Madness - Beginning of a Reign escrita por mrsvaleska


Capítulo 2
Everything to say Sorry


Notas iniciais do capítulo

Passando para dizer que esta fanfic também está disponível no Spirit Fanfics e no Wattpad, e que resolvi postar aqui no Nyah só esse ano. Espero que estejam gostando!



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Apesar de eu estar ainda um tanto avoada como o fato de ter ficado sabendo há pelo menos uns dois dias sobre Selina ter sido baleada e quase morrido, até que consegui mesmo manter-me "bem" quanto a isso, pois pelo menos já tinha sabia que ela estava bem, mas continuava usando cadeira de rodas, então, não me sentia assim tão tranquila; e se ela não voltasse nunca mais a andar? Tudo bem que, seria melhor ela estar bem e usando cadeira de rodas do que morta, mas ainda sim, não passava pela minha cabeça que Selina pudesse correr o risco de ficar a vida toda daquele jeito. Minha amiga não nasceu para ficar o tempo todo parada.

Talvez... Eu pudesse vê-la?

Isso não vai dar certo. Selina, junto de quase todos os outros, saíram de Gotham no dia da evacuação, apesar de eu ter ficado sabendo sobre ela há dois dias, então eu não sei ao certo como aconteceu. Se eu a visse, poderia saber melhor o que aconteceu, e também, teria total certeza de como está a situação dela, se é boa ou ruim, até mesmo poderia saber se ela poderia precisar de mim para alguma coisa. Jamais deveria ter deixado Selina.

Jamais deveria ter deixado qualquer pessoa que já quis o meu bem.

Tenho consciência que estive errada ter abandonado minha amiga. Simplesmente me afastei dela por não gostar de Bruce... Por eu não gostar de Bruce por influência de Jerome. Foi mesmo por influência dele? Talvez eu não devesse ter feito aquilo por ele, acabou sendo - talvez - uma das coisas mais idiotas que eu fiz por ele. Se fosse contar cada uma das coisas que já fiz por Jerome, quantas coisas eu já teria feito? Ou, até mesmo, quantas vezes arruinei mais e mais meu psicológico? Ainda estou arruinando, isso não é culpa dele. Foi tudo sempre minha culpa, por eu ser idiota o suficiente.

Mexo desconfortavelmente minha cabeçada que descansava no braço do sofá enquanto eu estava deitada há pelo menos três horas, apenas olhando para os lados, sem decidir o que faria ou não da minha vida, aliás, por duas semanas minha vida tem sido tão calma, tão tranquila. Gosto de passar o tempo fazendo absolutamente nada, apenas livros ou dormindo, comendo o tempo também tem sido legal. Acho que é a primeira vez em muito tempo que eu não tenho tido nada para fazer, que tenho tido paz, também não tenho andado estressada com nada. Antes, minha vida era um turbilhão de nervos o tempo todo, mas, principalmente, cansaço. Cansaço físico e psicológico por tudo que passava. Agora, estou bem melhor no quesito físico. Nos primeiros dias com o Jerome longe, foi tudo horrível, mas, no momento, consigo pensar apenas que dormirei e, no outro dia, não terei que lidar com ele ou com as palavras humilhantes que ele dizia em relação a mim. Acordar e saber que a única coisa qual lidarei será tranquilidade do meu dia, é ótimo. Não estou inteiramente bem - isso é impossível, no momento - porém, sinto que posso, finalmente, tentar curar aos poucos as cicatrizes que carrego por causa de tudo o que aconteceu.

Pareço não estar certa do que estou dizendo, mas ficarei mesmo bem.

Levanto-me rapidamente do sofá, ficando de pé, mas logo me sento após ter sentido uma leve tontura. Todos os remédios fortes que fui obrigada a tomar quando estava no Arkham fizeram com que eu tenha efeitos colaterais até hoje, até porque, além de encherem-me de remédios pelo tempo em que fiquei, várias vezes eu dava um jeito de conseguir remédios que eu sabia que fariam com que eu ficasse dopada. Alguns deles me faziam até ter ânsia de vômito antes de eu "desmaiar" por incontáveis horas. Pelo tempo que estive, consegui aos poucos acabar comigo mesma; tanto que, de vez em quando, ainda procura conseguir os mesmos remédios fortes que eu consumia quando estava em Arkham, então, digamos assim que eu seja uma viciada em medicamentos que me deixem derrubada por horas.

Não tenho certeza se estou tão bem assim.

Depois de voltar a levantar-me, sigo até meu quarto e logo estou com roupa de verdade, nada mais de ficar de lingerie o dia todo. A jaqueta de couro que eu usava por cima de minha blusa preta de renda, já estava um tanto apertada em meu corpo, por fazer bastante tempo que eu a tinha, porém não era incomodo, então podia ainda usá-la tranquilamente sem sentir nenhum desconforto por estar um tanto apertada. Minha calça, também de couro preta, estava apertada. Eu definitivamente precisava de algumas roupas novas, pois a única coisa que não estava apertada era meu salto num tom vermelho que chegava a ser gritante. Era bom usar uma roupa mais comum. Jerome gostava apenas que eu ficasse de vestido - e eu também sempre gostei usar -, mas ele fazia com que eu me sentisse obrigada a usar algumas roupas mesmo quando eu quisesse ficar mais confortável uma calça. Talvez seja por isso que apenas agora eu esteja percebendo o quão apertadas minhas roupas mais antigas estão, de tanto tempo que eu não as usava. Que bom que sempre andei com elas no carro.

Haviam alguns drogados bem onde era o beco que dava a uma das entradas laterais da delegacia, por isso, andei com minha mão direta segurando minha arma por dentro da jaqueta, caso alguns deles me atacassem, eu atirasse. Com sorte, passei por eles sem ter problemas. Quando coloquei as mãos na maçaneta para tentar abri-la e entrar, fui pega de surpresa quando um policial abriu a porta e já foi puxando sua arma, porém fui rápida o suficiente para puxá-la e engatilhar as duas e mirar em sua direção. Se ele gritasse por ajuda, sabia que eu atiraria, então, não ousou dizer nada.

— Preciso imediatamente falar com James Gordon - sorrio. - Tem a opção de levar-me até ele, ou pode ser morto. Escolha logo. Não tenho tempo pra ficar esperando que pense. Inclusive, se você não quiser fazer o que eu estou mandando, ainda sim chegarei lá de um jeito ou de outro, a diferença é que você vai poupar ser morto agora - continuo mirando as armas em direção dele.

Sua expressão havia confusão, indecisão.

Esse idiota não está mesmo pensando que tenho tempo de espera-lo decidir o que vai fazer.

— Tudo bem, você demorou demais... - ele interrompeu-me.

— Levo você até ele - sua voz saiu em total desespero. Divertido.

— Ótimo.

— Mas ninguém pode vê-la aqui. Precisa ficar numa sala, e então o levo até você - cerro os olhos após ele falar.

Não sei se há muitas outras opções sobre o que fazer.

— Vamos logo.

Deixei que ele fosse andando em minha frente. Quando estávamos já dentro da delegacia, pude ver que aquela entrada dava em um corredor que parecia ser bem afastado de onde eles ficavam todos trabalhando juntos. Eu não escutava absolutamente nada, então tive de que ali havia apenas eu e o policial que logo estaria morto. O mesmo andava até o final do corredor, nem mesmo olhava para trás, o que me deixava aliviada de não ter aquele estranho olhando para mim. Havíamos parado em frente à última sala do corredor, então ele fez sinal para que eu pudesse abrir a porta, e quando abri, pude logo ver que havia vários armários, que com certeza eram daqueles com papelada sobre a vida de cada um que já investigaram em todos os anos que aquela delegacia existia. Uma pessoa com curiosidade na papelada de outros criminosos faria uma festa vendo isso tudo.

— Estarei aqui esperando, e você tem literalmente 2 minutos apenas para trazê-lo aqui, ou quem vai sofrer as consequências será a primeira pessoa que eu encontrar mais perto daqui. Vá - ele imediatamente fecha a porta, deixando-me sozinha, olhando para todos aqueles armários que havia em minha volta.

Do fundo do meu coração, espero que Jim Gordon me ajude a poder ir ver Selina. Desta vez, não é nem pelo caso de que eu quero obrigar alguém a fazer algo que eu queira, mas sim porque apenas ele vai conseguir me ajudar com isso. É claro que, se ele negar a fazer o que vou pedir, tentarei de todas as formas conseguir um jeito que não seja ele, pois o que mais preciso agora é ver minha "amiga", e sei que conseguirei isso. Mas eu sempre sou cheia de achar demais.

O barulho da maçaneta atrai minha atenção para a porta, e por instinto, seguro em cada uma das armas em minha cintura, que foram úteis, pois em seguida tive rapidamente que levantá-la e balear todos os seis policiais que estavam em minha frente, com exceção de Jim Gordon avançou em minha direção para me atacar, mas consegui ser mais rápida em jogar-me no chão, desviando dele, e logo em seguida consegui chutar a lateral de sua cabeça, por ele também ter caído no chão. Ele levou a mão direita onde acertei e pude ver em seu rosto a expressão de dor que ele carregava.

— Preciso que me leve até Selina Kyle - disse em voz, enquanto olhava para o corredor, vendo que algumas sombras de pessoas apareciam à contra luz. Já sabiam que algo estava errado por aqui. - Anda logo, me diz que posso pode levar-me até ela - fechei a porta.

— Não farei isso. O que quer com ela? - perguntou, gemendo de dor.

— Isso não é do seu interesse. Pode me levar? - segurei com as duas mãos num dos armários que mais estava perto de mim no momento, e então comecei a arrastá-lo até que ele ficasse em frente à porta, fazendo com que eu ganhasse tempo quando começassem a tentar entrar na sala.

— Não vou.

— Você vai. Que merda quer que eu faça para conseguir que você arrume um jeito de levar-me até ela? Não sei nem mesmo onde ela está. Você sabe bem que já fui amiga dela e que o que estou pedindo é questão de real emergência. Sabe que eu não iria pedir se não fosse um caso extremo - praticamente imploro, e logo arregalo meus olhos olhando para a porta, vendo que as sombras já estavam exatamente ali em frente, e essas mesmas pessoas já começavam a tentar arrombar. - Diz logo o que quer que eu faça! - grito.

— Quero que entregue Jeremiah e Jerome Valeska - ele disse entredentes.

Pois ele terá apenas um dos Valeska.

— Feito. Nos encontramos no mesmo beco que dá à entrada lateral da delegacia. Hoje, às 19:00 da noite: você me leva até Selina, e em troca terá o endereço de onde Jeremiah Valeska está. Espero que faça a merda que estou pedindo e não tenha ninguém aqui além de você - digo tudo em seu ouvido, depois me levanto do chão e corro até a janela.

No começo, parecia estar emperrada, mas depois de continuar tentando, consegui abrir, e mesmo tendo pouco espaço para passar, eu era pequena, então passar por ali foi á coisa mais fácil do mundo.

Comecei a correr até estar fora daquele beco, e quando cheguei à calçada, parei, começando a andar normalmente e não correr o perigo de alguém que estivesse ali desconfiasse do porque eu estaria correndo desesperadamente as 09:30 da manhã. Se eu tivesse uma arma com silenciador, nada disso acontecido. Maldita hora para eu não pensar nisso.

Andei com minha cabeça abaixada até o momento em que cheguei em meu carro, quando pude ficar normal e sem medo de que alguém me visse. De onde estava, pude ver que vários policiais saiam de dentro do beco e iam correndo com arma em mãos e um daqueles walkie-talkies na outra mão, enquanto aproximavam perto da boca para falarem algo que, com certeza, seria para cobrirem todo o quarteirão. Mas, enquanto fossem fazer isso, eu já estaria indo para longe dali.

(...)

De volta ao beco onde estive mais cedo - obviamente armada - segui esperando que James viesse logo, pois eu não estava afim de ter que ficar esperando-o, ainda mais agora que sinto a pressa de ver Selina.

— Como vai, baixinha? - olhei para trás, logo após ter escutado a voz de Barbara.

Ela e Tabitha estavam paradas de braços cruzados, ao lado uma da outra. Que merda elas estão fazendo aqui?

— Que porra é essa? - ando em direção à elas, mas paro.

— Você achou que eu deixaria você ficar perto de Selina sem segurança alguma? - dei um riso anasalado, mas não eu não estava vendo graça alguma no que havia dito.

— Custava mandar seus policiais ao invés delas? - apontei para as mesmas.

— Ninguém da polícia pode saber o que eu estou fazendo.

— Ah, é, eu tinha me esquecido que mentir dentro das leis tem muito haver com você - riu. - De qualquer forma - olho para elas. -... ainda preciso ver Selina. Vamos logo com isso.

— Não. Ainda não. Deve dizer onde posso encontrar Jeremiah - disse, colocando-se á minha frente.

Soltei uma gargalhada.

— Está achando mesmo que eu vou dizer isso à você antes de levar onde preciso?

— Não faça o que ela quer, Jim. Madison é manipuladora e mentirosa, então faça o que for, mas não acredite nela - disse Barbara, intrometendo-se no assunto.

Estava realmente ficando com raiva dela e da situação. Eram três contra uma.

— Você apenas está aqui porque ele a chamou, então não se meta na merda do assunto - viro-me para Jim. - Quer saber onde eles estão? Vá até o prédio aonde Cícero, o pai dos Valeska, morava quando foi morto. Não me lembro o número do apartamento ou do prédio, só fui lá uma vez, então eu não vou lembrar, mas é lá. Procure e achará, é um dos últimos... deve ser o penúltimo, não tenho certeza - parei para respirar fundo. - Agora, me leve logo. Já tem o que queria, então cumpra com o que disse, pois eu já fiz minha parte e com certeza não estou afim de começar uma briga com qualquer pessoa que seja - suspirei e continuei. - Mas você vai encontrar apenas Jeremiah lá. Jerome está sumido há duas semanas e não disse para onde iria ou o que faria.

Olhando para a cara dele, pude ver que ele não esperava por aquilo.

Ninguém mais se pronunciou, o que eu não esperava que fizessem, mas depois de talvez uns dois minutos, Jim ousou a falar.

— Não acha que Jerome pode estar morto? - meu peito se aperta um pouco com o que ele diz, mas eu não iria deixar transparecer.

— Dane-se o Jerome. Faz tempo que eu não o vejo mesmo - dou de ombros. - E quanto à Jeremiah: não tenho nenhum laço com ele, então não me importa o que você vai fazer com ele. Mate-o, se quiser, não é problema meu.

E, não, eu não tinha certeza do que estava falando.

— O que estamos esperando? - fui andando na frente deles, esperando que me seguissem, que fizeram e tive certeza disso os passos deles atrás de mim.

— Barbara e Tabitha, vocês estarão lá porque sei que se Madison tentar algo suspeito, vocês a impedirão.

— Algo suspeito como o que? Acha que posso matar a Selina, tipo isso? - questiono sem medo.

— Fiquei sabendo por meio de Bruce que você sentiu muito ódio dela por algum, e por saber que você não tem o psicológico certo, sei que você poderia fazer algo estúpido.

— Não com Selina. Sou amiga dela - me defendo.

— Se fosse amiga dela, não teria se afastado por causa de Jerome - Tabitha se pronunciou pela primeira vez.

Respiro fundo, me segurando para não ser tomada pelo ódio que eu estava sentindo do que estavam falando de mim. Odeio isso. Odeio que fiquem falando coisas para tentar me atingir de alguma forma. Mas, pior ainda seria se essas coisas à meu respeito fossem mentiras.

— Não vou discordar quanto a isto.

(...)

Barbara, Tabitha e eu esperávamos sentadas no sofá da sala-de-estar, enquanto que Selina ainda não vinha. A empregada do apartamento havia ido chama-la e disse que logo viria.

Jim já havia pedido que um barco fosse nos buscar no porto, e então nos deixaria em seguida, pois não ia nos acompanhar até o local em que Selina tem ficado há algumas. E, chegando aqui, acabamos percebendo o quão luxuoso era o lugar, mas não chegamos nem a ficar surpresas, pois no fundo, acho que todas nós já sabíamos o porque de ela estar num lugar como este. Graças ao Bruce.

Inquieta, eu balançava meus pés freneticamente há pelo menos uns 10 minutos, algo que só fui parar para pensar quando Tabitha deu-me uma cotovelada no braço e avisou o que eu estava fazendo.

— Dá pra parar de balançar os pés? - reclamou enquanto me olhava torto, e Barbara parecia nos ignorar.

Fiquei quieta e soltei um suspiro, levantando-me em seguida. Como se não bastasse o balançar dos meus pés há minutos atrás, eu comecei a andar de um lado para o outro, sem parar, o que não estava tranquilo para mim, mas elas deviam estar começando a se incomodar com o que eu estava fazendo.

Talvez eu não esteja tão preparada assim para ver Selina como achei que estava.

— Eu não deveria ter começado com isso - engulo seco.

— Como? - perguntou Tabitha.

— Talvez eu não devesse ter vindo. Nós não devíamos.

— Bom, agora já estamos aqui - disse Barbara. - Está com medo do que Selina vai dizer ao vê-la aqui?

— Não - disse seca. - Eu não tenho medo do que ela vai falar, apenas acho que não deveria ter vindo. Pelo menos, não agora.

Barbara deu um riso.

— Sabe, se eu fosse Selina, realmente não gostaria de vê-la. Não depois do que fez. Você não deve conhecer o conceito de amizade.

— Ótimo, estamos no mesmo barco - debocho.

Paro de andar e fico parada em frente as duas, então Barbara se levanta.

— Não me compare a você outra vez - ameaçou-me, e a única coisa que pude fazer foi dar risada dar risada de sua atitude de tentar me deixar com medo dela.

— Claro que não estou comparando, você é pior. Mas, o único problema é que você nunca consegue o que quer, não é?

— Pelo menos não fico atrás de homem nenhum para conseguir ter uma vida. Pior ainda é se esconder atrás de um.

Tsc, tsc, tsc. Essa realmente doeu. Ponto para ela.

— Você não sabe de nada, e mesmo que soubesse, também não tem nada haver com o caralho da minha vida. Por mais que você insista em jogar em minha o quão submissa já fui a um homem, isso já passou. Não vou mais ser a mesma garota de antes - por último, me defendi.

— Então esteja certa do que está falando, Madison, porque caso continue sendo a mesma pessoa que semanas atrás, todos vão usar você. Não importa que você seja uma manipuladora, ainda tem mais facilidade para ser manipulada. Por isso, precisa escolher qual lado um dia irá ficar.

— O que?! - Tabitha e eu dizemos em uníssono.

Barbara nos encara, uma de cada vez, e então volta a dizer:

— Há algum tempo atrás nós poderíamos, sem problema algum, termos nos juntado a você, porém, você é fraca demais. Ia querer que você se juntasse a nós, mas receio que se as coisas continuarem do que jeito que já estavam... - deixou no ar.

— Não quero nada com vocês, não quero escolher lado nenhum.

— Parece que você não pensou antes de escolher ficar ao lado de Jerome - um calafrio desceu por minha espinha escutei sua voz.

Virei-me para olhá-la, e lá estava ela. Era estranho ver ela com uma cara tão abatida, mas ainda sim mantinha-se com sua pose de durona por mais que estivesse meio vulnerável fisicamente. Eu estava, sim, com medo do que ela pudesse dizer, ou quais verdades ela poderia jogar na cara naquele momento, mas não importa o que fosse dizer, já importava muito para mim. Pelo menos sei que ela está bem e é isso que importa para mim agora.

— Ah... quanto tempo - pensei em esboçar um sorriso, mas desisti, vendo que estaria sendo patética caso fizesse isso.

Ela deu uma leve olhada atrás de mim, notando que Barbara e Tabitha também estavam aqui, e sorriu levemente para as duas, enquanto que, para mim, ela continuava séria.

— O que vieram fazer aqui? Ou melhor, o que você veio fazer aqui? - apontou para mim.

— Fiquei sabendo o que aconteceu... Elas disseram que você está bem, mas eu quis vir até aqui eu mesma e ter certeza do que ela haviam me falado - expliquei, mas pela expressão de seu rosto, pude perceber que ela não.

— E então? - o que? O que ela espera que eu diga?

— O que? - perguntei, confusa.

— Você acabou de ver que estou bem, então já pode ir embora - disse bruscamente.

— Tá, vamos conversar, ok? - fui me aproximando dela.

— Disse para ir embora. Já viu como estou. Agora vá - fechei os punhos e apertei.

— Não está falando sério, está? - ri nervosamente.

— Tenho cara de que estou brincando?

Só pode ser a merda de uma brincadeira. Tive que ir até a delegacia, matar pessoas - embora não fosse um problema -, fazer Jim Gordon aceitar me arrumar uma forma de vir até aqui e em troca tive que entregar Jeremiah.

Jeremiah...

O entreguei a troco de nada.

— Tem certeza mesmo de que não quer ouvir nada? - eu perguntei.

— Poderia ter dito qualquer antes. Agora já não estou mais afim de escutar qualquer coisa que queira dizer -sua voz estava começando a ficar carregada de raiva. - Espero que nunca mais tente se aproximar de mim.

Não posso acreditar que ela estava falando sério.

Realmente pensei em tentar, no entanto se ela não pensa nem em dar uma chance de ouvir o que eu tenho para falar, acho que o problema não sou eu. Aliás, o que eu iria falar para ela? Ainda não tinha pensado nisso, e talvez seja bom que eu vá embora sem dizer seja lá o que.

Virei-me para Barbara e Tabitha e fiz um sinal com a cabeça, chamando as duas para sair, e elas logo se colocaram ao meu lado.

— Vai ficar bem? - Tabitha perguntou a Selina, e ela apenas balançou a cabeça, afirmando.

Por eu estar ali, ninguém parecia se sentir a vontade para dizer nada.

— Sabe, Selina... eu tive que entregar Jeremiah Valeska ao Jim Gordon. Em troca, Jim me ajudaria a vir até aqui - dei um riso. - Entreguei a troco de nada.

— Ele atirou em mim, Madison. Por que está preocupada com o que pode acontecer com ele? - era essa a reação que eu queria.

— Talvez fosse melhor que você tivesse morrido naquela noite - disse entredentes.

Saí andando na frente de Barbara e Tabitha, pouco me importando em ver como Selina ficou depois do que eu falei, e o maior motivo e eu não ter me preocupado em ver a cara dela naquele momento, foi porque eu já sabia bem que eu me arrependeria do que falei, e pior ainda, eu iria me sentir mal ao lembrar a cara dela, então evitar ficar para ver foi o melhor que eu poderia ter feito após ter dito aquilo.


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