Procura-se uma esposa escrita por mjrooxy


Capítulo 5
Capítulo 4




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Darcy encontrava-se em completo desespero, pressionado por todos os lados, sobre seus ombros, recaía, praticamente, o peso de expandir a empresa, gerando muito mais empregos e estabilidade que, por um lado, a Darcy's company já obtinha. Porém, nada se comparava àquele contrato milionário que dançava em suas mãos, prestes a voar pela janela. Tudo por causa do bendito casamento. Os chineses estavam irredutíveis, queriam, a todo custo, que Darcy apresentasse sua noiva para manterem-se interessados na possível parceria.

Aliás, contrariando o combinado, os executivos apareceram em sua empresa um dia antes. Pegando Darcy completamente de surpresa. Ele os esperava apenas no dia seguinte. Portanto, quando avistou sete silhuetas aproximando-se, gelou. O que faria? Sua intérprete estava de licença, Elizabeth ainda não havia iniciado e, pior, como contornaria àquela situação? Não era de todo ignorante, falava mandarim, não fluente, entendia mais do que poderia responder. No entanto, conseguiria se virar por um tempo e foi o que fez.

Soube, então, que Elizabeth estava a caminho, pois participaria da segunda fase do processo seletivo e, por mera formalidade, realizaria alguns testes de conversação. Porém, Darcy já estava decidido a contratá-la. Entretanto, tudo mudou quando a situação saiu de controle e os acionistas exigiram um parecer sobre o andamento de uma das cláusulas do futuro contrato. Darcy precisava estar casado.

Com tudo isso em mente, sozinho com sete executivos carne de pescoço, sentindo-se acuado como nunca antes, ele cometeu seu maior ato de loucura até o presente momento. Apresentou Elizabeth como sua noiva.

Imediatamente arrependeu-se, vendo a expressão de espanto e incredulidade no rosto de sua recém contratada e de sua assistente. Que merda colossal havia feito?

Darcy jamais cometera nenhum ato impensado em toda sua vida, muito menos naquele nível. Ele poderia alegar insanidade temporária, estresse elevado, pressão. Mas, a verdade era que Darcy sempre tivera tudo sob controle, nunca desviou um milímetro se quer de seus planos já traçados. Não obstante, lá estava ele, fitando Elizabeth nos olhos, temendo que ela o desmentisse na frente dos executivos chineses. Pensou rápido, não havia mais volta, teria que dar um jeito de tirar Elizabeth daquela sala e conversar em particular com ela.

Isto se conseguisse olhá-la nos olhos, depois de tal disparate.

Sua assistente; entretanto, vendo a tempestade se formar bem diante de seus olhos, foi mais ágil e interveio:

— Senhor Darcy, tenho um assunto urgente a tratar, pode me acompanhar, por favor?

Darcy, entendendo a tática de Beatriz, acionou o plano de contingência, que criara naquele instante, e pediu um momento para os acionistas, tentando formular a frase corretamente. Visto que já estava nervoso e com suas limitações no idioma, todo cuidado era pouco.

Elizabeth, ainda aturdida, mantinha-se em silêncio, enquanto isso. Fazendo esforço para entender o que de fato acontecera ali. Darcy a anunciara como sua noiva?

Todavia, os executivos a fitavam como se aprovassem a escolha de Darcy e ela recuou, frente a tantos olhares observadores e analíticos.

Um pouco depois, já em outra sala reservada, Elizabeth espiava Darcy estupefata. Queria uma explicação e queria logo. Beatriz, cúmplice e fã número um do patrão, logo tratou de deixá-los a sós. Sua missão era entreter e apaziguar os nervos dos executivos, enquanto Darcy contornava uma situação, incontornável. Mas não era necessário, os chineses conversavam animadamente. Afirmando que a escolha de seu futuro parceiro de negócios estava aprovada. Pelo menos fisicamente. Era o que importava para eles.

Afinal, um homem solteiro, beirando os trinta anos, sem uma mulher ao lado, não transparecia confiança. Se Darcy não conseguia se quer formar uma família, como esperava firmar um contrato e trazer lucro para o seu parceiro de negócios? Esse era o pensamento do diretor das Industrias Chun.

Quando a porta bateu atrás de si; no entanto, Elizabeth abandonou toda a formalidade e encarou Darcy de frente, disposta a colocar todos os pingos nos ís:

— Que piada foi aquela? Você enlouqueceu?

— Elizabeth, me desculpe por essa situação não ortodoxa. — Darcy iniciou, absurdamente inseguro. — Você não tem nada a ver com meus problemas, mas eu preciso da sua ajuda.

 

 


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