Hoje e Sempre escrita por Rayanne Reis


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.

Boa leitura!



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Um ano... Edward mal podia acreditar que a filha estava completando um ano. Aquele tinha sido o melhor ano da vida dele. Ele sempre ouvia falar sobre como a paternidade mudava uma pessoa, mas ele não imaginava que Ellie fosse virar a vida dele de cabeça para baixo. Ele era uma pessoa melhor, mais paciente e compreendia melhor os pais.

Cada dia era um aprendizado diferente, cada coisa que Ellie fazia o enchia de alegria e ele comemorava cada pequena conquista dela. A amava mais a cada segundo. Sorriu se lembrando da primeira vez que Ellie falou. Ele estava estudando para uma prova enquanto a filha brincava com os blocos. Os dois estavam esparramados no tapete da sala, com ela apoiada no pai.  

—Mãe! Mãe! - Emmett gritou enquanto descia correndo as escadas. -  Mãe, você viu o meu moletom da universidade? Oi, Ellizinha, você viu a mamãe? - Ele perguntou sem esperar por uma resposta.

—Mama? - A pequena perguntou, confusa.  

—Espera, você acabou de falar? – Edward largou o livro, pegou a filha no colo e a encheu de beijos – Filha, você falou sua primeira palavra. – Apontou e ela choramingou.

—Mama. - Agora ela queria a mãe.

—Parabéns, Ellie, você falou. – Emmett comemorou acariciando os cabelos da irmã.

—Alguém me chamou? - Bella apareceu na sala e Ellie apontou o dedo para ela.  

—Mama.  

—Oh meu Deus! Você falou, querida – Os três comemoraram e Ellie bateu palmas diante da empolgação dos adultos. 

—Agora, diga, Emmett você é o melhor irmão do mundo todo. - Ele pediu, mas ela o ignorou. 

—Que tal, papai? - Edward esperou ansiosamente, mas aquilo não aconteceu naquele dia e nem naquela semana, ele teve que esperar mais um mês para que a filha finalmente o chamasse de pai e quando ela o chamou, ele chorou de alegria. Verdade seja dita, qualquer coisa que Ellie fazia, ele chorava de alegria. E ela não só o chamou de pai como também deu o primeiro passo naquele dia.

Edward tinha chegado de um dia cansativo na faculdade, estava exausto e queria cair na cama e dormir, mas assim que ele entrou na casa, Ellie, que estava de pé, apoiada no sofá e com Bella firmando as costas dela com a mão, se virou e caminhou vacilante até ele e disse:

—Pa-pa.

Edward se ajoelhou e a abraçou com força. Beijou seus cabelos e agradeceu por aquele momento especial. Ele tinha medo de que Ellie não o visse como pai dela. Não poderia estar mais enganado, a pequena o idolatrava. 

Acenou para a filha que estava no colo de Rosalie, doida para se juntar a bagunça que estava no pula-pula. Emmett tentava controlar as crianças e organizar uma fila, mas o brinquedo estava sendo muito disputado e conter crianças no pula-pula era uma tarefa quase impossível. Edward estava indo em auxílio ao amigo, mas foi parado por Kate, que estava acompanhada. 

—Kate, que bom que você veio. - A cumpriu olhando para os acompanhantes dela. Ela era uma caixinha de surpresas e ele não conseguia acompanhá-la nas novidades. 

—Eu não perderia por nada o aniversário da minha afilhada.

—Ela não é a sua afilhada. 

—Apenas por um detalhe técnico. - Abanou a mão ignorando o assunto. - Eu que fiz os pais dela ficarem juntos, então me considero madrinha dela. 

—Olá, eu sou o Edward. - Estendeu a mão para o acompanhante de Kate. 

—Garrett. - Apertou a mão dele. - É um prazer finalmente conhecer um dos amigos da Katrina. - Edward queria completar que era um prazer finalmente conhecer um dos envolvimentos amorosos de Kate, mas resolveu deixar para lá. - E esse é o meu filho, Liam. Cumprimente o Sr. Cullen, filho. 

—Oi, Sr. Cullen. - Murmurou, envergonhado. 

—Me chamar apenas de Edward, por favor. - Ele notou o garoto olhar para o pula-pula. - Quer brincar? - Ele olhou para o pai esperando autorização. 

—Eu levo você. - Garrett deu um beijo na testa de Kate e deixou os dois amigos conversando. 

—Você está me copiando? - Edward provocou e Kate deu um soco no braço dele. - Ai. - Reclamou acariciando o local. - O que houve com a Jane e com a depois dela? 

—Mulheres são muito complicadas… - Bufou encarando os próprios pés. Edward notou que ela estava diferente. 

—É sério? - Ela deu de ombros. 

—Você sabe que eu não gosto de nada sério. Eu sou uma jovem universitária de 19 anos e ele é um viúvo de 34 anos com um filho de 5. Não vai dar certo. 

—Então, por que está com ele? - Edward temia pelos sentimentos da criança, ele poderia se apegar a Kate e depois sofreria quando ela sumisse. 

—Que isso fique só entre nós. - O ameaçou, mas ela sabia que ele não diria nada a ninguém. Se havia alguém que a entenderia, esse alguém era Edward. - Eu acho que gosto dele, de verdade. É um sentimento diferente, sabe? E ele tem me ajudado tanto. Não é mais como se eu estivesse perdida do mundo.

—Como se finalmente tivesse encontrado o seu lugar no mundo. - Edward completou e ela assentiu. Sabia que ele a entenderia. 

—Eu posso conversar sobre qualquer coisa com ele e ele nem acha que eu sou uma maluca. Tem me incentivado bastante nos estudos e não me julga por eu ser como sou. - Ela suspirou. - Mas é muito complicado. Não é só a diferença de idade. Tem a criança. Eu não me imagino como mãe e às vezes eu quero ficar sozinha com o Garrett, mas ele tem que dar atenção ao filho e eu me sinto meio que de lado. Eu o admiro como pai, não é fácil cuidar sozinho de uma criança. 

—Você, definitivamente, está me copiando. - Edward a provocou e ela riu. 

—A diferença é que o seu enteado tem 20 anos. 

—Vinte, cinco... dá no mesmo em se tratando de filhos. Emmett praticamente se mudou para a casa da Bella e tem sido um grande empata. Mas é algo com o qual eu tenho que aprender a lidar. Ela tem que ter tempo com os filhos e isso não quer dizer que ela goste menos de mim. Embora, eu ficaria muito feliz se o Emmett tivesse a própria casa. Ele já é um adulto. - Revirou os olhos. Ele gostava de ter o amigo por perto, mas um pouquinho de espaço também seria bom. - Vocês estão juntos a pouco tempo, é normal você querer ele só para você. 

—Isso passa? - Perguntou, esperançosa. Ela tinha medo do que estava sentindo. 

—Não. Mas você aprende a lidar melhor com essa divisão de sentimentos e de tempo. E vocês vão encontrar um equilíbrio. Kate, você me aconselhou uma vez e agora é a minha vez de retribuir. Não tenha medo de se apaixonar e não tenha medo de ser feliz. Não vou mentir e dizer que é fácil encarar as diferenças, por que não é. Requer muito esforço, diálogo, companheirismo e amor. Mas vale totalmente a pena. Converse com o Garrett, abra o seu coração e seja sincera com ele. Vocês vão dar um jeito. - Ele apertou a mão dela. Podemos fazer um encontro duplo qualquer dia desses, o Emmett fica com as crianças. 

—Vou pensar no assunto. - Ele tinha muito em que pensar. 

—Ah, Katrina. - A provocou e ela revirou os olhos, odiava o nome. - Pode dizer ao seu enteado que estou de olho nele? - Apontou para o garoto, que estava fazendo caretas para Ellie, enquanto esperava a vez dele de ir no brinquedo.

—Não seja tão ciumento. - Ela observou as duas crianças rindo e se pegou sorrindo e pensando no futuro. - Os dois serão grandes amigos. - Saiu antes que Edward pudesse falar algo.

—Edward, como vai? – Ele deu um passo para trás se afastando de Victoria. - A festa está linda. 

—Muito obrigado. E obrigado por ter ajudado na organização. – Ela era uma boa amiga para Bella e sempre ajudava com Ellie.

—Não foi nada de mais. Sabe que eu gosto muito da sua filha, ela é um amorzinho. E, por falar nisso, James e eu estamos tentando ter um bebê, como você sabe, mas não estamos conseguindo. Então fizemos exames e descobrimos que ele não pode ter filhos. – Edward não sabia o porquê ela estava contando aquilo para ele, eles não eram amigos. - Queria saber se você não estaria disposto a ser nosso doador.

—Doador de quê? – Ela estava pedindo dinheiro para algum tratamento?

—Não se faça de tímido, você sabe muito bem de que. - Edward olhou alarmado finalmente entendendo, procurou pela namorada, ela precisava ouvir aquilo - Pense bem, você sempre quis ter mais filhos e a Bella já disse que não vai ter outros. Seria uma oportunidade maravilhosa tanto para você quanto para nós. Você poderia participar da criação da criança e não precisaria ajudar financeiramente e a Ellie teria um irmãozinho.

—Olha, Victoria... – Como poderia dizer aquilo sem ofendê-la? - Acho que essa não é uma boa ideia. Não ficaria confortável com essa situação. Ter um filho e não ser o pai dele?

—É claro que você seria pai, nós vamos deixar você participar da criação. Pode contar para a criança que você é o pai biológico dele.

—Mesmo assim, eu não me sentiria confortável com isso e eu queria sim ter outros filhos, mas com a Bella.

—Bem, você que sabe, mas pensa com carinho na nossa proposta. Adoraríamos ter um filho seu. Olha só a Ellie, ela é tão linda.

—Mas só por curiosidade, como você pensou em fazer isso? Eu teria que dormir com você?

—Não, seu bobinho. Bem, a menos que você queira. Eu ficaria muito feliz em fazemos do jeito tradicional, mas estávamos pensando em fazer uma inseminação.

—Ah sim, ok, então

—Espera! Você acabou de concordar? - Ela o olhou, confusa.

—Não! Não, não, não. Claro que não. O que eu quis dizer é que... é que... – Por que ele tinha que ser tão confuso justo naquele momento?

—Que notícia maravilhosa. Eu vou contar para o James. – Victoria saiu apressada, rindo.

—Não! Espera, Victoria, eu não concordei com nada disso - Tentou protestar, mas já era tarde demais, ela já tinha ido na direção do marido.

—O que você disse para deixá-la tão feliz? – Ótimo, agora Bella aparecia.  

—Acho que acabei de concordarem em ter um filho com ela.

—Como é que é?

—Ok. Deixa-me explicar. – Pediu erguendo as mãos. - Ela quer que eu seja um doador para que ela e o James tenham um filho. E é claro que não aceitei. Pode ficar tranquila. Mas ela acha que eu aceitei e acabei fazendo uma grande confusão, mas eu vou consertar isso.

—Então, primeiro ela te convida para uma troca de casais e agora ela te convida para que você seja o pai do filho dela?

—Eu te disse que essa mulher é louca, mas você não acreditou em mim.

—Edward, querido, eu quero que você olhe atentamente para a Victoria.

—Não, Bella, eu não sinto a menor atração por ela, é sério.

—Eu sei que não, mas eu quero que você veja uma coisa.

—O que você quer que eu veja? - Bella virou o rosto dele em direção a Victoria.

—Olhe atentamente e me diga o que você acha de diferente nela. – Pediu escondendo um sorriso.

—Sei lá, eu não reparo nela. O cabelo? Ela fez alguma coisa nele?

—Não, querido, mais embaixo - Edward percebeu uma saliência na barriga dela.

—Espera, ela está grávida?

—Sim, amor. Você teria percebido isso se não ficasse correndo dela o tempo todo.

—Eu não corro dela o tempo todo. Eu só a.…evito.

—Bem, dá no mesmo.

—Então, se ela já está grávida, por que me pediu para ser um doador?

—Ah! Eu já estava cansada de você correndo dela o tempo todo. Então resolvi conversar com ela e perguntei se ela realmente tinha nos convidado para participar de uma troca de casais.

—O que ela disse? – Se ela tivesse negado, Bella acharia que Edward estava maluco.

—Ela disse que sim. Que nos convidou porque gostou muito de nós e que a intenção dela era nos conhecer melhor e depois te convidar para ser o doador, mas como você disse que não, ela resolveu procurar em outro lugar e conseguir um doador anônimo.

—Então esse convite foi só uma brincadeira? – Ele estava aliviado.

—Sim. Ela acha bem fofa a sua reação.

—Poxa, Bella, você deveria ter me contado – Reclamou, chateado.

—Peço desculpa, amor. Prometo que nunca mais vou fazer algo desse tipo. E me desculpe por ter duvidado de você, mas relaxa que eu já conversei com a Victoria e isso não vai acontecer novamente. Embora, ela tenha deixado o convite em aberto, se algum dia mudarmos de ideia, eles estão dispostos a nos aceitar.

—Bella, eu nunca vou mudar de ideia. - Ele segurou o rosto dela entre as mãos. - Eu quero só você. Eu amo só você. - Edward queria puxá-la para junto dele e beijá-la até os dois perderem o fôlego, mas não poderia fazer aquilo na frente de tantas crianças. - Como que a nossa filha tem tantos amigos? - Bella riu apoiando a cabeça no peito dele. 

—Vejamos…. Tem os amiguinhos da aula de natação, do parquinho, da academia para bebês. - Ellie amava a academia. - E não podemos nos esquecer, que nossas mães convidaram todas as crianças que conhecem. - A disputa para ver quem era a melhor avó estava tomando proporções épicas. - Conhece o homem que está conversando com o Emmett? 

—É o novo namorado da Kate. E está vendo o garoto com a Ellie? - Bella assentiu acenando para a filha, apesar de a pequena não estar olhando para ela - É o filho dele. - Bella ergueu uma sobrancelha. - É, eu sei. A Kate parece que gosta mesmo dele, mas você sabe como ela é. - As duas não eram grandes amigas, mas Bella a conhecia o suficiente para imaginar a situação. - Será que pode conversar com ela? Ela me ajudou a não desistir de você e eu quero ajudá-la. 

—É claro. Estou em dívida com ela. 

—Eu não teria desistido de você. - Edward declarou apertando a mão dela. - Eu não iria conseguir ficar longe de você. Teria implorado para você me aceitar. Teria acampado na porta da sua casa. - Bella riu, imaginando a cena. 

—Estou feliz por você ser tão insistente. Não consigo imaginar a minha vida sem esse momento. - Os dois olharam para a filha, que agora estava sendo paparicada por Jasper e Alice. - Eu estaria nesse momento acabando com a minha adega, com dez gatos e assistindo algum programa ruim na tv. - Edward acariciou o rosto dela. 

—Não fique pensando em coisas ruins. Você não está sozinha e nunca ficará. - Bella ficou na ponta dos pés para beijá-lo, mas foram interrompidos.

—Mãe! Eu imploro, sirva o bolo. Não vou sobreviver a essas crianças. - Indicou o grupo que o seguia. As crianças o amavam. 

—Tem certeza que quer enchê-los de açúcar? - Emmett olhou das crianças para a mãe. 

—Se não tem bolo, eu quero voltar para o pula-pula. - Um garoto reclamou, puxando a camisa de Emmett. 

—Tenham paciência, companheiros. - Edward foi em socorro do amigo. - Vamos lá cantar parabéns para a Ellie e depois vocês podem voltar a brincar. 

—Eu vou ser a primeira. - Uma garota ergueu as mãos e os outros protestaram. 

—Ano que vem será só a família. - Edward prometeu, mas assim que viu o sorriso da filha, ele mudou de ideia. Faria uma festa maior ainda para ela aproveitar bastante. - Está gostando da sua festa, princesa? - Ela balançou a cabeça, comendo um docinho. - Vai comer só esse, tudo bem? – Ele a afastou da mesa.

—Não! - Protestou se esticando para pegar mais um, mas Edward a segurou com firmeza. 

—Sim, meu anjo. Você ainda é um bebê, não pode ficar comendo doce ou vai doer a sua barriguinha. - Fez cócegas na barriga dela e ela se contorcendo, rindo. - Eu amo você, mais do que tudo. - Deu um beijo estalado na bochecha dela. 

—Papa amuuu. - Colocou as mãos meladas no rosto do pai. 

—Você ama o papai? - Perguntou com o coração se inflando e ela soltou um gritinho o abraçando. 

—E a mamãe? - Bella passou os braços em volta dos dois. 

—Mama! - Ellie estendeu os braços para que a mãe a pegasse. 

—É claro que ela te ama. Como não te amar? - Os olhos de Edward brilhavam. - Você tem a melhor mamãe do mundo, não tem, Ellie? - Ignorou a pergunta no pai e deitou a cabeça no ombro da mãe, coçando os olhos. 

—Só mais um pouquinho, filha, depois você pode dormir. - Bella a balançou de leve para mantê-la acordada. - E a propósito. - Se virou para Edward, enquanto caminhavam até o bolo. - Ellie tem o melhor pai do mundo. 

 Edward sorriu. Ele estava longe de se achar o melhor pai do mundo, mas se esforçava para ser o melhor pai para a filha. 


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Notas finais do capítulo

Edward quase infartou com essa brincadeira da Victoria. E a Ellie completou um ano com direito a festança e família e amigos todos reunidos.

Bjs e até mais.



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