Tsuru-no-Ongaeshi escrita por HinataSol


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Aniversário da Hinata e eu deixei para postr essa oneshot hoje! ♥

Essa história é baseada em um conto japonês de mesmo nome.
Sim, baseada. Eu não copiei e colei.
Os acontecimentos seguem a linha original do conto para que houvesse a preservação do original, mas o final foi alterado e detalhes inseridos ao longo do texto para que houvesse a diferença e não se tratasse de um plágio.

OBS.: o que está em itálico é o que está mais parecido com o conto original.

NOTA: "Mukashi, mukashi aru tokoro ni" equivale a "Era uma vez".

Boa leitura!
:)



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Mukashi, mukashi aru tokoro ni...

Antes do nascer do sol, o jovem agricultor acordou.

Com os olhos ainda estreitos, ele esticou os braços e pernas ao se levantar. Seguiu até a cozinha, onde acendeu o fogo para ferver a água, e misturou-a as ervas que tinha em um kobati para poder fazer chá.

Vestiu o chapéu cônico e colocou o cesto de palha sobre as costas. Saiu de casa e caminhou pelo terreno. Em meio fresca brisa, atravessou uma pequena trilha de água e pequenas pedras e chegou à plantação. Naquela manhã, colheria o pouco que cultivava em sua propriedade.

Uzumaki Naruto era o nome do jovem. E era órfão o rapaz. Havia perdido seus pais três anos antes para uma doença desconhecida e sem cura. Vivia agora só.

A terra de sua família era larga e, mesmo assim, pobre. Não vinham de uma linhagem afortunada e Naruto não havia herdado nada além da casa velha que ficava afastada da cidade, no meio daquele grande campo aberto de terra.

Sob o calor do sol, ele colhia o pouco que cultivou em seu arrozal com os pés atolados na água. Ele bateu uma mão na outra e limpou um fio de suor em seu rosto quando terminou de encher o cesto de palha.

Caminhando de volta à casa, ouviu um grasnar fino e viu uma garça cair a sua frente. A ave estava machucada e emitia um som como um choro de dor. Uma flecha lhe atravessava uma das asas e a impedia de voar.

Parecia abatida. Emaranhada em seus resmungos, aparentava estar fraca e desamparada.

Ele se compadeceu da ave e a pegou, retirando dela a flecha e limpando-lhe a ferida.

— Veja só! Que bela garça — ele exprimiu consigo, ao vê-la já depois de ter limpado. Era magra, mas bonita e sua penugem branca como a neve quase reluzia sob a luz da estrela diurna. — A sua asa já está limpa e enfaixada, mas você ainda não pode voar — ele conversou com o bicho, como se estivesse lhe explicando sua condição.

Naruto seguiu cuidando da ave durante alguns dias. Tratando sua ferida e a alimentando. Sempre dizendo-lhe coisas, como se a garça fosse entendê-lo.

O pássaro grasnava de volta toda vez que ele falava. Como se estivesse tentando conversar com o jovem agricultor que lhe salvara.

Depois de alguns dias, o Uzumaki viu que a garça estava melhor. Sua asa estava em tão bom estado que nem se imaginaria que foi ferida por uma flecha poucos dias antes. Ele pegou-a nos braços e os estendeu, incentivando-a a sair e desbravar o céu.

Logo a viu levantar voo.

Tenha cuidado com os caçadores a partir de agora — ele bradou o aviso.

A garça rodeou no ar por três vezes acima da sua cabeça, enquanto grasnava de modo amistoso, como se o agradecendo, e partiu.

Naruto seguiu seu ofício, colhendo o que plantava para sobreviver. Uma parte da colheita ele separava para si, enquanto a outra ele levava até a cidade e vendia. Não era capaz de juntar dinheiro. O pouco que produzia não lhe rendia muitas moedas e ele precisava sempre repor algo que já estava envelhecido. Suas roupas esfarrapadas ou o remendo do telhado da casa, por exemplo.

Enquanto seguia ao comprador de seus produtos, Naruto sentia-se observado por alguém. Ele olhou ao redor, no entanto, incapaz de encontrar quem quer que fosse, ele seguiu.

Os dias passavam e a rotina do rapaz não sofria grandes distorções. Sempre incansavelmente trabalhando em sua propriedade para poder sobreviver. Consertando o telhado, cortando lenha para acender o fogo e cozer ou aquecer-se no inverno, remendando suas roupas sem qualquer habilidade com a alfaiataria.

Mas, em uma noite de forte chuva, Naruto ouviu batidas à sua porta. Ele espantou-se por estar alguém ali, em um lugar tão afastado da cidade, em meio àquela tempestade. Correu para a abrir e surpreendeu-se uma vez mais por ver uma mulher.

Ele logo a acolheu, dizendo-a para que entrasse e se abrigasse da chuva, antes mesmo que ela fosse capaz de pedir.

A moça estava encharcada, ao seu redor uma poça se formou no chão. Mas, mesmo toda molhada, o jovem Uzumaki foi capaz de perceber que ela era bela em demasia. Os cabelos negros como a noite eram compridos e estavam minguados pela água que pingava dela. O corpo estava marcado debaixo da roupa embebedada de água que, branca, deixava-lhe quase que despida diante dele. Os olhos dela eram claros como a lua e abraçava-se e tremia de frio.

Acolhedor, ele a entregou um tecido antigo e fragilizado para que se enxugasse e outro para que se cobrisse e, enquanto a jovem se trocava, Naruto acendeu o fogo e preparou-lhe chá para que se aquecesse.

Seca e coberta, a moça se aproximou dele e, sentindo-a perto, o jovem agricultor se virou.

— Obrigada por me abrigar — disse a mulher.

Ele balançou a cabeça em silêncio e a vislumbrou. Nunca em sua vida achou que tamanha beleza pudesse ser concedida a alguém como a ela foi dada.

Após breves segundos se pôs a falar.

— Não precisa agradecer. — Respondeu-a ele em um suspiro. A mulher era tão bela que o Uzumaki considerou uma honra tê-la em uma casa em condições tão precárias quanto a sua. Notando, porém, que ainda não sabia seu nome, indagou-a — Mas... como se chama? E o que estava fazendo sozinha à noite em um tempo desse? É muito perigoso.

Ela desviou os olhos para a janela fechada, como que querendo ver o lado de fora. Em seguida voltou suas vistas a ele.

— Eu me chamo Hinata, senhor. E eu não tenho uma casa. Tenho viajado em busca de um lugar para ficar. — Ela respondeu. Suas palavras eram simples. Sua voz era suave e soava sincera — Poderia me deixar passar a noite aqui?

— Pode me chamar de Naruto — disse ele com gentileza e acrescentou — e não se preocupe quanto a isso. Pode ficar o tempo que for preciso. Eu fiz chá e há um pouco de pão de mais cedo se quiser também — Ele a ofereceu.

Hinata aceitou sem receios e comeu sem cerimonias.

Bem tarde da noite, Naruto cedeu-lhe o futon e forrou um tecido fino por cima do tatame para que ele pudesse se deitar. Mas as horas iam passando e a noite avançando sem que nem ele ou ela conseguisse dormir.

Os olhos azuis de Naruto fitavam o teto. Envolto na escuridão, ele quase nada podia enxergar, senão em meio aos clarões os quais os raios que caiam lá fora produziam.

— Naruto-kun — Hinata chamou em meio ao negror da noite. Um forte raio cortou o céu lá fora e clareou a parte de dentro da casa por um ou dois segundos —, estou com medo. Não consigo dormir. — disse ela, admitindo.

Os olhos do cultivador de arroz foram até o lado em que ela estava, em direção a sua voz. Somente podia distinguir os olhos dela que, de tão brancos, quase brilhavam.

— Nós podemos conversar até que você pegue no sono, Hinata.

A moça murmurou, concordando. Gostou da forma como seu nome saiu por entre os lábios dele. O tom de voz de Naruto era claro, parecia enérgico, mas também gentil.

— Sim. Mas eu não sei sobre o que falar — ela disse.

— Conte sobre você — ele pediu, estando curioso em saber sobre ela.

Hinata ponderou. Passou em sua mente o que poderia ser interessante para se contar, não achando nada realmente que lhe pudesse dizer.

— Como já o disse, eu não tenho um lar, por isso, tenho vagado por vários lugares, procurando por algo que ainda não sei ao certo. Passei dias ao sol e outros como esse, sob a chuva, entocada em cavernas e em meio às árvores. — Ela contou. Sua voz soava apática, bastante neutra. — Acho que busco algo que me faça feliz.

— Isso parece terrível — ele foi sincero. — Viver só é algo aterrorizante. Às vezes, gostaria de ter alguém ao meu lado. Sinto que falta algo em minha vida — Ele confidenciou.

— Você vive aqui sozinho? Não tem alguém?

Ele balançou a cabeça, mesmo que ela não fosse capaz de ver.

— Não tenho ninguém mais. Meus pais morreram quando eu ainda tinha catorze anos. Desde então tenho vivido só. A cidade é distante e não tenho vizinhos. Além disso, não tenho outro ofício além do campo para poder viver.

— Isso é tão triste — ela comentou. — Acho que somos duas pessoas solitárias.

— Acho que sim. — Ele murmurejou com pesar.

Naruto acabou por fechar os olhos primeiro. No entanto, o medo de Hinata desapareceu em meio à conversa e logo ela pegou no sono também.

No dia seguinte, o tempo estava ameno. As nuvens pairavam no ar e eram arrastadas gradualmente pelo vento.

Naruto ofereceu abrigo à Hinata, dizendo-a que não precisava viver vagando sem destino e que poderia ficar ali até que descobrisse o que buscava. Ela logo aceitou.

E, vivendo juntos, não demorou muito tempo até que eles se afeiçoassem um pelo outro.

Eu serei sua esposa! — Certo dia Hinata falou, sorrindo-lhe. Ela havia pegado suas mãos e seus olhos transmitiam calor e afeto.

Estava apaixonada por Naruto.

Ele era a pessoa mais gentil que ela havia conhecido. Desde que a abrigara, ele a tratava bem como nunca foi tratada. Sentia-se feliz e protegida ao lado dele. A sensação que tinha era de estar completa.

O jovem agricultor sorriu quando a ouviu, porém, logo descaiu-se o seu semblante. Ele também havia se apaixonado por Hinata. Assim como era bela, a jovem mulher era gentil e forte, possuía grande ímpeto para trabalhar, sempre a ajudá-lo no arrozal. A presença dela o confortava e dava ânimo. Era bom ter alguém ao lado dele. Alguém como Hinata. Ele a tinha com muito apreço.

Mas não achava ser digno dela.

— Veja bem, Hinata. Eu sou muito pobre. Não tenho condições de nos sustentar. Mesmo com sua ajuda, o dinheiro que tenho ganhado não é suficiente. Casar comigo seria condenar sua vida à perpétua miséria. — Ele a falou com pesar — Quero que você tenha uma vida boa a qual merece. Não se limite nem se prenda aqui a mim. Você possui muita beleza pode encontrar alguém capaz de lhe dar uma vida digna.

Hinata esbofeteou-o na face, chorosa. Decepcionada.

— Acha que o que sinto pode ser comprado? — Ela inquiriu, revoltosa — O que sinto por você não tem vínculo algum com riquezas, Naruto. Eu o amo. Quero estar com você porque eu te amo. Não por esperar que me encha de presentes ou mimos. Tudo o que quero é que me ame também. Que seja sempre assim como é. Gentil e amoroso.

Naruto sentiu-se destruído com aquilo. Achava-se aquém do que ela merecia. Hinata havia lhe tomado o coração. Ele estava completamente rendido a ela, mas, mesmo que a quisesse por esposa, ele forçou-se a alertá-la outra vez:

Sou muito pobre, Hinata. Não posso dar uma boa vida a você.

Ela sorriu pequeno, ainda lacrimosa.

— Não se preocupe com isso. Temos muito arroz. Não preciso de mais que isso para ser feliz.

Depois daquilo, ele nada disse. Hinata comentou que prepararia o jantar. Naruto sentia-se frustrado por sua condição, mas feliz por a ter com ele.

Com o tempo, ele estranhou que o saco de arroz que tinham em casa se mantinha cheio.

Embora Naruto tentasse não demonstrar, Hinata notava-o cabisbaixo ao vê-la remendando as roupas, comendo sempre a mesma comida seca e vivendo de maneira tão árdua. Ela entristecia-se por ele se sentir mal por ela. Não era justo. Naruto era gentil, muito gentil. Um homem bondoso e honrado. Tratava-a bem, sempre cheio de amor e carinho. Ela o amava e sabia e sentia o amor dele por ela também. Por que ele se recriminava tanto?

— O que se passa, meu marido? Por que toda essa tristeza e amargura?

Os olhos azuis tão bonitos dele, pareciam tristes demais. Partia o coração de Hinata o ver daquela forma. Ela o abraçou, envolvendo os braços finos e delicados ao redor da cintura dele.

— Você merece uma vida digna, minha esposa. Uma vida que não sou capaz de lhe dar. Você merece os mais belos trajes. Os quimonos mais bonitos que se fazem. Merece comer comidas boas, delícias que não posso te dar.

Percebendo que ele se afligia grandemente com sua condição, Hinata quis fazer algo para animá-lo. Queria que ele fosse feliz ao seu lado, assim como ela o era ao lado dele.

Então lembrou-se de algo. Sabia que era comum atribuir-se às mulheres o trabalho de tecer, então pediu a ele que a construísse uma sala de tear.

Irei tecer o mais belo dos tecidos, tal qual ninguém jamais o viu igual. Será algo único e poderá vender por um bom preço. Poderá vender aos nobres e não terá que se preocupar com nossas condições, pois ele lhe renderá um bom valor. — Ela o disse, mas então lhe emendou — Mas isso precisa ser feito em secreto.

O jovem senhor Uzumaki, curioso, ainda assim, construiu-lhe uma pequena casa de tear e depois de pronta a indicou o lugar.

A jovem e bela esposa sorriu para o marido.

— Tecerei o mais belo dos tecidos, como prometi. Mas peço que também me prometa algo: nunca espreite enquanto eu estiver tecendo. — Ela pediu — Somente assim conseguirei tecer.

Ele aceitou o pedido. Mas agoniou-se quando, depois de entrar e trancar-se na sala de tear, a esposa passou tempo demais ali.

Ele podia ouvir os sons que o tear fazia enquanto ela trabalhava e angustiava-se de não a poder ver. Morria de saudades da esposa. Ansiava em a ter junto a si. Queria enchê-la de beijos e carinhos, mas andava de um lado ao outro. Parecia que Uzumaki Hinata estava ali enfurnada há anos, sem comer ou dormir.

Passados três dias, o som do tear cessou. Em expectativa, viu quando a esposa saiu da sala com um belo tecido nas mãos. Ele parecia cintilar, cheio de vida e cores. Era delicado e macio, de textura nunca vista por Naruto.

A esposa batizou o tecido de “mil penas de Tsuru”. Disse-o que levasse o tecido aos mercadores que eles o comprariam por um alto valor.

Na manhã seguinte, ele subiu à cidade com um grande pacote. Ao mostrá-lo aos comerciantes, grande surpresa lhes tomou. Criou-se uma disputa para arrematar a peça e, assombrado, Naruto alegrou-se com o tanto de moedas de ouro que conseguiu. A sorte parecia tê-lo, finalmente, encontrado.

Vendo a felicidade do marido, Hinata continuou trabalhando como tecelã, produzindo-lhe o belíssimo tecido.

Enfim, eles podiam ter uma vida confortável com as moedas que conseguiam com a vendas.

A cada dia que passava, no entanto, Naruto via que a esposa se tornava mais magra e fraca. Seus ombros estavam caídos e os ossos proeminentes. Ela vivia cansada e mal conseguia se manter de pé.

— Estou cansada, Naruto-kun. Estou quase sem forças. Não poderei tecer por um bom tempo. — Ela contou a ele.

Naruto entendia. Ele se machucava com a dor da esposa. Mas, ao experimentar as riquezas, cobiçoso, havia contraído muitas dívidas, comprando artefatos caros em grande quantidade.

— Estou endividado, Hinata. — Ele lamentou — Peço que teça apenas uma vez mais para que eu venda o tecido e pague as dívidas, depois disso você poderá descansar o tempo que for necessário. — Ele a suplicou.

— Meu amado marido, eu lamento, mas estou muito fraca. Não consigo tecer. — Ela negou com voz branda.

— Por favor, minha esposa. Peço isso não havendo nada que eu preze mais do que a sua vida. — Naruto insistiu.

Hinata ainda negou outras vezes mais, no entanto, devido à insistência do amado esposo, ela forçou-se a levantar e tecer.

Os costumeiros três dias que ela levava para tecer haviam passado, porém Hinata não saiu do quarto. Mais três dias correram e, ao sétimo, Naruto estava já angustiado.

Quebrando a promessa de nunca a espiar tecendo, Naruto abriu a porta. E assustou-se ao ver uma garça sobre o tear, arrancando suas próprias penas para poder tecer.

Ele se encontrou desconsolado. Imputando-se por haver deixado sua esposa em tais condições. Sua cobiça o cegara, fazendo com que infligisse sofrimento a quem mais amava.

Ao notar que ele a descobrira, Hinata o encarou.

Ela estava humana outra vez a frente dele.

— Pedi que nunca me visse tecendo. — chorou com grande tristeza. Naruto ameaçou se aproximar e ela o reteve com um gesto de mão. — Sou a garça que você salvou um tempo atrás. Senti-me apaixonada por sua gentileza e queria estar com você que, como eu, vivia só. Pensei que se o amasse, eu o faria feliz. Mas agora que me viu assim, devo partir.

— Mas você me faz feliz. Eu a amo. — ele interpôs, desesperado.

— Não minta para mim, Naruto-kun. — Ela suplicou. — Eu sou uma pessoa amaldiçoada. Estou fadada a viver e morrer como alguém que se transforma em uma ave. Como poderia viver comigo sabendo disso? Será incapaz de continuar me amando.

— Não diga isso. — ele pediu — eu  que fui ganancioso e pus sua preciosa vida em risco. Mas eu a amo, Hinata. Não importa se carrega uma maldição ou não. — Naruto expôs seus sentimentos mais profundos.

Todavia, ela não o deu ouvidos. Desacreditada que ele poderia continuar lhe amando. Entregou a ele a peça que tecera e transformou-se outra vez em ave ao intentar partir.

O marido angustiou-se.

— Eu não me importo de não ter mais dinheiro ou uma vida confortável. Tudo o que eu quero é que você esteja comigo. Não quero mais que seja tecelã. Desejo que fique bem e aqui comigo.

Ela tentou voar para longe, mas tornou-se humana outra vez, não por vontade própria. Mas por Naruto amá-la independente da forma.

Ele a tomou nos braços. Hinata estava magra e fragilizada. Naruto chorou amargamente ao abraçá-la. A esposa tocou-lhe o rosto fracamente e ele a beijou nos lábios com gentileza.

A maldição que cobria a família de Hinata por gerações estava atrelada à solidão e à vergonha. Ao receber o amor puro de Naruto, que não se importou ao ver sua esposa como ave, quebrava-se o mau encanto que a fazia se transformar em garça.

Não existia maldição que se não suplantasse à renúncia da ganância ao amor.

A bela Hinata nunca mais se transformou em ave. E, abdicando de riquezas, o jovem agricultor passou a viver uma vida simples ao lado da mulher que tanto amava.


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Notas finais do capítulo

P.S.: Na história original, é uma garça que se transforma em mulher e que no final vai embora. Aqui eu resolvi fazer uma mulher que se transforma em garça devido a uma maldição em sua família e que tem ela quebrada de modo romântico, com amor. No caso, dei um final feliz. Afinal, é NaruHina. Eles merecem.

A ideia é iniciar uma coletânea, mas quero saber se vale à pena.

Se quiserem deixar um comentário, eu vou responder com muito prazer, ok?
E vou amar todos os favoritos! ♥



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