Paradoxo Temporal 2: O Projeto K1 escrita por Vanessa Sakata


Capítulo 1
Muito álcool pode fazer a estupidez...


Notas iniciais do capítulo

Título completo: "Muito álcool pode fazer a estupidez se elevar ao quadrado"

Olá, meu povo!!

Seis anos depois do fim de "Paradoxo Temporal", trago a sequência que estava há anos engavetada, a "Paradoxo Temporal 2"! Teremos uma nova aventura do Trio Yorozuya, que viajará mais uma vez no tempo para ajudar o mesmo mundo que ajudaram antes.

Um aviso aos marinheiros de primeira viagem: Para entenderem esta história, é necessário que leiam pelo menos a primeira. Deixarei nas notas finais o link de cada história desta saga para vocês lerem, ok?

No mais, galera, bora embarcar nesta nova aventura de Gintama e boa leitura a todos! o/



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A Terra dos Samurais. Houve um tempo em que nosso país era chamado por esse nome. Com a chegada de uma raça chamada “Amanto” e com a proibição do uso de espadas vinte anos atrás, a classe samurai entrou em declínio. Nesses tempos difíceis, restou um homem com o espírito de um samurai. Seu nome é Sakata Gintoki.

Muitos anos se passaram.

Depois de vários anos, Gintoki se vira frente a frente mais uma vez com um poderoso adversário. Quase morrera ao derrotar o ditador enjiliano Kasler e, desde esses acontecimentos, alguns meses se passaram. No entanto, o tempo de tranquilidade havia durado pouco.

— Anda logo, ativa esse controle e vai! Eu vou ficar bem! – uma voz dizia em meio a um barulho ensurdecedor de um grande combate que acontecia naquele momento em Kabuki.

— Tem certeza?

— Absoluta! Você está ferido, eu não! Eu aguento aqui!

— Tudo bem, eu vou!

Um clarão apareceu ao mesmo tempo em que uma bokutou com a inscrição "Lago Toya"voou certeira para acertar o peito de um Amanto, que já caiu morto, em meio à escaramuça que se seguia.

 

*

 

Edo, vinte anos antes.

Passos incertos, vacilantes e muito ziguezagueados percorriam aquela rua do Distrito Kabuki ao mesmo tempo em que surgiam os primeiros raios de sol. Aquele era o andar cambaleante típico de alguém saindo de uma noitada regada a muito álcool.

E era justamente um recém-saído de uma farra regada a muita bebida quem se apoiava numa das paredes de um beco e vomitava pela terceira vez durante o trajeto. Desta vez, realmente havia farreado além da conta. A sensação de estômago revirando acabava de passar, mas a cabeça continuava rachando de dor e a tontura persistia.

Para alívio de Gintoki, já era possível ver que estava chegando em casa. Com muito sacrifício, subiu as escadas, dando-lhe a sensação de que estava escalando o Monte Fuji, e não a escada para a Yorozuya. Assim que chegou ao último degrau, tirou a chave do bolso para iniciar uma batalha para enfiar a chave na fechadura. Mas, quando ia até a porta, tropeçou em algo e caiu de cara no chão.

— Parece que a Kagura não aprende... – ele murmurou aborrecido. – Eu disse pra ela não botar o lixo aqui, mas parece que essa pirralha não me ouve...!

— Não me chame de lixo, seu estúpido...! – uma voz se fez ouvir ali.

Olhou para trás e tentou focar seus olhos para a direção de onde vinha aquela voz extrema e absurdamente familiar. Ou estava chapado demais e estava vendo coisas, ou estava vendo um cara idêntico a ele, encostado à parede.

"Realmente eu exagerei desta vez...", ele pensou. "Preciso beber menos, porque tô tendo alucinações..."

— Você bebeu, mas não foi pra tanto! Eu não sou um saco de lixo, mas também não sou nenhuma alucinação sua!

— Não me lembro de ter feito nenhum jutsu de clonagem.

— Ah, eu não acredito no quanto eu era estúpido vinte anos atrás! – o outro albino disse ao mesmo tempo em que dava um facepalm.

Gintoki recuou dois passos, completamente incrédulo:

— Ei, você é...

O outro se levantou com alguma dificuldade, o que denunciava seu aparente cansaço e mostrava uma mancha de sangue no quimono branco, que revelava um ferimento no ombro esquerdo.

— Eu sou você vinte anos mais velho. – ele completou. – Sou o cara que matou o Kasler. Sou o pai do Ginmaru. Lembrou?

O Yorozuya, ainda sob o efeito do álcool, ficou assombrado. Engoliu seco e exclamou:

— Não brinca!

O outro levou a mão ao ombro ferido enquanto fazia uma careta de dor.

— Parece estranho, mas este é um caso incomum de um faz-tudo pedindo ajuda a outro faz-tudo.

— Ei, o que aconteceu lá pra você viajar no tempo?

— Lá dentro eu te conto.

O Yorozuya mais jovem, um pouco menos tonto da bebida, abriu a porta corrediça que estava já destrancada. Deduziu que Shinpachi já chegara fazia tempo e que o esperava para dar um daqueles seus intermináveis sermões.

De fato, o Shimura estava lá, mas limpou as lentes dos óculos, como se estivesse duvidando delas e com a sensação de que estava vendo dobrado. O Gintoki mais velho logo disse:

— Você tá funcionando muito bem, Shinpachi-kun. É que eu vim no lugar do Ginmaru.

— Você é o Gin-chan mais enrugado? – Kagura disparou.

— Enrugado é o nariz daquela bruxa velha lá embaixo! – ele se sentou no sofá e assumiu um ar bem mais sério. – Na verdade, era para Ginmaru viajar de novo no tempo para esta linha de tempo, mas ele não teve como vir.

— E o que aconteceu pra ele não poder vir? – Shinpachi perguntou.

— Nós dois fomos pegos em uma emboscada.

— Não diga que resolveu se meter no Joui de novo. – o Gintoki mais jovem se fez ouvir.

— Não. Não fiz isso. Você se lembra do desvio intergalático que o Kasler queria fazer no Terminal?

— Sim, lembro. – o Gintoki do presente fazia um esforço de memória em meio à ressaca que começava a ganhar força. – A ideia era se livrar de outra raça de Amantos, não era?

—Aham. Os enjilianos diziam que precisavam de se livrar dos darkenianos, pois eram inimigos mortais.

— Eles não deram essa desculpa só pra invadir a Terra? – Kagura questionou.

— Não era uma desculpa. – o Gintoki do futuro respondeu. – Os tais darkenianos existem. Eles apareceram há pouco mais de dois meses. Realmente estavam perseguindo os enjilianos, seus inimigos mortais.

— Mas os enjilianos foram massacrados naquela batalha, não? – o Gintoki mais jovem questionou.

— Os darkenianos são farinha do mesmo saco. Estão tentando derrubar o atual governo e escravizar a população de Edo.

— Virou moda entre os Amanto vir à Terra escravizar Edo?

— Parece que sim. Mas, de qualquer forma, vamos precisar da ajuda de vocês por conta da Kagura.

— Por que a Kagura-chan? – Shinpachi perguntou.

— Porque ela é a chave para nos livramos dos darkenianos.

— Ei, ei, por que a Kagura tá com essa importância toda? – o Yorozuya mais jovem inquiriu.

― Porque na minha linha de tempo ela não existe. E ela é a única Yato em quem eu confiaria. Os darkeniamos têm um projeto secreto chamado "Projeto K1"... A única coisa que sabemos é que isso envolve o DNA do clã Yato.

Kagura não entendia, de início, o que o Gin-chan vindo do futuro queria dizer. Porém, Shinpachi logo questionou:

— E como a Kagura-chan vai resolver isso?

— O Shinsengumi descobriu que apenas um Yato pode parar isso e evitar que Edo seja dominada... Basta que toque em um leitor de DNA.

— Como se fosse uma senha? – o albino mais jovem interrogou.

— Aham. É bem por aí.

— Depende da Kagura. Se ela topar, nós vamos.


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Notas finais do capítulo

A quem ainda não leu, seguem os links das três fanfics anteriores:

?” Paradoxo Temporal: O encontro entre presente e futuro (fanfic principal, leia-a para entender esta) - https://fanfiction.com.br/historia/343350/Paradoxo_Temporal/

?” Paradoxo temporal: A origem de Ginmaru (spin-off) - https://fanfiction.com.br/historia/349501/Paradoxo_Temporal_A_Origem_De_Ginmaru/

?” Paradoxo temporal: Sangue, bandagens e luxúria (spin-off, +18) - https://fanfiction.com.br/historia/349494/Paradoxo_Temporal_Sangue_Bandagens_E_Luxuria/

Até o próximo capítulo! ;)



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