Photograph - One Seddie escrita por Julie Kress


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Hey, galera!!!

Mais uma One saindo do forno!!!

E atendendo a um pedido mega especial, aqui estou eu!!!

Obrigada pela sugestão, Princesa Lestrange.

Boa leitura à todos!!!

Música: Photograph de Ed Sheeran.



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P.O.V Do Freddie

 

Em relacionamentos sempre há altos e baixos, decepções, mágoas e discussões. Um ou os dois acabam saindo machucados, com o coração partido. O amor não é um mar de rosas, e mesmo se fosse, há espinhos nas rosas e espinhos machucam. Pois o amor machuca, sim, às vezes o amor pode te machucar.

 

Desentendimentos... Brigas e brigas, tornaram-se constantes. Duas pessoas opostas, completamente diferentes, e com o tempo acabamos nos desgastando, nos distanciando, nos estranhando cada vez mais.

 

Então, veio o término numa noite chuvosa. Ela chorou, eu também chorei, a tristeza e o sofrimento foram mútuos, dois corações despedaçados... Não dava mais certo e optamos por terminar, e o nosso relacionamento chegou ao fim após uma longa conversa difícil, era o melhor para nós dois... Por mais que fosse doloroso, achei melhor partir...

 

E foi então, que eu parti. Errei, nós erramos, e quêm não erra? Éramos jovens, imaturos, inconsequentes... Nos magoamos, por mais que houvesse amor, e fosse recíproco, não conseguimos lidar um com outro, e devido a tantas discussões, resolvemos dar um basta naquilo, para evitar mais raiva, mágoas e outras coisas que nos atingiam... Saí de Seattle, fui para longe dali, deixando uma parte de mim, o meu coração pertencia à ela.

 

 

"Amar pode machucar

Amar pode machucar às vezes

Mas é a única coisa que eu sei

Quando fica difícil

Você sabe que pode ficar difícil às vezes

É a coisa que nos mantém vivos"

 

A saudade bate toda vez que olho para as nossas fotos. Algumas levei comigo, outras deixei com ela. Fotos de nós dois, momentos alegres, momentos descontraídos, de puro amor... O sorriso radiante em seu rosto, o lindo brilho em seu olhar, seus cachos dourados, a sua pele de boneca, levemente rosada... Abraços, beijos, trocas de carinho. 

 

Nossos momentos... Momentos eternizados.

 

Será que você também ainda tem essas fotografias? Se as olha quando sente saudade? Se ainda se lembra dos dias que as tiramos, de cada momento... Para mim foi inesquecível. Lembra do que costumávamos sentir? Você ainda as tem consigo, amor?

 

"Nós mantemos este amor numa fotografia

Nós fizemos estas memórias para nós mesmos

Onde nossos olhos nunca fecham

Nossos corações nunca estiveram partidos

E o tempo está congelado para sempre"

 

Lembro do seu jeans Skinny rasgado nos joelhos, o de lavagem escura. Você costumava usá-lo nas sextas. Íamos no cinema e depois para a sua lanchonete preferida... Sinto falta dos nossos programas em casal, de todos os passeios, do quanto nos divertíamos.

 

Você lembra, amor? Lembra que costumávamos passear de noite? De admirar as estrelas sentados sobre a sua moto? Sentindo a brisa noturna em nossos rostos, o vento bagunçava os seus cabelos, e eu sempre acabava te emprestando a minha jaqueta...

 

Vou voltar pra casa... Não aguento mais viver longe de você. Aguarde, logo estarei em casa novamente, meu amor.

 

"Então, você pode me guardar no bolso

Do seu jeans rasgado

Me abraçando perto até nossos olhos se encontrarem

Você nunca estará sozinha

Espere por minha volta para a casa"

 

O amor machuca? Sim, mas também pode curar. Dê tempo ao tempo. As coisas vão se ajeitando, se consertando... Aprendi isso, faz parte da vida, você se fortalece, aprende com os erros. Se arrepende, há chance de se redimir. Você se torna alguém melhor, você ainda pode consertar as coisas... Todo mundo merece uma segunda chance.

 

Será que nós não merecemos mais uma chance?

 

Juntos podemos tentar novamente... Podemos dar certo desta vez.

 

"Amar pode curar

Amar pode remendar sua alma

E é a única coisa que eu sei

Eu juro que fica mais fácil

Lembre-se disso em cada pedaço seu

E é a única coisa que levamos conosco quando morremos"

 

Nosso amor... Ele ainda existe. Gravado em mim. Gravado em você. Registrado em fotografias... Lindas memórias, nossas memórias... Nunca deixei de te amar. E você? Ainda me ama? Ou pelo menos sente algo por mim? 

 

Preciso saber. Preciso olhar em seus olhos. Ouvir da sua boca... 

 

Necessito de tocar, abraçar bem forte, te sentir... Sinto tanto a tua falta. Falta do seu cheiro, do seu calor, dos seus lábios, de nossos corpos unidos.

 

Quero te ver, minha linda. Preciso de você. Do seu amor... Você é minha alma gêmea, a outra metade que falta em mim, o meu mundo.

 

Te quero de volta. Te amo, nunca parei de pensar em você, nunca deixei de te amar. Nunca. Nunca. Nunca.

 

 

"Nós mantemos este amor numa fofografia

Nós fizemos estas memórias para nós mesmos

Onde nossos olhos nunca fecham

Nossos corações nunca estiveram partidos

E o tempo está congelado para sempre"

 

Mudei... Mudei para melhor. Cresci, amadureci. Me tornei homem, um homem merecedor de você. Éramos tão jovens... E quando fui embora eu só tinha 19 anos. Você era tão imatura quanto eu, o corpo de mulher, a mente de menina...

 

Nos apaixonamos cedo. Ainda na adolescência. Duas crianças ainda, e fomos morar juntos quando completamos 18 anos, contra a vontade de nossas mães, apenas com o apoio de nossos amigos.

 

Era para ter sido assim? Foi o que o destino escreveu para nós, não foi? Não tínhamos como evitar. Era a nossa história... Amar. Nos amar. E nós amamos de nossa maneira.

 

"Então, você pode me guardar no bolso

Do seu jeans rasgado

Me abraçando perto até nossos olhos se encontrarem

Você nunca estará sozinha

E se você me machucar, tudo bem querida

Apenas as palavras sangram

Dentro destas páginas, apenas me abrace

E eu nunca te deixarei ir

Espere por minha volta para a casa"

 

Estou chegando em casa. Já estou chegando, meu anjo. Espero e torço para que me receba... Será que vai me deixar entrar?

 

Vai me perdoar? Já te perdoei.

 

Saí do elevador, o prédio continuava o mesmo. Já tinha se passado exatos 3 anos. 3 anos longe do grande e único amor da minha vida.

 

Caminhei pelo longo corredor com uma mochila nas costas e uma mala na mão. Incerto, não sabia se ela ainda morava lá...

 

Por fim, cheguei no 218.

 

Não hesitei ao tocar a campainha. Me encontrava ansioso. Muito ansioso.

 

"E você poderia me colocar

Dentro deste colar que você usou

Quando tinha 16 anos

Perto do seu coração onde deveria estar

Mantenha isso no fundo da sua alma"

 

A porta foi aberta e meu coração já acelerado, disparou... Era ela. A minha loira. Mais linda do que nunca... Seus olhos azuis-esverdeados se arregalaram assim que ela me viu e sua boca se abriu, surpresa... Senti um turbilhão de sentimentos naquele momento.

 

Alegria. Alívio. Emoção. Nostalgia... Amor.

 

 

"E se você me machucar, tudo bem querida

Apenas as palavras sangram

Dentro destas páginas, apenas me abrace

E eu nunca te deixarei ir

Espere por minha volta para a casa"

 

Seus olhos marejaram. Sam colocou umas das mãos na boca e a outra foi direto para o relicário no pescoço... Apertou o pingente em formato de coração.

 

— Freddie... - Sua voz saiu baixa e embargada.

 

Assenti sentindo meus olhos arderem.

 

— Voltei, princesa... - Sorri emocionado.

 

 

"Quando eu estiver longe

Me lembrarei de como você me beijava

Embaixo do poste da luz da 6ª rua

Ouvindo você sussurrar pelo telefone

Espere por minha volta para a casa"

 

Suas lágrimas escorreram. As minhas também.

 

Estava um pouco mudada. O visual novo. Os cachos que eram longos, se encontravam acima dos ombros. E o corpo ganhou belas curvas.

 

Sam pulou em mim, soltei minha mala e envolvi a mulher que amo num abraço caloroso e apertado.

 

De sua boca só saia o choro. Fechei os olhos... Como era bom tê-la em meus braços novamente.

 

Ficamos um tempinho desfrutando daquele momento único.

 

— Mamãe? - Ouvi uma voz infantil soar perto de nós.

 

Assim que nos soltamos, olhei para o garotinho de cabelos castanhos e com olhos iguais aos dela.

 

— Oi, meu anjo. - Se abaixou e sorriu para ele que me olhava abismado e curioso.

 

Fiquei estático... Mamãe? Ela já era mãe? 

 

Sam me olhou e deu um sorriso, ainda emocionada...

 

— Ele... - Eu nem consegui formular a frase.

 

Apenas assentiu, prevendo a minha pergunta.

 

E naquele instante o meu mundo parou... 

 

— Entre. - Pegou no colo o garotinho que ainda me fitava. - Precisamos conversar. - Disse com calma.

 

— É o moço da foto... - Apontou para mim e vi alguns traços meus, a boca e nariz. - Meu papai, mamãe? - Perguntou inocentemente.

 

— Sim, amor. Ele voltou da viagem e está louco para te conhecer. - Respondeu omitindo os fatos.

 

A emoção e a felicidade mal cabiam em meu peito... Fui eu quem foi embora. Mas ainda sim tínhamos muito o que conversar...

 

Perdi parte da vida do meu filho. E eu iria fazer de tudo para compensar e reconquistar o que perdi.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E ai??? Curtiram a One???

Querem mais do estilo Songfic???

Mandem suas sugestões de músicas, ok???

Músicas internacionais, blz???

Bjs



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