Whatever It Takes escrita por Dark Sweet


Capítulo 10
Pager




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 *Dois dias depois*

 

—Mas, tia, isso não faz sentido! — Theo protestou, entrando na sala.

 —O que não faz sentido? — ergui a cabeça, tirando o olhar do livro que estava lendo.

—Como assim o Percy tem 12 anos no livro? Por que no filme ele já chega no acampamento sabendo quem é seu pai e não vai para o chalé de Hermes como no livro? Por que a hidra não aparece no livro? E como assim o Percy e a Annabeth são do mesmo time na captura da bandeira? — pisquei os olhos um pouco atordoada com o tanto de perguntas.

—Espera, espera, espera. — encarei o livro nas mãozinhas dele. — Você está lendo Percy Jackson e o Ladrão de Raios? — indaguei incrédula.

—Por que? Eu peguei no seu armário. Não podia? —

—Garoto? Você tem três anos e já sabe ler? Ou melhor, consegue ler um livro desses? —

—Você está duvidando da minha capacidade, tia? — perguntou tristonho.

—O que? Não, não, não. — marquei a página com o marca página, deixando o livro sobre o braço do sofá. — Vem cá. — me ajeitei no estofado.

Theo sentou ao meu lado.

—Olha, pequeno, eu jamais seria louca de achar que você não tem capacidade para fazer qualquer coisa, ok? E me desculpa se foi isso que pareceu. — o olhei nos olhos. — É só que eu estou surpresa, certo? Digo, você tem três anos e já sabe ler. E o melhor: você tem três anos e está lendo Percy Jackson e o Ladrão de Raios! —

—Na verdade, tia, eu aprendi a ler com 2 anos e meio, segundo a mamãe. —

—Como é? — arregalei os olhos, arfei surpresa. — E eu me achando porque aprendi a ler com 4 anos. Mas me conta, como foi que você aprendeu a ler? — indaguei empolgada.

—Eu queria assistir no YouTube e não conseguia escolher os vídeos certos só pela capa do vídeo. Aí baixei um aplicativo e comecei a juntar as palavras com a ajuda dele. — sorriu, orgulhoso. — Então a mamãe viu e perguntou se não podia me ajudar, e eu aceitei. Depois de uns meses eu conseguia ler minhas próprias historinhas antes de dormir. —

—Uau. Você vai acabar desenvolvendo um QI maior que o meu, escuta o que estou te dizendo. — rimos. — Esse foi o primeiro livro com mais de 50 páginas que você leu? — assentiu. — Você teve sorte. O primeiro livro que eu li com mais de 50 páginas foi um que contava as histórias de todas as princesas da Disney. —

—E você gostou? —

—Eu queria ter começado com outro livro que não fosse sobre princesas e tudo mais, porém eu acabei criando um valor sentimental com o livro. — sorri. — 365 Histórias Para Dormir - Princesas e Fadas. Ele tem mais de 300 páginas.—

—Mais de 300, tia? São muitas! — falou surpreso.

—Pois é, pode não ter sido as melhores tramas, mas compensou pela quantidade de páginas. Seu bisavô, Richard, me deu esse livro. Ele costumava ler algumas histórias comigo depois que chegava do trabalho dele. Quando ele morreu... eu fiz de tudo para manter o livro em um bom estado. —

—Eu posso ver ele depois? —

—Claro. — ele sorriu. — Quando eu terminei de ler todo ele, Michelle me deu o exemplar de Harry Potter e a Pedra Filosofal. Conforme mais livros da saga eram lançados, ela comprava para mim. — sorri.

—Você tem todos eles? — assenti.

—Também tenho uma coleção deles em capa dura. Eu tenho um fraco por livros de capa dura. — suspirei.

—Eu gosto dos que tem mapas. — abri um sorriso.

O melhor sobrinho que eu poderia ter.

—Esses daí são ótimos. Se tiverem mapas, eu amo mais ainda o livro. — trouxe minhas pernas para junto do meu tronco com cuidado, as abraçando.

Nesses três dias que se passaram desde Wakanda, eu tinha já retirado os pontos da perna e ela já estava pronta para outra, mas Bruce recomendou que eu ainda não fizesse muito esforço. As minhas três costelas quebradas também estavam em perfeito estado, assim como meu rosto que estava livre dos cortes, arranhões e inchaços.

A única fratura que permanecia era a do pulso esquerdo, mas pelo que eu vi estava curando mais rápido que o esperado. Em uma chamada do Zaki com o Verdão, o médico wakandano falou que a tala continha Vibranium que também era usado na medicina pelo que acabei descobrindo. Vibranium acabou se tornando meu metal favorito.

—Agora vamos lá. Repete as perguntas que você fez no início. — falei.

—Ah. — Theo puxou suas perninhas para cima do sofá, ficando de frente para mim. — Por que a idade do Percy e dos amigos dele são 12 anos e no filme eles são mais velhos? No livro, ele vai para o chalé de Hermes porque não sabe quem é o pai dele, mas no filme ele já sabe quem é e... —

—Você assistiu o filme do Percy Jackson? — arqueei a sobrancelha.

—Sim, tava passando na TV, o papai tava assistindo e eu perguntei se podia assistir também. — respondeu.

—Eu não acredito que o Adam deixou você assistir aquela bomba que chamam de adaptação! — exclamei. — Aquilo é tão ruim, mas tão ruim que chamar de adaptação é uma ofensa os livros. —

—O papai disse que você gostava de assistir o filme para falar mal dele. — falou sorrindo.

—E ele estava certo. Sempre que passava na TV eu estava assistindo e criticando aquela porcaria. — suspirei. — Ok, Theo, vamos as regras para ler a saga de Percy Jackson e Os Olimpianos. —

O pequeno piscou os olhos, colocando um sorriso no rosto e prestando atenção em mim.

—Primeiro: saiba que você já fez errado em assistir primeiro o filme em vez de ler o livro, mas como você só tem três anos eu vou relevar. Segundo: os livros sempre serão melhores que aquelas bombas de filmes. Terceiro: eu quero saber quem é seu personagem favorito, ok? E isso já traz a tona a quarta regra que é você ler todos os livros e me dizer quem é seu pai ou mãe do Olimpo. — ele franziu as sobrancelhas. — Se estiver com dúvida mesmo depois de ler todos os cinco livros, podemos fazer um teste no Google. —

—Você é de que chalé, tia? —

—Ares. — sorri. — Eu tenho alguns palpites em relação ao seu chalé, mas ficarei na minha. —

—Ah, não, tia! — reclamou.

—Quinto: nós vamos ver os dois filmes quando você terminar de ler, para comentar sobre as diferenças gritantes. —

—Só se você fizer alguma comida azul. — sugeriu.

—Claro. O que você quiser. — sorri, apertando suas bochechas.

A porta do Complexo foi aberta e logo Rhodes estava atravessando a sala um pouco apressado.

—Hey, Coronel. Está tudo bem? — indaguei, preocupada.

Ele nos encarou surpreso.

—Melinda, Theo. Não tinha visto vocês aí. —

—Oi, tio Rhodey. De qual chalé você é no Acampamento Meio Sangue? — Theo questionou, ficando de joelhos sobre o sofá.

—O que? —

—Pequeno, agora não, ok? — falei para meu sobrinho que assentiu. — O que foi que aconteceu lá no exército? Você parece meio perdido. —

—Cadê o pessoal? —

—Bruce está no laboratório dele, Nat e Steve estão na sala de reuniões analisando os números que não param de crescer do pessoal que virou pó, Thor e Rocket estão no quarto. — respondi, começando a realmente ficar preocupada. — A Peps vou resolver sei lá o que nas Indústrias Stark. O que foi? —

—Certo. Vai chamar o Thor e o guaxinim e vão para o laboratório do Bruce, explico quando todos estiverem lá. —

Rhodes não esperou qualquer resposta que eu poderia dar, ele já estava a caminho do laboratório. Encarei Theo que lia o livro no seu colo.

—Papito, eu vou ver qual é o problema da vez, ok? Você pode ficar aqui lendo? —

—Claro, tia. — ele assentiu, abrindo o livro.

Levantei, calçando minhas pantufas do Harry Potter e indo até o andar dos quartos, chamando Rocket e Thor. Descemos até o laboratório, encontrando todos ao redor de uma mesa que continha uma maleta sobre ela.

—O que foi? O que é isso? — Thor questionou.

—O Exército, ou o que sobrou dele, ficou encarregado de limpar as ruas. Recolher os carros e outros automóveis das pessoas que viraram pó. — o Coronel começou a explicar. — Um carro em especial chamou a atenção deles. —

—Qual? —

—O de Nick Fury. — encaramos uns aos outros.

—Só eu que não sei quem é esse ser aí? — o guaxinim indagou, cruzando os braços.

—Nick Fury foi o cara que juntou toda a banda no início. Ele é o cara que sabe de tudo. — respondi.

—Então ele sabe onde o Thanos está? — retrucou.

—Eu não ficaria surpreso se ele soubesse. — Capitão cruzou os braços. — O que tinha no carro, Rhodes? —

—Isso. —

O Coronel abriu a maleta, revelando um pager em perfeito estado. Franzi as sobrancelhas.

—Um pager? Eu sei que o Fury é velho, mas não sabia que ele gostava de tecnologia antiga. — falei. — Isso tem mais a cara do Coulson. —

—Estou surpreso é por você saber o que é isso. —

—Eu nasci nos anos 90, Bruce. Me respeita. — falei, um pouco ofendida. — Adam e eu tínhamos um. Usávamos para nos comunicar com nosso pai quando ele viajava. Era legal. — sorri.

—É, mas não foi o dispositivo antigo que deixou os oficiais intrigados, e sim, a mensagem que está sendo enviada. — Rhodes respondeu, fazendo-me encarar novamente o pager.

Em vez de ter uma mensagem como "precisamos de ajuda" ou "estamos sendo atacados", no visor continha uma imagem, algo como se fosse um símbolo.

Era uma estrela amarela com 8 pontas e o visor estava dividido ao meio nas cores vermelho e azul.

—Como assim? — Thor questionou confuso.

—Não conhecemos esse símbolo aqui na Terra. —

—Está dizendo que Fury mandou um sinal daqui para alguém do espaço? — Nat indagou, se aproximando da maleta.

—Acredito que sim. — Rhodey respondeu, coçando a cabeça. — Os oficiais jogaram esse símbolo em todo banco de dados e não encontraram nada. —

—Acham que é um bom sinal? Digo, um sinal para alguém nos ajudar? — Bruce questionou, apertando as mãos.

—Não acho que o Fury enviaria uma mensagem para alguém que não fosse para ajudar. — Steve falou. — No entanto, seria bom saber para quem essa mensagem foi enviada. —

—Vocês atuaram mais no espaço do que nós, obviamente. — me virei para Thor e Rocket. — Não reconhecem esse símbolo? —

O guaxinim, que estava em cima de uma mesa ao lado de Thor, pulou para a que estava a maleta, olhando o pager mais de perto.

—Não, nunca vi esse treco na minha vida. — falou dando de ombros.

Encarei Thor em expectativa.

—Eu não tenho certeza, baixinha, mas acho que já vi esse símbolo. Essa estrela se parece com o símbolo do planeta Hala, capital da civilização Kree, uma raça de alienígenas azuis. Alguns são rosas e brancos devido a procriação com outras espécies e experimentos que visavam evoluir a raça Kree. — explicou.

—Será? — murmurei, colocando as engrenagens do meu cérebro para rodarem.

—Eu já tive o desprazer de enfrentar alguns Kree e eles não são gente boa. Se esse tal de Fury enviou um sinal para um deles, não foi por uma boa causa. — Rocket falou cruzando os braços.

—Como assim? — Bruce indagou.

—Eles não são uma raça lá muito amigável. E o Kree que eu e meus amigos enfrentamos? Trabalhava para o Thanos até ter a Joia do Poder nas mãos e se rebelar contra ele. — respondeu.

—A lebre está certa. Se essa mensagem foi mesma enviada para um Kree, temos que ter cuidado. Asgard não confiava neles por um bom motivo. — Thor explicou. — E esse símbolo é mais comum ver no uniforme do exército deles, o qual era composto pelos Kree de pele rosa e branca. Mas eu nunca vi ele nessas cores. —

—Melinda? — ergui o olhar na direção de Romanoff. — O que foi? —

—O que foi o que? — questionei confusa.

—Você está com esse olhar no rosto, essa cara. — Steve falou, fazendo-me franzir as sobrancelhas. — A expressão que você faz quando está tendo alguma ideia. —

—Ah. — soltei uma risada nervosa quando todos me encararam. — Certo, eu tenho teoria sobre para quem foi a mensagem, mas não tenho 100% de certeza. —

—Tudo bem. — Bruce disse me incentivando a prosseguir.

—Capitã Marvel. —

—Quem? — falaram todos confusos em uníssono.

—Nenhum de vocês ouviu falar dela? — indaguei. — Nem vocês dos espaço? — o Deus e o guaxinim negaram. — Nem você Natasha? Você costuma ser uma sabe tudo também. —

—Se me lembro bem, ela só finge que sabe de tudo. — Steve respondeu recebendo uma sobrancelha arqueada de Romanoff.

—Só eu que estou com medo de perguntar como a Melinda é a única que sabe sobre essa tal Capitã? — Rhodes indagou recebendo um "eu também" do Bruce.

—Se por acaso você está sugerindo que eu acessei algum arquivo da SHIELD sobre ela sem permissão, pode ir tirando seu cavalinho da chuva. A única vez que eu tentei fazer isso foi para acessar os arquivos do treinamento do Tyler, porque a May não queria me contar nada e mesmo assim fui pega pela Daisy. — falei.

—Inacreditável. — Rhodes balançou a cabeça negativamente. — Ainda não sei como o Coulson deixava você andar pela base da SHIELD sem um agente no seu pé depois de tudo isso. —

—O Pinguim gosta de mim, Jimmy. — dei de ombros.

—Então como você sabe sobre essa Capitã Marvel? — Nat perguntou após um suspiro.

—Eu perguntei, oxe. —

Recebendo olhares confusos de todos eles resolvi explicar toda a história.

—Quando vocês me chamaram para ser uma Vingadora e eu aceitei, alguns dias depois fui na SHIELD tomar um cafezinho com o Coulson. Em um dado momento perguntei se ele achava que eu tinha feito a escolha certa e que estava com medo de fazer alguma besteira que pegasse mal para todos vocês. — encarei os Vingadores. — Coulson disse algumas coisas, algo sobre ser comum errar no início para que a pessoa aprenda a acertar e acabei perguntando sobre a primeira missão dele na SHIELD. O Pinguim me contou pouca coisa, quando eu fazia certas perguntas ele se escondia atrás da maldita palavra confidencial. — revirei os olhos.

—Então essa tal Capitã Marvel foi a primeira missão do Coulson como agente? — Bruce perguntou, tirando os óculos.

—Em 1991. — assenti. — Reportaram para SHIELD que uma garota veio do céu e atravessou o teto de uma locadora. Fury estava no comando da pequena operação para encontrar a mulher e Coulson era o novato. Só que quando o Pinguim chegou no local, não tinha mais ninguém. Já tinham encontrado a mulher e estavam em uma perseguição a ela. —

—Coulson chegou atrasado? —

—Não necessariamente. Coulson estava lá, mas não era ele realmente. —

—Baixinha, eu não estou entendendo. —

—Eu estou com o Thor, Melinda. Não estou entendendo nada. — Rhodes falou cruzando os braços.

—Eu também não entendi nada quando o Coulson me contou essa parte da história, mas depois ele explicou dizendo que recebeu ordens do chefe mor da SHIELD para capturar a mulher e o Fury, disseram que ele estava trabalhando com a "inimiga" — fiz aspas com os dedos. — Mas da mesma forma que o Coulson que estava na locadora não era o Coulson verdadeiro, o chefe deles não era realmente o chefe. — novamente olhares confusos. — Acabou que o Coulson encontrou a mulher e o Fury, mas não os entregou. O Pinguim me disse que lá no fundo ele sentiu que seguir aquelas ordens não era a coisa certa e ele só soube de toda a história quando tudo foi resolvido e o Fury contou a ele. Lógico que o Fury deve ter omitido algumas partes, porque ainda não confiava 100% no Pinguim, não sei. —

—Por favor, Melinda, me diga que você vai explicar a história agora porque estou sentindo que meu cérebro vai explodir. — Natasha falou fazendo-me revirar os olhos com o exagero.

—Fury contou ao Pinguim que o falso Coulson e o falso chefe eram na verdade Skrull, uma raça alienígena de metamorfos. —

—O que? —

—A mulher que atravessou o teto da locadora? Era do espaço e tinha poderes. — continuei. — Ele disse que essa mulher passou a vida acreditando que os Skrull eram os vilões quando, na verdade, os vilões eram o próprio povo dela, os Kree. —

—Eu sinto que minha cabeça realmente vai explodir, mas... se os Skrull não eram os vilões, o que eles queriam com a mulher do... espaço? — Bruce perguntou se aproximando.

—Confidencial. Foi o que o Coulson fez o favor de responder. — me sentei na beirada de um dos balcões. — Retomando, Fury e essa mulher acabou lutando contra os Kree com a ajuda dos Skrull e quando tudo se resolveu, aparentemente, a mulher voltou para o espaço para resolver um assunto importante. —

—E ela deixou esse treco com esse tal Fury para contatá-la? — Rocket indagou.

—Quando eu levantei a hipótese da Terra estar sobre ataque e que precisaríamos dos poderes dessa mulher, Coulson não falou nada sobre ter um meio de chamá-la. — dei de ombros. — Mas é só ligar os pontos. Essa primeira missão do Coulson foi em 1991, pager eram bastante famosos nos anos 90, Thor disse que esse símbolo se parece com o símbolo dos Kree e a mulher é uma Kree. —

—Mas os Kree não são confiáveis, lembre-se disso. — o guaxinim rebateu.

—Tenho total certeza que essa vale a nossa confiança. Coulson disse que depois disso, Fury começou a procurar por heróis com poderes e montou uma iniciativa. —

—Então a Iniciativa Vingadores... — Steve começou.

—Foi por causa dela. — Nat completou, o olhando.

—Toda essa história da Melinda diz que a SHIELD tinha conhecido sobre vida no espaço desde os anos 90. — Bruce falou, atraindo todos os olhares. — E não só em 2011 quando o Thor foi banido de Asgard aqui para a Terra. —

—Por que você acha que a SHIELD falou com meu pai para construir aquele reator de energia? — questionei. — Eles não podiam colocar todas as fichas em heróis, porque só veio aparecer dois em 2008 e o Picolé ali estava congelado. — apontei para Steve. — A energia do reator seria usado para alimentar armas capazes de imobilizar alienígenas hostis e indesejados. — falei insatisfeita com essa ideia de jerico da SHIELD.

—E qual o nome dessa mulher? —

—Sei não. — respondi recebendo uma sobrancelha arqueada de Rhodes. — O que? Coulson nem podia ter me contado todas essas coisas. —

—Todas essas coisas? Ele mal falou as coisas para você. —

—Que mentira, guaxinim. Ele contou o suficiente para eu gostar dessa mulher. —

—Não me chama de guaxinim! — falou com raiva e dando um passo na mesa na minha direção.

—Desculpa, RJ. — ergui as mãos para o alto.

Rocket franziu o cenho.

—O que é isso? — perguntou a Thor.

—Sei não. —

—É o nome de um guaxinim de um desenho animando. — sorri vendo ele ficar com a cara fechada. — Tão pequenininho e tão fofinho com raiva. —

—Melinda? — desviei o olhar para Steve. — Mais alguma informação sobre essa tal Capitã Marvel? Idade, poderes? —

—Eu não sei o nome dela, ou a idade ou quais são seus poderes. Nem sei se é casada ou se ela já deu as caras por aqui nesses anos. — respondi. — Coulson não me falou mais nada sobre ela e pediu que eu não comentasse com ninguém, então sintam-se privilegiados. —

Observei Rogers soltar um suspiro pesado.

—Olha, Cap, como eu disse não tenho 100% de certeza que a mensagem foi para ela, uns 97% na verdade, mas se a mensagem foi mesmo para a Capitã Marvel, podemos confiar nela. — falei.

—Se você estiver certa, espero que ela não demore. — Romanoff falou voltando o olhar para Bruce. — Você pode tentar descobrir para onde o sinal está sendo enviado? —

—Tentar sim, mas não garanto que vou conseguir descobrir. — falou.

—Já é alguma coisa. Vamos manter essa teoria da Melinda sobre essa Capitã Marvel. Se ela estiver certa e Fury só chamou essa mulher agora, é porque ele sabia que ela poderia nos ajudar. —

Banner assentiu.

Natasha saiu do laboratório seguida por Steve.

—Eu te ajudo, se precisar de alguma coisa. — Rhodes ofereceu ao Verdão que agradeceu.

—Ahm, Bruce? — chamei, exibindo um sorriso pequeno quando ele me encarou. — Por acaso o meu médico favorito poderia me liberar para uma saída? —

—Você quer sair? Para onde? — perguntou visivelmente confuso.

—Não se preocupe é aqui pertinho. — tentei tranquilizá-lo. — Só preciso falar encontrar uma pessoa, ver como ela está. —

—Quem? E aqui pertinho onde? —

—Reginna, a mãe da Amy. Ela está em New Jersey. —

—Você quer ir a New Jersey? —

—É coisa rápida, prometo. Fora que eu já estou bem. Minha perna está ok, minhas costelas estão ok e eu não estou forçando meu pulso em nada. — me apressei em dizer. — Fora que o Zaki disse que eu já estava praticamente liberada da maioria das restrições médicas, apenas precisaria tomar cuidado com a recuperação do meu pulso e você concordou. —

Bruce suspirou, se aproximando.

—Você pretende levar alguém? O Theo? —

—Não, eu... queria ir sozinha. — pressionei os lábios. — O que me leva a ter que pedir a alguém para ficar de olho no Theo enquanto estou fora. —

—Eu fico com ele, Baixinha. — encarei Thor.

—Sério? —

—Claro, eu gosto de crianças e gosto dele. — o Grandão sorriu.

—Obrigada. — sorri, voltando a olhar para Bruce. — Eu prometi que iria fazer tudo que você pediu em relação a minha recuperação e já estou aqui nesse Complexo sem olhar a luz do dia há três dias. Por favor. — pisquei meus olhos, fazendo minha melhor cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança.

—Tudo bem, mas quero fazer um check-up antes de você sair e você vai manter seu celular por perto e avisar se tiver qualquer problema. Entendido? — sua voz estava firme.

—Em alto e bom som. Muito obrigada, Bruce Bear. — sorri, beijando a testa dele e saindo do laboratório.


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Notas finais do capítulo

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