Whatever It Takes escrita por Dark Sweet


Capítulo 12
Carol




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 *Uma semana depois*

 

Fechei o livro da Rainha Vermelha, bufando. Eu li a mesma página seis vezes e não estava conseguindo absorver nada da história.

O som do livro sendo fechado com força fez com que Theo se mexesse um pouco na cama, mas ele continuou dormindo. Suspirei aliviada.

A última coisa que eu queria era acordá-lo.

Nesses últimos dias Theo andou tendo pesadelos e não estava conseguindo dormir. Ele sempre aparecia no meu quarto no meio da noite com lágrimas nos olhos e assustado.

Hoje decidi colocar ele para dormir no seu quarto e ele estava conseguindo manter o sono. Thor também estava aqui, dormindo.

O Grandão apareceu e resolveu contar uma história de uma das suas inúmeras batalhas para Theo dormir, o que acabou funcionando. No fim, o Deus do Trovão caiu no sono também enquanto eu lia a Rainha Vermelha para ele e fazia cafuné em seu cabelo.

Ainda bem que Tony comprou camas de casais grandes e espaçosas para todos os quartos.

Observei os dois dormirem tranquilamente por um tempo, até que coloquei o livro sobre o criado mudo e passei minha mão devagar e com cuidado sob a cabeça de Thor, afastando ela do meu colo e levantando da cama. Coloquei um travesseiro sob a cabeça dele e peguei o livro, saindo do quarto de Theo e indo para o meu.

Joguei o livro na cama e caminhei até o banheiro, me despindo e tomando um banho quente. Sai vestida em um roupão e olhei a hora no meu celular.

02:30 am.

—E vamos de mais uma noite sem dormir. — murmurei, largando o celular sobre a cama e indo até o closet.

Vesti uma calça moletom cinza e uma camisa branca de mangas compridas que eu tinha pegado do Tyler a alguns anos.

Sorri melancólica, lembrando de como ele ficava com raiva quando ia procurar algumas blusas no armário dele e não as encontravam porque eu tinha pegado elas.

Fiz um coque no cabelo, peguei meu caderno de desenhos, lápis e borracha, calcei minhas pantufas e sai do quarto, descendo as escadas.

A luz da sala de reuniões estava acesa, assim como do laboratório.

Passei pela sala de reuniões, encontrando Natasha e Steve encarando um holograma da Terra com dados dos desaparecidos. Desviei o olhar para o chão, respirando fundo e colocando minhas pernas para funcionarem, indo até o laboratório.

—Não era para você estar dormindo? — Rhodes perguntou assim que me viu parada na porta.

—Faço a mesma pergunta para vocês. — encarei ele e Bruce. — Posso ficar aqui? Eu ia ficar com o Steve e a Nat, mas eles estão olhando aqueles dados de novo e isso é tortura demais, até mesmo para mim. —

—Claro. — Banner respondeu.

Caminhei até a bancada da esquerda, me sentando na banqueta.

—Isso é o seu caderno de desenhos? — o Verdão se aproximou. — Achei que eu tivesse dito que você só ia poder desenhar daqui uns dias. —

—Qual é, Bruce. Eu estou bem, meu pulso está bom. Eu retirei a tala faz dois dias! — levantei meu braço esquerdo, girando o pulso. — Viu? Perfeito estado. —

—Eu só falo isso para não causar complicações, Melinda, você sabe. —

—Sim, mas graças ao meu fator de cura eu me recuperei de uma fratura no pulso em pouco mais de uma semana enquanto pessoas normais levariam seis semanas. — Bruce abriu a boca para falar, mas fui mais rápida. — Eu sei, a tala com vibranium ajudou para que a recuperação fosse mais rápida e eu já liguei para a General e o Zaki agradecendo. —

—Por que você não lê um livro e deixa para desenhar outro dia? — sugeriu.

—Eu não estou conseguindo me concentrar na leitura. Estava lendo a Rainha Vermelha e tive que ler a mesma página 6 vezes e não absorvi nada da história. —

—Talvez seja por causa da sua falta de sono. — Rhodes falou. — Já é quarta vez que você aparece aqui no meio da noite, Melinda. Você tem dormido direito? — ele me encarou.

—Ah, pobre Rhodes. É óbvio que, assim como vocês, eu não ando tendo boas noites de sono. — respondi.

—Eu consigo dormir pelo menos umas 5 horas. E você? —

—Quatro. — menti, dando de ombros. — Cinco dependendo dos acontecimentos do dia. E nenhum de vocês tem o direito de me repreender por não dormir direito. São quase três da manhã e vocês estão todos acordados, analisando todos esses dados. —

—É, Melinda, mas diferente da gente, você precisa dormir mais que todos nós por causa dos seus poderes. Você sabe muito bem disso. — Bruce falou, indo para sua bancada e voltando fazendo o que estava fazendo antes de eu chegar.

E ele estava certo. Eu precisava dormir para que a energia do meu corpo não entrasse em colapso e me trouxesse problemas, mas eu não conseguia fechar os olhos e dormir simplesmente. Toda vez que eu os fechava, as cenas da batalha em Wakanda me assombravam. Eu via a Wanda virando pó ou o Thanos chegando naquele portal.

As raras noites que eu conseguia dormir, era apenas por uma hora ou duas e eu sempre acordava suando frio e com a respiração ofegante. E por conta disso, optava na maioria dos dias por ficar acordada lendo ou assistindo alguma coisa e absorver a energia de algum aparelho, tomado ou até mesmo energia solar para suprir a falta da energia que meu corpo ganhava enquanto eu dormia.

—Eu estou bem, gente. Se eu começar a apresentar qualquer problema por causa da falta de sono, falo com o Bruce ou algum de vocês. Sem pressão. — sorri.

—Acho bom. — Bruce olhou para meus pés. — Isso são pantufas do Capitão América? —

Olhei para meus pés que se mantiam quentinhos por causa do calçado felpudo.

—Sim. — ergui a cabeça, exibindo um sorriso orgulhoso.

—Você não estava com uma do Hulk ontem? — Rhodes perguntou confuso.

—Eu tenho uma pantufa para cada Vingador, até uma pantufa da Valente eu tenho. — dei de ombros.

—Maior fanzoca que já conheci. — murmurou, virando para sua papelada.

***

Terminei de desenhar o esboço de Rhodes e Bruce no laboratório e procurei outra coisa para desenhar. Meu olhar caiu sobre o pager do Fury, o qual ainda mandava o sinal para a Capitã Marvel. Bruce tinha isolado ele numa espécie de cabine.

Olhando o símbolo no visor, sorri, escolhendo uma folha em branco e começando a desenhar. No entanto, quando eu ergui a cabeça para analisar melhor os detalhes, o visor estava apagado.

Franzi as sobrancelhas, desviando o olhar para Rhodes e Bruce e voltando para o pager.

—Ahm, gente? — eles me encararam. — Parou. — apontei para o pager, fazendo eles desviarem o olhar para o dispositivo.

—Vou avisar a Nat e o Steve. — Rhodey falou, saindo do laboratório.

—O que você acha que aconteceu? — perguntei me aproximando. — Acabou a bateria? —

—Não, nós a isolamos, lembra? — respondeu olhando alguma coisa que eu não prestei atenção.

—O que temos? — Nat perguntou entrando no laboratório acompanhada de Steve e Rhodes.

—Eu não sei que sinal que estava enviando, mas parou de funcionar. — Banner respondeu.

—Não isolamos a bateria? — Steve questionou.

—Isolamos, ainda está plugado só que... parou. — Jimmy falou.

—Da o reboot e reenvia o sinal. — o Capitão falou firme.

—Espera aí. A gente não tem noção do que seja isso. —

—Ei! — encarei Bruce.

—Com exceção da teoria da Melinda sobre a mulher do espaço. — recolocou.

—Fury tinha. Faz isso, por favor. Me avisa assim que conseguir um sinal. — ela me olhou. — Se a Melinda estiver certa e essa Capitã Marvel estiver do outro lado dessa coisa... —

—Uma pequena vitória para nós. — falei, mordendo o lábio um pouco apreensiva.

—Isso. — ela assentiu, dando as costas e se preparando para sair do laboratório.

No entanto, ela parou.

—Cadê o Fury? —

—Puta merda. — murmurei. — Eu nem ouvi ela entrar! —

—Vou perguntar de novo. Cadê o Fury? — a mulher loira com um uniforme vermelho e azul perguntou.

—Quem é você? — Natasha perguntou.

O símbolo que tinha no pager era o mesmo que tinha na roupa dela.

—Capitã Marvel. — falei, atraindo o olhar dela para mim.

—Você me conhece? —

—Não como eu gostaria. O pouco que sei sobre você foi o... Coulson que me contou. — respondi, dando um passo a frente. — Lembra dele? Naquela época, Fury se referia a ele como... —

—O novato. — completou. — Sim, eu lembro. Onde eles estão? —

Steve abriu a boca para responder, mas antes que o fizesse, uma voz de criança invadiu o cômodo.

—Tia? —

A Capitã virou na direção da porta em alerta. Observei Theo parado, descalço, com o cabelo bagunçado e os olhos molhado com lágrimas.

—Theo? O que está fazendo aqui a essa hora, moleque? — perguntei indo até ele.

—Eu tive um pesadelo. Não consigo dormir, desculpa. — falou em um murmúrio.

—Não peça desculpas por ter pesadelos, papito. — o peguei no colo após limpar o rosto dele com meus polegares. — Está tudo bem, ok? Você está seguro. — afaguei suas costas enquanto ele me abraçava e descansava sua cabeça em meu ombro.

Me virei na direção dos demais.

—Foi mal. — pedi baixinho.

—Está tudo bem, Melinda. — Rhodes falou.

—Eu me chamo Carol Danvers. — a loira falou após me encarar por um tempo. — Como ela disse, sou a Capitã Marvel. Após uma missão aqui na Terra, deixei aquele pager com o Fury para que ele me chamasse em uma emergência. — apontou para o dispositivo.

—Então a teoria da Melinda estava certa, no final. — Bruce falou, retirando os óculos.

—Aquele guaxinim bem que podia estar acordado agora para eu esfregar isso naquele focinho dele. — resmunguei.

—Tia, ele não gosta que chamem ele de guaxinim. — Theo sussurrou, ainda com a cabeça em meu ombro.

—Detalhes. —

—Bom, Carol, eu sou Natasha. — Romanoff começou a fazer as devidas apresentações. — Esses são Steve, Rhodes, Bruce, Melinda e a criança é o Theo, sobrinho da Melinda. —

Theo ergueu a cabeça, olhando para Carol.

—Muito prazer, tia Carol. Eu gostei muito do seu uniforme. —

—E eu do seu pijama. — sorriu.

—A história é um pouco longa. — Steve falou, voltando ao foco principal.

Carol olhou para ele.

—Estou ouvindo. —

***

Nós contamos tudo que aconteceu aqui na Terra para Carol. Como qualquer pessoa em sã consciência, ela ficou arrasada quando soube que a berinjela transformou metade da população do universo em pó, principalmente quando dissemos que o Fury estava nesse meio.

Ela demonstrou ter bastante carinho e afeição ao Fury o que me levou a questionar se ele era um cara mais legal antes de ser diretor da SHIELD. Theo acabou dormindo no meu colo quando ela começou a contar sobre ela e como conheceu o Fury.

E as lacunas que o Pinguim deixou na história foram preenchidas.

—Eu não estou acreditando. Seus poderes veio de um núcleo energizado pelo Tesseract? — perguntei em um tom baixo, afinal não queria acordar o Theo. — Eu não acredito que o Fury conhecia alguém com poderes similares ao meu e me deixou completamente no escuro sobre eles! —

—Poderes similares? — perguntou confusa.

—Ah, meus poderes vieram de um reator de energia alimentado com a energia do Tesseract. — respondi.

—Sério? Então você dispara fótons das mãos também? —

—Quem? — franzi as sobrancelhas.

Em vez de me responder com palavras, Carol fechou o punho e ergueu a mão na direção de uma bancada que estava vazia no laboratório. E então uma luz que eu podia jurar que tinha alguns feixes coloridos saiu do seu punho, acertando a bancada.

Pulei com o leve susto.

—Você é maluca? — minha voz subiu algumas oitavas.

Afaguei as costas de Theo que tinha se remexido com o barulho.

—Isto é um disparo de fótons. — falou.

—E você não podia ter mostrado isso depois ou em outro lugar? — Rhodes perguntou com um leve tom de impaciência.

—Foi mal aí. — pediu, embora eu não acho que ela tenha sido sincera ao falar isso. — Então, você dispara fótons? — me encarou.

—O meu é mais para energia pura e eu chamo de jato ou rajada de energia mesmo, é mais simples. Te mostro depois quando estivermos em ar livre e sem crianças por perto dormindo. — alfinetei, vendo ela dar de ombros.

—Então, o que fazemos com esse tal Thanos? — perguntou, fazendo Steve cruzar os braços enquanto soltava um suspiro.

—Estamos procurando o Thanos com sensores espaciais e satélites, mas nada até agora. — respondeu.

—Ninguém tem nenhuma ideia de onde possa estar? Por mais remota que seja? —

—Talvez uma pessoa, mas não sabemos onde ela está também. — Rhodes respondeu. Carol franziu as sobrancelhas.

—Tony Stark, o Homem de Ferro. — falei, me sentando numa banqueta. — Ele é o cara que se enfiou na nave alienígena junto com o Homem-Aranha e o Doutor Estranho e foram para o espaço. —

—Acreditamos que eles possam ter enfrentado o Thanos. — Nat completou.

—E como sabem que ele não virou pó como os outros? —

—Por causa da Melinda. — Bruce respondeu. — Os poderes dela envolvem várias coisas, uma delas é a habilidade de saber a localização de qualquer pessoa, desde que ela conheça, pela energia que o corpo produz. —

—Essa é uma habilidade incrível. Queria ter essa. — falou, me encarando. — E como que você não sabe onde Thanos e esse Tony estão? —

—Simples, bebê, eu nunca fui para o espaço. — respondi. — Uma coisa é saber a localização das pessoas aqui na Terra, outra é no espaço sideral. Se você me perguntar a localização exata do planeta Júpiter eu não vou saber responder, então imagina de uma pessoa que está em outro sistema solar. —

—Então estamos na estaca zero. — concluiu 

—Até acharmos o Toninho, sim. — confirmei.

Theo levantou a cabeça assustado, sua respiração estava ofegante e ele suava frio. Quando seus olhos encontraram os meus instantaneamente eles encheram de lágrimas e me abraçou com força, enterrando seu rosto no meu pescoço começando a chorar.

—Hey, está tudo bem. Eu estou aqui, pequeno. — sussurrei, levantando e acariciando suas costas. — Foi só um pesadelo, está tudo bem. —

Comecei a caminhar em direção a saída do laboratório, ouvindo seu choro ficar mais alto.

—Eu vou para o quarto com ele. Qualquer coisa vocês me falam mais tarde. — disse para ninguém em especial.

—Tudo bem. Se precisar de ajuda é só pedir. — Natasha falou, beijando o topo da cabeça de Theo.

—Valeu. — pedi, voltando a caminhar até as escadas.

***

Eu levei Theo para meu quarto.

Thor ainda estava dormindo na cama do pequeno e eu não queria acordá-lo caso Theo começasse a chorar de novo. Assim como todos, o Grandão merecia uma boa noite de sono.

Sentada na cama com as costas encostadas na cabeceira da cama, eu tinha Theo em meus braços enquanto cantava baixinho Lembre de Mim. Ele tinha parado de chorar e começado a se acalmar, seus dedos pequenos brincavam com os meus.

—Mais calmo? — ele assentiu. — Quer me contar sobre o pesadelo? —

—É o mesmo de sempre, tia. Todos vocês virando pó também. — falou, sem me olhar nos olhos. — Só ficou eu vivo, tia. — seus olhos encontraram os meus. — Eu fiquei com medo. — sua voz falhou.

—Está tudo bem, meu pequeno. — o abracei com força. — Não tem com que se preocupar, ok? Se alguém tiver que estalar os dedos novamente será um de nós e vai ser para trazer todos de volta. — assegurei. — E quando a gente encontrar o Thanos eu vou socar a cara dele com tanta força que ele vai esquecer o próprio nome só por está fazendo você ter esses pesadelos. —

—Você promete? — me olhou, piscando os olhinhos.

—Óbvio. — sorri. — Quem aquela berinjela aguada pensa que é para fazer meu único sobrinho chorar por causa de pesadelos? —

Theo abriu um sorriso, voltando a encostar sua cabeça em meu peito.

—Você me coloca para dormir, tia? —

—Claro. — me ajeitei melhor sobre a cama, procurando uma posição confortável. — Quer que eu cante alguma coisa? —

—Qualquer música da Disney está bom. — sussurrou, se aconchegando no meu colo.

E ali eu fiquei com o Theo até ele dormir de novo. Coloquei ele deitado na cama e levantei, cogitando a ideia de descer para comer alguma coisa, mas logo descartei a ideia pois não queria deixar Theo sozinho caso tivesse outro pesadelo.

Suspirei, me jogando no puff redondo cinza enorme que dava para dormir tranquilamente nele. Encarei meu sobrinho dormindo tranquilamente.

Talvez eu devesse falar com o Theo sobre ele conversar com o dr. Palmer. Odiaria que o pequeno acabasse desenvolvendo algum tipo de estresse ou ansiedade nessa idade por conta dos acontecimentos. Eu desenvolvi TEPT com 6 anos e não foi uma experiência legal, imagina para uma criança de 3 anos.

—Como ele está? — encarei a figura na porta do quarto.

—Dormindo. Está mais calmo. — respondi, voltando o olhar para a criança.

—O mesmo pesadelo? —

—Sim. Teve mais alguma coisa lá embaixo? — observei Natasha se aproximar, se agachando a minha frente.

—Nada de importante. Mostramos a Carol um dos quartos de hóspedes. Ela vai ficar aqui até encontrarmos o Tony e o Thanos. —

—Espero que ela não tenha nada de importante para os próximos dias, porque encontrar eles dois está sendo igual encontrar uma agulha no palheiro. — comentei amarga, jogando a cabeça para trás.

—Qual é, Melinda. Você nessa semana sempre foi a que colocava todo mundo para cima, dizendo que íamos encontrar o Tony, que íamos achar uma forma de trazer todos de volta. — falou. Senti sua mão segurar a minha.

—Isso foi antes do Theo começar a ter pesadelos. Eu não sei o que fazer caso ele comece a apresentar alguma doença psicológica por conta disso tudo, algum trauma. — voltei a encarar Natasha com lágrimas nos olhos. — Eu sei como é ser uma criança cheia de traumas e não quero que ele passe pelas mesmas coisas que eu. —

—Hey, você conversou comigo que queria levar ele ao dr. Palmer, lembra? Conversa com ele sobre isso, expõe seus motivos para querer que ele fale com um terapeuta. Já é um bom primeiro passo. — ela limpou a lágrima que escorreu. — E eu sei que você fica se questionando sempre se está cuidando dele direito. E a verdade é que você está se saindo muito bem. Para alguém que não gosta de crianças e não sabia cuidar de uma, você está pegando o jeito. —

—Deixando ele ver tevê até tarde? Permitindo que ele coma a sobremesa antes do jantar? — arqueei a sobrancelha.

—Detalhes. É só tomar cuidado para não se tornar rotina, ok? E você não está sozinha. Estamos aqui com você, para te ajudar sempre que precisar. — sorriu.

Um barulho soou pelo quarto, fazendo Natasha arquear a sobrancelha enquanto eu pressionava os lábios.

—Isso foi sua barriga? —

—Meu estômago implora por comida. — confessei.

—E por que não foi comer assim que o Theo dormiu? —

—Não queria que ele estivesse sozinho caso tivesse outro pesadelo. — dei de ombros.

—Viu? Está cuidando mais dele do que de si mesma. — ela levantou. — Vai colocar alguma coisa nesse estômago, eu fico aqui com ele. —

—Sério? — levantei do puff. — Obrigada, Natasha. Você é a minha heroína. — sorri, pegando meu celular no criado mudo e descendo até a cozinha.


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Notas finais do capítulo

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