Nikella - A Sua Maneira escrita por Fhany Malfoy


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi meus xuxu's. Todos bem?

Mais uma fic fresquinha e saindo do forno para vocês. Espero que gostem.



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Conheci uma original quando era muito nova, muito inocente, totalmente pura.

Convidei-a para entrar. Minha vida virou do avesso.

Rebekah Mikaelson me transformou por simples capricho, posso dizer absurdamente que foi porque estava entediada e porque queria uma nova ‘boneca’ para brincar.

Sou 500 anos mais novas que os perigosos Originais. Melhor amiga da Barbie vadia e uma encrenqueira na vida de Niklaus Mikaelson.

Com Bekah perdi um pouco da pureza, minha inocência ficou em um passado muito distante. Em uma vida perdida.

Conheci todos os Originais, convivi com os mesmos, de tempos em tempos nos reuníamos. Os mais presentes sempre foram Rebekah, Elijah e Niklaus. Os três protagonistas do Sempre e Para Sempre.

Amei essa história todas as vezes que Bekah contou para me distrair. Todas às vezes que presenciei o amor conturbado e disfuncional dessa família.

Aprendi a lidar com cada um, suas maneiras, seus trejeitos. Eu sabia exatamente que Isabella ser com cada um. Falsidade? Não. Apenas várias facetas de uma imortal que já tinha vivido muito.

Nik sempre foi o mais problemático. Sempre seria. O filho bastardo. O meio irmão. O primeiro híbrido. O solitário. Despedaçado. Sozinho. Incompreendido. Aquele que sempre seria único em sua espécie. Sendo perseguido pelo pai insano. Sendo caçado furiosamente por uma traição que não era sua. Nunca seria. Uma traição de sua mãe que marcou toda uma vida imortal. Traição essa que distanciou pai e filho. Que torturou um alguém inocente. A mesma traição que transformou Niklaus Mikaelson em um ser paranoico. 

Eu não era uma Original, estava bem longe disso, mas eu os conhecia, tinha aprendido a ousar e abusar do poder do conhecimento, do laço que havíamos construído. Talvez fosse a pessoa mais próxima da família Original, quase uma parente, no entanto, era alguém um pouco mais mortal do que eles, apesar de toda a imortalidade.

Sempre enfrentei Nik, não era de ficar quieta, tinha isso em mim desde minha época humana e sendo melhor amiga de Bekah e com os sentimentos elevados por causa do vampirismo, não aprendi nunca a abaixar a bola. Todos sabíamos minha limitação perto deles, Nik quebrou meu pescoço algumas vezes, para me fazer ficar quieta, já que comigo não funcionava uma adaga e um caixão. Um pouco perturbador. Eu sei. Mas como já disse. Amor conturbado e disfuncional.

Niklaus Mikaelson era complicado. Mas Mikael Mikaelson era insano. Inconsequente e um assassino Original de vampiros. Um assassino que estava em busca de assassinar os próprios filhos. Principalmente Nik.

Mikael estava dissecado, vivíamos momentos de paz, não me encontrava com os Originais, estava em mais uma viagem de autoconhecimento. Ano de exploração e solidão. Faltava apenas um mês para concluir um ótimo ano de paz de espírito. Mas algo começou a me agoniar, algo estava errado. Podia sentir isso em cada fibra do meu corpo. Juntei minhas coisas e abandonei a casa no meio do nada. Voltei o mais rápido possível para a casa mais próxima que tinha: Itália. Cheguei ligando e pegando qualquer meio de comunicação que tinha. Milhões de mensagens de Rebekah, definitivamente algo estava errado, ela sabia do meu ano.

Comecei a ler cada uma, cada instante ficando mais apavorada, chocada.

Mikael havia voltado. Tinha torturado a Bekah, mas Niklaus e Elijah chegaram a tempo, salvaram a irmã. Mikael conseguiu pegar Nik desprevenido por causa da preocupação. Atingiu-o muito próximo do coração com a estaca de carvalho. Quase matou Nik. Mas a própria Bekah conseguiu pegar uma estaca de carvalho e acabar com a vida do pai para salvar o irmão bastardo.

Se eu já achava tudo isso horrível, as coisas podiam piorar e tinham piorado. Bekah não sabia explicar, mas ver Mikael morrendo enlouqueceu Niklaus, o mesmo estava causando em várias partes do mundo. Klaus – O Louco estava de volta, comemorando, alucinando, quase nos expondo.

Bekah pedia minha ajuda para trazer o irmão de volta, para enfrenta-lo, ela sabia que eu era uma das únicas que podia colocar um pouquinho de juízo naquela cabeça...

Meu celular tremeu, uma nova mensagem de Bekah. “Pelo amor de Deus, que você tenha sentido todas as energias que emanei, você é estranha Isabella Swan, espero que esteja lendo essa mensagem e possa me ligar o mais rápido possível, precisamos de você amiga.” Terminei de ler a mensagem e disquei o número, no primeiro toque Bekah atendeu:

— Estou aqui, com certeza senti todas as energias estranhas e a necessidade de voltar. Onde ele está? – disse tudo em um único fôlego.

— Paris... Tenho certeza. Você vai ajudar? – perguntou-me.

— E por acaso consigo dizer não para vocês? Para você? – sorria para o telefone.

— Não, claro que não. Obrigada Bella. Você é um anjo. Me de notícias.

— Tudo bem. Até mais.

Arrumei uma mochila com algumas mudas de roupa, peguei minha carteira com identidade, dinheiro e cartões. Estava na hora de pegar um voo para Paris.

Algumas horas depois já estava instalada, estava na hora de procurar Nik e colocar algum juízo naquela cabeça louca. Buscava qualquer barulho intenso, ou cheiro de sangue. Minha surpresa não foi muita quando os dois me guiaram para o caminho certo a qual seguir. Niklaus não era nem um pouco silencioso, comendo políticos corruptos, mas fazendo a festa com o terror alheio.

Cheguei de mansinho, aproveitando a pequena distração, peguei um pedaço de madeira no chão e joguei em sua direção.

— Ei, porque não brinca com alguém do seu tamanho? – sorri quando ele se virou e pegou o pedaço de madeira no ar.

— Você? – seu sorriso debochado apareceu instantaneamente.

— Claro. – me aproximei rapidamente empurrando-o na parede. – Qual seu problema? Quer que todos descubram? Não é porque Mikael morreu que você pode foder com tudo, Mikaelson. – coloquei meu dedo em sua cara. O maldito sorriso não deixava seus lábios.

— Nervosa, amor? – perguntou-me.

— Para o inferno, Nik. Eu estava no meu ano de paz. E você me tirou dele, estou irritada.

— Não te chamei, amor. Não fui eu que te tirei daquilo lá.

— Não tente tirar o seu da reta, sabe muito bem que seus irmãos me chamariam.

— Não sei porque eles acham que você pode fazer algo. – desdenhou.

— Será que é porque sou a única louca o suficiente para te enfrentar sem parar num caixão? – perguntei enquanto segurava seu pescoço contra a parede - Ou será que é porque qualquer um que nos conheça já desconfia de algo? – pensei, mas não transformei isso em palavras.

— Ou será que porque é estupida o suficiente por não lembrar que se eu te colocar uma estaca, você morre, amor? – Nik nos virou, agora era ele que me segurava contra a parede, o corpo muito próximo do meu.

— Então faz isso, faz agora. – falei ainda debochada.

— Acha que não percebo, Isabella? – aquele sotaque maldito, aquele divertimento na voz.

— Percebe o que? Do que está falando? – Nik era louco.

— Seu corpo sempre reage a mim, não podemos estar no mesmo ambiente, sua excitação tem um cheiro inebriante, devo dizer.

— Vá se foder, Niklaus.

— Na verdade, eu quero te foder, amor. – Nik virou meu corpo de frente para o seu, prensou o meu ainda mais contra a parede. Passou o nariz da minha clavícula, para meu pescoço e depois me beijou, entrelaçando sua mão na minha, prensando sua ereção contra minha intimidade. Gemi involuntariamente. Merda.

Empurrei Niklaus com tanta força que acabei jogando-o do outro lado da sala onde ele caiu em cima de um sofá. Sentei em seu colo logo em seguida. Se ela queria jogar, era melhor que nós dois jogássemos.  

— Você sabe que não gosto quando faz isso. Sem brincadeirinhas, amor. Esqueceu-se? – perguntei e depois dei uma mordida em seu ombro. Beijei seus lábios, aproveitando para morder o lábio inferior.

— Senti sua falta, Isabella. Esses malditos anos de paz me irritam, você sabe que sim.

— E você sabe que gosto de tirá-los. Já discutimos antes. Não mudarei.

— A questão não é essa, senti sua falta lá, que porra. – me jogou para o lado no sofá e se levantou. – Eu não queria ser dependente de você, mas me tornei. Isso é uma droga. O amor enfraquece. Nos deixa tolos. Mikael quase me matou e eu só pensava em você.

— E você se arrepende? – lancei-o na parede, novamente prendando-o pelo pescoço. Estava irritada. Magoada.

— Não e sim. Não gosto de me sentir fraco, e quando estou com você não me sinto. Mas em alguns momentos, é complicado. – Niklaus pegou um pobre coitado que ainda estava hipnotizado e tremia de medo no canto mais leste da sala. Começou a bebe-lo. Sem dó, sem piedade. Só para mostrar que não estava nem ai.

— Não vai me convidar para a festa? – perguntei. Niklaus fez um gesto com as mãos, falando que eu podia ficar à vontade também. Me aproximei. Mordi o pescoço do lado contrário ao qual ele mordia. O sangue não deu nem para matar a sede. Eu mesma tirei o corpo do meio de nós dois. – Eu não sei como foi lá e sinto muito por toda essa merda. Você é melhor que o Mikael, não o deixe ferrar tudo mesmo depois de morto.

— Claro, claro. – seu olhar era um pouco vago. Empurrei-o para sentar no chão, sentei em seu colo, passei a língua em seu queixo onde ainda tinha um pouco de sangue. Desci meus lábios até seu pescoço e o mordi. Fazia tanto tempo, aquele sangue. Minha sede. – Ora, amor. Saudades? – debochou.

— Você sabe que sim. – disse quando afastei meus lábios.

— Minha vez. – Niklaus sugava-me de uma maneira que me inebriava, me excitava, me deixava fora do ar. Depois me deixava toma-lo por mais um tempo, sem risco que seu veneno de lobisomem me matasse, sem riscos de perda. Matando minha sede. Saciando nossa sede e vontade.

Depois que tomei o primeiro gole do sangue de Klaus, algum tipo de ligação perdurou entre nós. Na maioria das vezes eu era só a amiga de Bekah, a garota irritante. Mas também a mulher persistente, briguenta e todos os outros adjetivos.

Nik e eu ficamos juntos em uma noite qualquer, por um motivo qualquer. Eu já havia tomado o sangue dele por necessidade, um ataque de lobisomem quase havia me matado, afinal. Mas tomar o sangue de Niklaus em um momento de prazer, o gosto intensificado, correndo mais rápido, mais quente. Era inebriante demais. Um coquetel dos deuses.

Eu gostava disso. Gostava dele. Desse lado louco, perigoso, intenso. Do lado que sentia minha falta. Do lado que me deixava ver que apesar de tudo que saia de sua boca, eu tinha um domínio sobre sim, sobre seus pensamentos.

— Me desculpe. – disse após ele parar de tomar o meu sangue.

— O quê? – perguntou olhando rapidamente em meus olhos, mas logo desviando para o meu decote e rasgando minha regata.

— Por não estar lá, por ter pensado em mim. Só desculpe. Pensei que sempre seríamos algo apenas físico. Na verdade eu pensei que seria só aquela vez. Mas parece que as coisas saíram um pouquinho do controle. Do nosso controle. – as mãos de Niklaus apertavam minha cintura, sua língua massageava meu seio direito. Gemi.

— Nesse caso eu também teria que me desculpar. Mas não vou, não sou assim. Prefiro fazer e viver Bella, e agora eu preciso de você de novo.

Tiramos as roupas, não trocamos mais nenhuma palavra sequer. Apenas gemidos escapavam por nossos lábios. Transamos, foi melhor do que as outras vezes. Niklaus realmente estava abalado, não havia sido algum tipo de charme manipulador para me trazer de volta.

Gozei, ele gozou. Nos vestimos. Nos pegamos mais um pouco.

— Me hospedei em um hotel, vai comigo? – perguntei.

— Claro, quero só ver a felicidade de meus irmãos quando você avisar que conseguiu me achar. – debochou.

— Com certeza irão ficar felizes. – Niklaus caminhava imponente na frente, provavelmente ia deixar aquele lugar como estava, sorte que eu estava preparada. Joguei um isqueiro em cada canto daquele prédio. Saímos rapidamente. Sem ser percebidos. Os jornais noticiariam aquilo, mas pelo menos dessa vez a culpa seria de alguma afiação descascada, ou dos charutos que aqueles malditos fumavam. Explicação simples, fácil. Aceitável.

Voltamos para o hotel, dividir a cama com Niklaus não foi um problema, na verdade nunca era. Era uma solução. Uma satisfação. Marcamos de voltar uma semana depois para a mansão original em New Orleans. Elijah e Bekah queriam ver Nik. Queriam me ver. Já fazia quase um ano afinal.

Uma semana depois, estava voltando para um dos meus lares com três malas. Ficar em Paris sempre era um prejuízo para meus cartões. Roupas e acessórios novos, fora os presentes para meus Originais favoritos. Chegamos tarde da noite. Bekah estava em seu quarto. Elijah também. Subi direto para o meu e deixei as malas no closet. Fui tomar um banho de banheira. Um pouco de descanso e relaxamento depois de viajar. Sai do banho enrolada no robe.

Caminhei até meu quarto e encontrei Bekah deitada em minha cama.

— Sabia que você é muito folgada? – perguntei sorrindo.

— Nossa, como pude sentir falta desse deboche? – perguntou-me enquanto se levantava e me puxava para um abraço.

— Porque sou maravilhosa. – respondi.

— Meu Deus, eu criei um monstro. – Bekah ria.

— Com certeza, com certeza.

— Obrigada por trazer Nik de volta, sua safada.

— O que? Safada por que? Eu o trago de volta e tu me chama de safada? – fiz minha melhor cara de inocente.

— Não tente disfarçar Isabella. Niklaus está feliz demais para alguém que foi tirado de autos ataques bem orquestrados. – sorri discretamente e minha amiga deu alguns pulinhos – Eu sabia. Ah, danada.

— Cala a boca, Bekah. – empurrei-a. – Se manda do meu quarto, to querendo dormir e descansar, senão fizer isso, não entrego seu presente. – mostrei-lhe a língua enquanto a empurrava porta a fora.

Passei o trinco na porta, e estava indo para a sacada fazer o mesmo quando Nik entrou, fechou a porta da sacada, passou o trinco e fechou as cortinas.

— Está mesmo com sono e cansada? – perguntou-me.

— Um pouco, mas tenho tempo para você. – sorri. – O que passa? – perguntei.

— Eu quero você.

— O que? Agora? E seus irmãos?

— Escutei sua conversa com Rebekah, eles já desconfiam. Não me importo que tenham certeza. Eu quero você. De todos os jeitos. Faremos da sua maneira.

Encostei Niklaus na parede, lhe roubei um beijo, depois outro. Puxei sua camiseta rasgando-a.

— Eu gostava dessa. – disse zombeteiro.

— Depois te arrumo outra, amor. – nos empurrei para a cama ficando por cima dele. – Então será a minha maneira? – perguntei.

— Sempre e Para Sempre. – respondeu nos virando na cama. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Primeira vez que escrevo esse casal.

Nikella quer deixar um recado para vocês: Quisemos terminar a estória desse jeito. Tudo o que aconteceu depois nos pertence. Espero que fiquem satisfeitos até onde deixamos a mera humana escrever.

rsrsrs