Irmãozão escrita por Hi Aniki


Capítulo 1
Irmãozinho


Notas iniciais do capítulo

Essa fic já tava iniciada e eu ia fazer ela ser pequena de qualquer jeito, então terminei de uma vez e tô postando :)
Ela não ficou realmente do jeito que eu queria e eu ia apagar e escrever outra no lugar, mas eu pensei "ah, foda-se, vamo deixar assim".
Bom, espero que gostem de qualquer forma.
Boa leitura e desculpa qualquer erro.



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Kyoujurou foi filho único por oito anos; não que isso fosse ruim de alguma forma, já que a atenção e amor de seus pais era sempre direcionada a si; isso até o dia que sua mãe veio lhe dar uma grande notícia.

Sabe aquelas crianças que ficam incrivelmente enciumadas quando descobrem que a família vai ganhar um novo bebê? Bem, com Kyoujurou foi exatamente o contrário. Ele ficou em êxtase ao descobrir que sua família iria ganhar um novo membro; sua animação e felicidade eram bem maiores – ou pelo menos notáveis – até do que de sua mãe e seu pai. Kyoujurou iria se tornar um irmão mais velho, algo que, sendo sincero, não imaginou que fosse ocorrer; tinha amiguinhos que tinham irmãos menores e sempre sentiu uma pontada de inveja, mas agora teria seu próprio irmão ou irmã menor, e mal poderia esperar para isso acontecer!

Os três primeiros meses foram os mais tensos para seus pais, pois havia a possibilidade de sua mãe perder o filho, o que, para a sorte deles, não aconteceu. Ruka tinha certeza de que sua gravidez seria tão saudável quanto fora a primeira, então não havia nada com o que se preocupar. Shinjurou ficava um certo tempo fora devido á seu trabalho como Hashira, mesmo que fosse menor do que antes pois ele queria ficar em casa e ajudar sua esposa grávida, mas haviam os imprevistos e missões mais importantes, então nem sempre ele voltava de noite. O que não era um grande problema, visto que Kyoujurou estava lá para auxiliar sua mãe como pudesse, mesmo sendo uma criança de oito anos.

No começo da gravidez, quando a barriga de Ruka ainda não era perceptível, e ela ainda podia fazer as coisas sem grandes dificuldades, Kyoujurou ficava apenas a observando e deitava perto dela fazendo muitas perguntas, como que sexo do bebê ela achava que seria, quando a barriga dela ficaria grandona, se poderia ajudar no parto, dentre outras coisas. A mulher prendia o riso internamente com a atitude do filho em querer ser útil e como sua animação era quase palpável; não tinha dúvidas de que ele seria o melhor irmão mais velho que seu bebê teria quando nascesse.

Os meses foram se passando e a barriga de Ruka crescendo; Kyoujurou a ajudava com tarefas diárias que ela não conseguia realizar e por volta dos seis meses seu pai se tornou mais presente, e a mulher foi bastante mimada por seu marido e filho, era adorável ver como eles eram extremamente preocupados consigo e qualquer coisa era motivo de preocupação, mesmo que fosse apenas um espirro ou uma dor na lombar normal. Uma coisa que se tornou comum para a mulher era que, em alguns momentos em que estava fazendo nada ou lendo, Kyoujurou se deitava em seu colo e apoiava a cabeça em sua barriga, como se quisesse ouvir o bebê dentro dela e ficava conversando com o mesmo, dizendo que estava ansioso em conhece-lo e que o menino o faria muito feliz e seria o melhor irmão do mundo.

No dia em que a bolsa da mulher estourou, era impossível dizer quem estava mais nervoso: ela, seu marido ou seu filho; provavelmente eles. Shinjurou pegou sua esposa no colo e mandou Kyoujurou chamar uma parteira enquanto ia colocar Ruka em um futon com travesseiros e deixa-la confortável para o parto. O garotinho assentiu e saiu correndo chamar a parteira, puxando-a pelo pulso ansioso dizendo que seu irmão ou irmã estava para nascer e que tinham de ser rápidos. Quando chegou na residência dos Rengoku, a velha senhora achou graça no comportamento afobado dos homens enquanto a mãe estava calma e era quem ajudava o marido e filho a se acalmarem. Aquela seria a segunda vez que a parteira ajudava no parto de Ruka, e se fosse como o primeiro, seria rápido e tranquilo.

Enquanto os adultos ficaram no quarto, Kyoujurou estava do lado de fora, encostado a porta e prestando atenção nos sons de dentro; ele era o ajudante da parteira e pegava para ela o que precisasse, como água, toalhas e afins. O menino ouvia a voz da senhora incentivando Ruka a empurrar, seu pai reconfortando sua mãe e a própria soltava grunhidos de quem estava se esforçando. O parto durou algumas horas e, por não poder estar vendo, Kyoujurou estava apreensivo, mas quando ouviu que a cabeça estava para fora, ele ficou mais calmo, mas foi somente quando escutou um choro que ele abriu a porta ansioso e olhou para a cena.

Poderia ser um pouco assustador ver todo aquele sangue, mas ao notar o bebê enrolado numa manta e o sorriso nos rostos de seus pais, Kyoujurou não pode deixar de ficar animado e correu para perto ver o recém-nascido. A primeira coisa que ele notou foram as sobrancelhas iguais as suas e o pouquinho de cabelo loiro no bebê, e como ele era gorduchinho e choroso, mas ficou mais calmo quando foi posto para mamar. O bebê era tão pequeno, vermelhinho e aparentava ser bem frágil, mas altamente adorável.

— Aqui filho, conheça seu irmãozinho, Senjurou. – Sua mãe sorriu e pegou seu dedo, levando o mesmo a tocar na mãozinha do bebê, que agarrou o dedo enquanto mamava. Kyoujurou sentiu lágrimas nos olhos.

— Olá Senjurou, eu nome é Kyoujurou e sou seu irmãozão! – Ele se aproximou do bebê e acariciou a cabecinha delicadamente. – E não se preocupe com nada, seu irmão vai cuidar de você e te ensinar tudo!! – Seu sorriso era grande e contagiante.

— Vem Kyoujurou, vamos deixar sua mãe descansar. – Shinjurou o chamou e o menino, com dificuldade, soltou o dedo do aperto do bebê e os dois, junto da parteira, saíram do quarto.

O senhor Rengoku agradeceu pelo trabalho da velha senhora e quando ela foi embora, eles foram buscar água e comida para Ruka, além de travesseiros, roupas limpas e lençóis novos.

Depois do nascimento de Senjurou, Kyoujurou praticamente não ficava longe dele ou de sua mãe em momento nenhum; seus grandes olhos ficavam vidrados no irmãozinho e ele vivia falando com ele sobre várias coisas, mesmo que seus pais rissem e falassem que Senjurou não entendia nada por ser muito pequeno, mas o menino não ligava. Quando Senjurou teve seu primeiro banho, Kyoujurou estava ali do lado ajudando; quando ele abriu os olhos, estava por perto para notar as íris iguais as suas e do pai; quando Senjurou sorriu pela primeira vez, foi para Kyoujurou que ele olhou e sorriu.

Kyoujurou pegava seu irmão no colo quando sua mãe estava dormindo e seu pai o ajudava a manter a posição, estando do lado para qualquer coisa. Ele gostava de dar mamadeira ao bebê e colocá-lo para arrotar, fazia tudo com o máximo de cuidado e atenção, não deixando nada passar despercebido, e até mesmo saia o que Senjurou queria quando chorava. Era incrível ver a dedicação do garoto em cuidar de seu irmãozinho; não era brincadeira quando ele disse que cuidaria do bebê, e por isso sua mãe sabia que poderia ficar relaxada.

Ruka e Shinjurou achavam extremamente adorável quando Kyoujurou começava a contar seu dia para Senjurou enquanto o bebê apenas o olhava e sorria, rindo e fazendo barulhos. Quando Senjurou já era grande o bastante para ter dito sua primeira palavra, algo parecido com kaa-san, Kyoujuru tentava fazer ele aprender seu nome, e a mãe dizia que ele não seria capaz de aprender assim tão fácil pois era muito pequeno, mas o pai o incentivava, dizendo que o bebê era esperto; em alguns dias, Senjurou aprendeu a falar “uro” e o garoto quase o matou esmagado de tão forte que o apertou nos braços.

Os meses foram se passando e Kyoujurou esteve sempre presente nas primeiras vezes de seu irmão; o ajudou a engatinhar, a dar seus primeiros passos, a comer papinha pela primeira vez, ver os fogos de artifício....esteve sempre ao lado de Senjurou como um irmão mais velho deve fazer. E quando Senjurou já tinha seus três anos, ele se mostrou muito apegado ao irmão, sempre correndo para abraça-lo e vivia dizendo que amava seu irmãozão. Ruka e Shinjurou morriam de amores pela forma como seus filhos eram muito fofos e como Kyoujurou sempre colocava Senjurou como prioridade.

Kyoujurou amava Senjurou, isso era óbvio, e ele nunca deixaria de amar seu irmãozinho, e para Senjurou, seu irmãozão era a pessoa mais legal do mundo.

 


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Notas finais do capítulo

Ficou um tanto pequeno, mas é o que tem pra hoje :p
Espero que tenham gostado e até breve :)



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