinha e lavou a louça, deixando tudo milimetricamente organizado, como tudo parecia ser na casa de Draco. Depois resolveu explorar a casa, pois precisava de um banho e ainda não havia encontrado um banheiro naquela casa gigantesca e não usaria o do quarto de Draco.

Havia um lavabo no andar de baixo, ao lado do escritório e foi onde Hermione tirou o curativo de sua testa. Poções cicatrizantes eram ótimas, não havia mais nenhum corte, apenas um pequeno inchaço e vermelhidão do sangue que havia escorrido. Ela lavou o rosto e jogou o curativo fora. Deu um jeito em seu cabelo, deixando-o preso em um rabo de cavalo e se olhou no espelho.

As marcas da mão de Davies ainda estavam no seu pescoço, um pouco roxas, uma aparência nada agradável. Ainda estava dolorido a qualquer mínimo toque e engolir toda a comida naquele dia havia sido um feito e tanto. Talvez ela encontrasse algo no porão que diminuísse o incômodo.

Ela foi para o segundo andar, ainda explorando a casa gigantesca. Não entendia por que Draco tinha uma casa daquele tamanho se era apenas ele. Será que ele pretendia ter filhos? Havia quatro quartos de hóspedes, espaço demais para crianças. Será que Draco tinha alguém? Ela nunca o tinha visto com nenhuma mulher... Hermione bufou, fechando a porta de um quarto decorado em tons de marrom que tinha vista para a  frente da casa – havia um grande jardim, com uma fonte bem no centro, e portões de ferro ao longe; nenhuma casa visível em uma raio de trezentos metros pelo menos -, se sentindo estúpida por querer saber da vida de Draco, por se importar com isso.

Todos os quartos eram suítes e em todos havia toalhas e tudo o que Hermione precisava, mas ela não se sentia confortável em simplesmente ir tomar banho – iria avisar Draco. Ele era o dono da casa, afinal de contas.

Hermione voltou ao primeiro andar e respirou fundo antes de bater na porta do escritório, torcendo para que Draco não estivesse no seu mau humor infantil de mais cedo.

— Entre. – a voz dele soou e ela abriu a porta.

Draco estava parado na janela, pegando um pacote pardo de dentro da bolsa de uma coruja cinzenta. Ele entregou algumas moedas para a coruja e o animal saiu voando pelo céu azul.

— O que é isso? – Hermione perguntou, sem conseguir conter sua curiosidade.

Draco desembrulhou o pacote e eram dois livros de capas pretas.

— Livros de feitiços da biblioteca de Nott. – Draco disse – Podem nos ajudar a descobrir alguma coisa. – ele olhou para ela – O machucado parece melhor.

— Está. Posso dar uma olhada? – ela disse, apontando para os livros; poderia deixar o banho para mais tarde, afinal, ela nem tinha outra roupa para colocar.

Hermione pegou os livros, um tão pesado que ela mal conseguiu segurá-lo somente com uma mão – esse se chamava “Feitiços para uma longa vida do mal”. O outro mais fino era apenas um “guia básico para o início das artes das trevas”.

Hermione ficou folheando os livros, enquanto sentia os olhos de Draco sobre ela. Ela o encarou, confusa.

— O que foi? – perguntou.

Draco deu de ombros e bebeu um copo de vodka pura. Hermione ficou surpresa.

— Pensei que só bebesse whisky. – ela falou, achando Draco estranho.

— Você não sabe tanto de mim quanto pensa.

Hermione franziu o cenho. Ele foi totalmente rude e esse não era o jeito que eles se tratavam mais.

— Pelo jeito não. – ela disse, ainda achando todo aquele comportamento grosseiro muito repentino – Aconteceu alguma coisa na casa de Nott?

— Não. Ele só disse que vai ajudar. Por que acha isso? – Draco se serviu de mais um copo, mas dessa vez de whisky.

Ele tomou tudo de uma só vez novamente.

— Quantos desses você já tomou? – ela perguntou, cautelosa.

— Estou na minha casa, posso tomar o que eu quiser, Hermione.

Draco a encarava de um jeito...briguento. Ele estava nervoso com ela.

— Por que está agindo desse jeito? – Hermione perguntou, ainda tentando manter a paciência; não duraria muito tempo se Draco continuasse a tratando daquele jeito, Hermione não era de levar desaforo para casa e aguentar grosseria sem motivo.

— Estou normal.

Eles se encaram mais alguns segundos, Draco ainda a observava de um jeito estranho e ela não estava gostando.

Draco se sentou na cadeira atrás da mesa e Hermione continuou folheando o livro mais fino. Um silêncio estranho reinou no cômodo enquanto Hermione lia.

O livro era realmente apenas um guia. Dizia o nome dos feitiços em ordem alfabética, uma orientação sobre como manipular a varinha e o que o feitiço causaria. Havia alguns terríveis ali, como um chamado “Esboniad” que fazia com que o coração da pessoa atacada explodisse dentro de seu corpo. Definitivamente uma morte totalmente desagradável – não que houvesse mortes agradáveis, mas existem modos mais simples, com toda certeza.

Hermione leu algumas páginas e então foi para a página dos feitiços com M. Eram apenas três páginas, frente e verso, e o feitiço Macula era o primeiro deles. A definição era simples: o feitiço marcaria a pele de seguidores de uma determinada pessoa, mas era um feitiço raro e que somente poderosos bruxos conseguiriam realizar, pois demanda muita energia. Não havia a orientação de como usar a varinha. Hermione achou isso estranho.

— Olhe – ela mostrou a página do feitiço para Draco, entregando o fino livro para ele – Não tem a maneira de manipular a varinha.

Draco leu o que ela mostrava, franzindo o cenho.

— É. É estranho. – ele disse, por fim.

— Será que pode ter algo a ver com a posse do feitiço?

— Pode ser. Talvez seja algo que realmente poucos possam saber. O lado das trevas é realmente competitivo na tentativa de mostrar quem são os piores, então não é seguro deixar uma maneira de colecionar seguidores por aí.

Hermione assentiu.

— Talvez no outro livro tenha algo mais. – ela disse – Mas eu queria saber onde eu poderia...

— Por que você não pergunta, Hermione? – Draco a cortou, os olhos fixos nela.

Hermione ficou confusa.

— Perguntar o que? – ela disse.

— Por que não pergunta por que eu nunca voltei?

Hermione foi definitivamente pega de surpresa.

Ela não pensava exatamente naquilo há algum tempo. Tinha certas decisões quanto à Draco: não deixar ele virar sua vida de cabeça para baixo, não deixar seus sentimentos voltarem, não se permitir a mais nada com ele. Porém, ao mesmo tempo, gostava do tempo que passava com ele, gostava da leveza que eles conseguiram recuperar.

É claro que o fato de ele não ter voltado durante esses seis anos a magoou. Era por isso que ela não se permitia a nada mais com ele, apesar de sua mente estar definitivamente mais confusa, de um jeito involuntário que apenas ele conseguia deixá-la.

Mas ela não queria saber por que ele nunca voltou. Tinha as respostas na sua cabeça: nada durante os poucos meses que viveram algo juntos realmente significou algo para ele, talvez ele realmente tivesse notado o quanto eles eram opostos ou então ela era apenas uma diversão. Ela aceitava essas respostas, porque eram as respostas que ela havia criado.

Ela não precisava da verdade. E se a verdade fosse pior do que tudo que ela havia criado para justificar a ausência de anos de Draco em sua cabeça?

— Porque não quero saber. – Hermione respondeu, a voz um tanto quanto fraca. Ela definitivamente não esperava por aquilo.

— Então essa pergunta nunca passou pela sua cabeça?

Hermione respirou fundo.

— Passou pela minha cabeça, mas eu mesma respondi à pergunta e procurei não saber mais disso. Apenas.

Draco franziu o cenho, ficando de pé, ainda com a mesa entre eles.

— E qual foi a sua resposta? – ele perguntou, cruzando os braços.

— Você não precisa saber e eu não quero falar.

— Eu quero saber.

— Bom, eu não quero falar.

Draco revirou os olhos.

— Vamos realmente ficar nesse diálogo infantil? – ele perguntou, irritado.

— É uma boa pergunta. Podemos resolver isso bem fácil: é uma pergunta que não faz mais diferença nas nossas vidas, então podemos simplesmente deixar isso de lado.

Ela sentia um sentimento de raiva começando a tomar seu corpo, mas não queria ceder as provocações, não queria que ele soubesse nada do que ela sentia sobre tudo aquilo; ela nem mesmo queria pensar sobre os motivos de Draco ter lhe deixado há seis anos, mas ele parecia querer obriga-la a pensar nisso novamente. Como se ela não tivesse pensado suficientemente nisso por anos...

Draco se aproximou dela e Hermione não recuou, porque ela não era esse tipo de pessoa. Ele parou na sua frente, os corpos quase colados, a respiração de Draco acima de si graças a diferença de altura entre ambos.

Hermione sentiu o cheiro forte de álcool que ele emanava.

É claro, fazia sentido. Ele havia demorado bastante na casa de Nott, talvez eles tivessem bebido um pouco, uma pequena confraternização sonserina. E desde que Hermione havia pisado naquele escritório Draco já havia virado dois copos de bebida com teor alcóolico considerável. Ele estava bêbado, por isso estava perguntado aquilo, transpassando essa barreira imaginária dos assuntos proibidos entre eles.

— Você está bêbado. – ela disse, o tom de reprovação bem claro em sua voz.

Draco deu um sorriso de canto, um tanto irônico.

— Eu saberia se estivesse. – ele disse – Passei muito tempo bêbado, se quer saber.

— O que você quer dizer com isso? – ela definitivamente estava mais nervosa.

— Por que eu não voltei durante seis anos, Hermione?

— Eu já disse que não quero saber! – a voz dela se elevou, mas apesar de não gritar, o tom de voz pareceu muito alto pela proximidade entre eles.

— Você não quer saber ou você tem medo de saber?

— Eu não tenho medo!

— Então pergunte! – dessa vez o tom de voz dele foi definitivamente muito alto para a proximidade deles e por isso Hermione deu um passo para trás.

O ambiente estava tenso e o olhar que os dois trocavam emanava fogo, mas toda aquela ardência parecia pura raiva e aflição.

— Por que quer que eu saiba os seus motivos de não ter voltado? – Hermione perguntou, sentindo seu rosto arder – Que diferença vai fazer, Draco? Já tem seis anos.

Aparentemente, Draco não esperava aquela resposta dela. O rosto dele suavizou um pouco, aquela raiva repentina desaparecendo pelo menos por alguns segundos, enquanto olhava Hermione como se analisasse todos os centímetros do rosto dela. O silêncio durou algum tempo entre eles e então Draco simplesmente se virou e se serviu de mais um copo de vodka pura.

— Você vai beber mais? Estamos no meio da tarde, por Merlim! – Hermione exclamou, totalmente indignada.

Draco virou o copo todo e fez uma careta.

— Que droga está acontecendo com você? – Hermione perguntou, olhando para Draco sem entender, porque ela realmente não estava entendendo mais nada.

Eles estavam bem, pelo menos até onde era possível. Estavam conseguindo avançar com o trabalho relacionado aos Comensais, estavam conseguindo conviver bem. Draco parecia até mesmo se importar com ela, como Hermione achou bem visível na noite anterior, quando ela apareceu ali após o ataque de Davies em seu apartamento.

Ela simplesmente não entendia mais.

— Você. – Draco respondeu, olhando para ela – Você está acontecendo comigo.

Hermione não respondeu. Ela nem mesmo sabia se conseguiria, porque nunca, em nenhum momento de todos aqueles dias que Draco havia voltado de repente para sua vida, ela esperava ouvir aquelas palavras saírem da boca dele.

Draco continuou olhando para ela, mas ficou em silêncio por vários minutos. Hermione não ousou nem mesmo respirar diferente, pois sentia que qualquer coisa poderia acabar com aquele momento – o que quer que aquele momento fosse.

— Você não pode pensar que eu não voltei porque você não significou nada para mim. – ele disse – Eu sei que é isso que você pensa. Que você foi um passatempo, uma recaída de um adolescente em sofrimento. Você não foi nada disso, você foi mais do que eu jamais vou conseguir admitir. Então não pense que esses foram os meus motivos, porque a pior decisão que já tomei foi não voltar. Mas eu achava que não conseguia, eu não conseguia... me mover. Pelo menos não na sua direção.

— Eu não quero saber. – Hermione disse, mais rápido do que seu cérebro conseguiu processar.

Ela não podia saber. Tudo o que ele estava falando já era demais, já havia sentimentos demais envolvidos naquelas poucas palavras. Hermione não conseguiria processar. Draco causava algo nos seus pensamentos e no restante das suas emoções e do seu corpo que ela nunca saberia explicar, mas ela tinha certeza sobre uma coisa, algo que ela já havia sido clara para si mesma há muito tempo: ele não poderia mexer com sua cabeça novamente, virar totalmente o seu mundo outra vez.

Ela não podia ouvir mais nada do que ele dizia, porque se Draco continuasse com aquela fala, com a sinceridade que ele emanava, ela não conseguiria conter sua vontade de ir até ele, de abraçá-lo e dizer que estava tudo bem, eles ficariam bem.

Porque ele iria embora, tudo aquilo era passageiro - era praticamente um trabalho.

— Eu tinha vontade, Hermione, eu realmente queria, você... – Draco continuou.

— Pare! – Hermione exclamou, mais alto do que gostaria e do que imaginou – Eu já disse que não quero saber!

— Você precisa saber, eu não aguento mais isso. – a voz dele foi contida.

— Você aguentou por seis anos! Seis anos, Draco, tempo suficiente, tempo demais. Se realmente não estivesse aguentando já teria dito tudo o que você acha que precisa dizer há muito tempo. Nenhum de nós dois pode se distrair com nada agora, estamos no meio de uma situação tensa e global. Então pare com isso. Só... Por favor, pare.

Hermione disse tudo aquilo sem tirar os olhos de Draco, então nem mesmo notou que seus olhos castanhos haviam ficado um pouco marejados. Mas ela notava o quanto aquilo era dolorido para ela, sentia todas as partes do seu corpo desconfortáveis, sentia o peito apertado e, acima de tudo, sentia vontade de dar as costas para Draco e voltar no tempo. Voltar mais de uma semana atrás quando ela estava dentro de sua zona de conforto, na sua rotina monótona, com a única complicação sendo Joe, com os pensamentos sobre Draco trancafiados em um lugar obscuro e empoeirado de sua mente que raramente recebia visitas.

— Você teve muito tempo. – Hermione falou, a voz praticamente um sussurro – Eu usei esse tempo para criar as minhas justificativas para esses seis anos e estou bem com elas. Eu realmente não quero saber. Por favor.

Draco a observou por longos minutos. Por fim ele assentiu, segurou a garrafa de vodka, mas então reconsiderou e deixou a garrafa sobre o bar novamente. Quando passou por Hermione ele parou ao lado dela, mas ela não o encarou, porque algo dentro de si não lhe dava segurança sobre o que ela faria se olhasse para aquele par de olhos cinzas.

Draco levantou uma das mãos na direção do cabelo dela, mas hesitou e então abaixou a mão novamente.

— Eu preciso de um tempo. – Draco falou.

Antes que Hermione pudesse dizer qualquer coisa, ele saiu do cômodo e ela ficou sozinha. Outra vez.

 

 

Ela não sabia por quanto tempo havia ficado sentada no chão daquele escritório, mas já estava anoitecendo.

Hermione não havia saído dali depois que Draco disse que precisava de um tempo, ela apenas se sentou no chão em frente a lareira, fixou seus olhos em um ponto fixo e ficou ali. Ela nem mesmo sabia se Draco estava na casa, porque não havia tido coragem para ir procurá-lo.

Todas as palavras de Draco rodavam na sua cabeça repetidas vezes. Ela sentia sinceridade em tudo que ele falava, sentia que ele não havia a procurado por algo maior, por algo relacionado a ele, seus sentimentos e medos.

Mas esse era todo o problema: os sentimentos. Ela sentia muitos sentimentos nas palavras dele e ela sentia medo por isso. Não queria se deixar levar por isso, não queria saber as razões dele, porque tudo aquilo já havia lhe deixado totalmente desnorteada.

Hermione bufou e colocou a cabeça entre as mãos, sentindo que ficaria louca se continuasse pensamento repetidamente nas palavras de Draco. Precisava trocar a fita, precisava desligar sua mente daquilo por pelo menos alguns segundos ou então enlouqueceria.

Ao mesmo tempo ela também queria saber onde ele estava, se ele estava bem, o que estava fazendo. Será que ela havia o magoado? Ela não queria isso, definitivamente não. Só queria que ele estivesse bem, apesar de não saber de Draco há horas e isso ser angustiante.

Hermione olhou ao redor e viu os livros de feitiço de Theodore sobre a mesa, totalmente esquecidos apesar da urgência que todo o assunto relacionado aos Comensais trazia. Decidiu que focaria no livro maior, dedicando totalmente sua atenção na tentativa de esquecer Draco e toda aquela conversa pelo menos por algum tempo.

Ficou de pé, pegou o livro, acendeu a lareira com um gesto da varinha e se aconchegou na poltrona, abrindo o livro.

Pelos primeiros minutos teve que reler as primeiras linhas repetidas vezes até conseguir absorver e pegar o ritmo da leitura e da absorção das informações. Estava quase na metade do livro quando as páginas seguintes pareceram grudadas, o que não havia acontecido com as primeiras páginas. Hermione franziu o cenho, tentando descolar as páginas, mas não teve sucesso.

Puxou com mais força as páginas coladas e elas descolaram da lombada e Hermione emitiu um pequeno grito, porque não tinha a intenção de estragar o livro – nunca teve a intenção de estragar nenhum livro em toda a sua vida, para ela aquilo era quase um crime.

Mas então notou algo estranho. As páginas coladas pareciam uma pasta e havia algo dentro delas. Hermione rasgou um pequeno pedaço das páginas e com a varinha iluminou o pequeno buraco daquela estranha e totalmente disfarçada pasta e viu um livro ali dentro.

Então ela terminou de rasgar as páginas e tirou o livro fino e de capa preta que estava escondido ali dentro. Era um diário.

Hermione o abriu e leu a primeira página em que havia apenas poucas palavras:

“Caso tudo dê errado. Deem o melhor de vocês, é o mínimo que espero.”

A caligrafia era a mesma do antigo papel que Hermione havia encontrado com as anotações iniciais de Voldemort sobre a Marca Negra. Era mais um diário do antigo Tom Riddle.

Hermione folheou o diário e ele estava repleto de escritos. Era isso. Estava nas suas mãos, o diário que Voldemort fez suas anotações sobre a Marca, como ela havia desconfiado. Estava tudo ali. Ela tinha as respostas.

Seu coração acelerou ao entender o que aquilo poderia significar; tudo iria acabar logo, eles iriam conseguir resolver tudo.

Ela precisava contar isso a Draco.

Quase no mesmo instante em que ficou de pé, o diário em sua mão, a porta do escritório se abriu.

Draco estava com os cabelos pingando, como se estivesse no banho, o que se confirmava pela blusa grudada ao seu corpo em alguns pontos em que a água ainda estava escorrendo.

Eles se encararam e um silêncio estranho apareceu.

Hermione pensou se ele havia ficado todo aquele tempo no banho.

— O que é isso? – Draco perguntou, saindo da pressão daquele olhar entre eles antes dela.

Hermione olhou para o diário em sua mão e depois para Draco.

— Respostas.


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Notas finais do capítulo

mais uma vez, muito obrigada por todo o feedback e a Birdie por recomendar a história! estou muito feliz e grata mesmo!!

espero que tenham gostado!
:)



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