Claro que Molly perdeu já que não sabia o caminho e tinha que esperar ele ir à frente pra seguí-lo. Mas mesmo que soubesse talvez não ganhasse já que ele era muito bom naquilo e parecia ter muito mais experiência que ela. Molly aproximou-se do Gerard que já estava sentado na rampa fazendo cara de superior.

- OK. Você venceu.

- venci mesmo. - Deu a mão a ela ajudando-a a sentar ao lado dele no topo da rampa.

- há quanto tempo já anda de skate? Parece um profissional.

- ah...Alguns anos. Tipo...Desde os sete anos de idade.

- nossa! Eu só comecei a andar aos doze.

- já faz bastante tempo.

- nem tanto. Por isso foi bastante injusta a corrida.

- ah sim. Sei...

- é mesmo. – os dois riam olhando pra lados diferentes.

- vai querer andar agora? – perguntou ele suspendendo o skate.

- não. Eu to cansada. Vamos descansar um pouco.

- OK. – concordou ele flexionando as pernas e passando os braços em volta delas. – Alex...

- o que?

- sabe...No dia que eu te levei em casa eu...Eu falei uma coisa com você, quero dizer, falei com as paredes já que você nem aprestou atenção de tanto que roncava.

- falou o que?

- eu queria saber se ainda temos chance de voltar algum dia. – Molly olhou boquiaberta para ele e sorriu depois. – o que esse sorriso quer dizer? Devo ter esperança? – Molly continuou sorrindo sem dizer nada. Seu coração batia a mil e ela queria dizer que sim e gritar que estava gostando dele, mas não tinha coragem. Virou o rosto pra ele e olhava nos olhos dele provocando-o. Esperou que ele tomasse alguma atitude e a beijasse. Era isso o que ela queria naquele momento, um beijo dele. E foi isso que ele fez percebendo que ela esperava uma reação dele. Os lábios dele se tocaram e trocaram beijos calmos. Mas foi diferente das outras vezes que ela foi beijada por ele, dessa vez ela sentia algo revirar dentro de sua barriga enquanto era tocada por ele e beijada.

Deitaram-se com as pernas pra fora da rampa e ficaram olhando o céu que estava meio acinzentado naquele momento.

- estamos namorando de novo? – perguntou ele. Molly pensou e não seria nada mal aceitar, era o que ela queria. Depois resolveria o resto quando tivesse que contar que não era a Alex e que teria que ir embora.

- se você quiser...

- eu quero e você?

- também. – ela virou o rosto pra encará-lo.

- posso te pedir uma coisa, então? – perguntou passando a mão no rosto dela.

- pode. – Molly estava de olhos fechados enquanto recebia os carinhos dele.

- não me esconda mais nada. – Pediu ele.

- como assim? – assustou-se ela abrindo os olhos. Ele descobriu sobre seu segredo?

- “droga! Eu sabia que a mikaela contaria tudo”.

- eu não gostei quando disse na sorveteria que você guardava em segredo que sabia andar de skate. – ela suspirou aliviada. - Eu sei que é besteira, mas eu gostaria que não houvesse segredos entre a gente. Somos namorados e acho que devemos confiar um no outro.

- OK. Eu prometo não mentir pra você nunca mais. Te contarei tudo sempre. – falou Molly mesmo sabendo que nem tudo seria contado já que ele principalmente não deveria saber da história da troca entre Alex e ela. Como ele agiria se soubesse que estava com um “clone” da Alex e não a própria Alex?

- “Com certeza me odiaria por isso”. – pensou ela antes de ser tomada novamente por um beijo dele. Ficaram nesse clima de romance a tarde inteira e Molly estava simplesmente adorando. Estava curtindo cada momento com aquele ser mais lindo que já conhecera em toda sua vida. Ele era a pessoa com quem ela mais se identificava. Nunca havia encontrado alguém igual.