—Sakura, sou eu...

...eu estou aqui, eu vim para ver você.

 

Havia outros círculos além do círculo do ódio, um desses era o do erro.

Todos cometiam erros. Todos pecavam, choravam e se arrependiam, mas nada mudava depois. Tudo continuava monótono e pacato, como sempre. Errar, se arrepender, pedir perdão, ser perdoado e errar de novo. Era um círculo sem fim, e Sasuke não queria ser igual aos que estavam dentro desse ciclo infinito.

Sasuke sabia que Naruto nutria a mesma vontade que ele, mas a diferença gritante do Uchiha e do loiro, era que o ex-nukkein não fazia promessas que não podia cumprir, já o Uzumaki sim. Naruto pedia desculpas e fazia de novo, mesmo jurando não errar mais. Naruto desejava sair do ciclo do erro e Sasuke tentava ao máximo não entrar. Como ele sabia das vontades daquele grande idiota loiro? O próprio baka o contou.

O dobe escreve cartas contando como era ser hogake, das travessuras de Boruto e das tentativas de cozinhar de Himawari; do olhar preocupado de Hinata quando este chegava desmaiando de cansaço sendo levado por Shikamaru em casa, pois não conseguia ficar nem em pé pela exaustão. Naruto sempre arrumava tempo entre os afazeres para escrever para Sasuke. Nas cartas sempre dizia que ele queria estar ao lado da família mais vezes. Ele escrevia de forma abreviada e secreta, de um jeito que sabia que o companheiro entenderia sem estender as informações, sabendo da localização do mesmo graças ao modo sennin. Naruto escrevia contando como estava a vila, de como preencher a papelada era difícil e que não conseguiu -ainda- convencer o concelho e os anciões -velhotes idiotas e caretas- de aceitar Sasuke como morador fixo da Folha e parar de manda-lo em missões que o levam para fora do seu lar.

Além disso tudo, o nanadaime  escrevia dando notícias de Sakura e Sarada.

Eu tenho mentido para mim

E eu estava pensando que tudo estava bem

Talvez, agora, com uma família formada e um lugar para voltar, seu coração tenha amolecido, pois não se lembra de doer tanto assim. E doía. A saudade doía. O amor doía. Lembrar do sorriso de Sakura de manhãzinha, dos longos beijos trocados nas águas termais, e das mãos dela cuidando de cada machucado mal-cicatrizado quando Sasuke voltava para casa, doía. Era uma tortura.

Ele não era um daqueles que mostravam afeto em público, podiam dizer que não amava sua esposa e não se importava com a filha, mas isso era mentira. Ele se importava até demais com elas. E, independente do que falassem, ele sempre demonstrava do seu próprio jeito que as amava. Pequenos gestos são o que marcam, certo?

Pensar em sua filha, Sarada, também doía. O sentimento protetor e paternal o fazia rezar para as estrelas, ás vezes sem emitir uma única palavra, apenas com a suplica dos olhos raros, que ela ficasse bem. Sarada era doce, gentil e esperta, era uma garota de ouro e queria ter mais tempo ao seu lado, vê-la crescer e se tornar uma grande mulher, uma kunoichi forte que nem sua mãe. Sarada chorava, ela pedia para Sasuke ficar todas as vezes. A pergunta que fazia todas as vezes apertava seu coração-não-tão-gelado-assim, o amolecia um pouco mais a cada palavra dita.

—Papai, quando você vai ficar para sempre?

Quando ele ia ficar para sempre?

Sim, eu me perco nesse estado de espírito.

O pai não respondia, nunca respondeu. Se limitava a encostar os dois dedos, o indicador e o médio, na testa da filha e empurrava fracamente sua cabeça para trás. Sasuke se virava e ia embora, sem nunca olhar por cima do ombro. Respondia na mente, porém, mais como um lembrete para si que deveria voltar:

"Na próxima"

Me perder nas palavras me deixa,

me deixa, me deixa com a língua presa.

Qual foi a última vez que se sentiu assim? Com saudades e doído? Quase nostálgico? Ele não se recordava.

Quem queria enganar?! Era claro que se lembrava, se lembrava muito bem até.

Itachi.

Pensar em Itachi o fazia ter orgulho da sua atual situação, era melhor para a vila que se mantivesse afastado. Ele havia causado muito mal a Naruto, Sakura, Kakashi...Era melhor para todos que permanecesse longe, os crimes que cometera não eram tão fáceis de ser esquecidos. Longe, ele conseguia livrar o foco dos invasores - apesar de ninguém ser louco o bastante para invadir Konoha com os atuais ninjas-, observar casa movimentação de outras nações e cuidar do seu legado, o sharingan.

Tanto ele como Sakura entraram em acordo por deixar o nascimento de Sarada Uchiha fora dos holofotes. Havia gente atrás de Sasuke por causa dos seus olhos, e por vezes quase não escapara com vida, imagine se fossem a procura de Sarada! Ela até poderia negar, mas não estava preparada para enfrentar ninjas desse nível, e por enquanto, era melhor acharem que ele era o único com o poder do sharingan.

Quando ele pensava em Itachi, em Sakura e na sua filha, seu peito doía, sua cabeça girava e se tornava difícil respirar. Era saudade, era amor -admitia isso só a si mesmo-, seus olhos não se enchiam de lágrimas por qualquer um.

me afogando e não sei porque

Lembrar-se do irmão e de seus sacrifícios fazia tudo amargar, mas Sasuke entendia que seu irmão partira para o além-mundo, que não ia retornar e que o máximo a se fazer era continuar vivendo. Continuar protegendo quem amava e o que acreditava, mesmo que ficasse mal-visto. Seguir, de forma indireta, os passos de Itachi.

Itachi Uchiha, o ninja que sempre seria odiado, partira a muito tempo, e Sasuke compreendia isto de verdade, e compreendia melhor ainda que sua esposa e filha não. Elas estavam vivas e bem, Naruto sempre enfatizava a última parte. Suas duas garotas estavam esperando por ele. Estavam em casa, no seu lar, em Konoha, aguardando pelo momento que Sasuke entraria pela porta e as avisaria que ia ficar, lá, dessa vez para sempre.

Eu gostaria de não ser essa pessoa ás vezes

Eu cometo erros, mas acho que está tudo bem,

está tudo bem.

Naruto escrevia sempre a mesma coisa no final dos bilhetes, mudando algo raramente:

Elas estão vivas e bem, pode ficar tranquilo, teme. Não teve nenhum ataque, acho que você pode voltar.

Sarada sempre me pergunta onde você está, e nós dois sabemos se eu disser ela vai atrás de você, então eu não falo, e não faça essa careta, seu baka!!

Sakura sempre olha o céu esperando um recado seu.

As duas sempre me enchem o saco perguntando de você, dobe.

Quando é que você vai ficar?

e eu digo a mim mesmo:

Fique.

Não tenha medo de quem você é

E todas as vezes, depois que decifrava a letra horrorosa de Naruto, lia as frases curtas, outras longas demais. E depois de proferir mais de cem palavrões diferentes, depois de amaldiçoar o dia em que parou de ser frio e insensível, ele se permitia cair.

Desabando.

Quando tudo estiver desabando

Fique.

Não tenha medo de quem você é.

E se alguém olhasse naquela direção da floresta, veria um belo homem de cabelos negros ajoelhado segurando um pedaço de papel, chorando. Se perguntassem-lhe, se, de fato, estaria, ele negaria até a morte e diria que é um Uchiha e que Uchihas não choravam.

Uchihas aguentavam tudo sozinhos até atingir o máximo de sua capacidade e transbordar pelas iris ônix.

Os Uchihas protegiam o que amavam, e amava demais aquelas duas para voltar. Por mais que pedissem para ele ficar.

Eu estou tão cansado de andar na linha,

assim como estou cansado de tentar.

Era assim que Itachi se sentia? Ele matou o clã Uchiha inteiro pelo bem da vila, dizimou dezenas de pessoas para o bem da maioria. Fez mal a si próprio e á pessoa que mais amava, Sasuke, mas ainda assim ficou com sua máscara de indiferença e suportou ser odiado e se manteve longe, mas constantemente perto. Tudo para proteger a vila. Tudo para proteger o irmão. Tudo para proteger Sasuke.

Pensando em proteger quem amava, Sasuke faria o mesmo, faria igual Itachi.

Sim, eu me perco nesse estado de espírito.

Me perdendo cada vez,

cada vez, cada vez mais

Todas as vezes que voltava para casa trazia problemas, e Sasuke fingia não notar os olhares de nojo, medo e raiva direcionados á ele. Olhos de repugnância contra os frios olhos obsidiana-rubi.

O sharingan é seu legado, sua herança de sangue, assim como foi de Itachi e assim como vai ser de Sarada. Era inegável e era uma dádiva. Uchihas amavam demais, e tudo em excesso fazia mal, e por este motivo ele deveria se manter afastado.

Ele não queria pensar nos problemas que o sharingan traria a filha, nem os preconceitos e pessoas gananciosas. Os Hyuga sofriam com rédeas curtas, tradições e dever. A linha traçada da obrigação, a rigorosidade, era o preço do byakugan. Os Uchiha conviviam com ódio, medo, leis e indiferença.

Esse era o preço por ser muito poderoso, por ter poder.

Às vezes ele só queria ser um cara normal sem se preocupar com nada, sem se preocupar com o futuro.

Eu gostaria de ser perfeito ás vezes

Como ele não queria ter errado! Como desejava ter feito e ter sido diferente!

Eu cometo erros, mas acho que está tudo bem,

está tudo bem.

Quando tudo estiver desabando

Fique.

Qual era o preço do poder?

Ele havia se tornado o segundo ninja mais forte da Folha -se não da sua geração-, perdendo o 1º lugar apenas para Naruto. Apesar de que o teme não se exercitava fazia tempo, e que talvez assinar a papelada na cadeira de hokage o tivesse enferrujado, então Sasuke seria o número 1. Mas do que isso adiantou?

Não que se importasse com o mais forte, ou mais fraco, ou seja lá o que for. Só se importava com uma coisa... okay, talvez duas coisas...tá bom, no mínimo cinco.

não tenha medo de quem você é.

Fique

Um sorriso de canto involuntário seguido de um desconforto na virilha o fez se remexer no topo da árvore. Qual é?! Ele era homem, e qualquer o homem ficaria excitado pensando na sua mulher. E havia muito tempo que não fazia..., bem,... você sabe o quê.

Sasuke era restritamente fiel á Sakura, tanto, que colocou um jutsu de teleporte na varanda de casa, sempre que suas calças apertavam lá, ele retornava para uma visita e para não correr o risco de cair em tentação, mesmo que duvidasse disso.

Ele nunca se deitou com outra depois que esteve com ela, na verdade, ele nunca ficou com outra que não fosse a rosada. 

Ele não planejava essa visita, mas depois do bilhete de Naruto, ele necessitava aparecer para ver a esposa. Mesmo que a filha estivesse em uma missão, ver Sakura já apaziguaria a dor que se instalara no seu peito.

Ele só precisava estar um pouco mais perto para fazer o jutsu e aparecer em casa. Ele ficaria pela noite e partiria na manhã seguinte.

"Fique"

Sasuke ainda se martirizava por toda a dor que causou em Sakura. Quando o Sasuke de hoje se lembrava do Sasuke possesso por vingança de antes, era obrigado a dizer que era um lunático. Aquele cara lhe dá calafrios. Ele ainda causava calafrios hoje. Mas antes não era só temor que transmitia à pessoas, raiva também era emitida, assim como ódio, rancor e amargura.

Hoje ele olha para o passado e sente medo daqueles anos voltarem, ele tem medo de se tornar aquele Sasuke de novo.

Não tenha medo de quem você é.

Fique.

Fechou os olhos, testando mentalmente a distância para ver se o jutsu funcionaria. Sim, ia dar certo. Em cima dum pé de cerejeira, onde as flores lembravam o cabelo róseo da mulher que amava, agachado, mentalizou o caminho de casa e ouviu a voz das suas duas garotas o chamando.

"Fique"

...depois de chegar

Sakura estava sentada no meio da cama, nua e enrolada nos lençóis alguns tons mais claros que seu cabelo. Observava atenta, cada centímetro andado que Sasuke dava no quarto.

Ele chegara fazia uma madrugada e o sol nascia no horizonte, mostrando aos dois que o faz de conta havia terminado. Na noite anterior Sasuke apareceu em sua varanda, Sakura havia acabado de sair do banho e sua pele espalhava gotas d'água pela casa. Mal teve tempo de raciocinar e já havia sido empurrada de volta para o chuveiro. O baú da cama aberto evidenciava as duas mãos que sentia nas coxas, Sasuke só usava a prótese com ela, na hora do sexo, com a desculpa de querer sentir o máximo dela possível. Em seguida ele tirava, dizendo que era melhor não ter um braço do que voltar a ser o que era.

E agora ele guardava outras roupas na sacola de viagem, as outras estavam no cesto aguardando ser limpas e costuradas. Sasuke reabastecia sua garrafa com água na pia do banheiro, não querendo sair de perto da esposa, porém sem coragem de olha-lá nos olhos.

E sua flor de cerejeira sabia muito bem disso.

—Você não vai ficar, né? - perguntou, tentando não parecer muito esperançosa e falhando miseravelmente.

—Você sabe que não.-o moreno suspirou massageando as têmporas. Esvaiu aos poucos o chakra da prótese, se sentando na cama para guardar o braço falso no devido lugar.

Sakura bufou assoprando uma mecha de cabelo bagunçado dos grandes olhos verdes. O Uchiha sorriu minimamente de costas para a mulher, ela não entendia. Nunca entenderia, e isso o fazia sorrir.

—Sarada vai ter problemas por minha causa no futuro -começou baixo-. Se ela se quiser se tornar hokage, diga a ela para mostrar que é diferente do pai.

Sakura soltou ar pelo nariz de forma devagar. Seu marido demonstrava mais do que pensava transparecer, mesmo com a pose de frio e insensível, Sasuke lhe dizia com pequenas palavras -e de um jeito muito confuso- que as amava. E isso era mais que o suficiente para ela.

Vendo o moreno sentado aos pés da cama, se arrastou até ele e, com o peito colado nas costas nuas salpicada de sardas, o abraçou.

—Você não precisa continuar com isso, -murmurou encostando os lábios inchados na nuca de Sasuke- toda a vila sabe como ajudou com a Kaguya, contra o Madara, como se esforçou... -respirou na pele alva. Ele tinha um cheiro tão bom. Sakura procurou os dedos calosos do marido e os entrelaçou com os seus- Você não precisa se redimir mais pelos erros do passado, eles já foram pagos, Sasuke.

—Sabe que isso não é verdade, Sakura.-beijou os dedos delicados que estavam na sua frente, experimentado cada milímetro de pele da rosada- Não confiam em mim, e o sharingan e o rinnegan são perigosos se permanecer em um só lugar. Se algo acontecer com Naruto, -apertou os dedos brancos, como se conseguisse afastar a possibilidade- será o meu dever proteger a Folha e vo...

—Sarada precisa de você!! -Sasuke sentiu a esposa estremecer- Você não pode ficar se culpando sempre! Não pode ficar se culpando e carregando esse fardo sozinho. -respirou fundo- Chega, Sasuke! Chega! -gritou enterrando as unhas no colchão- Eu não quero mais me perguntar se você esta vivo, se esta bem, e quando vai voltar... Eu não aguento mais olhar pra Sarada esperando você entrar por aquela maldita porta...eu não aguento mais ficar sem você.

—Sakura...-ele se virou. Os cabelos róseos cobriam o rosto molhado, os olhos esmeraldinas estavam cerrados e sua dona tremia sob os lençóis. Com a cabeça baixa, Sakura não via Sasuke dar um sorriso triste.

—...eu não quero mais torcer para meu marido aparecer para me ver, se a Sarada não está quando o pai dela finalmente vem pra uma visita...Eu não quero mais esperar por você, sendo que você nem sequer vê a sua filha também. Eu...e-eu...-fungou alto, apertando ainda mais o lençol nas mãos- Onegai, Sasuke! Fique.

Quando tudo estiver desabando

Ele também não aguentava mais aquela situação. Uma lágrima silenciosa ameaçou de escorrer pela sua bochecha, mas o moreno tratou de disfarçar e se focar em não desabar, em não cair.

Quando o peito pesava, quando se tornava impossível de dormir, e sua necessidade chamava por aquelas curvas esguias que conhecia tão bem, ele voltava.

Mas ia embora logo em seguida.

—Se eu ficar, Sakura, -falou baixinho- me sentiria culpado e morreria aos poucos. Não consigo...-disse entre dentes, fechando os punhos e dizendo em voz alta a verdade- Eu não consigo me livrar dessa dor... Preciso fazer algo para me redimir comigo mesmo. Não consigo ficar enquanto a sensação de culpa continuar.

A rosada finalmente ergueu a cabeça, observou o escudo do marido se quebrar aos poucos, e ela sabia que era a única que o via dessa maneira, sem defesas. Sakura soltou um longo suspiro, jogou os braços por cima do pescoço alvo. As mechas negras faziam cócegas no nariz arrebitado da Uchiha, mas o mais importante do desse momento era o afago de Sasuke nas suas costas, e do calor que Sakura transmitia ao dedilhar os arranhões entre as sardas no ombro do parceiro. Do ex-nukkein. Do ex-prisioneiro. Do pai da sua filha. Do seu amado. Do seu marido. Do seu amor.

—Eu vou te esperar, não importa o que aconteça.

"Fique"

Continuou:

—Pode demorar o tempo que quiser, eu estarei aqui quando essa dor passar. Mas não precisa carregar toda essa culpa sozinho, Sasuke, eu vou te esperar e estou aqui pra te ajudar. A Sarada te ama, e eu também. Não importa o quão irritante você ache que eu sou -os dois riram entre o abraço, e a de cabelos rosa o sentiu arrepiar com suas palavras. Ela o apertou mais.- Eu estarei aqui. Sempre.

Sasuke se afastou e apanhou uma lágrima com o polegar, numa carícia suave no rosto inchado da rosada.

—Você continua irritante.-sorriu de lado, roubando um beijo dos lábios cheios da esposa.

—E você continua indo embora.-Sakura enxugou o rosto com a parte detrás da mão, sorrindo entre fungadas. Ela o abraçou afundando o rosto no peito do Uchiha.

...

"Fique"

—Quando você vai ficar, Sasuke? -o parou na porta- Quando vai ficar para sempre?

Esmeraldas brilhavam banhadas em lágrimas que teimavam em não cair.

Sasuke colou o indicador e o dedo médio na testa de Sakura, empurrando sua cabeça levemente para trás.

Obsidianas-rubi se torturavam por palavras que não diziam.

"Na próxima".

Fique

—Sakura, sou eu...

...eu estou aqui, eu vim para ver você.

"Fique"