A Última Queda escrita por Ikary3000


Capítulo 1
A Última Queda




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— Olha mamãe que lindo.

As pessoas paravam pelo mundo todos para ver a chuva de meteoros, elas olhavam fascinada para o que seria os últimos minutos de uma grande catástrofe.

 

Ano de 2050 - 41 anos depois da catástrofe.

Estava uma bagunça aquele parte da cidade, os poucos abrigos que haviam na cidade estavam todos lotados, em um painel fixo no altos dos prédios o Presidente anunciava para todos os brasileiros.

— Estamos passando por um momento de crise, estamos pouco a pouco conseguindo nos reerguer, mas é preciso tomar medidas dramáticas para que tenhamos consciência do que está acontecendo. Já se passaram 41 anos desde que os meteoros que caíram nos polos nortes e algumas partes do mundo quase dizimaram a raça humana.

As pessoas gritavam de ódio e atiravam o que podia na tentativa de acertar o telão.

— Forte nos manteremos, com as nossas aliança conseguimos sobreviver ao inevitável.

Não consegui ouvir mais nada do que ele dizia, já estava farto de ouvir esses discursos, enquanto mais da metade do seu povo morrer, uma pequena taxa da população vive nas zonas privilegiada.

Peguei a minha moto e já estava quase saindo de casa, quando o meu pai me parou.

— Onde você vai? Já está quase na hora do toque de recolher.

— Vou dar uma volta, estarei antes dos alarmes tocar.

Está uma noite agradável para andar de moto, apesar que quase todos os dias são agradáveis, segui em direção a ponte que divida a cidade, parei alguns quilômetros da cidade Alfa, a primeira cidade construída depois da catástrofe e a nova capital do Brasil.

Nos livros de história, conta que depois da queda dos meteoritos em algumas partes do mundo, o nível do oceano aumentou, invadido o continente, 45% do território brasileiro está submerso.

 

Pego uma foto do meu bolso e vejo o meu irmão e minha mãe, sinto tantas faltas deles, mas nós vivemos mundo diferente.

Minha mãe é uma cientistas que vive na cidade Alfa e eu sou um mero catador de sucata que trabalha no lixão da cidade Beta, por uma infelicidade do destino nós fomos separados.

Eu prometi para mim mesmo que eu iria para cidade Alfa ver o meu irmão e minha mãe.


Estava muito distraído e acabei esquecendo do horário, não demorou muito para os alarme começar a tocar.

— Atenção moradores da cidade Beta, o toque de recolher começa dentro de 10 minutos.

— Droga.

Liguei a moto e comecei e sai correndo o mais rápido que pude, eu precisa estar no portão da cidade Beta antes que eles se fechem, se eu for pego fora dos limites da cidade, as penas poderiam ser severas.

Os portas estão pouco a pouco se fechando, não vou conseguir a tempo, estou forçando o motor da moto para ir mais rápido, mesmo assim não consigo chegar a tempo.

Não demora muito o exército aparece, eu não vejo outro jeito, se não ir para a zona de reclusão.

A zona de reclusão ou cidade Gama, é formada por pessoas que são excluídas da sociedade, a cidade é formadas por prédios antigos e lixões de tudo que é descartado da cidade Alta e Beta.

Ali também é conhecido como terra sem lei.

— José o que você está fazendo aqui na cidade Gama?

— Eu tive que me refugiar aqui.

— De novo infligindo o toque de recolher?

— Aconteceu vovô?

Pedro é um senhor que morava na cidade Alfa, não se sabe qual o motivo que ele foi sentenciado a viver no meio daquele lixo.

Apesar da idade avançada, ele se mostra um homem forte e saudável.

— Você deveria tomar mais cuidado. Você não deseja um dia pode rever o seu irmão?

— Eu quero sim.

Eu tiro da minha bolsa um pote com café.

— Não era minha intenção de descer aqui hoje, mas vou adiantar o meu presente de natal para o senhor.

Ele pegou o pote de café e abriu e sentiu o cheiro.

— Café, que gentileza da sua parte. Não sei como você conseguiu esse café de alta qualidade.

— Eu fiz um serviço para uns homens da cidade Alfa e em troca de alguns mantimentos.

Em algum lugar da cidade Alfa, o meu irmão deve estar olhando para o céu como estou olhando agora.

Apesar do céu ser igual para todos, as nossas vidas são totalmente diferentes.

 

— Eu soube que você é o melhor programador da cidade Beta, eu sou Aron, sou conselheiro da ordem superiores de Alfa.

— Sei quem é o senhor, eu sei que Alfa tem programadores melhores que eu.

— Você já imaginou como seria um país sem este sistema que vivemos atualmente. Se as pessoas pudessem andar livremente pelas três cidades, como se fosse uma cidade?

— Uma verdade utopia senhor Aron, o que nos mantém vivos nesses últimos 41 não foi esse sistema.

— No decorrer da história, existiram muitos sistemas e todos eles tinham as suas falhas, mas sempre existiram líderes que fizeram pessoas seguirem a filosofia deles.

— Muitas guerras aconteceram e muitas vidas foram sacrificadas. Você acha que as pessoas estão prontas para deixar os seus confortos para uma vida desconhecida e cheia de risco.

Aron levantou da cadeira e deixou um pendrive e uma pasta.

— Se você mudar de ideia, o plano vai começar as 10 horas da noite na véspera de Natal.

 

Fiquei um tempo pensando, será que o fim do sistema seria uma solução?

Pensei no meu irmão. Se o sistema cair poderia finalmente me reencontrar com ele.

Peguei o meu celular e liguei para Aron.

 

Três horas antes da queda.

Eu estava em casa junto com os meus amigos e familiares bebendo e comendo, o clima natalino estava contagiante.

Era a única época do ano em que comemos e bebemos alguma comida melhor.

Olhei no meu relógio e já estava na hora de ir em direção a ponte central, debaixo da cidade Alfa, existe o comando central, a rede de computadores.

Assim como no horário programado, deveria acontecer um desligamento do sistema por alguns minutos no qual eu deveria entrar.

Não demorou muito, aconteceu um pane, na qual a porta se abriu, entrei o mais rápido possível e fui em direção do sistema G.

— Eu estou dentro.

Conectei o computador em um dos terminais, travei a porta pelo lado de dentro para ninguém entrasse na sala.

A partir do momento que eu começar a hackear o sistema, os 150 programadores que trabalham ali tentaram impedir o que estou tentando fazer, vai ser uma guerra, mas sei que sou capaz.

Os alarmes começam a tocar, quando eu começo a hackear 10% do sistema.

— Parece que me descobriram.

Olho pela câmera e vejo que alguns soldados estão vindo em minha direção.

Ativos as portas de segurança e tranco todos os corredores.

O meu computador marca quase 99% do sistema hackeado, dentro de alguns minutos todo o sistema que eu conheço cairiam e um novo rumo para os brasileiros vai começar.

As pontes começam a baixar as pessoas e começam invadir Alfa, os guardar entram na sala que eu estou, mas já é tarde.

De longe eu escuto as músicas de natal, os guardas me levam para cima e no meio da confusão, consigo fugir, corro em direção em um endereço que está marcado num papel.

Os moradores das três cidades começam a se misturar, os guardas não consegui tomar conta da rebelião.

Paro na frente da casa e não sei se estou pronto para ver o meu irmão, uso o cartão magnético para abrir a porta e subo as escadas e na varanda da casa, minha mãe e meu irmão estão vendo a confusão da cidade.

— Mamãe. David.

O meu irmão vai correndo na minha direção e me abraça.

— José, mas como você chegou aqui.

— Eu prometi que um dia iriamos nos reencontrar.

Nos telões da cidade, uma mensagem é transmitida para todos que estavam ouvindo.

— O sistema caiu e uma nova era está para começar, deixamos os nossos preconceitos de lado e juntos vamos mudar a nossa cidade para uma cidade melhores. Para que estão ouvindo eu desejo a todos um feliz natal.

Os fogos de artifício iluminava a cidade, todos param por alguns minutos para admirar aquele momento.


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