Pensamentos em palavras escrita por Nanami


Capítulo 1
A Jornada




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Durante muitos anos vivi perto da praia,
Quase todo dia fazia Sol.
Era quente,
Apesar de alguns dias serem nublados.
Eu ansiava para que no dia seguinte o Sol aparecesse,
Mas o bafo era sufocante,
Cansativo e eu ficava sem ar facilmente.
Minha garganta doía.

 

Mas eu nunca percebi tudo isso antes,
Será que era porque ele estava lá no alto?
Muito longe... mas mesmo assim...
Estava lá, todos os dias e todos os anos.
As queimaduras eram a pior parte,
Ardia e era difícil de encostar em qualquer coisa.

 

Teve um ano em que eu não o vi, o Sol.
No começo eu queria voltar àquela praia.
Onde tudo era quente, com queimaduras e machucados que eu não percebia que tinha.
naquele ano eu não tive queimaduras, era tudo ameno e fresco.

 

Mas eu voltei a morar naquela praia, estava como sempre...
O Sol estava lá,
com seu mormaço quente e sufocante.
Quando eu voltei, ficou pior.
Finalmente percebi
As queimaduras,
elas machucavam
Criavam bolhas e sangravam.

 

O primeiro ano após voltar foi o pior,
Mas eu percebi.
Passei protetor solar e creme para aliviar as queimaduras.

 

Nos próximos anos melhorou,
Mas estava lá todos os dias,
O mormaço sufocante e irritante.
Eu não podia sair, tinha que ficar.
E me machucava, como doía.
Fiquei irada, o Sol me machucava.
Eu já não queria morar mais naquela praia.

 

E então...
A prisão acabou
Eu já não precisava estar mais ali
E naquela mesma noite,
Paguei um barquinho e
Naveguei para bem longe

 

Foi difícil no começo
Mesmo que eu tenha acabado assim,
Odiando o Sol
Não era assim no início
E mesmo na escuridão profunda da noite
As manchas do Sol estavam lá,
Na minha pele
E as vezes eu sentia um pouco a falta.

 

Mas agora
No meu barquinho,
Eu estou muito, muito longe.
Neste lugar branco e gelado.
Eu até que gosto daqui.
A água é gelada e refresca as queimaduras.
Eu já não sinto dor.
Está dormente.

 

Para mim está bom desse jeito.
Eu estou bem.
O frio não machuca como o calor do Sol.
Eu não sinto calor.
O vento é gelado e me conforta.
A água entrou nas rachaduras da minha pele,
Que foram provocadas pelo Sol e agora não ardem mais.
Está anestesiado.

 

Joguei minha âncora no mar.
Parei para observar o branco puro.
É um pouco solitário,
Mas por enquanto está tudo bem.
Eu não preciso sentir nada.
Vou ficar por aqui.
Gosto daqui.


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Notas finais do capítulo

Obrigada para quem leu até aqui!!
Fantasminhas eu fico feliz por cada visualização, mas ler um comentário deixa meu coração quentinho.
Minhas poesias são mais como uma cachoeira de palavras da minha mente, então elas normalmente não possuem rimas e não tem ritmo.



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