“Querido diário,” ― Escrevi, apaguei e respirei fundo.

― Porque eu realmente estava fazendo isso mesmo? ― Me perguntei coçando a minha cabeça. 

Voltei a pegar a lapiseira, a encarei, mas dessa vez, não começaria com essa besteira de novo.

“Não vou conversar ou me apresentar para um caderno, eu só preciso, realmente desabafar uma coisa e achei que esse diário seria útil depois de mais de 14 anos guardado.

Bom, hoje é aniversário do Kankuro e eu, sinceramente não estou com a mínima vontade de ir. Não é por nada, eu amo o meu irmão, sabe? Mas eu não mereço o idiota do amigo dele no meu pé.

Eu ainda mato aquele Daimaru!”

Fechei com força a capa do diário que fora me dado quando tinha em torno de uns 9 anos. Era exatamente com aquela força que queria acertar um tapa na cara daquele bendito amigo de Kankuro.

Gaara gritou no andar de baixo da casa, me chamando para que eu finalmente descesse, já estavam indo.

― Já vou! ― gritei em resposta.

Dei uma última olhada no espelho, e meu vestido preto significava luto a minha paciência. Porque nesta tal balada que Kankuro escolheu para comemorar seu aniversário, tenho certeza que ela faleceria.

Peguei minha pequena bolsa, respirei fundo e abri a porta do quarto, quando estava descendo as escadas, aquele cara chato já estava a minha espera, com um sorriso gigante no rosto e, dentro da minha própria casa.

― Eu esperei o dia inteirinho pra te ver, e agora vejo esse belo par de pernas descendo lindamente a escada. ― Daimaru abriu a boca pra falar merda, como de costume.

― Eu não nasci pra saber lidar com você, Daimaru, não me irrita hoje não. ― respondi e não o cumprimentei, se ele, ao menos, tivesse sido menos escroto, pensava no caso.

― Oi pra você também, princesa.

― Não enche.

Gaara colocou a mão no ombro direito de Daimaru e falou algo no ouvido dele que eu não pude ouvir. Mas percebi que ele deu uma maneirada nas cantadas ridículas.

Kankuro fora dirigindo, mas Gaara que voltaria como motorista. O meu irmão mais novo era Straight Edge, resumindo, careta. O que era ótimo, pois sempre era o que deixava os outros sãos e salvos em casa.

Chegando na porta da balada, onde encontramos mais alguns amigos de Kankuro, fomos logo para a fila VIP. Uma das peguetes do meu irmão aniversáriante, trabalhava por lá e nos colocou para dentro da balada sem aquele sofrimento de ficar horas na fila.

Ganhamos pulseirinhas coloridas e fomos diretamente para o camarote, encontrei algumas amigas, Sakura, Ino e Hinata. 

― Ah meninas, que bom que vieram! ― falei a todas elas em um abraço coletivo, assim que conseguimos subir no andar de cima.

― Não deixariamos de vir. ― Ino falou, ainda abraçada a mim.

― Você eu sei que viria. ― pisquei para ela, e Ino sorriu.

Essa loira conseguiu fisgar o coração esquisito do meu irmão mais novo. Confesso que fiquei surpresa, uma garota extremamente pra frente como a Ino, conseguir lidar com o virgem do Gaara, era realmente engraçado. Ela era a que dançava e ele era o que só a olhava de canto, ela era a que bebia até cair e ele o que cuidava para que a ressaca da loira fosse a menor possível. Mas faziam um casal maravilhoso.

― Vai dormir em casa? ― perguntei a ela, que veio no carro de Hinata.

― O Gaara vai ter que cuidar de mim hoje. ― piscou pra mim e eu revirei os olhos dando risada.

Sakura já havia ficado com Kankuro a uns tempos atrás, então, com certeza ela ficaria mais comportada, Sasuke, o namorado dela, sabia de tudo, apesar de ser um ciumento enrustido, ela preferia que ele bebesse e ficasse soltinho para que a madrugada deles terminassem do melhor jeito possível. Melhor do que quando ela cismava e beber junto com Ino e revezavam a privada em sessões de vômito.

Mas, na verdade, quem adorava ser o parceiro da Ino em dividir privadas era o namorado de Hinata, Naruto. O loiro, que era um dos melhores amigos do meu irmão Gaara, era um que tomava um copinho de cerveja e já tava dançando em cima da mesa. Fraco fraco. E Hinata, assim como Gaara para Ino, era a que, com certeza, levaria o carro e todos sãos e salvos para casa.

O clima até que estava agradável, um camarote só para nós, com acesso a pista de dança, um bar exclusivo só para a área vip e música boa. Daimaru havia parado um pouco de infernizar a minha paciência e estava focado em conversar com os meninos.

Já havia bebido algumas coisas que Sasuke e Sakura pegaram do bar para nós, e até estranhei a receptividade do Uchiha que nunca havia feito algo tão “caridoso”. Um casal de amigos, um pouco atrasados, entrou pela área vip me deixando muito feliz.

― Ah! Vocês conseguiram vir, que bom! ― Abracei Tenten e cumprimentei Neji. ― Sentem-se com a gente.

Os dois se sentaram ao meu lado e coloquei-os na conversa. Daimariu e Kankuro desceram para a pista de dança junto com Naruto que já estava com o segundo copo de bebida em mãos e com a Hinata em seu encalço.

Depois de mais alguns copos, eu e Ino já estávamos dançando na area vip mesmo e fui até Sakura para conversar reservadamente:

― Amiga, se você descer comigo, você acha que o Sasuke vai ficar enchendo seu saco por causa do Kankuro?

― Olha Tema, eu conversei muito com ele esses dias, porque não vou me privar, ele entendeu e outra, da pra ver tudo daqui de cima. 

― Gosto assim, então vamos descer.

Sakura conversou com Sasuke avisando que ia descer e ele realmente não demonstrou nada do ciúmes que eu jurei que ele demonstraria. Continuou conversando com Neji e Gaara.

Tenten fora a primeira a dançar de par com Ino, já eu e Sakura seguíamos o que as duas faziam.

Dançavamos e riamos de tudo e todos naquela pista, a música era ótima e muitas vezes nostálgica. Encontramos Naruto e Hinata, a Hyuuga já se mostrava cansada, mas o loiro ainda estava com a corda toda.

Mas o que eu mais temia aconteceu, Daimaru apareceu sem o meu irmão ao lado, e obviamente, veio me encher o saco:

― Sozinha na pista?

― Estou com os meus amigos, não tá vendo ? ― perguntei, grossa.

― Adoro quando você me maltrata. ― ele respondeu, e eu senti ânsia de vômito no mesmo momento, e não era por causa de bebida nenhuma.

― Você é doente.

Tenten percebeu que eu estava sem paciência nenhuma para o idiota do amigo do meu irmão, e veio me abraçar.

― Você não percebeu que ela não gosta de você? ― ela perguntou gritando para que ele escutasse bem.

O tonto fingiu que não entendeu, jogou um beijo para mim e uma piscadela, fazendo com que eu revirasse os olhos.

― Não deixa ele estragar sua noite. ― Tenten me disse.

― Obrigada amiga. Mas acho que quero subir e beber mais.

― Vocês vão subir? ― Hinata apareceu. ― Digam que sim, por favor, eu não acompanho o Naruto.

Não tinha como não dar risada daquela situação. Hinatinha exausta por simplesmente lidar com o namorado que parecia um dançarino de discoteca dos anos 80.

― Sabe, se vocês subirem, eu vou também, preciso beber algo e estou morrendo de calor, a Ino não pára nunca de dançar. ― Sakura apareceu eufórica.

― Vamos, deixem os pés de valsa ai e vamos subir. ― respondi.

Hinata e Sakura foram avisar os loiros dançarinos e subimos no mesmo instante para a área vip. 

Mas, alguns minutos depois, os dois voltaram também para onde estávamos.

― Ué, já cansou? ― perguntou Neji para Naruto.

― Na verdade, estou é com saudades da minha Hinata.

Neji revirou os olhos e todos riram da cara dele de nojo. Tenten o beijou e quando me dei por mim, todos estavam com seus respectivos pares. 

Me levantei e decidi ir buscar algo diferente para beber. E Sakura e Sasuke estavam no bar, conversando com o barman, como se fossem íntimos. 

Cheguei mais perto do casal e então percebi uma semelhança entre Sasuke e o Barman cabeludo, mas não falei nada, imaginei que fosse a bebida.

― Esse é meu irmão Itachi, Temari. ― Sasuke falou, percebendo que eu os encarava.

― Nossa, pensei que estava bêbada demais, vendo semelhança onde não tem. ― respondi, e o cabeludo do bar sorriu meio tímido.

Ele limpou a mão no avental preto que vestia e a estendeu para mim.

― Prazer, Itachi Uchiha.

E prontamente eu também o cumprimentei:

― Temari no Sabaku.

― E gostaria de alguma bebida? ― ele perguntou, e me entregou um cardápio com letras grandes.

― Uma piña colada então, vamos ver se você sabe fazer. ― falei, fazendo-o rir.

Quando o tal irmão do Sasuke terminou de fazer o drink, colocou até um guarda-chuvinha no meu copo e me deu.

― Prontinho, quero saber se estou aprovado. ― falou ele.

Tomei um gole e o gosto adocicado da bebida alcoólica cantou na minha garganta. Que delícia!

― Olha, eu sou bem exigente, sabe? ― falei querendo botar uma banca para o meu recém crush. Sim, ele era lindo, muito mais do que qualquer Uchiha que eu já conheci. ― E esse seu drink tá ― dei mais um gole e o vi sorrir esperando a minha resposta. 

Mas na hora que eu ia dizer ao cabeludo a minha frente o quanto aquela piña colada era boa, senti um braço em meus ombros.

― E aí gatinha? 

Meus olhos flamejavam, e meu rosto aqueceu, obviamente que não era de vergonha, e sim de raiva. Daimaru. Ele mesmo, que acabou totalmente com o meu flerte.

Eu tenho certeza que Itachi percebeu a minha raiva, mas ele não se meteu, afinal, eu não pedi também, então ele foi atender Neji em outra ponta do balcão e o infeliz do Daimaru sentou-se no banco ao meu lado.

― Olha, eu não quero ser mais grossa ainda…

― Eu gosto do seu jeito, você sabe disso.

Eu percebi que Itachi olhou em minha direção para ver se eu estava bem e deu o balde com 3 cervejas que Neji pediu.

― E eu não gosto do seu.

Itachi volta a se posicionar perto de nós e Daimaru pediu uma bebida a ele:

― Um Whiskey, no cowboy, por favor.

― Preferência de marca? ― Itachi perguntou.

― Jack Daniels.

Itachi não demorou muito, e Daimaru pegou degustando e fingindo gosta do gosto amargo da bebida.

Eu revirei novamente os olhos e o chato do amigo do Kankuro voltou a falar comigo.

― Quanto mais você me despreza, mais eu gosto. ― disse no meu ouvido, como se eu fosse achar aquilo atraente.

Mas enquanto ele falava, eu mexi os lábios, dizendo um “socorro” sem som, e Itachi afirmou balançando a cabeça.

Ele apertou algo embaixo da bancada e luzes coloridas acenderam no bar.

― O que foi isso! ― falou Daimaru.

― Nossa, o que aconteceu? ― alguns dos meus amigos falaram nos sofás próximos ao bar.

― Agora que o aniversariante está aqui, podemos fazer uma brincadeira. ― Disse Itachi apontando para o meu irmão subindo as escadas.

Se não fora Deus que me ajudou, então Itachi era muito bom no improviso.

― Venham, juntem-se todos aqui no balcão. ― Ele falou alto e todos vieram. ― Dois dos amigos de Kankuro serão sorteados para ir com ele no palco da pista, ganharão um prêmio e vão com ele passear de Limousine, com direito a bebida de graça dentro do carro.

Todos rapidamente foram se juntando para perto de Itachi e o Uchiha foi colocando copos pretos de shots, preparou um drink em uma coqueteleira, despejou um pouco em cada copo e voltou a explicar.

― Esse drink é bem forte, quem acha que não consegue, é melhor nem se arriscar. ― Gaara e Hinata já se distanciaram do balcão. ― Dois já desistiram então?

― Vamos, gatinha, eu sei que você é forte. ― Daimaru falou perto dos meus ouvidos e eu quis muito socar a cara dele, mas me contive. ― Vamos passear de Limousine.

Itachi pigarreou alto para que Daimaru voltasse a prestar atenção nele, e voltou a falar.

― Vou dar a cada um de vocês, um copo. Depois de tomar a bebida, quem encontrar o adesivo premiado atrás do copo, irá com Kankuro, mas tem que beber tudo. E detalhe, sem as mãos.

Itachi posicionou os copos, todos ficamos em frente de cada shot, com as mãos para trás. Eu peguei o meu com a boca e tomei tudo, era bem forte, tinha gosto de Absinto com algo que não faço ideia do que seja. Mas quando virei o copo, e não achei nenhum adesivo premiado.

Na hora que percebi que não ganhei, Itachi sorriu para mim, meio envergonhado, mas logo pude perceber o que iria acontecer.

― Eu ganhei, Eu ganhei! ― gritou Naruto.

― Ah, eu também! ― falou Daimaru, que assim que percebeu que eu não era o Naruto, fechou a cara. ― Porra Naruto, fica ai com a sua namorada, dá esse prêmio pra Temari vai?

― E quem disse que eu quero passear com você do lado, já me basta a ida e a volta pra casa. ― respondi.

― Aceita que dói menos, garanhão. ― Kankuro finalmente abraçou o amigo ridículo dele, e sumiu com aquele traste de perto de mim, Naruto foi no encalço.

Hinata pedira pelo amor de Deus para que Naruto não bebesse demais e que Kankuro cuidasse dele, porque ela sabia do que o namorado dela era capaz.

― Deixa comigo, Hinatinha! ― Prometeu Kankuro, gritando já quase na pista.

Todos se apoiavam no para-peito da área vip e eu voltei meus olhos para Itachi.

― Obrigada! Sério! ― agradeci.

― Mais alguma bebida? ― ele perguntou.

― Só se vier com o telefone do barman. ― respondi, curta e grossa.

Itachi riu bastante naquele momento, e eu voltei a degustar a Piña Colada que não havia terminado. 

Ele não me respondeu, continuou limpando o balcão e servindo os meus amigos, e por mais que eu não ligasse realmente para o fora que levei, continuei feliz por não ter o Daimaru por perto.

Voltei ao sofá onde estavam meus amigos e continuei conversando e bebendo com eles, mas quando Naruto chegou na área vip praticamente desmaiado e carregado por Kankuro e seu amigo chatão. Resolvemos que aquela era a hora de ir embora.

― Vamos, levem o Naruto pra fora agora. ― pediu Hinata. ― Ele vai vomitar logo logo, eu tenho certeza.

Sendo assim, Hinata, Kankuro e Daimaru levaram Naruto o mais rápido possível e Gaara pegou os cartões e as comandas dos quatro para pagar as contas, e falar com a promoter para que eles saíssem da balada com o Naruto naquele estado.

Eu e os outros, fomos saindo aos poucos, mas antes que eu deixasse a área vip, sendo a última, Itachi puxou minha mão e quando me virei para encará-lo, sorriu para mim. Ele me deu um papel dobrado e uma caipirinha de morango com saquê. 

― Por conta da casa. ― respondeu.

― Demorou pra pensar, hein?

― Na verdade, eu não queria que o “cara lá” ficasse chateado

― Que coração bom você tem, né? Dessa vez eu te perdoo. ― falei e provei o drink. ― Hum, muito boa essa aqui.

― Que bom que gostou. ― ele apontou para minha outra mão, mudando de assunto. ― Me manda uma mensagem.

Pisquei e acenei para ele, precisava descer e pagar minha conta, mas antes que eu pudesse descer pela escada, Itachi me puxa novamente pelo braço e me faz entrar dentro do bar.

― O que…― antes que eu pudesse terminar de falar, fui surpreendida com um beijo dele.

Eu podia estar bêbada, mas entendia muito bem o que estava acontecendo. Um beijo intenso e com tanta vontade que me deixou sem ar.

― Desculpa, é que… ― dessa vez ele que tentou falar, mas não o deixei.

Devolvi o beijo mostrando que também estava tão afim quanto ele, deixei que me prensasse na parede dos fundos do bar, lugar estratégico, onde as câmeras de seguranças não pudessem ver.

Nos beijamos por alguns minutos e voltei a olhá-lo. Itachi sorriu e eu também, ele queria aquilo tanto quanto eu.

― Agora eu tenho que ir e você tem que terminar por aqui.

― Você vai me mandar mensagem, não é? ― perguntou.

― Se eu não mandar, você sabe quem tem.

Itachi sorriu mais uma vez e abriu uma porta atrás de mim. 

― Saia por aqui. Se não a câmera te pega.

Fiz o que ele pediu, paguei minha conta e todos já me esperavam.

― Demorou em ― falou Daimaru.

― Não é da sua conta. ― respondi, e ele entrou no carro do meu irmão. ― Eu vou na frente. ― avisei e nem Kankuro, nem Ino falaram nada sobre o lugar que eu queria sentar.

Voltamos em perfeita paz. Gaara deixou Daimaru na porta da casa dele. Quando chegamos na nossa casa, fui diretamente para o meu quarto e tomei uma ducha antes de me deitar. 

Quando acordei, percebi que havia recebido uma mensagem de um número desconhecido.

“Desculpa, eu sou geminiano e muito ansioso demais pra esperar você me mandar mensagem, pedi seu número pro Sasuke, mas pedi que ele não contasse a ninguém.”

Eu ri tanto que tenho certeza que todos da casa puderam perceber que eu acordei naquele momento. Mas antes de respondê-lo, fui pegar o meu diário para escrever o quão a minha noite havia mudado.

Depois daquele ritual que eu acabara de inventar para a minha vida, fiquei parada olhando a mensagem que ele havia me mandado a horas atrás.

― Acho que já judiei demais dele. ― falei comigo mesma, e comecei a digitar.

“ Geminiano e Virginiana se dão bem?” ― perguntei, me fingindo de desentendida, mas na verdade, já queria fazer todo o mapa astral dele.

Alguns poucos minutos depois, ele me respondeu:

“Geminianos são adaptáveis, tenho certeza que sim. Mas posso provar pra você num cinema, na próxima quarta-feira, pode ser?” ― ele perguntou, direto, gosto assim.

Mas antes que eu pudesse pensar em responder, Kankuro entrou no meu quarto sem bater.

― Você é foda, né? 

― Sou, obrigada! ― respondi, mas sem entender o porquê daquilo.

― Odeia o Daimaru no seu pé, mas o barman beleza?

― O que? Como assim? ― perguntei abismada.

― O Sasuke contou para Sakura, que contou para Ino, que contou para mim e para o Gaara.

Revirei meus olhos, suspirei profundamente e encarei o Kankuro. Me levantei e abri a foto do Whatsapp de Itachi.

― Sei bem que você é hétero, mas agora, fala pra mim, se dá pra comparar o sonso do seu amigo com o Uchiha aqui. ― e mostrei a foto.

Kankuro riu e arqueou as sobrancelhas.

― É esse? Eu não lembro dele ontem.

― Se você lembrasse eu ia achar estranho, tava tão mamado quanto Naruto.

― O Naruto vomitou, não me compara. 

―Tá tá, agora sai.

― Vocês vão sair? ― ele perguntou.

― Claro que vão. ― gritou Ino do outro quarto. ― Se ela não sair eu bato nela.

― Ino? ― ouvi Gaara a chamando e eu e Kankuro rimos dos dois.

― O que, amor? Ele é bonito ué, minha cunhada merece.

― Ouviu? ― perguntei a Kankuro. ― A cunhada dela merece, agora sai.

Kankuro saiu, e fechei a porta do quarto,para responder o geminiano.

“Quarta às 19h? Ok?
E só pra você saber, seu irmão é um boca aberta.
Todo mundo já sabe.”

“Ok, e eu vou bater no Sasuke agora!”