Aang e Zuko ficaram curtindo o banho de lago por muito tempo. Eles mergulharam juntos e se olharam debaixo d'água, fazendo bolhas e caretas e sorrindo um para o outro; competiram para ver quem conseguia ficar mais tempo sem respirar – Aang ganhou; e apostaram uma corrida aquática até o local em que Appa estava – dessa vez foi Zuko que ganhou.

— Você só ganhou porque eu não usei dobra de água – disse Aang cruzando os braços.

— Ah, é? Pois eu acho que você perderia de qualquer jeito – disse Zuko com um sorriso vitorioso. – Quer tirar a prova?

— Não, não, tô cansado de nadar – esquivou-se Aang.

—  Sei – debochou Zuko.

— Mas ainda tem uma coisa que dá pra fazer na água...

— O quê?

O Avatar deu um sorrisinho malicioso. Então ele usou as duas mãos para jogar uma quantidade de água na direção de Zuko, acertando em cheio a cara dele.

— Isso – respondeu Aang, dando risada.

Zuko não fez nada por alguns segundos, e Aang já estava quase se desculpando, pensando que ele não gostava da brincadeira. Mas o dobrador de fogo se preparou para revidar.

— Então é assim? – disse ele, sorrindo. – Você vai ver só.

Zuko empurrou a água e lançou um respingo mais forte em cima de Aang.

— Toma essa.

Aang logo se recuperou e atacou de novo, e Zuko também. Ambos ficaram molhando um ao outro simultaneamente, espalhando água ao redor e rindo muito.

Então, o Avatar apelou para sua dobra, usando-a para erguer duas grandes colunas de água e fazê-las desabar em cima do Senhor do Fogo.

— Ei, assim não vale! Eu não consigo fazer isso! – protestou Zuko depois de se recompor.

— Vale sim! – exclamou Aang, atrevido.

Os dois garotos continuaram rindo e se divertindo por algum tempo.

Quando finalmente saíram da água, o sol já havia se posto e a noite surgia. Zuko agradeceu por estar escuro e ele não conseguir enxergar Aang tão bem.

O vento noturno soprou no corpo molhado deles, fazendo-os tremer de frio antes de se acostumarem. Zuko espremeu seu cabelo para retirar o excesso de água. Eles esperaram até estarem quase secos e vestiram novamente as camisas.

Sentados na beira do lago, os dois amigos comeram algumas frutas que tinham colhido no dia anterior, enquanto o bisão, o lêmure e o dragão faziam o próprio piquenique ao lado.

Enquanto eles mordiam as frutas, Zuko também se mordia de amor.

Tem que ser agora.