Pictures of Us escrita por Ellen Freitas


Capítulo 21
Aruba Part. 2 || Felicity


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!!

Eu sei, vocês querem me bater agora e eu entendo. Voltei a postar e sumi, mas eu não sumi de verdade, estava tentando escrever. Esse capítulo foi quase um parto, confesso que, apesar de amar meus protagonistas, sinto uma falta danada dos meus coadjuvantes.

Mas vamos ao capítulo, que segue com a lua de mel dos nossos lindos e as ideias mirabolantes da Felicity ainda em seu modo vida loka!!
Espero que gostem. Bjs*



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Desviei minha atenção por apenas dois segundos, quando Oliver entrou no quarto, sentando na cama atrás de mim, os dedos massageando as têmporas.

― Você está bem? Parece meio bléh ― questionei voltando a digitar.

― Não estou meio bléh, só estou preocupado, muito preocupado. ― Suspirou. ― Amor, devíamos chamar a polícia.

― Nós vamos chamar a polícia, quando tivermos provas. E você é da polícia e eu chamei você, dá no mesmo. ― Dei de ombros.

― Não, não dá! Minha jurisdição acabou no momento que nosso avião deixou Star City. É imprudente, perigoso e não estou seguro em investigar um local sem equipamento de proteção, munição e backup, sem falar na minha mente desenhando um milhão de cenários em que isso acaba bem ruim pra gente! ― Larguei meu computador para me virar para ele.

― Como você faz seu trabalho todos os dias?

― Eu só vou, não penso tanto, mas agora eu tenho, já que se eu não fizer, pode dar muito errado ― explicou como se eu fosse uma criança.

― Para de falar que vai dar errado, nada vai dar errado ― o animei. ― E você pode não ter munição, mas não vai sem apoio. Estou com você, ué ― expliquei o óbvio.

― Nada disso! Você não tem treinamento e está aí sem cautela nenhuma. ― Fiz beicinho. ― O que me lembra, quando voltarmos para casa, vou te dar umas aulas de defesa pessoal e você vai tirar sua licença de uso de arma. Não sei porque não fizemos isso antes.

― Okay, okay, você está exagerando e sequer me ouviu. ― Levantei da minha cadeira para me agachar à sua frente, e segurar suas mãos entre as minhas. ― Eu sei que não tenho suas habilidades, peixinho, mas tenho outras e você não vai me deixar aqui trancada em um quarto de hotel.

― Do que você está falando?

― Que ótimo que perguntou. ― Voltei ao meu lugar inicial em frente ao computador, o chamando para ver também o que tinha na tela. ― Enquanto você estava lá fora surtando, eu acho, estive rastreando as câmeras do zoológico. Claro, demorou mais um pouco porque tive que desviar o sinal para longe desse hotel caso fosse rastreado, mas agora já tenho visual de tudo que acontece lá dentro. Não o áudio, mas já é alguma coisa.

― Como você sabe fazer isso? ― questionou impressionado, apoiando as mãos no encosto da cadeira para ver mais de perto. ― E como eu não sabia que você sabia fazer isso?

― Fiz dois anos de TI antes de migrar pro Direito. Tenho certeza que já te disse.

― Disse, mas imaginei nerd, não hacker.

― Valeu. ― Tomei o comentário como elogio. Oliver não ia abalar meu humor. ― Posso observar tudo remotamente do carro e te guiar pelos fones de ouvido até onde as câmeras não vão, que deve ser onde a coisa errada está acontecendo. Você faz algumas fotos e sai sem que ninguém te veja, fim do plano. Viu como é simples?

― Tanta coisa pode dar errada, tanta coisa.

― Mas daí a gente vai vendo, Oliver, sem estresse. Beijinho? ― Inclinei minha cabeça sobre o encosto da cadeira, pedindo pelo carinho que ele relutou em me dar. ― Beijinho, amor.

― Não sei se seu jeito meio maluco me faz ficar mais assustado ou apaixonado. ― Beijou rapidamente meus lábios. ― Tudo bem, vamos fazer isso. Mas do meu jeito, minhas condições, meu comando, okay?

― Tudo bem! Estou me sentindo em um filme do James Bond. ― Bati palminhas animadas. ― Não, não, melhor: Sr. e Sra. Smi… Queen! Sr. e Sra. Queen!

~

Eu sei que a ideia foi minha e ontem eu era a pessoa mais animada do rolê para essa missão. Já que eu estava na pele da personalidade do Oliver, porque não entrar um pouco no trabalho para descobrir porque ele ama tanto?

Na minha cabeça, a missão funcionaria de um jeito simples e rápido, era só reconhecimento, algumas e fotos e pronto, livraríamos uma centena de bichinhos do tráfico e maus tratos.

Só que agora, o dia seguinte, nós dois sentados em um carro alugado na rua lateral do Philip’s Animal Garden, Oliver colocando e testando os fones bluetooth, eu finalmente parecia começar a sentir aquilo de que meu marido se queixava há dois dias.

― Você está bem? ― perguntou enquanto me olhava preocupado.

― Vamos revisar o plano, tá bom?

― Não tem muito o que ser revisado, amor, já decorei a planta do lugar e estou com você em meus ouvidos. Só me diga onde ir, que eu vou.

― Você confia tanto assim em mim? ― Ele franziu a testa, como se eu tivesse falado algum absurdo. ― Quer dizer, fazer isso porque estou pedindo, entrar lá cegamente só tendo a mim como apoio e guia…

― Bem, a ideia de que você me seduziu, entrou em um relacionamento por quase dois anos e se casou comigo apenas para inventar um plano mirabolante em nossa lua de mel para me matar e ficar com um total de zero centavos de herança passou por minha cabeça, mas se você é da Corvinal, eu sou da Grifinória. ― Apontou os polegares para si. ― Corajoso e levemente imprudente.

― Não tem graça, Oliver. ― Cruzei os braços, franzindo os lábios. Ele sorriu.

― Claro que confio, babe, não há ninguém em quem eu confie mais. ― Segurou meu rosto e me beijou rapidamente. ―  Só queria poder afastar metade desses pensamentos trágicos, a gente não devia ter visto Até o Último Homem ontem. ― Enruguei o nariz para sua frase. ― Tô brincando, vou ficar bem.

― Vamos destrocar. ― Parou já com a mão na porta, metade do seu corpo já estava para fora.

― O quê? ― Sentou de volta no banco do carona.

― Você tem razão, não pode entrar lá se preocupando com tudo, não vai focar em se proteger, e quanto a mim, não posso ficar aqui achando que a vida é uma festa se preciso te dar uma mínima assistência. Preciso da minha personalidade de volta e você precisa da sua.

― Pensei que estava se divertindo.

― Eu estava, até meter a gente nessa.

― Não tem problema, amor, mas você tem razão, devemos destrocar. Agora vamos nessa?! ― Segurei seu braço quando ele ia saindo de novo.

― Me promete que não vai se arriscar demais, que ao menor sinal de perigo vai sair de lá?

― É a sua ideia, mas é meu plano, esqueceu? Vamos ficar bem. ― Sorriu, me dando mais um beijinho. ― É bom ter a velha Felicity de volta.

Observei ele sair do carro e ir andando normal até o zoológico, um boné em sua cabeça e óculos escuros cobrindo seus olhos. Liguei o celular e coloquei meu fone, já que essa seria nossa forma improvisada de comunicador.

― Oliver, tá me escutando?

Positivo, babe ― respondeu do outro lado da linha. ― E as imagens? ― perguntou quando entrou no local e sumiu do meu campo de visão. Chequei as câmeras na tela do computador em meu colo

― Tudo certo, estou te vendo. ― Oliver andava tranquilamente no meio dos outros turistas, que em sua maioria, já estava indo embora, afinal era quase encerramento do dia. ― Você parece mais baixo na câmera, sabia?

Quão baixo?

― Nível Tom Cruise de baixo.

Sério? Nunca posso ser ator então. Mas pensando melhor, o mundo perderia tanto em não ter esse rostinho em uma tela gigante de cinema. Imagina o povo gritando, clamando por "Queen, Queen!" ― modificou a sua voz para imitar a de uma multidão ao falar seu sobrenome.

― Você parece bem relaxado agora.

Não podemos ser os dois nervosos, podemos? ― Identificou uma câmera no espaço onde estava e sorriu para ela. Sorriu para mim, foi quando entendi. Todo o falatório era para me acalmar. ― Amor, eu não vou poder continuar falando com você a partir de agora, tá? Tem menos gente aqui, vão poder me ouvir.

― Tá bom. Você sabe que agora vai pegar a segunda à dir…

Segunda à direita, então primeira à esquerda, eu sei. ― Estávamos pegando o caminho mais longo e mais seguro dessa vez, que passava por dentro do zoológico.

― Toma cuidado.

Só uma última coisa, você vai ter que me prometer. ― Tomou uma respiração. ― Se você achar que estou em perigo, você não vai entrar aqui, vai chamar a polícia. Se eu não responder ou enviar qualquer sinal que estou bem, você não vai entrar aqui, vai chamar a polícia. Se ouvir algum barulho que se assuste, não vai entrar aqui…

― Vou chamar a polícia. E você está me assustando.

Isso é sério, babe, preciso saber que não vai se colocar em perigo por minha causa.

― Só se você fizer a mesma promessa. Não vai se colocar em perigo por minha causa.

Não vou, eu prometo. Te amo.

Logo que adentrou a primeira sala limitada ao acesso do público, Oliver já encontrou dois guardas. Ele tentou sorrir, dando a desculpa de que estava perdido, mas quando ele insistiu, foi quando os caras começaram a perder a paciência e mostraram as armas discretamente. Mas antes que eu já o mandasse sair dali, ou contrariasse seus inúmeros pedidos e fosse ao seu auxílio, Oliver os derrubou com três golpes, tomando suas pistolas para si e seguindo adiante.

Quer dizer, eu sabia que meu marido era um bom policial. Eu já tinha visto como seu cérebro funcionava brilhantemente para resolver mistérios, suas habilidades de interrogatório não eram tradicionais, mas ainda assim impressionantes, mas nunca o havia visto em ação em algum embate físico.

Só porque ele era alto e tinha todos aqueles músculos, não era garantia que fosse bom em uma luta corporal, mas nesta e nas salas seguintes Oliver se provou ser melhor ainda do que achei, e olha que minhas expectativas já eram bem altas.

Como ele desarmava, esmurrava, chutava, desviava de ataques era como assistir um filme de ação, e quando eu conseguia superar toda a tensão do perigo, só conseguia achá-lo mais sexy do que nunca.

Babe, a partir dessa sala você não vai poder me ver. Fica de olho nos acessos a ela, me informa qualquer coisa, vou estar enviando as fotos direto para seu computador. Eles já sabem que tem algo errado, vamos precisar ser rápidos.

― Tá bom, e por mais impressionantes que sejam mais essas suas habilidades secretas, na dúvida, você sai.

Pode deixar. ― Ouvi o barulho de portas sendo abrindo e fechadas, então a voz de Oliver voltou. ― Não tem ninguém aqui, acho que aqueles que derrubei ainda não puderam chamar reforços. Deus, Felicity, isso aqui é horrível. Estou te enviando as imagens.

Nos minutos seguintes, as fotos foram chegando.

Dezenas de pequenas e grandes jaulas com animais raros, os bichinhos tão maltratados que até para mim, que não era muito adepta de animais de estimação, me dava um nó na garganta e meus olhos encheram de lágrimas de dó.

― Oliver, rápido. Um grupo estranho acabou de entrar pelos fundos, sai daí.

Estou saindo, já temos bastante para um mandato. Opa. ― Foi quando ouvi o primeiro tiro.

― Oliver, o que aconteceu? Oliver! ― gritei diante do seu silêncio, que era preenchido com barulhos de combate e mais um par de disparos. ― Oliver!

Eu já beirava o desespero e liguei logo para a polícia local. A pobre atendente mal me entendia, enquanto eu murmurava algo do tipo "tiros no zoológico, meu marido está lá dentro, tráfico de animais".

Tive de contrariar seus apelos, descendo do carro para ir ajudá-lo, já que a polícia ainda demoraria um pouco para estar aqui, sem nunca parar de chamar seu nome.

― Oliver, eu juro por Deus que se não…

Estou bem. ― Não haviam palavras para descrever meu alívio diante apenas daquelas duas palavras. ― Liga o carro, estou chegando aí. ― Eu mal havia terminado de girar a chave e o vi correr ao meu encontro, entrando no carona e já arranquei. ― Pra delegacia, rápido, eles ainda estão... Abaixa!

Nos abaixamos e por sorte não era uma rua movimentada, ou com certeza teríamos causado um acidente quando uma bala retiniu e arrancou o retrovisor do meu lado.

― Emoção demais, emoção demais! - murmurei encolhida, não enxergando direito por qual caminho estávamos indo. ― Eu não sirvo pra ser piloto de fuga!

― Acelera, amorzinho, assim talvez eles não nos persigam, não tinha carro parado ali perto. Isso vai atrasá-los ― Oliver me apressava, enquanto olhava para trás, então pisei firme no acelerador.

Tudo passou muito rápido depois daí.

A gente chegando na delegacia, mais viaturas se juntando a que já tinha sido alertada por mim antes, o comboio de volta ao zoológico, várias pessoas presas, dezenas de animais recuperados. E o coitado do Philip, que já era um idoso, arrasado, descobrindo o que estavam fazendo com seu negócio que deveria ser o oposto do que era de verdade.

Os jornais e sites local caíram em cima, todo mundo queria saber como todas aquelas atividades ilegais por tanto tempo sem que ninguém soubesse e como um casal de americanos descobriu e denunciou tudo. E foi graças ao apoio da mídia que não tivemos problemas, já que nossa pequena operação era ilegal e perigosa.

Só conseguimos nos liberar de todos os depoimentos e entrevistas quando já era madrugada, então pudemos voltar ao hotel.

― Boa noite, nossos hóspedes mais famosos! ― a recepcionista nos abordou na entrada. ― Imagino que devem estar cansados, por isso meu marido que trabalha na delegacia me avisou quando saíram de lá, e acabei de deixar um lanche para vocês no quarto.

Gracias ― Oliver agradeceu e nos despedimos com um aceno.

― Não fala espanhol perto de mim, peixinho ― falei baixinho em tom de aviso, entrando no elevador.

― Por quê? ― Entrou depois de mim, ficando de costas para mim ao apertar o botão do nosso andar.

― Esse elevador tem câmeras.

Senti seu corpo ficar rígido sob meus dedos, que entravam por dentro de sua camiseta, meu corpo colado às suas costas, deixando bem claro minhas intenções. No que dependesse de mim, não aproveitaríamos aquele lanche tão cedo.

― Espera aí, como assim "o elevador tem câmeras"?

― Descobri quando desviava o sinal do hotel ― expliquei franzindo o nariz.

― Então quer dizer que o showzinho que demos trancados aqui no segundo dia em Aruba foi registrado em vídeo?

― Tipo Cinquenta Tons de Cinza. Na hora que descobri eu estava sem a vergonha alguma na cara, mas pensando melhor agora… Nunca mais vou conseguir olhar diretamente para nenhum segurança desse lugar. ― Seu corpo vibrou em uma risada, e escondi meu rosto em suas costas.

― Por isso o guarda me cumprimentou com um high-five uma vez ― comentou reflexivo. ― Achei que só estava sendo amigável.

― Oh, Jesus. ― Mas por mais que a situação fosse constrangedora, eu só sentia vontade de rir. O que mais eu poderia fazer àquele ponto? ― E pelo amor de Deus, quantos andares tem esse negócio? ― Consultei o visor e ainda faltavam dois andares até a cobertura, onde ficava nossa suíte, e o elevador s movia mais devagar do que nunca.

― Minha esposa parece alguém com péssimas intenções para minha pessoa.

― Depende do que considera péssimo. Na minha cabeça, são ótimos planos.

Oliver tinha um sorriso enorme estampado no rosto quando girou em meus braços para ficar em frente a mim, suas mãos aprofundando-se em meus cabelos, ele descendo até seus lábios estarem quase junto aos meus.

― Peixinho, as câmeras.

Indiquei com o olhar para a pequena esfera de vidro em um dos cantos, só que Oliver na maior cara de pau, apenas fez uma continência para ela, me beijando em seguida. Eu não estava mais destemida como antes, e com meu botão do foda-se desligado, era mais difícil passar aquelas vergonhas, mas como resistir?

Para o azar de quem esperava a parte dois do nosso filminho para maiores, logo ouvimos o apito de chegada e Oliver segurou minha mão, me conduzindo ao quarto.

― Enfim sós. De novo ― completou piscando para mim, ao refletir por dois segundos sobre sua última frase.

Nossos casacos, chaves e bolsa com o notebook logo estavam no chão, Oliver me erguia pelas pernas para sentar no móvel que ficava na entrada do quarto e me beijava com a intensidade que estávamos segurando o dia todo.

― Sabe de uma coisa? Nunca te vi tão sexy como hoje ― falei segurando um gemido quando sua barba arranhava meu pescoço ao beijá-lo.

― O que mudou? ― perguntou curioso, se afastando apenas um pouco, as mãos ainda ladeando meu quadril e as pernas entre as minhas.

― Você é sempre tão bom moço, amor. ― Fiz carinho em sua barba e ele fez careta. ― Não faz essa cara, eu prefiro os bons moços. Conheci, me apaixonei e me casei com o Oliver bonzinho, e você sempre se pareceu com um super-herói, mas te ver em ação… ― Soltei um suspiro alto. ― É como estar casada com o fodido Batman!

― Prefiro o Superman.

O loiro me segurou pela cintura e logo estávamos na cama, nossas roupas voando pelos ares, apenas o ruído de nossas respirações intercortadas e ofegantes pelos nossos beijos.

Eu poderia facilmente classificar aquele como o melhor sexo da minha vida com toda a adrenalina envolvida, e se fôssemos analisar como éramos tão bons nisso juntos, era de fato algo impressionante. Eu achava que não haveria mais novidades depois do casar com Oliver. Já namorávamos há quase dois anos e morávamos juntos há algum tempo também, então esse tipo de descoberta e poder explorar novas nuances do nosso relacionamento foi uma grata e a melhor surpresa dessa viagem.

E eu estava ansiosa por mais.

~

― Esse lugar é mesmo o paraíso ― Oliver falou baixinho, meio para mim, meio que para si mesmo, me abraçando por trás e o queixo encaixado na curva do meu pescoço.

― Não quero ir embora amanhã. ― Soltei um muxoxo, meus ombros caindo em desânimo.

Estávamos no alto do farol Califórnia, de onde era possível ter uma vista incrível de quase toda Aruba ao pôr do sol. O mar sempre azul esverdeado agora estava mesclado com o laranja, e uma brisa agradável balançava meus cabelos, a vegetação parecia brilhar como o sol que se punha.

― Foram os melhores dias da minha vida.

― Os meus também ― concordei com ele, suspirando. Encostei minha cabeça em seu peito, seus braços em torno de mim e seus beijos em meus cabelos confortada pela maior sensação de segurança que já experimentei. ― Obrigada.

― Por quê? ― Quase podia ver seu cenho franzir. Eu já o conhecia ao ponto de saber suas expressões a cada frase mesmo que não estivesse olhando para ele.

― Por cuidar de mim. ― Oliver assumiu o espaço ao meu lado, se apoiando no antebraço na grade de proteção e ficamos frente a frente, ainda bem próximos.

― Você cuida de mim desde que nos conhecemos, babe, além do que, é minha função principal agora. ― O sorriso do seu rosto desmanchou e ele ficou preocupado. ― Quer dizer, não quer você precise, você é uma mulher linda e independente, e...

― Eu entendi, amor ― Segurei seu rosto e lhe dei um beijo. ― É só que, sei lá. Você conhece minha mãe, ela é a melhor mulher que eu conheço, mas é meio cabeça de vento. Quando eu tinha cinco anos, eu tinha que lembrá-la de fazer nosso jantar.

― É uma relação interessante, devo admitir ― comentou reflexivo. ― Mas o que está querendo dizer?

― Eu quase sempre cuidei de mim mesma, e eventualmente, dela. Isso meio que desenvolveu isso em mim, eu cuido dos meus amigos, dos meus namorados, eu cuido das pessoas, o que dá elas a impressão de que não preciso que... ― Sua testa franzia ainda mais, eu estava divagando e estava o perdendo em minha linha de raciocínio. ― O que quero dizer é que ninguém nunca cuidou de mim, e você faz mais do que isso, ainda mais aqui. Em resumo, eu te amo ainda mais por cuidar de mim, peixinho.

― Melhor função do mundo. ― Me abraçou forte. ― Mas ainda vou precisar que você cuide de mim, se alguma teoria foi provada nessa ilha, é que o “jeito Oliver” exige muitos, muitos cuidados. ― Seu sorriso ficou enorme e o meu maior ainda. ― Te amo.

― Te amo.


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Notas finais do capítulo

Então?
Não seria Olicity se não tivesse um baguncinha básica, mas sempre com muito amor envolvido.
No próximo capítulo já temos toda a galera de volta. Ele se chama Jealous e está quase concluído, com toda a zona de guerra que estamos acostumados. Mas devo dizer (alerta de spoiler!), enquanto Felicity e Oliver estavam longe, algumas coisas mudaram para quem ficou.

Então se gostou desse capítulo e tem opiniões sobre o que vem por aí, aguardo vocês nos comentários. E se ainda não recomendou ou favoritou, corre lá, minha gente!!
Obrigada por ainda estarem comigo. Bjs*



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