Querido professor escrita por mjrooxy


Capítulo 15
Estreitando a relação




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— Me solta, Kakashi! - gritei, tentando me desvencilhar de seu aperto.

Por mais que estivesse bêbado, sua força era superior a minha e eu não conseguia escapar.

— Não vou te soltar, já disse. - afirmou, resoluto. - Quem mandou ficar com Naruto? Era para ter sido eu, eu, ouviu bem? Você me enganou no hospital, me deu a entender que sentia algo por mim.

— Mentira, jamais te dei esperanças. - senti seu corpo ainda mais rente ao meu.

— Deu sim, você disse que me ligaria. - rebateu choroso. - Eu larguei aquela bosta de emprego, visando poder ficar com você e para que?

— Não afirmei que ficaríamos juntos e não tenho culpa de suas escolhas erradas. - foi aí que decidi pegar pesado e mirei meu joelho bem no amiguinho dele.

Kakashi tombou para trás, reclamando de dor e eu sai correndo, amedrontada. Onde estava Naruto uma hora dessas? Ele deveria ter vindo ao meu encontro!

— Hinata, aonde vai? - era Sasuke, que estava caminhando em minha direção.

— Eu... Eu... - estava nervosa e as palavras não saiam coerentes.

— Está pálida, o que houve? - Sasuke aproximou-se mais rápido.

— O que faz aqui? - rebati, ainda sem direção, ignorando sua pergunta anterior.

— Marquei com Sakura, mas ela não veio... - disse pesaroso. - Bem, não importa, vem, você está tremendo!

Sasuke passou o braço por sobre meu ombro e me guiou de volta ao estacionamento. Depois de ele esperar eu me acalmar, finalmente relatei todo o ocorrido. Aliás, parte dele, deixei de fora meu romance com o professor.

— Sério que Kakashi fez isso?

— Fez.

Sasuke ligou para alguém, que prontamente foi checar se ele ainda estava largado no chão. Do jeito que estava bêbado, duvido que tenha ido para longe.

— Vou te levar na sua casa, tudo bem? - Sasuke indagou.

Apenas fiz que sim com a cabeça.

— Sakura, ela vai comigo. - falei, me lembrando da minha amiga e decidi ligar para ela.

— Saky. - eu disse, assim que fui atendida. - Onde está?

— Amiga, estamos saindo da faculdade, te encontro no estacionamento? - questionou apreensiva. - Está no viva voz, Naruto está ao meu lado.

— O que houve? - indaguei, nervosamente. - Sim, estou aqui.

— Naruto te conta pessoalmente, posso dormir na sua casa?

— Pode, só me fala o que aconteceu! - retruquei, sentindo-me subitamente fraca.

— Não sei ao certo, estamos chegando e ele te explica tudo.

— Tudo bem.

Ligação finalizada.

Esperei os dois aparecerem e notei Sasuke se remexer no banco, parecendo ansioso. Ué, não era ele quem não dava a mínima para minha amiga?

— Você gosta da Sakura, ou não? - fui direta, recebendo um olhar arrependido em resposta.

— Eu a amo, mas sou um idiota. - suspirou. - Talvez seja melhor deixá-la em paz mesmo.

— Se a ama deve insistir e largar de ser otário! - lhe dei um soco no ombro.

— Para de ser bruta, Hina! - ele massageou a região.

— Se magoar minha amiga mais uma vez, o próximo será nessa sua cara pálida!

Sasuke riu.

— Nossa, fiquei até com medo.

— É bom ficar mesmo. - eu também ri.

Alguns segundos após, vi duas silhuetas aproximando-se. Naruto mantinha um semblante impassível, enquanto Sakura lhe dizia algo, que eu não conseguia ouvir.

— Oi, Sasuke. - Naruto disse educadamente.

— Fala, professor. - ele fez uma careta confusa. - O que faz aqui?

— Longa história e não é da sua conta. - Sakura foi logo se intrometendo. - Deixe-os conversar. - e puxou o moreno pelo braço, afastando-o de nós.

— O que ouve, Hina? Você parecia nervosa ao telefone. - Naruto quis saber, um tanto descorado para o meu gosto.

— Kakashi apareceu e me agarrou atrás da faculdade. - despejei me lembrando da cena.

— Como assim te agarrou? - seus olhos se arregalharam e sua expressão ficou carregada.

Como se nuvens negras nublasssem repentinamente um céu extremamente azul.

— Não aconteceu nada, eu dei um chute nele e corri.

— Ah, que cretino! - bradou, passando as mãos pelos cabelos loiros. - Tem certeza de que está bem mesmo? - ele me inspecionava com olhos atentos, parecia uma coruja, ou melhor, uma águia.

— Estou bem, fica tranquilo. - garanti. - E o que aconteceu com você, por que não apareceu? - minha voz denotava uma certa mágoa.

— Aconteceu isso. - Naruto me entregou um envelope meio grosso e eu franzi o cenho.

Abri e quase caí de costas com o conteúdo. Deparando-me com diversas fotos nossas, digamos, em situações um tanto quanto comprometedoras. Aliás, no envelope, continha fotos de nós dois nos beijando na entrada da faculdade, na saída, na cafeteria que tomávamos café pela manhã e até no restaurante que jantamos algumas noites atrás.

— Quem fez isso? - eu quase gritei de raiva.

— Não sei, foi entregue ao diretor... - Naruto não concluiu a frase.

— Me desculpe. - pedi, abraçando-o em seguida, não estava nem aí se alguém veria, alguém vulgo Sasuke.

Agora não fazia mais sentido esconder.

— Você não tem culpa, anjo. - tentou me confortar beijando minha testa. - Eu sabia dos riscos e não faria nada diferente, agora só preciso arranjar outro emprego e podemos ficar juntos sem nos esconder, não é bom? - ele tentava manter a voz neutra, no entanto, eu sabia que era só disfarce para eu não me sentir culpada.

— Não, não é. - protestei, me enroscando em sua cintura. - Você foi mandado embora por minha causa!

— Está tudo bem. - Naruto me abraçou e beijou o topo da minha cabeça. - Vem, vamos sair daqui.

Eu chamei Sakura com o indicador e pedi que guiasse meu carro até a casa de Naruto, depois voltaríamos de lá nele. Eu só queria passar um tempo a sós com o Naruto, não importava se amanhã iria acordar cedo e se Sasuke saberia sobre nosso caso. Eu simplesmente não ligava mais para isso.

Portanto, seguimos em direção à casa do loiro, enquanto Sakura tinha Sasuke como companhia. O percurso não foi longo, apesar da situação, Naruto mantinha o bom humor e me tranquilizava a todo tempo, alegando que não deveria me preocupar. Entretanto, eu sentia que ele estava me escondendo algo muito importante e fingindo estar bem, quando, na verdade, estava longe disso.

Chegamos e eu entrei, deixando Sasuke e Sakura se resolvendo no meu carro. Aliás, eu tinha outras preocupações no momento.

Abracei forte Naruto, pois estava sentindo um mal pressentimento. Uma sensação estranha na boca do estômago e esperava que fosse apenas isso. Uma sensação ruim.

— Naruto, promete que nada vai nos separar? - pedi, sentindo-me muito pequena de uma hora para outra.

Era estranho sentir-me assim, eu estava totalmente vulnerável. Jamais imaginei gostar dele de tal forma, mas, agora eu não queria recuar.

Sabe quando você não gosta da pessoa e nem se importa? Só que, depois, quando começa a gostar, fica pensando que sua vida seria uma merda se ela fosse embora? Era exatamente assim que eu me sentia.

— Ninguém vai nos separar, meu anjo. - Naruto sorriu, acariciando meu rosto. - Eu não vou deixar, está bem?

Fiz que sim com a cabeça e o beijei nos lábios, de um jeito afoito e urgente, eu precisava senti-lo perto de mim.

— Vou te dar um presentinho para sentir-se melhor. - mordi o lábio e ri travessa. - Me de seu celular.

Naruto me olhou com as pupilas levemente dilatadas e assentiu, me entregando o aparelho. Ademais, ele parecia confuso.

Eu corri ao banheiro e fiz uma coisa que jamais havia feito, até o presente instante. Posicionei o celular no armário, tirei a blusa e o sutiã, ligando o temporizador em seguida. Não diziam que peitos sempre animavam os homens? Eu achava que os meus animariam Naruto, ao menos um pouquinho. Então, fiz algumas poses sugestivas, como, por exemplo: colocar o dedo na boca, enquanto apertava meu seio direito. Depois espremendo-os entre os braços e, por último, os levantei e escondi apenas o bico com os dedos.

— Pronto, isso deve bastar. - disse para mim mesma e sai.

Voltei e entreguei o celular.

— O que você fez? - perguntou com a mesma expressão confusa.

— Abra a galeria e veja. - objetei e sorri.

Naruto obedeceu e, quando o fez, caiu de costas no sofá. Seu rosto adquirindo a coloração vermelho vivo. Ele me olhou com a boca aberta e seus olhos estavam ainda mais escuros.

— Vo-você... - o bichinho até guaguejou!

— Sim, são para te animar, Naruto. Sabe, quando eu não estiver por perto.

— Meu coração não é tão forte quanto eu pensava. - sussurrou, tentando manter a compostura.

— Não? - brinquei. - Ver pessoalmente está fora de cogitação?

— O que? - devolveu, olhando-me com os olhos em brasa.

— Vem cá. - o chamei com o indicador.

Naruto prontamente obedeceu, parando de frente para mim. Eu peguei suas mãos e coloquei por baixo da minha blusa, fazendo-o sentir meus seios, já que eu ainda estava sem sutiã.

— Não faz isso, Hinata. - falou com a voz incrivelmente rouca.

— Por que não? Você não gosta? - provoquei.

— Como não iria gostar? - revidou, olhando-me como se eu fosse um imenso pote de sorvete. - Assim você não sai daqui... - sua voz saiu falhada.

O que tornava o momento ainda mais instigante, aquela voz rouca era incrivelmente sexy.

— É só um teste drive. - respondi, pressionando suas mãos contra meus seios.

Naruto os apalpava em êxtase.

— Não vou conseguir dormir hoje.

— Não? - então eu levantei a blusa, deixando-os à mostra. - Quer ver de perto?

— Quero. - ouvi em resposta.

Naruto olhava do meu rosto para os meus peitos repetidamente, com as bochechas totalmente coradas e as pupilas dilatadas. Na sequência começou a acariciar o bico do meu seio esquerdo.

— Por que fez isso, Hinata? - perguntou, sem desgrudar as mãos de mim. - Meu Deus, eu vou enlouquecer!

— Você estava tristinho, eu queria te animar.

— Agora me animou demais e eu vou passar a noite em claro. - ele riu. - Eu posso... - Naruto limpou a garganta antes de continuar... Parecia encontrar dificuldades para concluir o raciocínio.

— Morder? - o ajudei. - Pode.

Naruto não esperou um segundo após minha confirmação, apenas abaixou-se o suficiente para rodear o bico do meu seio direito com a língua. Fazendo-me sentir um arrepio maravilhoso percorrer todo meu corpo.

— Awn. - gemi baixinho e isso fez com que ele desse uma leve mordida na região.

Eu o incentivei, puxando seus cabelos e Naruto passou para o outro. Fazendo o mesmo movimento. Tanto que me amaldiçoei em pensamento, por Sakura e Sasuke estarem esperando lá fora. Eu queria, mais do que tudo, continuar o que comecei.

— Você gosta? - Naruto perguntou, distribuindo beijos por todo o meu colo, subindo pelo o meu pescoço e terminando com uma mordidinha em minha orelha.

— Gosto. - sussurrei de volta. - Vou pedir para os dois irem embora e podemos continuar, o que acha?

Eu já não conseguia mais pensar em nada, minha visão estava turva e meus pensamentos incoerentes. Fiz isso para torturá-lo um pouquinho e eu que estava sendo torturada.

Ademais, o loiro respirou fundo e afastou-se abruptamente de mim, deixando-me completamente confusa e carente de suas carícias. A região que tocara ainda formigava, todo o meu corpo estava em brasa, pedindo por mais, pedindo por ele.

— Esse não é o momento, hime. - afirmou com os olhos fechados, parecia buscar forças em seu interior, para manter-se afastado.

— Por que não? Eu quero e você também, ou não quer? - eu tentava manter minha voz neutra, mas me sentia rejeitada ao extremo.

Eu nunca havia me oferecido dessa forma e quando o fazia, era rejeitada.

— Quero mais do que tudo, só que preciso pensar em algumas coisas... - Naruto se esquivava, parecia me esconder algo.

— O que está escondendo de mim? - inquiri, cobrindo meus seios.

— Hina, eu preciso ficar sozinho por um momento, está bem? - ele nem me olhava nos olhos, estava de costas.

— O que aconteceu, Naruto? - insisti elevando meu tom de voz.

— Hinata, você é a herdeira das indústrias Hyuuga, uma das garotas mais ricas desse país, o que quer comigo? Um professor, agora desempregado? - perguntou com a voz triste.

— Meu pai tem dinheiro, já eu sou apenas uma estudante, tentando me tornar uma jornalista!

Ele suspirou.

— E Toneri? Você não devia se casar com ele? - devolveu, seus olhos emanando uma angústia quase sufocante, assim que virou-se para mim.

— Quem te falou tudo isso, Naruto? - me aproximei, sentindo meu coração pequeno como um grão de mostarda.

— Não importa, meu anjo. Eu sou pouco pra você...

— Não, não é! - rebati imediatamente. - Eu fiz você perder o emprego, lembra? E outra, você é um jornalista brilhante, já vi dezenas de suas matérias antigas. Só não entendo porque largou tudo para ser apenas professor, não que seja uma profissão menos digna, mas você era ótimo no que fazia.

— Eu perdi tudo quando minha família morreu em um acidente há alguns anos; com eles a vontade de ser jornalista ou de dormir nos outros quartos da casa. Que pertenciam aos meus pais e ao meu irmão. - confessou e finalmente entendi do que se tratava.

Aliás, estava certa em minhas conjecturas, afinal de contas.

— E por que não foi morar em outro lugar? Essa casa é tão grande. - refleti, me aproximando dele.

— Pode parecer que sou masoquista, mas eu gosto de morar aqui. De certa forma, com eles. - sua voz soou baixa e sofrega.

Eu o abracei apertado e Naruto tombou a cabeça em meu pescoço. Como podia? Há poucos minutos eu estava subindo pelas paredes e agora só queria cuidá-lo a todos custo. Como Naruto conseguia aflorar sentimentos tão díspares em mim em menos de dez minutos?

— Eu estou aqui agora, você não está mais sozinho. Só não me afasta, está bem?

— Você é boa demais pra mim, hime.

— Para de falar isso! - retruquei. - Eu quero ficar com você, agora que me conquistou vai me rejeitar?

— Não, jamais. Só não quero que seja prejudicada por minha causa. - argumentou.

— Escuta, Naruto. Meu pai e eu não temos uma relação muito cordial, ele quer sim que eu me case com Toneri, apenas para unificar as empresas Otsutsuki e Hyuuga. - suspirei, cansada daquela história. - Mas, eu não vou ficar com aquele cara, quem te falou isso tudo?

— O diretor, ele me contou algumas coisas. - segredou e eu bufei.

— E você vai acreditar nele e não em mim? - Naruto me olhou aflito. - Agora eu sei quem nos perseguiu e tirou aquelas fotos, ou foi meu pai, ou foi Toneri a mando de meu pai. Ele estava me vigiando esse tempo todo e eu achava que era dona do meu nariz! - começava a ligar os pontos. - Você vai amarelar agora que sabe sobre minha situação e sobre um cara idiota que eu nunca quis?

— Não, eu não abrirei mão de você. - objetou me olhando com firmeza nos olhos.

— Eu vou tirar essa história a limpo, pode ficar tranquilo.

— Não quero que se indisponha com seu pai por minha causa, apesar de tudo ele é seu pai.

— Eu sei. - respirei fundo e me joguei no sofá, sentindo-me mentalmente cansada. - Eu só queria que ele não me tratasse como um objeto, mal posso ver minha irmãzinha, sem que meu pai faça da minha vida um inferno.

— Vem cá. - foi a vez do loiro me consolar, eu deitei em seu peito e me deixei ser acariciada.

De um jeito terno e nada libidinoso como em outrora.

— Estou feliz por ter você, Naruto. - declarei, afundando meu rosto em seu pescoço e sentindo seu perfume amadeirado.

— Eu também, meu anjo. Eu também. - ele permanecia alisando minha bochecha. - Ainda bem que Kakashi não chegou a fazer nada contigo, do contrário eu não iria me perdoar. Aliás, eu vou falar com ele e estipular alguns limites.

— Não se preocupe com isso. Kakashi estava bêbado. Não conseguiu me fazer nada de mal.

— Mesmo assim!

— Se acalme, o coitado levou a pior. - lembrei do belo chute que dei em suas partes e fiquei até com dó.

— Você é incrível, sabia? - Naruto beijou delicadamente meus lábios. - Dorme aqui comigo? Quero dizer, não precisamos fazer nada, só fica aqui hoje, por favor?

— E se eu quiser mais do que só dormir? - retruquei de um jeito retraído.

— Não se sinta pressionada a nada, hime. - Naruto acariciou meu rosto gentilmente e eu fechei os olhos para apreciar o contato.

— Eu quero, quero que seja com você.

Ele engoliu em seco e meneou a cabeça afirmando.

Eu saí da casa rapidamente, dispensando Sakura e Sasuke, que se olhavam como se fossem matar um ao outro. No entanto, essa noite eu não pensaria neles, apenas em mim e em Naruto, juntos. Não me importava o que Sasuke fosse pensar sabendo que eu dormiria por aqui. Sakura que se entendesse com ele. Aliás, ela ficou toda animada quando expliquei que podia ir embora com meu carro, pois Naruto me levaria amanhã no carro dele.

Eu estava decidida e ninguém me faria voltar atrás. Desse modo, voltei para casa e Sakura arrancou, ainda dizendo a Sasuke que não era de sua conta o que acontecia em minha vida. Ela definitivamente estava fazendo jogo duro com o moreno. Porém, eu sabia que não duraria muito, Saky gostava de Sasuke, eu via em seus olhos.

Voltei e encontrei Naruto tamborilando os dedos nervosamente nas pernas.

— Está nervoso? - brinquei, me sentando de lado em seu colo.

— De todas as vezes que sonhei com esse momento, jamais imaginei que de fato aconteceria. Para mim ficaria eternamente nas minhas fantasias... - contou e eu sorri em deleite.

— Eu sou real, amor. Pode pegar. - assegurei, arrancando um sorriso dele.

Naruto assentiu e me pegou, só que no colo, levando-me até seu quarto, enquanto eu sentia tudo revirar dentro de mim. Até fingia estar tranquila, mas, a verdade era que eu queria tremer feito vara verde ou como um pinscher. Apesar do nervosismo, que eu tentava a todo custo esconder. Eu tinha certeza sobre dar esse próximo passo. Mesmo que fosse tudo muito recente, aliás, nunca havia me sentido dessa forma com relação a ninguém. Por isso, eu sabia, deveria ser com ele.

Naruto me deitou delicadamente em sua cama e pediu um minuto. Voltando com duas taças e uma garrafa de vinho envelhecido, eu apenas sorri em resposta.

— Em todas os meus sonhos com você, nós tomávamos esse vinho. - confessou, encabulado.

— Você sonhava muito comigo? - questionei inocentemente.

— Quase todas as noites, acho que você mesma constatou quando dormiu aqui. - ele desviou o olhar.

Eu ri.

— É verdade, você parecia ter um sonho um tanto impuro comigo. - brinquei.

— Foi muito impuro, não consegui evitar. - Naruto coçou a nuca, sorrindo de olhos apertadinhos. - Foi ainda mais agravado devido ao efeito da febre.

— Você é tão lindo. - falei, absorta em seus olhos, agora muito azuis novamente.

Visto que, há alguns minutos, estavam um tanto escuros, mal se via o azul imperial que eu tanto amava, graças as pupilas dilatadas.

— Você é mais.

Eu sorri, apaixonada.

Que diabos estava acontecendo comigo? Minhas mãos suavam, minhas pernas tremiam e eu me sentia a ponto de transbordar.

— Tem certeza de que quer isso, meu anjo? Amanhã você acorda cedo, além do que, não precisamos ter pressa e... - desembestou a falar.

— Shii. - pressionei meu indicador em seus lábios. - Eu quero amor, estou decidida.

— Me chama de amor novamente? - pediu todo manhoso.

— Amor, amor, amor... - repeti diversas vezes e Naruto me calou com um beijo.

— Você é como um sonho bom. - divagou, quando separamos minimamente nossas bocas.

Ambos ofegantes.

— Vem me tornar realidade.

Naruto prontamente obedeceu, tomando meus lábios em um beijo quente e ansioso.

— Amor, eu nunca fiz isso. - avisei, para que Naruto estivesse ciente quando começássemos.

— Eu te ensino, meu anjo.

— Safado, então é experiente? - retruquei e ele corou.

— Não muito, sempre fui lerdo para mulheres. Mas, sonhei tanto com esse momento que aprendi também.

Nós dois gargalhamos gostosamente.

E, a partir daí, eu simplesmente me entreguei. Aquela noite mudaria minha vida, afinal de contas, para eu tomar tal decisão, era porque realmente sentia algo muito forte pelo Naruto. Do contrário, já teria ramelado, como fiz tantas outras vezes, por não me sentir pronta ainda.

Definitivamente, minha palavra não deveria ser levada em consideração. Pois, no início da noite, eu alegava que não necessariamente estaria hoje na cama de Naruto. Contudo, parando para avaliar, agora era diferente, já que eu queria mergulhar cada vez mais naqueles oceanos que eram seus olhos. Portanto, não fazia nenhum sentido fugir de tal sentimento ou postergar minha escolha. Eu queria receber tudo o que Naruto tinha para me oferecer e também queria dar a ele tudo o que eu tinha a oferecer.

Seria uma troca equivalente, não acham?


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