Legado escrita por Kayko


Capítulo 4
Capítulo 4




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Quantas horas ela havia dormido? Ela não sabia. Mas uma voz incessante a chamava desesperada...era a voz de um homem. Um homem jovem. Ela conhecia aquela voz... Agnes abriu os olhos e encontrou o par de olhos azuis gelo:

—Ela acordou! - A voz forte ecoou.

—Mas o que esta ocorrendo? - Agnes perguntou com a voz arrastada.

—Estamos tentando te acordar já tem uns 20 minutos. - Nero sentou a beira da cama. - Scarlet foi lá em casa me buscar para ver o resultado do exame, mas quando cheguei aqui e vi que não acordava eu me desesperei...Eu não queria perder a minha mãe logo agora que eu a encontrei.

—Você me chamou de mãe? - Agnes o encarou surpresa.

—Os exames provaram que sou seu filho com o babaca do Vergil. - Ele sorriu. - Agora sou seu filho, e legítimo.

—Ah nossa...cadê a Scarlet? Preciso do meu advogado. - Ela falou animada. - Me diz, você quer o meu sobrenome?

—Antes de tudo, quero que seja a minha mãe. - O mais jovem tomou as mãos da mulher dentre as suas e as beijou carinhosamente.

—É o que eu pretendo ser. Meu filho. - Agnes falou emocionada e o puxou para um abraço. O abraço que ela queria dar a ele quando nasceu, quando ele andou, quando ele falou a primeira palavra, quando aprendeu a ler, a andar de bicicleta, nas primeiras quedas, nos problemas de criança, nas primeiras experiências, em tudo. Ela amava aquela criatura em seus braços desde a primeira vez que soube que estava em seu ventre.

Nero era o maior presente que a vida poderia ter dado a ela, e agora estava ali, em seus braços, a chamado de mãe como ela sempre desejou. Era o seu amor maior. O motivo da sua vida e agora ela lutaria para se livrar de todos os problemas que carregava em si para dar o melhor a ele e compensar todo o tempo que passaram separados.

Ela se afastou e contemplou o rosto do filho. Ela levou as mãos ao rosto dele e acariciou, observando cada característica. Ela queria memorizar cada detalhe dele, a única lembrança que tinha era o som do choro que ecoou pelo quarto quando ele nasceu. Naquele dia, ela pouco pode memorizar o rosto do filho.

Emocionado com o gesto da mãe, o jovem encostou a testa na dela, encarando os belos olhos dourados que ela possuía:

—Eu não sabia de onde eu havia tirado os olhos dourados da minha forma demoníaca, mas agora eu sei de onde eles vieram. - Ele sorriu. - Vieram da minha mãe.

—Ainda bem que alguma coisa se parece comigo, iria ficar muito chateada se não tivesse uma característica minha. - Agnes brincou.

—Olha, se fosse pela minha vontade eu gostaria de ter todas as suas características, mas puxei o lado ruim da família. - Nero gargalhou.

—Eu o acho perfeito do jeito que é.

Depois de uma longa conversa sobre o futuro. Nero deixou a mãe e rumou para o Devil May Cry, que no momento era administrado por Morisson, enquanto Dante estava fora. Para se locomover mais rápido, Agnes havia dado a ele uma moto, não uma moto qualquer, uma potente o suficiente para deixar Dante com inveja. Ele parou a moto em frente a construção. O devil hunter entrou no local onde Morisson repousava no sofá de couro vermelho:

—Ei Morisson. - Nero chamou.

—Olá Nero, algum problema com a cliente? Ela já pagou tudo, se quiser pular fora, essa é a hora.

—Nem tem como eu pular fora. Ontem saiu o resultado do DNA, eu sou mesmo filho dela. - Ele sentou ao lado de Morisson. - Agora, ela propôs ajuda para resgatarmos o Dante e possivelmente o idiota do Vergil.

—Isso é interessante.

—Sim, é bem interessante. Por isso eu preciso da Lady e da Trish. Elas são elos importantes para o Dante. E se possível, tem como arrumar o contato da Lúcia também?

—Claro garoto, eu levo fé em você, e se for para resgatar o meu ganha pão. Tem todo o meu apoio.

—Diga às duas para me procurar, tenho que levá - las até a minha mãe.

—Pode deixar garoto. Vou providenciar tudo.

—Obrigado Morisson.


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