Cinderella escrita por Alina Black


Capítulo 65
O novo Presidente




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— Princesa...

— Anjo...

O sussurro em meu ouvido me fez sorrir, movi meu corpo abrindo lentamente meus olhos, minha pele arrepiou ao sentir os beijos de Jake em minha nuca – Bom dia senhora Black!

— Bom dia! Murmurei virando meu corpo e só então percebi que eu estava na cama, me perguntei em qual momento havíamos ido para o quarto.

— Eu não queria acordar você, mas temos algo importante para daqui a duas horas – Jake falou de forma carinhosa me dando um selinho demorado.

Concordei me sentando na cama me enrolando no lençol, Jake estava de roupão, levantou da cama e pegou uma bandeja e colocou sobre a cama, era nosso café da manhã –Seu café, eu sei que deveria ter esperado você meu amor mas eu tenho algumas ligações a fazer enquanto você se apronta.

— Eu entendo! Respondi selando seus lábios, ele beijou a ponta do meu nariz e então se afastou tirando o roupão e começou a se vestir.

Peguei o copo com suco e levei a boca o tomando o observando em silêncio enquanto ele se vestia, sorri lembrando das loucuras que havíamos feito na madrugada e voltei a tomar meu café, Jake pegou o celular e me deu um beijo demorado e foi para a sala atendendo uma ligação.

Terminei o café e fui para o banho, quando sai do banheiro olhei para a sala e Jake falava em um celular enquanto mexia no outro, dei um sorriso e olhei para uma poltrona que havia no quarto, minha bolsa estava sobre ela.

— Mamãe você pensa em tudo! Sussurrei pegando a bolsa e a colocando sobre a cama, meu sorriso se alargou assim que abri a bolsa, dentro havia tudo que eu precisaria para aquela manhã.

Um Simplee tweed xadrez cinza e branco, com saltos, e alguns acessórios – Muito esposa do presidente mesmo! Falei tirando as peças da bolsa e então comecei a me vestir, me olhei no espelho arrumando a saia cropped acima dos joelhos e coloquei a boina.

Jake assoviou da porta do quarto me fazendo rir.

— Senhora Black, isso é uma maldade com esse pobre homem! Ele falou se aproximando e me puxou pela cintura, levei as mãos a sua gravata fazendo os benditos nós que ele odiava.

— Preciso estar à altura do presidente! Respondi terminando com a gravata e selando seus lábios.

— Vontade de arrancar essa roupa! Ele sussurrou deslizando os lábios por meu pescoço, meu corpo curvou para trás enquanto minhas mãos subiam para seus cabelos.

— Você pode arrancar quando chegarmos em casa!

— Eu vou adorar fazer isso! Ele respondeu selando meus lábios e os entreabrindo dando início a um beijo mais intenso, acalmamos o beijo com alguns selinhos, Jake pegou seu terno e nossas bolsas e então saímos do chalé pegando a estrada de volta para Bruges.

Durante toda nossa viagem os celulares não pararam de tocar, não somente os dele, mas o meu, quando finalmente chegamos a Holding Sam e Embry nos aguardavam na recepção.

— Finalmente! Sam falou vindo ao nosso encontro, Jake entrelaçou nossos dedos enquanto caminhávamos indo ao encontro dele.

— Para que tanto desespero? Jake perguntou sorrindo em seguida olhou para o relógio – Eu não estou atrasado.

— Então os pombinhos chegaram! Embry falou de forma descontraída – Sam estava com medo de você não querer sair da lua de mel!

— Vontade não me faltou! Ele respondeu dando um beijo em meu rosto.

— Como vai senhora Black? Sam me cumprimentou.

— Ainda prefiro Nessie! Respondi sorrindo.

Seguimos juntos para o elevador privativo enquanto Sam passava algumas informações a Jake, olhei para meu celular respondendo algumas mensagens e então chegamos ao salão de eventos da empresa, assim que saímos do elevador Jake foi aplaudido pelos funcionários.

— Isso que chamo de começar com o pé direito! Embry falou me olhando e sorri.

— Jacob hoje é o grande dia! Khalil falou dando um abraço em Jake e em seguida me olhou – Senhora Black, esta magnifica!

—Obrigada Khalil! Respondi dando um sorriso que se alargou ao ver meus pais se aproximando.

— É Black você chegou lá! Meu pai falou cumprimentando Jake ao mesmo tempo em que eu era puxada por mamãe para seus braços.

—E essa carinha de quem viu um passarinho colorido? Mamãe sussurrou em meu ouvido.

— Prometo que depois conto a você! Respondi.

— Eu quero saber de tudo! Ela falou dando um beijo em meu rosto.

O que eu mais gostava na minha relação com minha mãe era nossa amizade, mamãe sempre havia sido minha melhor amiga e me feito crescer confiando e sempre me abrindo com ela, papai me puxou para um abraço e beijou minha testa e então seguiu com Jake e Khalil para o início da cerimônia de posse.

Jake estava realizando seu sonho e eu estava feliz de estar ao lado dele nesse momento, me sentia orgulhosa de vê-lo em um cargo tão alto, mamãe me puxou para um canto um pouco mais próximo do pequeno palco, percebi que outro homem também se juntou a eles mas esse eu não conhecia.

O homem falou algo no ouvido de Jake e percebi que o deixou um pouco tenso, olhei para o lado e Sam me olhava fixamente com o celular nas mãos, sorri timidamente e ele acenou com a cabeça e voltei minha atenção para as palavras ditas por Khalil.

— Oi, que bom ver um rosto conhecido aqui, eu estava ficando desesperada!

Virei meu rosto na direção da voz feminina, era Zoey, a moça que estava com Sam na festa do meu casamento – Olá Zoey!

— Quem é? Mamãe perguntou curiosa.

— Essa é Zoey, ela é, amiga do Sam! Respondi.

— Namorada, ou quase! Zoey respondeu sorrindo – Mas ele sumiu.

— Ele esta alí...não, ele estava! Falei ao olhar para o local onde Sam estava e não o ver mais.

— Acostume-se Zoey, namorar ou casar com os homens dessa empresa é assim mesmo! Mamãe falou de forma divertida e nós três rimos.

— Zoey o que você faz? Mamãe perguntou curiosa.

— Ah eu sou ginecologista! Ela respondeu sorrindo.

— Nossa, você sabia que eu ia justamente atrás de uma ginecologista amanhã? Falei sorrindo voltando a olhar para Jake que conversava com meu pai e o outro homem desconhecido.

— Acaba de encontrar uma! Zoey respondeu - Vou te dar meu contato e você pode passar amanhã mesmo no meu consultório!

— Então ganhou duas clientes, eu também estou precisando – Mamãe falou pegando o seu celular.

— Perfeito, hoje é meu dia de sorte! Zoey respondeu.

Voltamos a nossa atenção novamente para a cerimônia, Jake finalmente começava seu discurso eu sorri largamente, quando o olhar dele me encontrou ele deu uma piscadinha e eu corei, mamãe riu me abraçando, o homem desconhecido era Allan o antigo presidente que naquele momento passava o cargo para Jake.

Ambos deram um aperto de mão e todos aplaudiram, Allan e Jake deram um abraço e então todos se assustaram com o som do primeiro tiro.

Mamãe gritou e houve mais gritos e mais dois tiros foram disparados, algo se chocou contra meu corpo, e houveram mais tiros.

—JAKE! Meu grito se misturou ao grito dos funcionários correndo em direção a saída de emergência, senti a dor em minha cabeça enquanto Quil me levantava eu já estava rodeada de seguranças, mamãe estava com meu pai e Jake ainda sobre o palco.

— JAKE! Gritei novamente empurrando Quil que tentou me segurar e corri na direção dele tropeçando nos degraus do palco, Jake estava de joelhos, estava sujo de sangue e tinha Allan agonizando em seus braços.

— TIREM ELA DAQUI AGORA! Jake gritou com os seguranças.

— Não eu não vou sair daqui!

— Amor presta atenção, eu estou bem, por favor você precisa sair daqui.

— Não Jake!

— Por favor! Ele sussurrou beijando minha testa – Vai!

Quil me puxou lentamente e eu olhei para ele enquanto era tirada do salão, mamãe me acompanhou e meu pai voltava para o palco.

Mamãe e eu fomos levadas pelos seguranças para a sala da presidência, eu estava desesperada, me sentei no sofá e levei ambas as mãos ao rosto e mamãe se sentou ao meu lado me puxando para seus braços.

— Calma meu amor, eles estão bem!

—Mãe mataram um homem! Eu sussurrei fechando os olhos – Podia ter acertado no Jake – Não consegui controlar a vontade de chorar e desabei.

Senti os lábios da minha mãe em minha cabeça enquanto ela tentava me acalmar, ouvi a voz do meu pai e a de Jake entrando na sala então sai dos braços da mamãe e corri indo ao encontro de Jake que me abraçou forte.

— Estou aqui meu amor, eu estou bem! Ele murmurou me fazendo olhar para ele e passou a ponta dos dedos em minhas lagrimas.

As palavras desapareceram, imaginar que aquelas balas podiam tê-lo acertado me desesperou.

O sonho havia se tornado um pesadelo.


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