Winx e a Fada sem Asas escrita por Maddu Duarte


Capítulo 1
Capítulo 1 - Shine On You


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Então, essa é uma fanfic de winx, sinto muito se isso incomoda, mas eu sou uma adulta sem infância. Ksksjdksjd



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SHINE ON YOU é uma música composta por Onew, do grupo SHINee, para o álbum VOICE.
Os capítulos terão nomes de músicas que escutei enquanto escrevia para tentar aproximar autor e leitor. Obrigada pela atenção.

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A ruiva voou. Não com suas asas, quem dera fosse por elas. Voou com a força elétrica que atingiu sua barriga em cheio, fazendo-a querer vomitar. Cambaleou em pleno ar, forçando as asas azuis para se manter em pé, seu Enchantix cada vez mais fraco, aquela seria uma batalha longa.


No chão, uma garota loira repousava — já sem o vestido tradicional formado por partículas de magia. Sua figura era doce, quase dorminhoca. Estava morta, todos sabiam, cometera o erro de tentar atacar primeiro e foi terrivelmente atingida por algo que se assemelhava a uma mancha roxa, todo seu corpo perdeu o brilho da luz do sol de repente, em segundos, apenas a opaca lua repousava. Combinava com seus poderes, o outro lado dissera. A fada do sol e da lua, agora, não brilhava ou resplendia luz alguma.

Não foi capaz de salvar quem mais amava: suas amigas.

O destino não havia sido gentil com as fadas, não dessa vez. A figura sombria ria, debochava, sempre confiante. Como não haver confiança quando se matou 3 das 6 maiores fadas de Magix? Ou, talvez, da dimensão mágica inteira? Aquela pessoa — Ace, como se chamava — não era tal qual Valtor. Não havia pena, interesse ou qualquer que fosse o sentimento que gerasse um câmbio e salvasse a vida das meninas, parecia uma máquina destinada a ferir.

E foi o que fez.

— Fogo do dragão — gritou a garota ruiva, Bloom era seu nome. Disposta a vingar a morte de suas amigas, partiu para a batalha de perto, esquivando-se de alguns golpes e recebendo outros com firmeza. De longe, Aisha criava Morphix, uma tentativa desesperada de acalentar os golpes que a amiga sofria. — Poder de... — Cortada.

Foi esse o sentimento que a fada teve ao ser jogada para longe, mesmo que a princesa de Andros tentasse se aproximar, uma barreira mágica foi criada entre os dois. Agora, era só Ace e Bloom. Distante, Flora gritava o nome das amigas, presas entre árvores e flores, entre seus próprios poderes: você merece um tratamento especial, aquelas palavras tremiam em seu corpo.

Ele parecia gostar daquilo. Parecia divertido, uma espécie de jogo de pega-pega. Gato e rato. Quem poderia prever?

— Últimas palavras — murmurou, cercado de ironia e descontração. Quão interessante era para ele matar?

— Você vai pagar por isso — suspirou a garota, deixando sua transformação cair, como se fosse seu último lamento, sua última jura. A negra, por trás, gritava, batendo com força na barreira azulada que cercava o casal.

Ace entregou um olhar divertido para a que tanto lutava para resgatar a amiga, como se pronunciasse: eu vou pegar você.

Naquele momento, teria sido melhor escapar. Chamar ajuda. Mas Aisha sempre foi orgulhosa e destemida, forte e leal, não deixaria sua líder morrer naquelas condições. Morrer. Palavra estranha com diversos significados, você pode morrer para alguém fisicamente ou apenas na lembrança, Tecna permaneceria viva para sempre nas memórias, Musa em suas canções, Stella no brilho do raiar do dia.

Mas as três se foram em um só grito.

Um só golpe.

O quão forte era aquele rapaz? E, se era tão forte, por que ainda as deixava viver? O que o controlava?

Sangue.

Sangue escapou do pulso dele enquanto apertava as bochechas da fada, prestes a esfaqueá-la com uma pequena arma sem menor clamor. Um sangue negro, sujo, marcado pelos que foram por suas mãos. Seu rosto surpreso não foi escondido, olhou para trás como quem via um fantasma, nas suas costas, uma garota desconhecida cortava os próprios pulsos.

Ninguém ousou perguntar quem ela era.

Apesar do que as sobreviventes — Bloom, Aisha e Flora — gritassem, a novata permanecia imóvel, como se estivesse disposta a brigar. Realizou mais um corte, dessa vez, no lado direito de seu braço, abrindo o buraco no de Ace. A conexão entre os dois foi percebida por Aisha que logo atacou a jovem. Não! Foi a primeira vez que o vilão ousou se descontrolar, mas logo se mostrou inútil. A desconhecida chutou a outra para longe, entregando um direto sem dó, em seguida, um gancho. A princesa de Andros cuspiu sangue.

Quem era amigo e inimigo?

— Eu sei como parar — sussurrou para aquela que a atacava, como se fosse um segredo. Aisha recuou, ainda confusa, deveria acreditar?

Ace elevou a ruiva que ainda permanecia nas suas mãos, quase desacordada, não havia tempo a se perder. Mesmo com os braços manchados de sangue e suor, o homem parecia impassível em suas decisões. O irônico é que, olhado de perto, ninguém diria nada além de que era uma criança, com seus dezoito anos, um menino, pivete, inocente.

Que havia arrancado o coração de Musa.

Que havia matado Tecna com uma espada.

E que não tinha piedade. Um psicopata.

— Então pare! — suplicou, desafiou. Tinha perdido tantas coisas naquele dia, precisava parar.

Foi o que precisou para que a barreira se quebrasse. O punhal que a desconhecida segurava atingiu sua barriga em cheio, de propósito, fazendo o rapaz cambalear com esforço para trás, olhando impressionado e com lágrimas para quem acabara de o derrotar. Como pôde? Quase murmurou, se tivesse forças, teria feito.

Correu, dessa vez, em direção aquela que tinha o impedido de atingir seus objetivos. A desconhecida, pois ainda não tinha nome, apenas empurrou Aisha para o mais distante possível com um chute, recebendo toda a dor de ser jogada rente a árvore sozinha.

— Como você pôde?! — Ace gritou. — Você me traiu, Aria.

Aria.

Era aquele seu nome.

A negra correu para sua amiga, Ace permaneceu elevando a traidora com força, como se doesse em seu próprio corpo o golpe no estômago — não havia se aberto, não tinha como as Winxs saberem, mas doía —, apertando as bochechas, cuspia xingamentos e acusações. Traidora.

— Você precisa parar, Andy — implorou. Quem era Andy?

Quem eram eles? Bloom pensava, enquanto se levantava com cuidado e ajuda da amiga. Talvez desse tempo, andou com cuidado até Musa, implorando para que o pó mágico fosse capaz de salvar o que não havia mais vida.

Era sua última esperança. Precisava se transformar, precisava salvar suas amigas, precisava... o quê?

— Come back home, my dear — Aria falou. Como se a língua que as Winxs não compreenderam fosse um segredo entre apenas aqueles dois.

E não foi respondida. Não por palavras. Primeiro, foi um soco. Traidora, a palavra vibrou. É por nós dois, vibraram. Todas juntas.

— No more. — E a resposta soou dura. A garota ainda sangrava, em um gesto de coragem, ou de loucura, transformou o punhal em sua criação fatal, virando-o e atingindo o peito do rapaz. Ambos gritaram.

O rapaz andou para trás, como se quisesse voltar a lutar, mas algo o impedisse. O sangue escapava com rapidez, por algum momento, pensou em morte. A sua, e a de sua traidora. Não acabou¸ seus olhos gritavam.

E sumiu, como fumaça, em um teletransporte.

A garota, Aria, deu alguns passos para frente, destemida a chegar nas Winxs. Foi Aisha que a segurou, dizendo que ficaria bem e agradecendo a ajuda, com as mãos no rosto da negra, tentou murmurar alguma coisa, precisava avisá-la. Precisava contar para ela sobre Ace, Andy, ou qualquer que fosse seu nome agora.

Mas não foi capaz.

Caiu no chão, sendo amparada por Flora, que até então estava pressa em uma fiação de galhos e afins, apenas observando o massacre atingir suas amigas, como se sua beleza tivesse sido um bom motivo para morrer por último. Agora, observando-a de perto, Aria chegava a conclusão que talvez fosse a semelhança entre as duas que a manteve a salva — o mesmo rosto redondo, os cabelos longos e castanhos, a pele bronzeada. Ambas tinham tantas semelhanças, Andy havia pensado nisso ao começar aquela chacina?

Fechou os olhos, apesar de saber que, no momento que fizesse isso, tudo estaria perdido.

Fechou os olhos e rezou para abri-los. 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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